Insônia infantil: quais as causas e como tratar 

A perda do sono em crianças pode acontecer por questões comportamentais, falta de rotina e/ou problemas crônicos 

Publicado em: 13 de outubro de 2023  e atualizado em: 23 de outubro de 2023
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A insônia infantil é um distúrbio em que a criança não consegue adormecer ou dormir a noite inteira sem acordar. Normalmente, o problema se resolve com o passar do tempo, porém, caso não haja melhora, é necessária ajuda externa ou algumas medidas, já que o sono reparador mantém o funcionamento de todo o corpo equilibrado e normal. 

Neste artigo iremos falar mais sobre o tema, além de quais suas causas e como tratar. Confira: 

Quantidade ideal de horas de sono 

É recomendado que as crianças sigam as orientações abaixo (1):

  • Lactentes (4 a 12 meses) – 12 a 16 horas;
  • Crianças (3 aos 5 anos) – 10 a 13 horas;
  • Crianças (6 aos 12 anos) – 9 a 12 horas;
  • Adolescentes (13 aos 18 anos) – 8 a 12 horas. 

O que causa a insônia infantil?

A insônia pode ocorrer em qualquer idade e em qualquer pessoa, além de ser comum em crianças. Mas não deve ser ignorada, já que pode ocasionar problemas em longo prazo, como diabetes, hipertensão e ganho de peso. (1)

Uma das razões mais comuns para não dormir o suficiente é ir para a cama muito tarde. Por isso, é importante ter um horário fixo para ter um ciclo de sono normal e saudável. Algumas causas mais comuns para a insônia infantil são (1):  

  • Ansiedade
  • Cafeína (fontes ocultas nos alimentos)
  • Asma
  • Síndrome das pernas inquietas
  • Estresse  

Sintomas da insônia em crianças

Podem ser sinais de sono inadequado (1,2):

  • Pedidos de bebidas, abraços e histórias antes de adormecer;
  • Problemas para acordar de manhã;
  • Fadiga ou cansaço no dia seguinte;
  • Falta de concentração;
  • Mudanças de humor ou irritação frequente;
  • Hiperatividade, agressão ou comportamento de oposição;
  • Incapaz de tolerar a frustração.

Investigação clínica

Para diagnosticar a insônia é essencial entender qual é a rotina que a criança realiza antes de adormecer (3). O médico deve avaliar o impacto que o distúrbio do sono causa em sua vida e na estrutura familiar. Uma das formas de identificar a condição é um exame físico completo que auxilia a eliminar possíveis causas da insônia secundária (3).  

Outras opções para descoberta do quadro do paciente é o uso de diários do sono, avaliando a quantidade dormida, traçando o período de 24 horas e, claro, contendo informações relativas a um período médio de duas semanas (3).  

Alguns exames podem ser realizados, como (3):

Actigrafia: uma maneira simples de avaliar o ritmo sono-vigília. É um tipo de equipamento com o formato de um relógio de pulso, que ajuda no monitoramento dos movimentos corporais, analisando os sinais obtidos, juntamente com o estado da criança. Pode ser usado em qualquer idade;

Polissonografia (PSG): exame padrão-ouro para avaliação. Realiza uma análise completa da arquitetura do sono, eventos respiratórios e movimentos corporais.

Tratamento

Ao se realizar o tratamento para distúrbios do sono, é importante lembrar de não oferecer para criança remédios para dormir sem consultar um médico ou pediatra (1).  

É importante consultar um especialista ou psicólogo infantil. Em alguns casos, a insônia nas crianças está ligada a diferentes problemas físicos e mentais que precisam ser tratados no momento certo (1).

Às vezes, a higiene do sono é a culpada, incluindo a falta de horários regulares para dormir, exposição a telas etc. Na maioria dos casos, o problema pode ser facilmente resolvido com algumas intervenções comportamentais (2).

Além disso, observe a criança enquanto dorme, para determinar o padrão de sono e possível ronco ou apneia do sono. Se ele(a) sofre de alergias ou asma, verifique se está tomando a medicação corretamente (2).

Referências: 1. Childhood Insomnia: Causes, symptoms and treatment. E Times. Último acesso: 23 de Junho de 2023; 2. Sleep Disorders Children Symptons Solutions. WebMD. Último acesso: 23 de Junho de 2023; 3. Nunes ML, Bruni O. Insomnia in childhood and adolescence: clinical aspects, diagnosis, and therapeutic approach.J Pediatr (Rio J). 2015;91:S26-35. 
 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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