Aneurisma cerebral: o que é, sintomas, causas e tratamentos

A taxa anual da doença é estimada em 8 a 10 casos a cada 100.000 pessoas 

Publicado em: 13 de outubro de 2023  e atualizado em: 23 de outubro de 2023
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Em meio aos vasos cerebrais, onde artérias e veias se entrelaçam, repousa uma ameaça silenciosa: o aneurisma cerebral. Esta condição é caracterizada pela expansão da parede das artérias do cérebro, assemelhando-se a uma bolha na parede de uma câmara de ar de um carro que, se não tratada, pode se expandir e, em casos extremos, romper, desencadeando uma hemorragia cerebral (1).  

No entanto, é importante destacar que nem todos os aneurismas causam hemorragia e, como alertam os especialistas, nem todos exigem tratamento. A taxa de ruptura anual seja estimada entre 8 e 10 casos a cada 100.000 pessoas (1).  

Causas 

Os aneurismas são decorrentes de uma fraqueza na parede das artérias cerebrais, sem uma razão bem definida na maioria dos casos. No entanto, podem estar associadas a traumas, infecções e uso de drogas (2).

Sintomas 

Aneurismas maiores, quando não rompidos, podem causar dores de cabeça pulsáteis e sinais como pupilas dilatadas ou sinais de acidente vascular cerebral, como fraqueza em um lado do corpo (1).

Quando um aneurisma se rompe, ocorre uma dor de cabeça súbita e intensa, descrita pelo paciente como pior dor da vida, podendo vir acompanhada de náuseas, vômitos, rigidez de nuca e alterações sensitivo-motoras. Se a hemorragia do aneurisma atingir o tecido cerebral, pode surgir um AVC hemorrágico, com aumento da pressão intracraniana, coma e, em casos graves, a morte (1).

Fatores de risco (2)

  • Tabagismo;
  • Pressão alta (hipertensão arterial);
  • Origem congênita (fragilidade na parede das artérias cerebrais);
  • História familiar de aneurismas cerebrais;
  • Idade acima de 40 anos;
  • Sexo feminino (maior incidência em mulheres);
  • Outras doenças: Ehler Danlos, Doença Renal Policística, Síndrome de Marfan, Displasia Fibromuscular;
  • Malformação arteriovenosa cerebral;
  • Uso de drogas, particularmente cocaína;
  • Infecções;
  • Tumores;
  • Lesão cerebral traumática. 

Tratamento 
 
A abordagem terapêutica varia dependendo das características individuais do paciente e do aneurisma em questão, sendo crucial a avaliação médica para determinar o plano de tratamento mais adequado. 

A abordagem principal geralmente envolve procedimentos cirúrgicos para reparar o aneurisma e evitar complicações graves. Outra opção terapêutica, menos invasiva, é a embolização endovascular com o uso de micromolas (1). 

Referências: 1. Aneurisma Cerebral. Sociedade Brasileira de AVC. Último acesso: 19 de setembro de 2023. 2. Aneurisma. Ministério da Saúde. Último acesso: 19 de setembro de 2023.  

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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