Os rins são dois órgãos de cor marrom-avermelhada, localizados em ambos os lados da coluna vertebral, na região lombar, logo abaixo do diafragma, por trás do fígado e do estômago. Eles são em forma de feijão e medem, cada um, cerca de 12cm de comprimento por 6cm de largura e 3cm de espessura, pesando aproximadamente 150g¹.
Tem como principais funções eliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal (ureia, creatinina, ácido úrico, etc.), manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial e atuar como órgãos produtores de hormônios (eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos; a vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; e a renina, que intervém na regulação da pressão artéria)¹.
A nefrolitíase, mais conhecida como pedra ou cálculo no rim¹, é uma doença causada pela formação de pedrinhas que obstruem o sistema urinário. Essa formação endurecida pode surgir nos rins e atravancar outro ponto do canal urinário. Como o ureter, canal que transporta a urina até a bexiga, é muito estreito, a partícula acaba emperrada. Em decorrência da tentativa de expulsão, surgem fortes dores, exigindo atenção rápida dos médicos².
Geralmente, os primeiros sinais aparecem com uma cólica que começa na região lombar e migra para outras áreas, como na parte baixa do abdome, podendo causar dor na região dos testículos ou dos grandes lábios vaginais, conforme o cálculo desce para as porções finais do ureter. Outros sintomas da pedra no ruim podem apresentar-se como sangue na urina, vontade constante de urinar e náuseas e vômito². Para manter os rins saudáveis, evitando danos irreversíveis para a função renal, é imprescindível¹:
- Manter uma atenção rigorosa sobre a pressão arterial;
- O controle da glicemia e da hipertensão no diabético;
- O diagnóstico da hipertrofia prostática;
- Detecção precoce de anormalidades urinárias congênitas na infância.
A pedra, quando pequena, geralmente é expelida naturalmente, aumentando a quantidade de líquido ingerido ou, caso o médico ache necessário, injetado na veia. Dependendo do tamanho, alguns procedimentos para fragmentar o cálculo e sua consequente eliminação são indicados. Uma das opções é a litotripsia extracorpórea, a menos agressiva para o organismo, em que ondas eletromagnéticas destroem o material sólido. Na tradicional técnica percutânea, é feita uma incisão nas costas do paciente e um aparelho penetra na pele até atingir o rim para retirar o cálculo. O procedimento exige internação de até cinco dias para recuperação. Atualmente uma técnica mais simples, batizada de uretero-nefrolitotripsia flexível, detona as formações duras com o laser de um aparelho introduzido pela uretra. Nesse método, porém, às vezes uma tentativa é insuficiente. Então, é preciso repetir a cada duas semanas, por até quatro sessões, sempre com anestesia geral. O paciente recebe alta no mesmo dia².
Cuidar dos rins significa ficar longe das doenças renais. Para a prevenção, as dicas são: adotar uma dieta menos salgada e a hidratação, que é indispensável. Idosos, portadores de doença cardiovascular e pacientes com história de doença renal em familiares têm grande potencial para desenvolver lesão renal e devem ser investigados com triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue³.
Fontes: 1. Rim – Portal Ministério da Saúde. Último acesso em 17 de maio de 2020. 2. Pedras nos rins: causas, sintomas e tratamentos – Veja Saúde. Último acesso em 17 de maio de 2020. 3. Saiba como cuidar dos rins e ficar longe de doenças renais – Portal Ministério da Saúde. Último acesso em 17 de maio de 2020.