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atorvastatina cálcica 

 
 

 
 
 
 

 
 
 

 
 

Bula para profissional de saúde 

Comprimido revestido 

10 mg, 20 mg e 40 mg 

 
 
 
 
 
 
 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 
 

atorvastatina cálcica 

Medicamento genérico  Lei nº 9.787, de 1999. 

 

APRESENTAÇÕES 

Comprimido revestido 10 mg, 20 mg ou 40 mg: embalagem com 30 comprimidos. 

USO ORAL 
 
10 mg e 20 mg - USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 10 ANOS 
 
40 mg - USO ADULTO 
 
COMPOSIÇÃO: 
Cada comprimido revestido de 10 mg contém: 
atorvastatina cálcica *..................................................................10,36 mg 
excipientes**.............................................. q.s.p. 1 comprimido revestido 
* Cada 10,36 mg de atorvastatina cálcica equivalem à 10 mg de atorvastatina base. 
** Excipientes: carbonato de cálcio, croscarmelose sódica, lactose monoidratada, hipromelose, macrogol, polissorbato 80, 

celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de silício, dióxido de titânio. 
 
Cada comprimido revestido de 20 mg contém: 
atorvastatina cálcica *..................................................................20,72 mg 
excipientes**.............................................. q.s.p. 1 comprimido revestido 
* Cada 20,72 mg de atorvastatina cálcica equivalem à 20 mg de atorvastatina base. 
** Excipientes: carbonato de cálcio, croscarmelose sódica, lactose monoidratada, hipromelose, macrogol, polissorbato 80, 

celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de silício, dióxido de titânio. 
 
Cada comprimido revestido de 40 mg contém: 
atorvastatina cálcica *..................................................................41,44 mg 
excipientes**.............................................. q.s.p. 1 comprimido revestido 
* Cada 41,44 mg de atorvastatina cálcica equivalem à 40 mg de atorvastatina base. 
** Excipientes: carbonato de cálcio, croscarmelose  sódica, lactose monoidratada, hipromelose, macrogol, polissorbato 80, 

celulose microcristalina, estearato de magnésio, dióxido de silício, dióxido de titânio. 
 
 
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 

 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

1. INDICAÇÕES 

 

A atorvastatina cálcica comprimidos revestidos é indicado como um adjunto à dieta para o tratamento de pacientes com níveis 

elevados de colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), apolipoproteína B (apo B) e triglicérides (TG), para 

aumentar os níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL-C) em pacientes com hipercolesterolemia primária 

(hipercolesterolemia heterozigótica familiar e não familiar), hiperlipidemia combinada (mista) (Fredrickson tipos IIa e IIb), 

níveis elevados de triglicérides séricos (Fredrickson tipo IV) e para pacientes com disbetalipoproteinemia (Fredrickson tipo III) 

que não respondem de forma adequada à dieta. A atorvastatina cálcica também é indicado para a redução do colesterol total e 

da lipoproteína de baixa densidade em pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica, quando a resposta à dieta e 

outras medidas não farmacológicas forem inadequadas. 

Em pacientes com doença cardiovascular e/ou dislipidemia, a atorvastatina cálcica está indicada na síndrome coronária aguda 

(angina instável e infarto do miocárdio não transmural – sem onda Q) para a prevenção secundária do risco combinado de morte, 

infarto do miocárdio não fatal, parada cardíaca e re-hospitalização de pacientes com angina do peito. 

 

Prevenção de Complicações Cardiovasculares: Em pacientes sem evidência clínica de doença cardiovascular (DCV) e com 

ou sem dislipidemia, porém com múltiplos fatores de risco para doença coronariana (DAC) como tabagismo, hipertensão, 

diabetes, baixo nível de HDL-C ou história familiar de doença coronariana precoce, a atorvastatina cálcica está indicada para 

redução do risco de doença coronariana fatal e infarto do miocárdio não fatal, acidente vascular cerebral, procedimentos de 

revascularização e angina do peito. Em pacientes com doença cardíaca coronariana clinicamente evidente, a atorvastatina cálcica 

é indicada para redução do risco de: infarto do miocárdio não fatal; acidente vascular cerebral fatal e não fatal; procedimentos 

de revascularização; hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva (ICC); angina. 

 

Pacientes Pediátricos (10 a 17 anos): A atorvastatina cálcica também é indicado como um adjuvante à dieta de redução dos 

níveis de CT, LDL-C e Apo B em meninas pós-menarca e meninos, entre 10 e 17 anos, com hipercolesterolemia familiar 

heterozigótica se, após a realização de um teste adequado de terapia dietética, os níveis de LDL-C continuarem ≥ 190 mg/dL ou 

≥ 160 mg/dL e houver um histórico familiar positivo para doença cardiovascular (DCV) prematura, ou presença de 2 ou mais 

fatores de risco cardiovascular no paciente pediátrico. 

 

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA  

 

Aterosclerose: no estudo de Reversão da Aterosclerose com Terapia Hipolipemiante  Intensiva (REVERSAL), o efeito da 

atorvastatina 80 mg e da pravastatina 40 mg na aterosclerose coronária foi avaliado pelo ultrassom intravascular (USIV), durante 

a angiografia, em pacientes com doença arterial coronariana. Neste estudo randomizado, duplo-cego, multicêntrico, controlado, 

o USIV foi realizado em 502 pacientes no período basal e após 18 meses. No grupo tratado com a atorvastatina (n = 253), a 

mudança média percentual observada no volume total do ateroma (critério principal do estudo), quando comparado ao período 

basal, foi -0,4% (p = 0,98) no grupo da atorvastatina, e +2,7% (p = 0,001) no grupo da pravastatina (n = 249). Quando 

comparados aos da pravastatina, os efeitos da atorvastatina foram estatisticamente significantes (p = 0,02). 

 

No grupo da atorvastatina, o LDL-C foi reduzido para uma média de 2,04 mmol/L ± 0,8 (78,9 mg/dL ± 30) quando comparado 

ao período basal de 3,89 mmol/L ± 0,7 (150 mg/dL ± 28), e no grupo da pravastatina o LDL-C foi reduzido para uma média de 

2,85 mmol/L ± 0,7 (110 mg/dL ± 26) quando comparado ao período basal de 3,89 mmol/L ± 0,7 (150 mg/dL ± 26), (p < 0,0001). 

A atorvastatina também reduziu significativamente a média do CT em 34,1% (pravastatina: -18,4%, p < 0,0001), os níveis 

médios de TG em 20% (pravastatina: -6,8%, p < 0,0009) e a média de apolipoproteína B em 39,1% (pravastatina: -22,0%, p < 

0,0001). A atorvastatina aumentou o HDL-C em 2,9% (pravastatina: +5,6%, p = NS). Houve uma redução média de 36,4% na 

proteína C-reativa (PCR) no grupo da atorvastatina, comparado com uma redução de 5,2% no grupo da pravastatina (p < 0,0001). 

O perfil de segurança e tolerabilidade dos 2 grupos de tratamento foi comparável. 

 

AVC recorrente: no estudo de Prevenção do AVC pela Redução Agressiva nos Níveis de Colesterol (SPARCL –  Stroke 

Prevention by Aggressive Reduction in Cholesterol Levels), os efeitos da atorvastatina 80 mg diários ou placebo sobre o AVC 

foram avaliados em 4731 pacientes que apresentavam AVC ou ataque isquêmico transitório (AIT) dentro do período de 6 meses 

e sem histórico de doença arterial coronária (DAC). Os pacientes eram 60% homens, de 21 a 92 anos de idade (idade média de 

63 anos) e tinham um baseline médio de 133 mg/dL (3,4 mmol/L). O LDL-C médio foi de 73 mg/dL (1,9 mmol/L) durante o 

tratamento com atorvastatina e 129 mg/dL (3,3 mmol/L) durante o tratamento com placebo. O acompanhamento médio foi de 

4,9 anos. 

 

A atorvastatina 80 mg reduziu o risco do desfecho primário de AVC fatal e não fatal em 15% ([hazard ratio (HR)] 0,85; IC 

95%, 0,72-1,00; p = 0,05 ou 0,84; IC 95%; 0,71-0,99; p = 0,03 após ajuste para fatores basais) comparado com o placebo. A 

atorvastatina 80 mg reduziu significativamente o risco de eventos coronarianos principais (HR 0,67; IC 95%, 0,51-0,89; p = 

0,006), qualquer evento de DAC (HR 0,60; IC 95%, 0,48-0,74; p < 0,001), e procedimentos de revascularização (HR 0,57; IC 

95%, 0,44-0,74; p < 0,001). 

 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

Em uma análise post-hoc, a atorvastatina 80 mg reduziu a incidência de AVC isquêmico (218/2.365, 9,2% vs. 274/2.366, 11,6%, 

p = 0,01) e aumentou a incidência de AVC hemorrágico (55/2.365, 2,3% vs. 33/2.366, 1,4%, p = 0,02) comparado ao placebo. 

A incidência de AVC hemorrágico fatal foi similar entre os grupos (17 de atorvastatina vs. 18 de placebo). A redução do risco 

de eventos cardiovasculares com atorvastatina 80 mg foi demonstrada em todos os grupos de pacientes exceto nos pacientes que 

entraram no estudo com AVC hemorrágico e apresentaram AVC hemorrágico recorrente (7 de atorvastatina vs. 2 de placebo), 

onde o número de eventos foi muito pequeno para discernir risco e benefício. 

 

Em pacientes tratados com atorvastatina 80 mg houve poucos casos de AVC de qualquer tipo (265 de atorvastatina vs. 311 de 

placebo) e poucos eventos de DAC (123 de atorvastatina vs. 204 de placebo). A mortalidade total foi similar nos grupos de 

tratamento (216 de atorvastatina vs. 211 de placebo). A incidência total de eventos adversos e eventos adversos sérios foi similar 

entre os grupos de tratamento. 

 

Hipercolesterolemia Familiar Heterozigótica em Pacientes Pediátricos: em um estudo clínico duplo-cego, placebo-

controlado, seguido de uma fase aberta, com 187 meninas pós-menarca e meninos, com idades variando entre 10 e 17 anos 

(média de idade de 14,1 anos), com hipercolesterolemia familiar heterozigótica ou hipercolesterolemia grave, foram 

randomizados para atorvastatina (n = 140) ou placebo (n = 47) por 26 semanas e em seguida todos receberam atorvastatina 

durante 26 semanas. Os critérios para inclusão no estudo foram: um valor basal de LDL-C ≥ 190 mg/dL ou; um valor basal de 

LDL-C  ≥  160  mg/dL  e  histórico  familiar  positivo  de  hipercolesterolemia  familiar  ou  doença  cardiovascular  prematura 

documentada em parentes de primeiro ou segundo grau. O valor basal médio de LDL-C foi de 218,6 mg/dL (variando entre 

138,5 e 385,0 mg/dL) no grupo da atorvastatina comparado a 230,0 mg/dL (variando entre 160,0 e 324,5 mg/dL) no grupo do 

placebo. A dosagem de atorvastatina (uma vez ao dia) foi de 10 mg para as primeiras 4 semanas e aumentada para 20 mg se o 

nível de LDL-C fosse > 130 mg/dL. O número de pacientes tratados com atorvastatina que necessitaram de aumento de dose 

para 20 mg após 4 semanas durante a fase duplo-cega foi de 78 (55,7%). A atorvastatina diminuiu significantemente os níveis 

plasmáticos de CT, LDL-C, triglicérides e apo B durante as 26 semanas da fase duplo-cega (vide Tabela 1). 

 

TABELA 1 

Efeitos da redução de lipídeos da atorvastatina em meninos e meninas adolescentes com hipercolesterolemia familiar 

heterozigótica ou hipercolesterolemia grave 

 

(Mudança percentual média desde o valor basal ao endpoint na população com intenção de tratamento) 

Dosagem 

CT 

LDL-C 

HDL-C 

Triglicérides 

Apo B 

Placebo 

47 

-1,5 

-0,4 

-1,9 

1,0 

0,7 

Atorvastatina 

140 

-31,4 

-39,6 

2,8 

-12,0 

-34,0 

CT = colesterol total, LDL-C = lipoproteína de baixa densidade, HDL-C = lipoproteína de alta densidade, TG = triglicérides. 

 

O valor médio de LDL-C alcançado foi de 130,7 mg/dL (variando entre 70,0 e 242,0 mg/dL) no grupo da atorvastatina em 

comparação a 228,5 mg/dL (variando entre 152,0 e 385,0 mg/dL) no grupo placebo durante as 26 semanas da fase duplo-cega. 

 

Nesse estudo controlado limitado não foi observado qualquer efeito no crescimento ou maturação sexual em meninos ou 

alteração na duração do ciclo menstrual em meninas. A atorvastatina não foi avaliada em estudos clínicos controlados 

envolvendo pacientes pré-púberes ou pacientes menores de 10 anos de idade. A segurança e eficácia das doses superiores a 20 

mg não foram avaliadas em estudos controlados realizados com crianças. A eficácia de longo prazo da terapia com atorvastatina 

durante a infância para a redução da morbidade e mortalidade na idade adulta não foi estabelecida. 

 

Hipercolesterolemia (familiar heterozigótica e não familiar) e Dislipidemia Mista (Fredrickson tipos IIa e IIb): a dose 

inicial recomendada dos comprimidos de atorvastatina cálcica é de 10 mg ou 20 mg, uma vez ao dia. Pacientes que precisam de 

uma grande redução no LDL-C (mais do que 45%) podem ser iniciados com 40 mg, uma vez ao dia. A taxa de dosagem dos 

comprimidos de atorvastatina de cálcio é de 10 mg a 80 mg, uma vez ao dia. Os comprimidos de atorvastatina cálcica podem 

ser administrados como dose única a qualquer momento do dia, com ou sem alimento. A dose inicial de atorvastatina cálcica 

deve ser individualizada de acordo com as características do paciente, assim como o objetivo da terapia e resposta (vide guias 

NCEP vigentes). Após iniciação e/ou na titulação dos comprimidos de atorvastatina cálcica, os níveis de lipídeo devem ser 

analisados dentro de 2 a 4 semanas, e a dosagem ajustada de acordo com a necessidade do paciente. 

 

A atorvastatina reduz o CT, LDL-C, VLDL-C, apo B, triglicérides e aumenta o HDL-C em pacientes com

 hipercolesterolemia 

e dislipidemia mista. A resposta terapêutica é observada dentro de duas semanas, e a resposta

 máxima ocorre normalmente em 

quatro semanas, mantendo-se durante a terapia.

 

 

Os estudos em pacientes pediátricos foram limitados a pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica. 

 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

Em dois estudos multicêntricos, placebo-controlados, dose-resposta, em pacientes com hipercolesterolemia, a atorvastatina foi 

administrada uma vez ao dia por 6 semanas, reduzindo significativamente o CT, LDL-C, apo B e triglicérides. A partir de 2 

estudos dose-resposta em pacientes com hipercolesterolemia primária foram obtidos os seguintes resultados para placebo (n = 

21), atorvastatina 10 mg (n = 22), 20 mg (n = 20), 40 mg (n = 21) e 80 mg (n = 23) respectivamente: CT = 4%, -29%, -33%, -

37%, -45%. LDL-C = 4%, -39%, -43%, -50%, -60%. Apo B = 3%, -32%, -35%, -42%, -50%. Triglicérides = 10%, -19%, -26%, 

-29%, -37%. HDL-C = -3%, 6%, 9%, 6%, 5%. Não HDL-C/HDL-C = 7%, -34%, -41%, -45%, -53%. 

 

Em pacientes com hiperlipoproteinemia de Fredrickson tipos IIa e IIb, agrupados a partir de 24 estudos clínicos controlados, as 

mudanças percentuais médias (25º e 75º percentil) do valor basal de HDL-C para atorvastatina 10, 20, 40 e 80 mg foram 6,4 

(variando entre -1,4 e 14,0); 8,7 (variando entre 0 e 17); 7,8 (variando entre 0 e 16) e 5,1 (variando entre -2,7 e 15), 

respectivamente. Adicionalmente, as análises dos dados demonstraram um decréscimo consistente e significativo no CT, LDL-

C, triglicérides, razão CT/HDL-C e LDL-C/HDL-C. 

 

Hipertrigliceridemia (Fredrickson tipo IV): a resposta à utilização de atorvastatina em 64 pacientes com hipertrigliceridemia 

isolada tratados em vários estudos clínicos está na Tabela 1. Para os pacientes tratados com atorvastatina, o valor basal médio 

(mín.; máx.) de triglicérides foi de 565 (variando entre 267 e 1502). 

 

Tabela 1  –  Pacientes com  níveis elevados de  triglicérides; alterações percentuais médias (mín., máx.) a partir do 

valor basal 

 

Placebo 

(n = 12) 

atorvastatina 10 mg 

(n = 37) 

atorvastatina 20 mg 

(n = 13) 

atorvastatina 80 mg 

(n = 14) 

 Triglicérides  -12,4 (-36,6; 82,7) 

-41,0 (-76,2; 49,4) 

-38,7 (-62,7; 29,5) 

-51,8 (-82,8; 41,3) 

 CT 

-2,3 (-15,5; 24,4) 

-28,2 (-44,9; -6,8) 

-34,9 (-49,6; -15,2) 

-44,4 (-63,5; -3,8) 

 LDL-C 

3,6 (-31,3; 31,6) 

-26,5 (-57,7; 9,8) 

-30,4 (-53,9; 0,3) 

-40,5 (-60,6; -13,8) 

 HDL-C 

3,8 (-18,6; 13,4) 

13,8 (-9,7; 61,5) 

11,0 (-3,2; 25,2) 

7,5 (-10,8; 37,2) 

 VLDL-C 

-1,0 (-31,9; 53,2) 

-48,8 (-85,8; 57,3) 

-44,6 (-62,2; -10,8) 

-62,0 (-88,2; 37,6) 

 Não HDL-C 

-2,8 (-17,6; 30,0) 

-33,0 (-52,1; -13,3) 

-42,7 (-53,7; -17,4) 

-51,5 (-72,9; -4,3) 

 

Disbetalipoproteinemia (Fredrickson tipo III): resultados de um estudo cruzado, aberto em 16 pacientes (genótipos  14 apo 

E2/E2 e 2 apo E3/E2) com disbetalipoproteinemia (Fredrickson  tipo III). 

 

Tabela 2 - Estudo aberto, cruzado,  em 16 pacientes  com disbetalipoproteinemia (Fredrickson  tipo III) 

 

Alteração  Média em % (mín., máx.) 

 

Média (mín., máx.) Basal 

(mg/dL) 

atorvastatina  10 mg 

atorvastatina  80 mg 

 CT 

442 (225; 1.320) 

-37 (-85; 17) 

-58 (-90; -31) 

 Triglicérides 

678 (273; 5.990) 

-39 (-92; -8) 

-53 (-95; -30) 

 IDL-C + VLDL-C 

215 (111; 613) 

-32 (-76; 9) 

-63 (-90; -8) 

 Não HDL-C 

411 (218; 1.272) 

 -43 (-87; -19) 

-64 (-92; -36 

 

 

 

Hipercolesterolemia Familiar Homozigótica: a dose inicial recomendada dos comprimidos de atorvastatina em pacientes 

com hipercolesterolemia familiar homozigótica é de 10 mg a 80 mg diariamente. Os comprimidos de atorvastatina cálcica devem 

ser usados como um complemento a outros tratamentos hipolipemiantes (por exemplo, aferese LDL) nestes pacientes ou se tais 

tratamentos não estão disponíveis. 

 

Em  um estudo sem grupo controle, 29 pacientes com idades variando  entre  6  e 37  anos  com  hipercolesterolemia familiar 

homozigótica  receberam doses diárias de 20 a 80 mg de atorvastatina.  A média de redução do LDL-C no estudo foi de 18%. 

Vinte  e cinco  pacientes  apresentaram  uma redução média  de  LDL-C  de  20%  (variando entre  7  e  53%,  média  de  24%); 

os  4  pacientes restantes tiveram aumentos de 7% a 24% no LDL-C. 

 

Uso  em Síndrome Isquêmica Aguda:  no estudo  clínico  “Redução  da Isquemia  Miocárdica  através  da Redução Intensiva 

dos  Níveis  de  Colesterol”,  mais  conhecido  como  estudo  MIRACL  (Myocardial Ischemia  Reduction  with  Aggressive 

Cholesterol Lowering), foram estudados os efeitos da terapia com atorvastatina em eventos isquêmicos e sobre  a mortalidade 

total.  Nesse  estudo  multicêntrico,  randomizado, duplo-cego,  placebo-controlado,  foram  avaliados  3.086  pacientes  com 

síndromes coronárias agudas, angina instável ou  infarto do miocárdio  não  transmural  (infarto  sem  onda  Q).  Os  pacientes 

foram  tratados  com  procedimentos  convencionais,  incluindo  dieta  alimentar  mais  atorvastatina  80  mg  ou  placebo, 

administrado diariamente,  por um período  médio de  tratamento de  16  semanas. Os  níveis  finais  de  LDL-C,  CT,  HDL-C  e 

triglicérides foram  72 mg/dL;  147 mg/dL;  48 mg/dL  e  139 mg/dL,  respectivamente, no  grupo  tratado  com  atorvastatina, e 

135 mg/dL;  217 mg/dL;  46 mg/dL  e  187  mg/dL,  respectivamente, no grupo utilizando placebo. A atorvastatina  reduziu 

significantemente o risco de morte e eventos isquêmicos (Figura 1) em 16%. O risco de re-hospitalização para angina do peito 

com  evidências  documentadas de  isquemia miocárdica foi  reduzido significantemente em 26%.  A  atorvastatina  reduziu o 

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risco de morte e eventos isquêmicos de forma igual e consistente em todos os valores  de LDL-C basais.  Além disso, reduziu 

o  risco  de morte  e eventos isquêmicos tanto  em  pacientes  com  infarto  do  miocárdio não  transmural (infarto  sem  onda  Q) 

como  em pacientes  com angina  instável,  em homens  e em mulheres  e em pacientes  com idade  ≤ 65 anos  e > 65 anos. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 1. Tempo até o primeiro  evento isquêmico  ou morte. 

 

Prevenção de  Complicações Cardiovasculares: no  estudo  Anglo-Scandinavian  Cardiac  Outcomes  Trial  Lipid Lowering 

Arm  (ASCOT-LLA), o  efeito  da  atorvastatina na  doença coronária fatal  e  não  fatal  foi  avaliada em 10.305  pacientes 

hipertensos  de 40 a 80 anos de idade (média de idade de 63 anos), sem histórico  de infarto do miocárdio e com níveis de 

triglicérides  < 6,5 mmol/L  (251  mg/dL).  Além disso, todos os pacientes  apresentavam pelo menos  3 outros  fatores de risco 

cardiovasculares (CV): sexo masculino, idade > 55 anos, tabagismo, diabetes, história de cardiopatia congênita em um parente 

de primeiro grau, CT:HDL > 6, doença vascular periférica, hipertrofia ventricular esquerda, acidente vascular cerebral prévio, 

anormalidade específica em ECG, proteinúria/albuminúria. Neste  estudo  duplo-cego, placebo-controlado, os pacientes foram 

tratados com medicação anti-hipertensiva (meta de PA < 140/90 mmHg para não diabéticos e < 130/80 mmHg para diabéticos) 

e  alocados  para  receber  atorvastatina  10  mg/dia  (n  =  5.168)  ou  placebo  (n  =  5.137).  Considerando que o  resultado  do 

tratamento  com a atorvastatina  em comparação ao  placebo  excedeu  o limiar  de significância, em uma  análise  interina  dos 

dados,  o braço  de redução  lipídica  foi encerrado  precocemente  (ASCOT-LLA) com 3,3 anos de seguimento  ao invés de 5 

anos,  como  originalmente  planejado.  Além disso, a pressão arterial foi bem controlada e semelhante em pacientes 

designados para atorvastatina e placebo. Essas alterações persistiram durante todo o período de tratamento. 

 

A atorvastatina reduziu os índices relacionados aos seguintes eventos: 

Eventos 

Redução do 

risco (%) 

No. de eventos 

(atorvastatina 

vs. placebo) 

valor-p 

Eventos coronarianos (insuficiência cardíaca congestiva fatal mais 

IM não fatal) 

36% 

100 vs. 154 

0,0005 

Total de eventos cardiovasculares e procedimentos de 

revascularização 

20% 

389 vs. 483 

0,0008 

Total de eventos coronários 

29% 

178 vs. 247 

0,0006 

AVC fatal e não fatal* 

26% 

89 vs. 119 

0,0332 

a

 Doença coronária. 

b

 Infarto do miocárdio. 

* Embora a redução de AVC fatal e não fatal não tenha alcançado o nível de significância predefinido (p = 0,01), foi observada 

uma tendência favorável à redução de 26% do risco relativo. 

 

A mortalidade  total e a mortalidade  cardiovascular não foram reduzidas  de forma significativa,  apesar de ter sido observada 

uma tendência  favorável. 

 

No  Estudo Colaborativo Atorvastatina Diabetes (CARDS), o  efeito da  atorvastatina na  doença cardiovascular fatal  ou não 

fatal  foi avaliada  em 2.838  pacientes  com  diabetes  tipo  2, com  idade  entre  40  e 75  anos,  sem história prévia  de  doença 

cardiovascular e  com  LDL  ≤  4,14  mmol/L  (160  mg/dL) e  triglicérides ≤  6,78  mmol/L (600 mg/dL). Além disso, todos os 

pacientes  tinham  pelo  menos  mais  um  fator  dos seguintes fatores de  risco  cardiovascular: hipertensão, tabagismo, 

retinoplastia, microalbuminúria ou macroalbuminúria.   

Neste estudo randomizado, duplo-cego, multicêntrico, placebo-controlado,  os  pacientes foram  tratados com  atorvastatina 10 

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mg uma vez ao dia (n = 1.428) ou com placebo (n = 1.410) e acompanhados, em média, por 3,9 anos. 

 

Uma vez  que  o  efeito do  tratamento  com  atorvastatina  sobre o  endpoint primário preencheu as  regras pré-definidas  de 

eficácia  para  a interrupção do estudo,  o CARDS  foi terminado  2 anos antes  do esperado.   

 

O efeito da  atorvastatina na  redução  dos  riscos  absoluto e relativo  foi  o  seguinte:   

Eventos 

Redução do Risco 

Relativo (%)  

No de Eventos 

(atorvastatina vs. 

placebo) 

valor-p 

Principais eventos cardiovasculares 

[infarto agudo do miocárdio (IAM) 

fatal e não fatal, infarto do 

miocárdio (IM) silencioso, morte 

por doença arterial coronariana 

transluminal percutânea (PTCA), 

revascularização AVC] 

37% 

83 vs. 127  

0,0010  

 

IM (IAM fatal e não fatal, IM 

silencioso) 

 

42% 

 

38 vs. 64  

 

0,0070  

 

AVC (fatal e não fatal) 

48% 

21 vs. 39  

0,0163  

IAM = infarto agudo do miocárdio; RVM = revascularização do miocárdio; DAC = doença arterial coronariana; IM = infarto 

do miocárdio; PTCA = angioplastia coronária transluminal percutânea. 

 

Não houve evidência de uma diferença no efeito do tratamento do paciente por sexo, idade ou nível de LDL-C da linha de 

base. Uma redução no risco de morte de 27% (82 mortes no grupo placebo comparado a 61 mortes no braço tratado) foi 

observada com uma significância estatística limítrofe (p = 0,0592). A incidência geral dos eventos adversos ou eventos 

adversos sérios foi similar entre os grupos sob tratamento. 

 

Prevenção Secundária de Eventos Cardiovasculares:  no  estudo  Tratamento  até  Novas  Metas  mais  conhecido  como 

Treating to  New  Targets (TNT), o  efeito  de  atorvastatina cálcica  80  mg/dia  vs.  atorvastatina cálcica  10 mg/dia na redução 

de eventos  cardiovasculares  foi avaliado  em 10.001  indivíduos  (94%  de raça branca,  81%  de sexo  masculino,  38%  ≥  65 

anos  de  idade)  com  doença  cardíaca  coronariana clinicamente evidente que  tinham atingido a meta de LDL-C  < 130 mg/dL 

após completarem o período de introdução de 8 semanas com atorvastatina cálcica 10 mg/dia, em regime aberto. Os indivíduos 

foram  randomizados  para  receber  10  mg/dia  ou 80  mg/dia  de  atorvastatina cálcica  e  acompanhados  por  uma  duração 

mediana  de  4,9  anos.  O  endpoint  primário foi  o  tempo  até  a primeira  ocorrência  de  qualquer  um  dos  seguintes  eventos 

cardiovasculares importantes:  óbito em decorrência  de  insuficiência  cardíaca  congestiva,  infarto  do  miocárdio  não  fatal, 

parada  cardíaca  ressuscitada  e  acidente  vascular  cerebral  fatal e não  fatal.  Os  níveis  médios de LDL-C,  colesterol  total, 

triglicérides e colesterol  não-  HDL  e  HDL  na  semana  12  foram  de  73  mg/dL,  145  mg/dL,  128  mg/dL,  98  mg/dL  e  47 

mg/dL, respectivamente,  durante  o  tratamento  com  80 mg  de  atorvastatina cálcica  e  99  mg/dL,  177  mg/dL,  152  mg/dL, 

129  mg/dL  e  48  mg/dL, respectivamente,  durante  o  tratamento com  10  mg  de  atorvastatina cálcica. O  tratamento  com 

atorvastatina cálcica 80 mg/dia reduziu significativamente a taxa de eventos cardiovasculares maiores (MCVE) (434 eventos 

no  grupo  recebendo 80  mg/dia  vs.  548  eventos  no  grupo  recebendo 10  mg/dia)  com uma  redução  do  risco  absoluto  de 

2,2%  e do  risco  relativo  de  22%,  razão  de  risco  de  0,78,  IC de  95%  (0,69-0,89), p = 0,0002  (vide Figura 2 e Tabela 3). 

A redução  global do risco foi consistente  independentemente da idade (< 65, ≥ 65) ou sexo. 

 

Figura  2. Efeito  da atorvastatina cálcica  80 mg/dia  vs. 10 mg/dia  no Tempo  até a Ocorrência de Eventos Cardíacos 

Importantes  (TNT) 

 

 

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atorvastatina 

80 mg reduz 

significantemente o risco dos seguintes:

 

 

 

Tabela 3 – Visão Geral dos Resultados  de Eficácia  no Estudo TNT 

Endpoint 

atorvastatina  10 mg 

(n = 5.006) 

atorvastatina 80 

mg 

(n = 4.995) 

Razão de riscoa 

(IC 95%) 

 

(%) 

(%) 

 

ENDPOINT 

primário 

 Primeiro endpoint cardiovascular 

importante 

548 

10,9 

434 

8,7 

0,78 (0,69-0,89) 

 Componentes  do Endpoint  Primário 

 Óbito por DCC 

127 

2,5 

101 

2,0 

0,80 (0,61-1,03) 

 IM não fatal,  não relacionado ao 

procedimento 

308 

6,2 

243 

4,9 

0,78 (0,66-0,93) 

 Parada cardíaca ressuscitada 

26 

0,5 

25 

0,5 

0,96 (0,56-1,67) 

 Acidente vascular cerebral (fatal e não 

fatal) 

155 

3,1 

117 

2,3 

0,75 (0,59-0,96) 

 ENDPOINTS

  secundários* 

 Primeira ICC com hospitalização 

164 

3,3 

122 

2,4 

0,74 (0,59-0,94) 

 Primeiro endpoint DVP 

282 

5,6 

275 

5,5 

0,97 (0,83-1,15) 

 Primeiro bypass da artéria coronária 

(CABG) ou outro procedimento  de 

revascularização coronarianab 

904 

18,1 

667 

13,4 

0,72 (0,65-0,80) 

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 Primeiro endpoint documentado de 

anginab  

615 

12,3 

545 

10,9 

0,88 (0,79-0,99) 

 Mortalidade  por todas as causas 

282 

5,6 

284 

5,7 

1,01 (0,85-1,19) 

 Componentes  da mortalidade  por todas as causas 

 Óbito cardiovascular 

155 

3,1 

126 

2,5 

0,81 (0,64-1,03) 

 Óbito não cardiovascular 

127 

2,5 

158 

3,2 

1,25 (0,99-1,57) 

 Óbito decorrente  de câncer 

75 

1,5 

85 

1,7 

1,13 (0,83-1,55) 

 Outro óbito não cardiovascular 

43 

0,9 

58 

1,2 

1,35 (0,91-2,00) 

 Suicídio,  homicídio e outros óbitos 

traumáticos  não cardiovasculares 

0,2 

15 

0,3 

1,67 (0,73-3,82) 

a atorvastatina 80 mg: atorvastatina 10 mg. 

b componente de outros endpoints secundários. 

* principal endpoint cardiovascular (MCVE) = morte devido doença cardíaca coronariana, infarto do miocárdio não fatal, parada 

cardíaca ressuscitada e AVC fatal e não fatal. 

** endpoints  secundários  não incluídos  no endpoint primário. 

HR = hazard ratio; IC = intervalo de confiança; IM = infarto do miocárdio; ICC = insuficiência cardíaca congestiva; CABG - 

bypass da artéria coronária. 

Os intervalos  de confiança  dos endpoints secundários  não foram ajustados  para comparações  múltiplas. 

 

Dentre  os  eventos  incluídos  no  endpoint primário  de  eficácia,  o  tratamento  com  atorvastatina cálcica  80  mg/dia reduziu 

significativamente a taxa de infarto do miocárdio  não fatal, e não relacionado ao procedimento e a taxa de acidente vascular 

cerebral  fatal  e  não  fatal,  porém  não  reduziu  a  taxa  de  óbito  decorrente  de  doença  cardíaca coronariana ou  a  taxa de 

parada cardíaca ressuscitada  (Tabela  3). Dentre  os  endpoints secundários  pré-definidos,  o tratamento  com atorvastatina 

cálcica 80 mg/dia reduziu significativamente a  taxa de revascularização coronariana, angina  e hospitalização por insuficiência 

cardíaca, porém  não  reduziu a  taxa  de doença vascular  periférica. A  redução  da  taxa de  ICC com  hospitalização foi 

observada em  apenas 8%  dos pacientes com história anterior de ICC. 

 

Não  foi observada  diferença  significativa entre  os grupos  de  tratamento  com  relação a todas as causas de  mortalidade: 282 

(5,6%) no grupo atorvastatina 10 mg/dia vs. 284 (5,7%) no grupo atorvastatina 80 mg/dia  por  todas  as causas (Tabela 3). A 

proporção de pacientes com óbito cardiovascular, incluindo os componentes  de óbito decorrente de  ICC  e acidente  vascular 

cerebral  fatal  foi  numericamente menor  no  grupo  recebendo tratamento com  atorvastatina  cálcica  80  mg  que  no  grupo 

recebendo  atorvastatina  cálcica  10 mg. A proporção  de indivíduos com óbito não cardiovascular foi numericamente  maior 

no grupo recebendo  tratamento  com atorvastatina  cálcica 80 mg que no grupo recebendo  atorvastatina  cálcica 10 mg. 

 

No  estudo Redução  Incremental nos Endpoints  Através  da  Redução  Agressiva  dos  Lipídeos,  mais  conhecido  como 

Incremental  Decrease  in Endpoints  Through  Aggressive  Lipid  Lowering  Study  (IDEAL),  o tratamento  com atorvastatina 

cálcica  80 mg/dia  foi comparado  ao tratamento  com  sinvastatina  20 mg/dia a 40  mg/dia  em 8.888  indivíduos com até 80 

anos de idade e com histórico de DCC, para avaliar se poderia ser atingida uma redução no risco cardiovascular. Os pacientes 

eram  na maioria  de  sexo  masculino  (81%),  de  raça  branca  (99%)  e com  idade  média de 61,7  anos,  apresentando  níveis 

médios de LDL-C de 121,5 mg/dL por ocasião da randomização;  76% estavam recebendo terapia  com estatina. Neste  estudo 

prospectivo,  randomizado, aberto,  com  desfecho  cego  (PROBE)  sem  período  de  introdução,  os  indivíduos  foram 

acompanhados por uma duração mediana de 4,8 anos. Os níveis médios  de LDL-C,  colesterol total, triglicérides e colesterol 

HDL  e  não-HDL na  semana  12  eram  de  78 mg/dL,  145 mg/dL, 115 mg/dL,  45 mg/dL  e 100  mg/dL, respectivamente, 

durante  o tratamento  com  80  mg  de  atorvastatina cálcica  e 105 mg/dL,  179 mg/dL,  142 mg/dL,  47 mg/dL  e 132  mg/dL, 

respectivamente, durante o tratamento  com 20 mg a 40 mg de sinvastatina. 

 

Não foi observada diferença significativa entre os grupos de tratamento com relação ao endpoint primário, a taxa de primeiro 

evento  coronariano  importante  (doença  cardíaca  coronariana  fatal,  infarto  do  miocárdio  não  fatal  e  parada  cardíaca 

ressuscitada):   411  (9,3%)  no  grupo  recebendo  atorvastatina cálcica  80  mg/dia  vs.  463  (10,4%) no  grupo  recebendo 

sinvastatina  20 mg a 40 mg/dia, razão de risco 0,89, IC 95% (0,78-1,01),  p = 0,07. 

 

Não  foram observadas diferenças significativas entre  os  grupos de  tratamento com  relação à mortalidade por todas as causas: 

366 (8,2%) no grupo recebendo atorvastatina cálcica 80 mg/dia vs. 374 (8,4%) no grupo recebendo  sinvastatina  20 mg a 40 

mg/dia.  A  proporção  de  pacientes  com  óbito  cardiovascular  ou  não  cardiovascular  foi  similar  aos  grupos  recebendo 

atorvastatina  cálcica 80 mg e sinvastatina  20 mg a 40 mg. 

 

Referências Bibliográficas: 

• 

McCrindle BW1, Ose L, Marais AD. Efficacy and safety of atorvastatin in children and adolescents with familial 

hypercholesterolemia or severe hyperlipidemia: a multicenter, randomized, placebo-controlled trial.J Pediatr. 2003 

Jul;143(1):74-80. 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

• 

Sever PS et al. for the ASCOT investigators. Prevention of coronary and stroke events with atorvastatin in hypertensive 

patients who have average or lower than-average cholesterol concentrations, in the Anglo-Scandinavian Cardiac Outcomes Trial 

– Lipid Lowering Arm (ASCOT-LLA): a multicentre, randomized, controlled trial. Lancet 2003;361:1149-58. 
• 

Sever PS et al. Different time course for prevention of coronary and stroke events by atorvastatin in the Anglo-Scandinavian 

Cardiac Outcomes Trial–Lipid-Lowering Arm (ASCOT-LLA). Am J Cardiol 2005;96:39F-44F. 
• 

Law MR et al. Quantifying effect of statins on low density lipoprotein cholesterol, ischaemic heart disease, and stroke: 

systematic review and meta-analysis. BMJ 2003;326:1423. 
• 

 Colhoun HM et al. Primary prevention of cardiovascular disease with atorvastatin in type 2 diabetes in the Collaborative 

Atorvastatin Diabetes Study (CARDS): multicentre, randomized, placebo-controlled trial. Lancet 2004;364:685-96. 
• 

Steven E. Nissen, Md, et al. Effect of Intensive Compared With Moderate Lipid-Lowering Therapy on Progression of 

Coronary Atherosclerosis. A Randomized Controlled Trial. JAMA. 2004;291(9):1071-1080. doi:10.1001/jama.291.9.1071. 
• 

The Stroke Prevention by Aggressive Reduction in Cholesterol Levels (SPARCL) Investigators. High-dose atorvastatin after 

stroke or transient ischemic attack. N Engl J Med 2006;355:549-59. 
• 

LaRosa JC et al. for the Treating to New Targets (TNT) Investigators. Intensive lipid lowering with atorvastatin in patients 

with stable coronary disease. N Engl J Med 2005;352:1425-35. 
• 

Pedersen TR et al. High-dose atorvastatin vs usual-dose simvastatin for secondary prevention after myocardial infarction. The 

IDEAL study: a randomized controlled trial. JAMA 2005;294:2437-45. 

 

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 

Propriedades Farmacodinâmicas 

A atorvastatina cálcica é um agente de redução de lípides sintéticos, que é um inibidor da HMG-CoA redutase. Esta enzima 

catalisa a conversão de HMG-CoA em mevalonato, uma etapa inicial e limitante da velocidade na biossíntese do colesterol. 

A fórmula empírica de atorvastatina cálcica é (C33H34FN2O5)2Ca • 3H2O e o seu peso molecular é 1209,42. A sua fórmula 

estrutural é: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A atorvastatina cálcica é um pó cristalino branco a esbranquiçado, praticamente insolúvel em soluções aquosas de pH 4 e abaixo. 

Ele é muito pouco solúvel em água destilada, pH 7,4 tampão de fosfato e acetonitrilo; ligeiramente solúvel em etanol; e 

livremente solúvel em metanol.

 

 

Mecanismo de Ação: a atorvastatina é um inibidor seletivo e competitivo da HMG-CoA redutase, a enzima limitante da 

velocidade que converte HMG-Co-A a mevalonato, um precursor de esteróis, incluindo o colesterol. Em pacientes com 

hipercolesterolemia familiar homozigótica e heterozigótica, formas não familiares de hipercolesterolemia e dislipidemia mista, 

a atorvastatina reduz o CT (colesterol total), LDL-C (lipoproteína de baixa densidade) e apo B (apolipoproteína B). A 

atorvastatina também reduz o VLDL-C (lipoproteínas de densidade muito baixa) e os TG (triglicérides) e produz aumentos 

variáveis no HDL-C (lipoproteínas de alta densidade). 

 

A atorvastatina diminui os níveis plasmáticos de colesterol e lipoproteínas através da inibição da HMG-CoA redutase e da 

síntese de colesterol no fígado, e aumenta o número de receptores de LDL hepáticos na superfície da célula, aumentando a 

absorção e o catabolismo do LDL. 

 

A atorvastatina reduz a produção e o número de partículas de LDL. Produz um aumento marcante e prolongado na atividade do 

receptor de LDL, além de promover uma alteração benéfica na qualidade das partículas de LDL circulantes. O fármaco é eficaz 

na redução de LDL em pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica, uma população que não responde 

normalmente à medicação de redução lipídica. 

 

A atorvastatina e alguns de seus metabólitos são farmacologicamente ativos em humanos. O principal sítio de ação da 

atorvastatina é o fígado, que é o principal local de síntese de colesterol e clearance de LDL. A redução no LDL-C está mais 

relacionada à dose do medicamento do que à concentração sistêmica do fármaco. A individualização da dose do medicamento 

deve ser baseada na resposta terapêutica (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

 

Em um estudo dose-resposta, a atorvastatina (10 mg – 80 mg) demonstrou reduzir as concentrações de CT (30% –46%), LDL-

C (41% –  61%), apo B (34% –  50%) e triglicérides (14% –  33%). Estes resultados são compatíveis em pacientes com 

hipercolesterolemia familiar heterozigótica, formas não familiares de hipercolesterolemia e hiperlipidemia mista, incluindo 

pacientes com diabetes mellitus não insulino-dependentes. 

 

Em pacientes com hipertrigliceridemia isolada, a atorvastatina reduz o CT, o LDL-C, o VLDL-C, a apo B, triglicérides e não-

HDL-C, e aumenta o HDL-C. Em pacientes com disbetalipoproteinemia, reduz a lipoproteína de densidade intermediária-

colesterol (IDL-C). 

 

Em pacientes com hiperlipoproteinemia de Fredrickson  tipos IIa e IIb, reunidos em 24 estudos controlados, o aumento 

percentual médio a partir do valor basal no HDL-C para atorvastatina (10 mg – 80 mg) foi de 5,1 – 8,7% de maneira não 

relacionada à dose. Além disso, a análise destes dados demonstrou uma redução significativa relacionada à dose nas proporções 

de CT/HDL-C e LDL-C/HDL-C, variando de -29% para -44% e -37% para -55%, respectivamente. 

 

Propriedades Farmacocinéticas 

 

Farmacocinética e Metabolismo 

Absorção: a atorvastatina é rapidamente absorvida após administração oral e concentrações plasmáticas máximas são atingidas 

dentro de 1 a 2 horas. A extensão da absorção e as concentrações plasmáticas aumentam em proporção à sua dose. A 

atorvastatina em comprimidos apresenta biodisponibilidade entre 95% e 99% em comparação à solução. A biodisponibilidade 

absoluta é de aproximadamente 14% e a disponibilidade sistêmica da atividade inibitória sobre a HMG-CoA redutase é de 

aproximadamente 30%. A baixa disponibilidade sistêmica é atribuída ao clearance pré-sistêmico na mucosa gastrintestinal e/ou 

ao metabolismo hepático de primeira passagem. Embora o alimento diminua a taxa e a extensão da absorção do fármaco em 

aproximadamente 25% e 9%, respectivamente, como observado através da Cmáx e da ASC, a redução no LDL-C é semelhante 

se a atorvastatina for administrada com ou sem alimentos. As concentrações plasmáticas de atorvastatina são mais baixas 

(aproximadamente 30% para Cmáx e ASC) após a administração do medicamento à noite, quando comparada à administração 

pela manhã. Entretanto, a redução no LDL-C é a mesma independente da hora em que o fármaco é administrado (vide item 8. 

POSOLOGIA E MODO DE USAR).  

 

Distribuição: o volume médio de distribuição da atorvastatina é de aproximadamente 381 litros. A atorvastatina apresenta uma 

taxa de ligação às proteínas plasmáticas igual ou superior a 98%. Uma proporção glóbulo vermelho do sangue/plasma de 

aproximadamente 0,25 indica baixa penetração do fármaco nos glóbulos vermelhos do sangue (eritrócitos). 

 

Metabolismo: a atorvastatina é amplamente metabolizada a derivados orto e para-hidroxilados e a vários produtos de beta-

oxidação. A inibição da HMG-CoA redutase pelos metabólitos orto e para-hidroxilados in vitro é equivalente àquela observada 

com a atorvastatina. Aproximadamente 70% da atividade inibitória circulante sobre a HMG-CoA redutase é atribuída aos 

metabólitos ativos. Estudos in vitro sugerem a importância do metabolismo da atorvastatina pelo citocromo hepático P450 3A4, 

conforme o aumento das concentrações plasmáticas de atorvastatina em humanos após coadministração de eritromicina, um 

inibidor conhecido desta isoenzima. Estudos in vitro também indicaram que a atorvastatina é um inibidor fraco do citocromo 

P450 3A4. A coadministração de atorvastatina e terfenadina não produziu um efeito clinicamente significante nas concentrações 

plasmáticas da terfenadina, um composto predominantemente metabolizado pelo citocromo P450 3A4. Portanto, é improvável 

que a atorvastatina altere significantemente a farmacocinética de outros substratos do citocromo P450 3A4 (vide item 6. 

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). Em animais, o metabólito orto-hidroxilado sofre posteriormente glicuronidação. 

 

Excreção: a atorvastatina e seus metabólitos são eliminados principalmente na bile após metabolismo hepático e/ou extra-

hepático; entretanto, o fármaco parece não sofrer recirculação entero-hepática. A meia-vida de eliminação plasmática média em 

humanos é de aproximadamente 14 horas, mas a meia-vida da atividade inibitória para a HMG-CoA redutase é de 20 a 30 horas, 

devido à contribuição dos metabólitos ativos. Menos de 2% de uma dose de atorvastatina é recuperada na urina após 

administração oral. 

 

A atorvastatina é um substrato dos transportadores hepáticos, transportador OATP1B1 e OATP1B3. Metabólitos de 

atorvastatina são substratos do OATP1B1. A atorvastatina também é identificada como substrato dos transportadores de efluxo 

MDR1 e BCRP, o que pode limitar a absorção intestinal e a depuração biliar da atorvastatina. 

 

Populações Especiais 

Idosos: as concentrações plasmáticas da atorvastatina se apresentam mais elevadas (aproximadamente 40% para Cmáx e 30% 

para ASC) em indivíduos idosos sadios (65 anos de idade ou mais) do que em adultos jovens. O estudo ACCESS avaliou 

especificamente pacientes idosos com relação ao alcance da meta de tratamento segundo o Programa Nacional de Colesterol 

dos EUA (NCEP – National Cholesterol Education Program). O estudo incluiu 1.087 pacientes com menos de 65 anos, 815 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

pacientes com mais de 65 anos e 185 pacientes com mais de 75 anos de idade. Não foram observadas diferenças entre pacientes 

idosos e a população em geral com relação à segurança, eficácia ou alcance do objetivo do tratamento de lípides. 

 

Crianças: não foram conduzidos estudos de farmacocinética na população pediátrica. 

 

Sexo: as concentrações plasmáticas de atorvastatina em mulheres são diferentes das observadas nos homens (aproximadamente 

20% mais altas para Cmáx e 10% mais baixas para ASC). Entretanto, não houve diferenças clinicamente significativas do efeito 

nos lípides entre homens e mulheres. 

 

Insuficiência renal: disfunção renal não apresenta influência nas concentrações plasmáticas ou no efeito da atorvastatina como 

hipolipemiante. Portanto, não é necessário o ajuste de dose em pacientes com disfunção renal (vide item 8. POSOLOGIA E 

MODO DE USAR).  

 

Hemodiálise: apesar de não terem sido realizados estudos em pacientes com insuficiência renal em estágio terminal, não se 

espera que a hemodiálise aumente significativamente o clearance da atorvastatina, uma vez que este fármaco se liga amplamente 

às proteínas plasmáticas. 

 

Insuficiência hepática: as concentrações plasmáticas de atorvastatina aumentam acentuadamente (aproximadamente 16 vezes 

na Cmáx  e 11 vezes na ASC) em pacientes com hepatopatia alcoólica crônica (classe B de Child-Pugh) (vide item 4. 

CONTRAINDICAÇÕES).  

 

Interações medicamentosas: o efeito de medicamentos coadministrados sobre a farmacocinética de atorvastatina, bem como 

o efeito da atorvastatina sobre a farmacocinética de medicamentos coadministrados é resumido nas Tabelas 5 e 6 (vide item 5. 

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). 

 

Tabela 4 – Efeitos na farmacocinética da atorvastatina  devido coadministração de medicamentos 

Medicamento coadministrado e regime de 

dose 

atorvastatina 

Dose (mg) 

Proporção da 

ASC& 

Proporção da 

Cmáx& 

 #

 ciclosporina  5,2 mg/kg/dia, dose estável  10 mg, uma vez ao dia, por 

28 dias 

8,7 

10,7 

 #

 tipranavir 500 mg, duas vezes ao dia / 

ritonavir 200 mg, duas vezes ao dia, 7 dias 

 

10 mg, dose única 

9,4 

8,6 

glecaprevir 400 mg, uma vez ao dia / 

pibrentasvir 120 mg uma vez ao dia, 7 dias 

10 mg, uma vez ao dia 

por 7 dias 

8,3 

22,0 

 #

 telaprevir 750 mg a cada 8 horas, 10 dias 

20 mg, dose única 

7,9 

10,6 

elbasvir 50 mg, uma vez ao dia / 

grazoprevir 200 mg, uma vez ao dia, 13 

dias 

10 mg, dose única 

1,95 

4,3 

* boceprevir  800 mg, três vezes ao dia, 7 

dias 

40 mg, dose única 

2,3 

2,7 

simeprevir 150 mg, uma vez ao dia, 10 

dias 

40 mg, dose única 

2,12 

1,7 

 #

 lopinavir 400 mg, duas vezes ao dia / 

ritonavir 100 mg, duas vezes ao dia, 14 dias 

20 mg, uma vez ao dia, por 

4 dias 

5,9 

4,7 

 #

,‡ saquinavir 400 mg, duas vezes ao dia / 

ritonavir 400 mg, duas vezes ao dia, 15 dias 

40 mg, uma vez ao dia, por 

4 dias 

3,9 

4,3 

 #

 claritromicina  500 mg, duas vezes ao dia, 9 

dias 

80 mg, uma vez ao dia, por 

8 dias 

4,5 

5,4 

 #

 darunavir 300 mg, duas vezes ao dia / 

ritonavir  100 mg, duas vezes ao dia, 9 dias 

 

10 mg, uma vez ao dia, por 

4 dias 

3,4 

2,2 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

 #

 itraconazol 200 mg, uma vez ao dia, 4 dias 

40 mg, dose única 

3,3 

1,20 

# letermovir 480 mg, uma vez ao dia, 10 dias 

20 mg, dose única 

3,29 

2,17 

 #

 fosamprenavir  700 mg, duas vezes ao dia / 

ritonavir 100 mg, duas vezes ao dia, 14 dias 

 

10 mg, uma vez ao dia, por 

4 dias 

2,5 

2,8 

 #

 fosamprenavir  1.400 mg, duas vezes ao dia, 

14 dias 

10 mg, uma vez ao dia, por 

4 dias 

2,3 

4,0 

 #

 nelfinavir 1.250 mg, duas vezes ao dia, 14 

dias  

10 mg, uma vez ao dia, por 

28 dias 

1,74 

2,2 

 #

 suco de Grapefruit 240 mL, uma vez ao 

dia a,* 

40 mg, dose única 

1,37 

1,16 

 diltiazem 240 mg, uma vez ao dia, 28 dias 

40 mg, dose única 

1,51 

1,00 

 eritromicina  500 mg, quatro vezes ao dia, 7 

dias 

10 mg, dose única 

1,33 

1,38 

 anlodipino  10mg, dose única 

80 mg, dose única 

1,18 

0,91 

 cimetidina  300mg, quatro vezes ao dia, 2 

semanas 

10 mg , uma vez ao dia, 

 

por 2 semanas 

1,00 

0,89 

 colestipol  10g, duas vezes ao dia, 24 

semanas 

40 mg, uma vez ao dia, por 

8 semanas 

NA 

0,74** 

 Maalox TC® 30mL, quatro vezes ao dia, 17 

dias 

10 mg, uma vez ao dia, por 

15 dias 

0,66 

0,67 

 efavirenz 600 mg, uma vez ao dia, 14 dias 

10 mg por 3 dias 

0,59 

1,01 

 #rifampicina 600 mg, uma vez ao dia, 7 dias 

(coadministrado)† 

40 mg, dose única 

1,12 

2,9 

#rifampicina 600  mg, uma vez ao dia,  5 

dias  (doses separadas)† 

40 mg, dose única 

0,20 

0,60 

#genfibrozila  600 mg, duas vezes ao dia, 7 

dias 

40 mg, dose única 

1,35 

1,00 

#fenofibrato 160 mg, uma vez ao dia, 7 dias 

40 mg, dose única 

1,03 

1,02 

Representa proporção de tratamentos (medicamento coadministrado com atorvastatina vs atorvastatina isolada). 

#

 vide itens  5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, para significância clínica. 

Aumentos elevados na ASC (proporção da ASC até 2,5) e/ou Cmáx (proporção da Cmáx até 1,71) foram relatados com o consumo 

excessivo de suco de Grapefruit (≥ 750 mL – 1,2 litro/dia). 

**

 Proporção baseada em amostra única administrada 8 – 16 h pós-dose. 

† 

Devido ao mecanismo de dupla interação da rifampicina, é recomendada a coadministração simultânea de atorvastatina com 

rifampicina, visto que o atraso na administração de atorvastatina após administração de rifampicina foi associada a uma redução 

significativa das concentrações plasmáticas de atorvastatina. 

‡ 

A dose de saquinavir e ritonavir neste estudo não é a dose usada clinicamente. O aumento da exposição à atorvastatina quando 

usada clinicamente, provavelmente seja superior ao observado no presente estudo. Por isso cautela deve ser tomada e a menor dose 

necessária deve ser usada. 

 

Tabela 5 – Efeito da atorvastatina  na farmacocinética de medicamentos  coadministrados 

 

 atorvastatina 

Medicamento  coadministrado e regime de dose 

 

Medicamento/Dose (mg) 

Proporção  da ASC& 

Proporção da Cmáx& 

 80 mg, uma vez ao dia 

por 15 dias 

antipirina,  600 mg, dose única 

1,03 

0,89 

 80 mg, uma vez ao dia 

por 10 dias 

# digoxina  0,25 mg, uma vez ao dia, 

20 dias 

1,15 

1,20 

 40 mg, uma vez ao dia 

por 22 dias 

contraceptivo  oral, uma vez ao dia, 2 

meses 

- noretindrona  1 mg 

- etinilestradiol  35 µg 

1,28 

1,19 

1,23 

1,30 

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atorvastatina_COM REV_VPS 

 

 

VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

 10 mg, dose única 

tipranavir 500 mg, duas vezes ao dia / 

ritonavir 200 mg, duas vezes ao dia, 7 

dias 

1,08 

0,96 

 10 mg, uma vez ao dia 

por 4 dias 

fosamprenavir  1.400 mg, duas vezes 

ao dia, 14 dias 

0,73 

0,82 

 10 mg, uma vez ao dia 

por 4 dias 

fosamprenavir 700 mg, duas vezes ao 

dia / ritonavir 100 mg, duas vezes ao 

dia, 14 dias 

0,99 

0,94 

&

 Representa proporção de tratamentos (medicamento coadministrado com atorvastatina versus atorvastatina isolada). 

#

 vide item “6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”, para significância clínica. 

 

Dados de Segurança Pré-Clínicos 

Carcinogênese, Mutagênese e Distúrbios da Fertilidade: a atorvastatina não se mostrou carcinogênica em ratos. A dose 

máxima utilizada foi 63 vezes maior, em mg/kg de peso corpóreo, do que a dose máxima recomendada para humanos (80 

mg/dia) e de 8 a 16 vezes maior baseada nos valores de ASC (0-24). Em um estudo de 2 anos realizado com camundongos, as 

incidências de adenomas hepatocelulares em machos e de carcinomas hepatocelulares em fêmeas se mostraram aumentadas na 

dose máxima utilizada, que foi 250 vezes superior, em mg/kg de peso corpóreo, do que a dose máxima recomendada para 

humanos. A exposição sistêmica foi de 6 a 11 vezes superior, baseada na ASC (0-24). Todos os outros fármacos quimicamente 

semelhantes desta classe induziram tumores em ratos e camundongos com doses de 12 a 125 vezes superiores à dose clínica 

máxima recomendada, baseada em mg/kg de peso corpóreo. 

 

A atorvastatina não demonstrou potencial mutagênico ou clastogênico em 4 testes in vitro, com ou sem ativação metabólica, 

nem em 1 estudo in vivo. Apresentou-se negativa para o teste de Ames com Salmonella typhimurium e Escherichia coli e no 

ensaio in vitro de hipoxantina-guanina fosforibosiltransferase (HGPRT) forward mutation em células pulmonares de hamster 

chinês. Não produziu aumentos significantes em aberrações cromossômicas no ensaio in vitro  com células pulmonares de 

hamster chinês e se apresentou negativa no teste in vivo de mouse micronucleus

. 

 

Não foi observado efeito adverso na fertilidade ou reprodução em ratos machos que receberam doses de atorvastatina de até 175 

mg/kg/dia ou em fêmeas que receberam doses de até 225 mg/kg/dia. Estas doses são de 100 a 140 vezes superiores, em mg/kg 

de peso corpóreo, à dose máxima recomendada para humanos. A atorvastatina não causou efeito adverso nos parâmetros de 

esperma ou sêmen, ou na histopatologia do órgão reprodutivo em cães que receberam doses de 10 mg/kg, 40 mg/kg ou 120 

mg/kg por 2 anos. 

 

4. CONTRAINDICAÇÕES 

A atorvastatina cálcica é contraindicada a pacientes que apresentam: 

  Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula; 

  Doença hepática ativa ou elevações persistentes inesperadas das transaminases séricas, excedendo em 3 vezes o limite 

superior da normalidade (ULN); 

ou que estão: 

  Grávidas, amamentando ou a mulheres em idade fértil que não estejam utilizando medidas contraceptivas eficazes. A 

atorvastatina cálcica deve ser administrada a adolescentes e mulheres em idade fértil somente quando a gravidez se 

verificar altamente improvável e desde que estas pacientes tenham sido informadas dos potenciais riscos ao feto. 

 

Este medicamento é contraindicado para menores de 10 anos de idade. 

Vast®  (atorvastatina cálcica)  é um medicamento classificado na categoria X de risco de gravidez. Portanto, este 

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. 

 

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 

Em indivíduos em fase de crescimento ou pré-púberes,  a terapêutica de escolha inicial para a hipercolesterolemia familiar 

heterozigótica é constituída por fármacos não absorvidos, como a colestiramina ou o colestipol. A associação desses agentes 

com atorvastatina cálcica pode ser utilizada para que doses mais elevadas de atorvastatina não sejam necessárias para atingir as 

metas de tratamento. Foram conduzidos estudos de eficácia e segurança em pacientes pediátricos com hipercolesterolemia 

familiar por um período máximo de 52 semanas. Portanto, recomenda-se adequada monitoração desses pacientes quando o 

período de administração de atorvastatina cálcica for superior a 1 ano. 

 

Efeitos Hepáticos: assim como ocorre com outros agentes redutores de lípides da mesma classe, elevações moderadas [> 3 

vezes o limite superior da normalidade (ULN)] das transaminases séricas foram relatadas após tratamento com atorvastatina. A 

função hepática foi monitorada tanto durante estudos clínicos de atorvastatina pré-comercialização quanto em estudos pós-

comercialização, administrando-se as doses de 10 mg, 20 mg, 40 mg e 80 mg. Aumentos persistentes nas transaminases séricas 

(> 3 vezes o limite superior da normalidade em duas ou mais ocasiões) ocorreram em 0,7% dos pacientes que receberam 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

atorvastatina nestes estudos clínicos. A incidência dessa anormalidade foi de 0,2%, 0,2%, 0,6% e 2,3% para doses de 10 mg, 20 

mg, 40 mg e 80 mg, respectivamente. Em geral, os aumentos não estavam associados à icterícia ou a outros sinais e sintomas 

clínicos. Quando a dose de atorvastatina foi reduzida ou o tratamento foi interrompido ou descontinuado, os níveis de 

transaminases retornaram aos níveis anteriores ao tratamento. A maioria dos pacientes continuou o tratamento com uma dose 

reduzida de atorvastatina sem sequelas. 

 

Estudo Tratamento até Novas Metas (Treating to New Targets - TNT): no estudo TNT, incluindo 10.001 indivíduos com 

doença cardíaca coronariana clinicamente evidente tratados com atorvastatina cálcica 10 mg/dia (n = 5.006) ou atorvastatina 

cálcica 80 mg/dia (n = 4.995), foram observados mais eventos adversos sérios e descontinuações em decorrência de eventos 

adversos no grupo recebendo a dose alta de atorvastatina (92, 1,8%; 497, 9,9%, respectivamente) comparado ao grupo recebendo 

a dose baixa (69, 1,4%; 404, 8,1%, respectivamente) durante uma mediana de acompanhamento de 4,9 anos. Elevações 

persistentes nas transaminases [≥ 3 vezes o limite superior da normalidade (LSN) duas vezes dentro de 4-10 dias] ocorreram em 

62 (1,3%) indivíduos recebendo atorvastatina 80 mg e em nove (0,2%) indivíduos recebendo atorvastatina 10 mg. Elevações na 

creatina quinase (≥ 10 vezes o LSN) foram de modo geral baixas, porém mais altas no grupo de tratamento recebendo a dose 

alta de atorvastatina (13; 0,3%) comparado ao grupo recebendo a dose baixa de atorvastatina (6; 0,1%). 

 

Estudo Redução Incremental nos Endpoints  Através da Redução Agressiva de Lipídeos (Incremental Decrease in 

Endpoints Through Aggressive Lipid Lowering 

-  IDEAL):  o estudo IDEAL incluiu 8.888 indivíduos tratados com 

atorvastatina cálcica 80 mg/dia (n = 4.439) ou sinvastatina 20-40 mg/dia (n = 4.449), não foi observada diferença na frequência 

global de eventos adversos ou eventos adversos sérios entre os grupos de tratamento, durante uma mediana de tratamento de 4,8 

anos. Testes de função hepática devem ser realizados antes do início e periodicamente durante o tratamento. Pacientes que 

desenvolverem qualquer sinal ou sintoma sugestivo de danos hepáticos devem realizar testes de função hepática. Os que 

desenvolverem níveis de transaminases elevados devem ser monitorados até que a(s) anormalidade(s) se resolva(m). Se um 

aumento de AST e ALT maior que 3 vezes o limite superior da normalidade persistir, recomenda-se a redução da dose ou a 

descontinuação do tratamento com atorvastatina cálcica. A atorvastatina pode causar elevação dos níveis de transaminases (vide 

item 9. REAÇÕES ADVERSAS).  

A atorvastatina deve ser utilizada com precaução em pacientes que consomem quantidades substanciais de álcool e/ou 

apresentam histórico de doença hepática. Doença hepática ativa ou elevações persistentes e inesperadas das transaminases são 

contraindicações ao uso de atorvastatina (vide item 4. CONTRAINDICAÇÕES). 

 

Efeitos na Musculatura Esquelética: mialgia foi relatada em pacientes tratados com atorvastatina (vide item 9. REAÇÕES 

ADVERSAS). Miopatia, definida como dor ou fraqueza muscular em conjunto com aumentos nos valores de creatina 

fosfoquinase (CPK) maiores que 10 vezes o limite superior da normalidade, deve ser considerado em qualquer paciente com 

mialgias difusas, alterações da sensibilidade ou fraqueza muscular e/ou elevações consideráveis de CPK. Os pacientes devem 

ser instruídos a relatar imediatamente a ocorrência inesperada de dor muscular, alterações da sensibilidade ou fraqueza muscular, 

particularmente se for acompanhada de mal-estar ou febre. O tratamento com atorvastatina cálcica deve ser descontinuado no 

caso de ocorrência de níveis consideravelmente elevados de CPK ou se diagnóstico ou suspeita de miopatia. O risco de miopatia 

é aumentado com a administração concomitante de medicamentos que aumentam a concentração sistêmica de atorvastatina 

(vide itens 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  e 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS  –  Propriedades 

Farmacocinéticas). Muitos destes fármacos inibem o metabolismo do citocromo P450 3A4 (CYP 3A4) e/ou o transporte do 

fármaco. A CYP 3A4 é a principal isoenzima hepática conhecida por estar envolvida na biotransformação da atorvastatina. Os 

médicos que considerarem o tratamento concomitante de atorvastatina e fibratos, eritromicina, medicamentos 

imunossupressores, antifúngicos azólicos, inibidores da protease do HIV / HCV, inibidores HCV NS5A / NS5B, letermovir ou 

niacina em doses que alteram o perfil lipídico, devem avaliar cuidadosamente os potenciais benefícios e riscos e devem 

monitorar cuidadosamente os pacientes para qualquer sinal e sintoma de dor muscular, alterações da sensibilidade ou fraqueza 

muscular, particularmente durante os meses iniciais de tratamento e durante qualquer período de aumento de dose de um dos 

medicamentos. Por isso, doses menores iniciais e de manutenção de atorvastatina também devem ser consideradas quando a 

atorvastatina é administrada concomitantemente com os medicamentos citados (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE 

USAR). Não se recomenda o uso concomitante de atorvastatina e ácido fusídico, portanto, a  suspensão temporária de 

atorvastatina é aconselhável durante o tratamento com ácido fusídico (vide item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). 

Determinações periódicas de creatina fosfoquinase (CPK) podem ser consideradas em tais situações, mas não há qualquer 

garantia de que tal monitoração irá prevenir a ocorrência de miopatia grave. A atorvastatina pode causar elevação dos níveis de 

creatina fosfoquinase (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS).  

 

 

 

Há relatos muito raros de miopatia necrotizante imunomediada (MNI) durante ou após o tratamento com algumas estatinas (vide 

item 9. Reações Adversas). MNI é clinicamente caracterizado por fraqueza muscular proximal persistente e creatina quinase 

sérica elevada, que persiste apesar da descontinuação do tratamento com estatina, anticorpo anti-HMG CoA redutase positivo e 

melhora com agentes imunossupressores. 

 

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atorvastatina_COM REV_VPS 

 

 

VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

Assim como ocorre com outros fármacos dessa classe, foram relatados raros casos de rabdomiólise acompanhada de 

insuficiência renal aguda decorrente de mioglobinúria. Histórico de comprometimento renal pode ser fator de risco para 

desenvolver rabdomiólise. Os efeitos musculoesqueléticos de tais pacientes devem ser monitorados frequentemente. O 

tratamento com atorvastatina cálcica deve ser interrompido temporariamente ou descontinuado em qualquer paciente com uma 

condição grave e aguda sugestiva de miopatia ou com um fator de risco que o predisponha ao desenvolvimento de insuficiência 

renal decorrente de rabdomiólise (por exemplo, infecção aguda grave, hipotensão, cirurgia de grande porte, politraumatismos, 

distúrbios metabólicos, endócrinos e eletrolíticos e convulsões não controladas). 

 

AVC Hemorrágico: uma análise post-hoc de um estudo clínico com 4.731 pacientes sem DAC que tiveram AVC ou ataque 

isquêmico transitório (AIT) no período de 6 meses e foram iniciados com atorvastatina 80 mg, apresentaram uma incidência 

maior de AVC hemorrágico no grupo com atorvastatina 80 mg comparado ao grupo com placebo (55 da atorvastatina vs. 33 do 

placebo). Pacientes com AVC hemorrágico prévio parecem apresentar um risco maior para AVC hemorrágico recorrente (7 de 

atorvastatina vs. 2 de placebo). Entretanto, em pacientes tratados com atorvastatina 80 mg ocorreram poucos eventos de AVC 

de qualquer tipo (265 vs.  311) e poucos eventos de DAC (123 vs.  204) (vide item 3. CARACTERÍSTICAS 

FARMACOLÓGICAS – Propriedades Farmacodinâmicas – AVC recorrente). 

 

Função endócrina: aumentos nos níveis de hemoglobina A1c (HbA1c) e glicose sérica em jejum foram relatados com 

inibidores de 3-hidroxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, incluindo a atorvastatina. O risco de hiperglicemia, 

entretanto, é compensado positivamente pela redução no risco vascular com estatinas. 

 

Fertilidade, gravidez e lactação: A atorvastatina cálcica é contraindicada durante a gravidez. Mulheres em idade fértil devem 

utilizar medidas contraceptivas adequadas. Vast®  (atorvastatina cálcica) deve ser administrado a mulheres em idade fértil 

somente quando a gravidez se verificar altamente improvável e desde que estas pacientes tenham sido informadas dos potenciais 

riscos ao feto. A atorvastatina cálcica é contraindicada durante a lactação. Não se sabe se a atorvastatina é excretada no leite 

materno. Devido ao potencial de ocorrência de reações adversas em lactentes, mulheres utilizando atorvastatina cálcica não 

devem amamentar. 

 

Atorvastatina cálcica é um medicamento classificado na categoria X de risco de gravidez. Portanto, este medicamento 

não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. 

 

Uso em Crianças: a segurança e eficácia em pacientes com hipercolesterolemia familiar heterozigótica foram avaliadas em 

um estudo clínico controlado de 6 meses de duração em meninas pós-menarca e meninos, com idade variando entre 10 e 17 

anos. Os pacientes tratados com atorvastatina cálcica apresentaram um perfil de eventos adversos similar àqueles observados 

em indivíduos do grupo placebo. Os eventos adversos mais comumente observados nos 2 grupos, independente da avaliação 

de causalidade, foram as infecções. 

Não foram estudadas doses superiores a 20 mg nesta população de pacientes. Neste 

estudo controlado limitado não houve efeito detectável no crescimento ou maturação sexual em rapazes ou no prolongamento 

do ciclo menstrual das adolescentes. As adolescentes devem ser aconselhadas sobre os métodos contraceptivos apropriados 

enquanto estiverem submetidas à terapia com atorvastatina cálcica (vide itens 4. CONTRAINDICAÇÕES e 5. 

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

Atorvastatina cálcica  não foi avaliada  em estudos clínicos controlados envolvendo pacientes pré-adolescentes ou 

pacientes com idade inferior a 10 anos de idade. A eficácia clínica foi avaliada com doses de até 80 mg/dia durante 1 ano em 

um estudo não controlado em pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica,

 incluindo 8 pacientes pediátricos. 

 

Efeitos na Habilidade de Dirigir ou Operar Máquinas: não há evidências de que a atorvastatina cálcica possa afetar a 

habilidade do paciente de dirigir ou operar máquinas. 

 

 

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 

O  risco  de  miopatia  durante  o  tratamento  com  inibidores  da  HMG-CoA  redutase  se  apresenta  aumentado  com  a 

administração  concomitante  de  ciclosporina,  fibratos,  niacina  em  doses  que  alteram  o  perfil  lipídico  ou  inibidores do 

citocromo  P450  3A4/transportadores,  por  exemplo,  eritromicina  e  antifúngicos  azólicos  (vide  a  seguir  e  nos  itens  8. 

POSOLOGIA E MODO DE USAR - Uso combinado com outros medicamentos e 5. ADVERTÊNCIAS  E PRECAUÇÕES 

- Efeitos na Musculatura Esquelética). 

 

 Inibidores do CYP 3A4 

A  atorvastatina é  metabolizada pelo CYP 3A4. Administração concomitante  de atorvastatina  com inibidores  do citocromo 

P450  3A4 pode levar a aumentos  na concentração plasmática  de atorvastatina.  A extensão  da interação  e potencialização 

dos efeitos dependem  da variabilidade  dos efeitos  sobre CYP 3A4.   

 

eritromicina/claritromicina: a coadministração de atorvastatina  com eritromicina  (500 mg, quatro vezes ao dia ou a cada 

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atorvastatina_COM REV_VPS 

 

 

VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

6 horas)  ou claritromicina  (500 mg, duas vezes ao dia ou a cada 12 horas), inibidores conhecidos do CYP 3A4, foi associada 

a concentrações  plasmáticas  mais elevadas da atorvastatina  (vide item 5. ADVERTÊNCIAS  E PRECAUÇÕES - Efeitos na 

Musculatura Esquelética e item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades Farmacocinéticas);   

 

- Inibidores  da protease:  a coadministração de  atorvastatina e inibidores  da protease,  inibidores conhecidos 

do CYP 3A4 

foi  associada  ao  aumento  nas  concentrações  plasmáticas  de  atorvastatina  (vide item 3. CARACTERÍSTICAS 

FARMACOLÓGICAS - Propriedades Farmacocinéticas);  

 

-  cloridrato  de  diltiazem:  a  coadministração  de  atorvastatina  (40  mg)  com  diltiazem  (240  mg)  foi  associado  com 

concentrações  plasmáticas  maiores  de atorvastatina (vide item  3.  CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS  – 

Propriedades Farmacocinéticas);   

 

-  cimetidina:  um  estudo de interação de atorvastatina com cimetidina  foi realizado e não foi observada interação 

clinicamente significativa (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades Farmacocinéticas);   

 

- itraconazol:  a administração concomitante  de atorvastatina  (20 mg  a 40 mg) com itraconazol  (200 mg) foi associada  ao 

aumento na ASC de atorvastatina (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS  –  Propriedades 

Farmacocinéticas); 

 

Suco de grapefruit: contém 1 ou mais componentes que inibem a CYP 3A4 e pode aumentar as concentrações plasmáticas 

de atorvastatina, especialmente com consumo excessivo de suco de grapefruit  (> 1,2 litros por dia) (vide item 3. 

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades Farmacocinéticas).

 

 

Inibidor de transportadores 

A atorvastatina é um substrato dos transportadores hepáticos (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – 

Propriedades Farmacocinéticas). 

A administração concomitante de 10 mg de atorvastatina e 5,2 mg/kg/dia de ciclosporina resultou num aumento da exposição à 

atorvastatina (relação de ASC: 8,7; vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS  -  Propriedades 

Farmacocinéticas). A ciclosporina é um inibidor do polipeptídeo  transportador de ânions orgânicos 1B1 (OATP1B1), 

OATP1B3, proteína multirresistente 1 (MDR1) e proteína de resistência ao câncer de mama (BCRP), assim como CYP 3A4, 

aumentando assim a exposição à atorvastatina. Não exceda 10 mg de atorvastatina por dia (vide item 8. POSOLOGIA E MODO 

DE USAR – Uso combinado com outros medicamentos). 

 

O glecaprevir e pibrentasvir são inibidores de OATP1B1, OATP1B3, MDR1 e BCRP. Estudos de interação farmacocinética 

mostraram aumento na exposição de atorvastatina quando administrada concomitantemente a glecaprevir/pibrentasvir. 

 

Portadores de hepatite C em tratamento com glecaprevir/pibrentasvir devem considerar estatinas alternativas (ou terapias 

hipolipemiantes alternativas). A coadministração com atorvastatina não é recomendada durante as semanas de tratamento com 

glecaprevir/pibrentasvir. Caso seja utilizada em associação a glecaprevir/pibrentasvir, a dose de atorvastatina não deve 

exceder 10 mg dia (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR - Uso combinado com outros medicamentos). 

 

O elbasvir e grazoprevir são inibidores de OATP1B1, OATP1B3, MDR1 e BCRP, aumentando assim a exposição à 

atorvastatina. Utilizar com precaução e com a menor dose necessária (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR - Uso 

combinado com outros medicamentos). 

 

A administração  concomitante de atorvastatina 20  mg e letermovir  480 mg  pordia resultou num  aumento da  exposição  à 

atorvastatina (relação de ASC: 3,29; vide item 3. CARATERÍTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades Farmacocinéticas). 

O letermovir inibe os transportadores de efluxo P-gp, BCRP, MRP2, OAT2 e o transportador  hepático OATP1B1/1B3, 

aumentando assim a exposição à atorvastatina. Não exceder 20 mg de atorvastatina por dia (vide item 8. POSOLOGIA E MODO 

DE USAR - Uso combinado com outros medicamentos). 

 

A magnitude das interações medicamentosas mediadas por CYP3A e OATP1B1/1B3 em medicamentos coadministrados pode 

ser diferente quando o letermovir é coadministrado com ciclosporina. O uso de atorvastatina não é recomendado em pacientes 

que tomam letermovir coadministrado com ciclosporina. 

 

Indutores do CYP 3A4:  a  administração concomitante de  atorvastatina com  indutores  do  CYP 3A4 (por ex., efavirenz, 

rifampicina)  pode  levar  a reduções  variáveis  nas concentrações  plasmáticas  de atorvastatina.   Devido  ao  mecanismo de 

interação  dupla  de  rifampicina, (indução e  inibição  do  CYP 3A4 de hepatócito  transportador  de captação  OATP1B1),  é 

recomendada  a  coadministração simultânea de  atorvastatina  com  rifampicina, visto que o atraso na administração de 

atrovastatina após administração  de  rifamcipina  tem sido  associada  com  uma  redução  significativa  nas  concentrações 

plasmáticas  de atorvastatina (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades Farmacocinéticas).

 

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VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

 

- Antiácidos:  a coadministração de  atorvastatina  com  um  antiácido  na  forma  de  suspensão  oral  contendo  hidróxido de 

magnésio e de alumínio provocou uma diminuição  nas concentrações  plasmáticas de atorvastatina (proporção da ASC: 0,66); 

entretanto,  a redução  no  LDL-C  não  apresentou alterações.  

 

antipirina: uma  vez que a atorvastatina  não afeta a farmacocinética  da antipirina, não são esperadas interações com outros 

fármacos metabolizados através  das mesmas  isoenzimas.  

 

-  colestipol:  as  concentrações  plasmáticas  de  atorvastatina  foram  menores  (proporção da concentração: 0,74)  quando  o 

colestipol  foi  administrado com  atorvastatina. Entretanto,  os  efeitos  nos lípides foram maiores quando a atorvastatina e 

colestipol foram coadministrados em comparação à administração  isolada de qualquer  um dos fármacos.

 

 

- digoxina:  quando  foram coadministradas doses múltiplas  de digoxina e atorvastatina  10 mg, as concentrações plasmáticas 

no estado de equilíbrio não foram afetadas. Entretanto, as concentrações de digoxina aumentaram (proporção da ASC: 1,15) 

após  a  administração  diária  de  digoxina  com atorvastatina  80 mg. Pacientes  utilizando  digoxina  devem  ser monitorados 

adequadamente. 

 

- azitromicina:  a coadministração de atorvastatina  (10  mg,  1 vez  ao  dia)  com azitromicina  (500  mg,  1 vez  ao  dia)  não 

alterou as concentrações plasmáticas da atorvastatina. 

 

- Contraceptivos orais: a coadministração de atorvastatina com um contraceptivo oral contendo noretindrona e etinilestradiol 

aumentou a área de concentração versus os valores da curva do tempo (ASC) da noretindrona (proporção da ASC: 1,28) e do 

etinilestradiol (proporção da ASC:  1,19). Estas elevações devem ser consideradas na escolha do contraceptivo oral em 

mulheres utilizando atorvastatina. 

 

- varfarina: foi realizado  um estudo  de interação  de atorvastatina  com  varfarina  e não  foi  observada  qualquer  interação 

clinicamente  significante.  

 

- colchicina:  embora os estudos  de interação  com atorvastatina e colchicina não tenham  sido realizados, casos  de miopatia 

têm sido relatados onde atorvastatina foi coadministrada com colchicina e cautela deve ser exercida ao prescrever atorvastatina 

com colchicina. 

 

- anlodipino: num estudo  de interação  medicamentosa  em pacientes  saudáveis,  a coadministração de  atorvastatina 80  mg 

com  anlodipino  10  mg  resultou  em  um aumento na exposição de atorvastina (proporção da ASC: 1,18) que não foi 

clinicamente significativa.   

 

- ácido fusídico: embora estudos de interação com atorvastatina e ácido fusídico não tenham sido realizados, existe um risco 

aumentado de rabdomiólise em pacientes recebendo uma combinação de estatinas, incluindo a atorvastatina, e ácido fusídico. 

O mecanismo desta interação não é conhecido. Em pacientes em que a utilização de ácido fusídico sistêmico é considerada 

essencial, o tratamento com estatinas deve ser descontinuado durante toda a duração do tratamento com o ácido fusídico. A 

terapia com estatina pode ser reintroduzida sete dias após a última dose de ácido fusídico. Em circunstâncias excepcionais, onde 

o uso prolongado de ácido fusídico sistêmico é necessário, por exemplo, para o tratamento de infecções graves, a necessidade 

de coadministração de atorvastatina e ácido fusídico somente deve ser considerada em uma análise caso a caso e sob rigorosa 

supervisão médica. O paciente deve ser aconselhado a procurar imediatamente o médico se sentir quaisquer sintomas de fraqueza 

muscular, dor ou sensibilidade. 

 

- Outros tratamentos concomitantes: em  estudos  clínicos,  a  atorvastatina foi  utilizada  concomitantemente com  agentes 

anti-hipertensivos e terapia  de  reposição  de  estrógenos  sem evidências  de interações  adversas  clinicamente significantes. 

Estudos de interação com agentes específicos  não foram realizados. 

 

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 

Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da umidade. 

O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação. 

 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

 

Características do produto: comprimido revestido oblongo branco, sem vinco. 

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

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atorvastatina_COM REV_VPS 

 

 

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8. POSOLOGIA E MODO DE USAR 

Geral:  antes  de  ser  instituída  a  terapia  com  atorvastatina cálcica  deve  ser  realizada  uma  tentativa  de  controlar  a 

hipercolesterolemia com  dieta  apropriada,  exercícios  e redução  de  peso  em pacientes  obesos,  e tratar  outros  problemas 

médicos subjacentes.  O paciente  deve continuar  com a dieta padrão  para redução  do colesterol  durante  o tratamento  com 

atorvastatina cálcica.  A  dose  pode  variar  de  10 mg  a 80  mg,  em  dose  única  diária.  As  doses  podem  ser  administradas a 

qualquer hora do dia, com ou sem alimentos.  As doses inicial e de manutenção,  devem ser individualizadas de acordo  com 

os  níveis  basais  de  LDL-C, a  meta  do  tratamento e  a  resposta do  paciente. Após  o  início do  tratamento e/ou durante  o 

ajuste de dose de atorvastatina, os níveis lipídicos devem ser analisados  dentro de 2 a 4 semanas,  e a dose deve ser ajustada 

adequadamente. 

 

Hipercolesterolemia  Primária  e Hiperlipidemia Combinada (Mista):  a maioria  dos pacientes  é controlada  com 10 mg 

de  atorvastatina  em  dose  única  diária.  A  resposta  terapêutica  é  evidente  dentro de  2  semanas,  e  a  resposta  máxima  é 

geralmente  atingida  em 4 semanas.  A resposta  é mantida  durante  tratamento crônico. 

 

Hipercolesterolemia Familiar Homozigótica: em  um estudo de uso compassivo em  pacientes  com  hipercolesterolemia 

familiar homozigótica, a  maioria  dos  pacientes  respondeu a 80 mg de atorvastatina  com uma  redução  maior  que 15%  no 

LDL-C (18% – 45%). 

 

Uso em  Crianças (idade entre 10 e  17  anos) com  Hipercolesterolemia  Familiar Heterozigótica: para pacientes com 10 

anos ou mais, a dose inicial recomendada de atorvastatina cálcica é  de 10 mg/dia; a  dose máxima recomendada é  de 20 mg/dia 

(não foram estudadas doses superiores a  20 mg  nesta  população  de  pacientes). As  doses  devem ser  individualizadas de 

acordo  com  a  meta  recomendada  para  a  terapia  (vide  itens  1.  INDICAÇÕES  e  3.  CARACTERÍSTICAS 

FARMACOLÓGICAS - Propriedades farmacodinâmicas). Os ajustes devem ser feitos em intervalos  de 4 semanas  ou mais. 

 

Uso  em  Pacientes  com  Insuficiência  Hepática:  vide  itens  4.  CONTRAINDICAÇÕES  e  5.  ADVERTÊNCIAS  E 

PRECAUÇÕES.  

 

Uso  em  Pacientes com  Insuficiência Renal:  a  insuficiência renal  não  apresenta influência nas  concentrações plasmáticas 

ou na redução de LDL-C com atorvastatina cálcica. Portanto, o ajuste de dose não é necessário (vide item 5. ADVERTÊNCIAS 

E PRECAUÇÕES). 

 

Uso em Idosos:  Não foram observadas  diferenças  entre pacientes  idosos e a população  em geral com relação à segurança, 

eficácia  ou  alcance  do  objetivo  do  tratamento  de  lípides  (vide  item  3.  CARACTERÍSTICAS  FARMACOLÓGICAS - 

Propriedades Farmacocinéticas: Populações Especiais). 

 

Uso  combinado  com outros  medicamentos:  quando a coadministração  de  atorvastatina e ciclosporina, telaprevir,  a 

combinação de tipranavir/ritonavir, ou glecaprevir/pibrentasvir é necessária, a dose de atorvastatina não deve exceder 10 mg. 

 

O uso de atorvastatina não é recomendado em pacientes que tomam letermovir coadministrado com ciclosporina. 

 

Foram observadas também interações medicamentosas farmacocinéticas que resultaram no aumento sistêmico de atorvastatina 

com  outros  inibidores de  protease  do  vírus da imunodeficiência humana (HIV) (lopinavir/ritonavir,  saquinavir/ritonavir, 

darunavir/ritonavir, fosamprenavir, fosamprenavir/ritonavir e nelfinavir), inibidores de protease da   hepatite C (HCV) 

(bocepravir, elbasvir/grazoprevir,  simeprevir), claritromicina,  itraconazol  e letermovir. Deve-se ter precaução na 

coadministração de atorvastatina e estes medicamentos, e é recomendada avaliação clínica apropriada para garantir que a menor 

dose necessária de atorvastatina seja empregada (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Efeitos na musculatura 

esquelética e item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). 

 

Dose Omitida 

Caso o paciente esqueça-se de tomar atorvastatina cálcica no horário estabelecido, deve tomá-lo assim que lembrar. Entretanto, 

se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, deve desconsiderar  a dose esquecida  e tomar a próxima. Neste caso, 

o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento  de dose pode comprometer  a 

eficácia do tratamento. 

 

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. 

 

9. REAÇÕES ADVERSAS 

A atorvastatina  é geralmente bem tolerada. As reações  adversas  foram  geralmente de natureza  leve  e transitória. Um banco 

de  dados de  16.066 pacientes dos  estudos de  atorvastatina placebo-controlados  (8.755 atorvastatina cálcica versus 7.311 

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atorvastatina_COM REV_VPS 

 

 

VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

placebo)  tratados  por  um  período  médio  de  53  semanas, descontinuaram devido  a  eventos  adversos  5,2% de  pacientes 

recebendo  atorvastatina  e 4,0% dos pacientes recebendo  placebo. 

 

Os  efeitos  adversos  mais  frequentes  (≥ 1%)  que  podem  ser  associados  ao  tratamento  com  atorvastatina,  em  pacientes 

participando  de estudos clínicos placebo-controlados incluem: 

 

Reação comum (> 1/100 e < 1/10):  

Infecções e infestações:  nasofaringite.  

Distúrbios do metabolismo  e nutricional:  hiperglicemia. 

Distúrbios respiratório,  torácico e mediastinal:  dor faringolaríngea,  epistaxe. 

Distúrbios gastrintestinais: diarreia, dispepsia, náusea,  flatulência. 

Distúrbios musculoesquelético e  do tecido conjuntivo: artralgia, dor nas extremidades, dor musculoesquelética,  espasmos 

musculares,  mialgia, edema articular. 

Laboratorial:  alterações nas funções hepáticas,  aumento  da creatina fosfoquinase  sanguínea. 

 

Os seguintes  efeitos adversos  adicionais  foram relatados nos estudos placebo-controlados com atorvastatina: 

Distúrbios psiquiátricos:  pesadelo. 

Distúrbios dos olhos: visão turva. 

Distúrbios do ouvido e labirinto:  tinido. 

Distúrbios gastrintestinais: desconforto  abdominal,  eructação. 

Distúrbios hepatobiliares: hepatite e colestase. 

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo:  urticária. 

Distúrbios musculoesquelético e do tecido conjuntivo:  fadiga muscular,  cervicalgia. 

Distúrbios gerais e condição do local de administração: mal-estar, febre. 

Laboratorial:  células brancas positivas na urina. 

Nem  todos  os  efeitos  listados  acima  tiveram,  necessariamente,  uma  relação  de  causalidade  associada  ao  tratamento  com 

atorvastatina. 

 

Pacientes Pediátricos  (idade entre 10 e 17 anos) 

Os pacientes tratados com atorvastatina têm um perfil de efeitos adversos geralmente semelhantes ao dos pacientes tratados 

com placebo, as experiências adversas mais comuns observadas em ambos os grupos, independentemente da avaliação de 

causalidade, foram as infecções. 

 

Experiência  Pós-Comercialização 

Na experiência  pós-comercialização de atorvastatina cálcica os seguintes efeitos indesejáveis  adicionais  foram relatados: 

Distúrbios hematológico  e linfático: trombocitopenia. 

Distúrbios do sistema imunológico:  reações alérgicas (incluindo  anafilaxia). 

Lesão, envenenamento e complicações  do procedimento:  ruptura do tendão. 

Distúrbios do metabolismo e nutricional:  aumento de peso. 

Distúrbios do sistema nervoso:  hipoestesia,  amnesia, tontura, disgeusia. 

Distúrbios gastrintestinais:  pancreatite. 

Distúrbios da pele e  tecido  subcutâneo: síndrome  de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica, angioedema, eritema 

multiforme, rash bolhoso. 

Distúrbios musculoesquelético e do tecido  conjuntivo:  rabdomiólise,  miopatia  necrosante  autoimune,  miosite, dor  nas 

costas. 

Distúrbios gerais e condição do local de administração: dor no peito, edema periférico, fadiga. 

 

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 

 

 

10. SUPERDOSE 

Não há  tratamento específico para superdose com  atorvastatina. No  caso de  superdose, o  paciente deve receber  tratamento 

sintomático e  devem  ser  instituídas  medidas  de  suporte,  conforme a  necessidade.  Devido  à  alta  ligação  às  proteínas 

plasmáticas,  a hemodiálise  não deve aumentar o clearance do medicamento significativamente. 

 

Em caso de intoxicação  ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

 

 

 

 

DIZERES LEGAIS 

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atorvastatina_COM REV_VPS 

 

 

VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

 

M.S.: 1.0043.

 1137 

Farm. Resp. Subst.: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116 

 

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. 

 

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 10/04/2023. 

 
Fabricado e Registrado por: 
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castel o Branco, 3565 – Itapevi – SP 
CNPJ: 61.190.096/0001-92 
Indústria Brasileira 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 

 

 

 

Histórico de alterações da bula 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/VP) 

Apresentações 

relacionadas 

05/08/2015 

069136915

10452 –

GENÉRICO 

Notificação 

de Alteração 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

– 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

Não aplicável 

VPS 

Comprimido 

revestido 

10mg, 20mg e 40mg 

22/02/2016 

128783516

10452 –

GENÉRICO 

Notificação 

de Alteração 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

– 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

O que devo saber antes 

de usar este 

medicamento? 

Quais os males que 

este medicamento 

pode me causar? 

Resultados de Eficácia 

Características 

Farmacológicas 

Advertências e 

Precauções 

Interações 

Medicamentosas 

Reações Adversas 

VP/VPS 

Comprimido 

revestido 

10mg, 20mg e 40mg 

19/07/2016 

209509416

10452 –

GENÉRICO 

Notificação 

de Alteração 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

Características 

Farmacológicas 

Interações 

Medicamentosas 

Posologia e modo 

de usar 

VPS 

Comprimido 

revestido 

10mg, 20mg e 40mg 

25/10/2018 

103058118

10452 –

GENÉRICO 

Notificação 

de Alteração 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

Identificação do 

medicamento 

VPS 

Comprimido 

revestido 

10mg, 20mg e 40mg 

 

 

 

 

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atorvastatina_COM REV_VPS 

 

 

VERSÃO 10 - Esta versão altera a versão anterior 09 

 

 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

O que devo saber antes 

de usar este 

medicamento? 

Dizeres Legais 

05/05/2020 

139847120

10452 –

GENÉRICO 

Notificação 

de Alteração 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

Identificação do 

medicamento 

O que devo asber nates 

de usar este 

medicamento? 

Como devo usar este 

medicamento? 

 

Características 

farmacológicas 

Advertências e 

precauções 

Intervenções 

medicamentosas 

Posologia e modo de 

usar 

VP/VPS 

Comprimido 

revestido 

10mg, 20mg e 40mg 

01/02/2021 

041704621

10452 –

GENÉRICO 

Notificação 

de Alteração 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

6. Interações 

medicamentosas 

9. Reações Adversas 

VPS 

Comprimido 

revestido 

10mg, 20mg e 40mg 

11/11/2022 

493169622

10452 –

GENÉRICO 

Notificação 

de Alteração 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

Dizeres legais 

VPS 

Comprimido 

revestido 

10mg, 20mg e 40mg 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

10452 –

GENÉRICO 

Notificação 

de Alteração 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

5. Advertências e 

Precauções 

9. Reações adversas 

Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

revestido 

10mg, 20mg e 40mg