O infarto no jovem pode ser fatal?

Sim, pois os entupimentos envolvem porções maiores do coração ou do cérebro, provocando casos mais graves

Publicado em: 23 de maio de 2020  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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O infarto sempre foi uma doença que associamos a indivíduos mais velhos, com idade acima de 50 anos. Porém, esse é um problema que vem levando a perda de vida de muitos jovens. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, de 2013 para cá, os episódios de infarto entre adultos com até 30 anos subiram 13%¹, tornado cada vez mais comuns os casos de infarto fulminante entre essa parcela da população. O estilo de vida desses jovens, geralmente obesos ou acima do peso, hipertensos, diabéticos e vivendo sob altas taxas de estresse, eleva o risco de sofrer um infarto fulminante².

Mas o que é um infarto fulminante?

O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, consiste na morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa. Sua principal causa é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstrui-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção abrupta do fluxo sanguíneo. Ele pode ocorrer em diversas partes do coração, dependendo de qual artéria foi obstruída. Em casos raros, o infarto pode acontecer por contração da artéria, interrompendo o fluxo de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que se aloja no interior dos vasos³.

Quanto mais jovem, pior o quadro de infarto? Tais eventos tendem a ser mais graves, pois os entupimentos envolvem porções maiores do coração ou do cérebro (artérias maiores). Isso leva a infartos de pior prognóstico ou mesmo morte súbita. Mas também existem boas notícias. O prognóstico de recuperação e sobrevivência são melhores nos jovens adultos².

Quais são os fatores de risco para o infarto antes dos 40 anos?¹

  • Sedentarismo, dieta desregulada e obesidade provocam o entupimento nos vasos do coração;
  • A hipertensão não costuma dar sinais e causa danos nas artérias coronárias e cerebrais, abrindo caminho a ataque cardíaco e AVC;
  • Cerca de 15% dos casos de infarto estão ligados a crises de estresse, capazes de levar a picos de pressão e ao colapso do músculo cardíaco;
  • Herança genética (em alguns casos);
  • Colesterol alto também contribui para a ocorrência de infartos precoces.

O infarto é uma emergência que exige cuidados médicos o mais rápido possível. Identificar os sintomas pode ser decisivo para salvar a vida de uma pessoa infartada. Por outro lado, a prevenção do problema é ainda mais interessante. Além da prática regular de exercícios físicos, controlar o estresse, alimentação adequada e não fumar, a prevenção de doenças como a aterosclerose, diabetes e obesidade são fundamentais para evitar o entupimento das artérias e consequente infarto³.

 

Fontes: 1. A ameaça do infarto em adultos jovens. Veja Saúde. Último acesso em 17 de maio de 2020. 2. AVC e infarto em jovens são piores ou mais fulminantes? Portal Hospital Albert Einstein. Último acesso em 17 de maio de 2020. 3. Ataque cardíaco (infarto). Portal Ministério da Saúde. Último acesso em 17 de maio de 2020.

 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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