background image

Dugar® 

tigeciclina 

Bula para profissional da saúde 

Pó liofilizado para solução injetável 

50 mg

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

 

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

 

Dugar® 

(tigeciclina) 

 

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA. 

 
APRESENTAÇÃO 

Pó liofilizado para solução injetável 50 mg: embalagem com 10 frascos-ampola. 

 

USO INTRAVENOSO 

 

USO ADULTO 

 

COMPOSIÇÃO: 

Cada frasco-ampola contém: 

tigeciclina. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 mg 

excipientes* q.s.p. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 frasco-ampola 

*Excipientes: lactose monoidratada, ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio (ajuste de pH). 

 
 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 

 

1. INDICAÇÃO 

Dugar® (tigeciclina) é indicado para o tratamento de infecções causadas pelos microrganismos sensíveis mencionados abaixo, 

nas condições clínicas relatadas a seguir em pacientes com idade maior ou igual a 18 anos: 

 

Infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc) causadas por Escherichia coli, Enterococcus faecalis (apenas isolados 

sensíveis à vancomicina), Staphylococcus aureus [isolados resistentes (MRSA) e sensíveis à meticilina], incluindo casos de 

bacteremia concomitante, Streptococcus agalactiae,  Streptococcus anginosus (inclui  S. anginosus, S. intermedius e S. 

constellatus), Streptococcus pyogenes, Enterobacter cloacae, Bacteroides fragilis Klebsiella pneumoniae. 

 

Infecções intra-abdominais complicadas (IAIc) causadas por Citrobacter freundii, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, 

Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae (incluindo produtoras de ESBL), Enterococcus faecalis (apenas isolados sensíveis 

à vancomicina), Staphylococcus aureus  (isolados sensíveis e resistentes à meticilina) incluindo casos de bacteremia 

concomitante, Streptococcus anginosus (inclui S. anginosus, S. intermedius e S. constellatus), Bacteroides fragilis, Bacteroides 

thetaiotaomicron, Bacteroides uniformis, Bacteroides vulgatus, Clostridium perfringens e Peptostreptococcus micros

 

Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) causada por Chlamydia pneumoniae, Haemophilus influenzae (isolados beta-

lactamase negativos), Legionella pneumophila, Mycoplasma pneumoniae, Streptococcus pneumoniae (isolados sensíveis à 

penicilina), incluindo casos de bacteremia concomitante. 

 

Devem ser coletadas amostras adequadas para exame bacteriológico com o intuito de isolar e identificar o microrganismo 

causador e determinar a sua sensibilidade à tigeciclina. A tigeciclina pode ser iniciada como monoterapia empírica antes dos 

resultados desses testes serem conhecidos. 

Para reduzir o desenvolvimento de bactérias resistentes ao medicamento e manter a eficácia da tigeciclina e outros agentes 

antibacterianos, esse medicamento deve ser usado exclusivamente para tratar infecções comprovadamente causadas ou com 

fortes suspeitas de serem causadas por bactérias sensíveis. Assim que disponíveis, as informações da cultura e da sensibilidade 

devem ser consideradas na seleção ou na modificação da terapia antibacteriana. Na ausência desses dados, a epidemiologia 

local e os padrões de sensibilidade podem contribuir para a seleção empírica da terapia. 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

A tigeciclina não é indicada para tratamento de infecções de feridas no pé de pacientes diabéticos, conhecidas como “pé 

diabético” (vide itens “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Mecanismo de Ação” e “2. RESULTADOS DE 

EFICÁCIA”). 

A tigeciclina não é indicada para o tratamento de pneumonia nosocomial ou associada a ventilação mecânica (vide item “5. 

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”). 

 

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 

 

Definições: 

1 – Resposta clínica ao teste de cura (TC): avaliação de eficácia clínica entre 7 e 23 dias após a última dose do medicamento 

em estudo; 

 

2 – População clinicamente avaliável (CA): população que recebeu pelo menos 1 dose do medicamento em estudo e que atendia 

aos critérios de inclusão/exclusão estabelecidos no protocolo do estudo; 

 

3 – População com intenção de tratamento clinicamente modificada (c-mITT): população que recebeu pelo menos 1 dose 

no medicamento em estudo e apresentava evidência clínica da doença no período de seleção; 

 

4 – População com intenção de tratamento microbiologicamente modificada (m-mITT): população que recebeu pelo menos 

1 dose do medicamento em estudo, apresentava evidência clínica da doença e que tinha 1 ou mais microrganismos isolados no 

período de seleção; 

 

5 – População microbiologicamente avaliável (MA): população que recebeu pelo menos 1 dose do medicamento em estudo, 

que apresentava critérios de inclusão/exclusão estabelecidos no protocolo do estudo, que foi suscetível aos medicamentos em 

estudo no período de seleção e que pôde ser clínica e microbiologicamente avaliada durante o teste de cura. 

 

Infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc) 

A tigeciclina foi avaliada em adultos para o tratamento de infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc) em dois 

estudos randomizados, duplo-cegos, ativo-controlados, multinacionais e multicêntricos. Esses estudos compararam a 

tigeciclina (em dose inicial IV de 100 mg seguida de 50 mg a cada 12 horas) com a vancomicina (1 g IV a cada 12 

horas)/aztreonam (2 g IV a cada 12 horas) por 5 a 14 dias. Foram admitidos nos estudos pacientes com infecções complicadas 

e profundas em partes moles, incluindo infecções de ferida e celulite (>10 cm, que requer cirurgia/drenagem ou com doença 

subjacente complicada), abscessos de grande porte, úlceras infectadas e queimaduras. O parâmetro primário de eficácia foi a 

resposta clínica na visita do teste de cura nas populações co-primárias de pacientes clinicamente avaliáveis (CA) e intenção de 

tratamento modificada clinicamente (c-mITT). Ver Tabela 1: 

 

Tabela  1.  Taxas  de  Cura  Clínica  de  Dois  Estudos Importantes em Infecção  de  Pele  e Partes Moles Complicadas 

(IPPMc) após 5 a 14 Dias de Terapia 

 

 

tigeciclinaa 

n/N (%) 

vancomicina/aztreonamb 

n/N (%) 

Clinicamente 

avaliáveis 

(CA) 

365/422 

(86,5) 

364/411 (88,6) 

Intenção de tratamento 

modificada clinicamente 

(c-mITT) 

429/538 

(79,7) 

425/519 (81,9) 

a Dose inicial de 100 mg, seguida de 50 mg a cada 12 horas 
b   vancomicina (1 g IV a cada 12 horas)/aztreonam (2 g IV a cada 12 horas) 
 
As  taxas  de  cura  clínica  no  teste  de  cura  (TC)  por  patógeno  em  pacientes  microbiologicamente avaliáveis  (MA) com 

infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc) são apresentadas na Tabela 2. 

 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Tabela  2.  Taxas  de  Cura  Clínica  por  Patógeno  Infectante  em  Pacientes  Microbiologicamente Avaliáveis (MA) 
com Infecções de Pele e Partes Moles Complicadas (IPPMc)a 

 

Patógeno 

tigeciclina 

n/N (%) 

vancomicina/aztreonam 

n/N (%) 

Escherichia coli 

29/36 

(80,6) 

26/30 (86,7) 

Enterobacter cloacae 

10/12 

(83,3) 

15/15 (100) 

Klebsiella pneumoniae 

12/14 

(85,7) 

15/16 (93,8) 

Enterococcus  faecalis  (apenas  os 

sensíveis à vancomicina) 

15/21 

(71,4) 

19/24 (79,2) 

Staphylococcus  aureus  sensível  à 
meticilina (MSSA)b 

124/137 

(90,5) 

113/120 (94,2) 

Staphylococcus aureus resistente à 
meticilina (MRSA)b 

79/95 

(83,2) 

46/57 (80,7) 

CA-MRSAc 

13/20 

(65,0) 

10/12 (83,3) 

Streptococcus agalactiae 

8/8 (100) 

11/14 (78,6) 

Grupo 

do 

Streptococcus 

anginosus

17/21 

(81,0) 

9/10 (90,0) 

Streptococcus pyogenes 

31/32 

(96,9) 

24/27 (88,9) 

Bacteroides fragilis 

7/9 (77,8) 

4/5 (80,0) 

a Dois estudos mais importantes em infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc) e dois estudos de Fase 3 de Infecção por 

Patógeno Resistente. 
b  Inclui casos de bacteremia concomitante. 
c  CA-MRSA = adquirido  na  comunidade  (isolados  de  MRSA  portadores  de  marcadores  moleculares e marcadores  de  virulência 

frequentemente associados ao MRSA comunitário, incluindo o elemento do tipo IV SCCmec e o gene pvl). 
d  Inclui Streptococcus anginosus, Streptococcus intermedius Streptococcus constel atus

 

A tigeciclina não atingiu os critérios de não-inferioridade em comparação com o ertapenem em estudo em pacientes com 

infecção do pé diabético (vide tabela 3). Esse estudo foi randomizado, duplo-cego, multinacional, multicêntrico e comparou 

tigeciclina (150 mg a cada 24hs) com ertapenem (1 g a cada 24 horas, com ou sem vancomicina) por até 28 dias. O ponto 

de eficácia primária foi a resposta clínica na avaliação  do Teste  de Cura  (TC) em  populações  co-primária  Clinicamente 

Avaliáveis  (CA)  e com Intenção de  Tratamento Clinicamente Modificado (c-mITT). A  margem de  não-inferioridade foi 

-10% para diferença na taxa de cura entre os dois tratamentos. 

 

Tabela 3. Taxa de Cura Clínica em Pacientes com Infecção do Pé Diabético Depois de até 28 dias de Terapia. 

 

tigeciclinaa 

n/N (%) 

ertapenemb 

(± 

vancomicina) 

n/N (%) 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Clinicamente Avaliáveis (CA) 

316/408 

(77,5%)c 

334/405 

(82,5%)

Intenção 

de Tratamento 

Clinicamente 

Modificado (c-mITT) 

340/476 

(71,4%)

363/466 

(77,9%)

a  150 mg a cada 24 horas 
b  1 g a cada 24 horas 
c  Diferença ajustada = -5,5; 95% CI = -11,0; 0,1 
d  diferença ajustada = -6,7; 95% CI = -12,3; -1,1 

 

Infecções Intra-Abdominais Complicadas (IAIc) 

A  tigeciclina  foi  avaliada  em  adultos  no  tratamento de  infecções intra-abdominais complicadas (IAIc)  em dois estudos 

randomizados, duplo-cegos, ativo-controlados, multinacionais e multicêntricos. Esses estudos compararam a tigeciclina (na 

dose inicial IV de 100 mg seguida de 50 mg a cada 12 horas) com imipenem/cilastatina (500 mg IV a cada 6 horas) por 5 

a  14  dias.  Foram  admitidos  nos  estudos  pacientes com  diagnósticos  complicados incluindo  apendicite,  colecistite, 

diverticulite,  perfuração  gástrica/duodenal, abscesso  intra-abdominal, perfuração  do  intestino  e  peritonite.  O  parâmetro 

primário de eficácia  foi  a  resposta  clínica  na  visita  do  teste  de  cura  para  as  populações  co-primárias  de  pacientes 

microbiologicamente avaliáveis (MA) e intenção de tratamento microbiologicamente modificada (mmITT). Ver Tabela 4. 

 

Tabela 4. Taxas de Cura Clínica de Dois Estudos Mais Importantes em Infecções Intra-Abdominais Complicadas 

(IAIc) 

 

tigeciclinaa 

n/N (%) 

imipenem/cilastatinab 

n/N (%) 

Microbiologicamente 

avaliáveis (MA) 

441/512 

(86,1) 

442/513 (86,2) 

Intenção 

de 

tratamento 

microbiologicamente 

modificada (m-mITT) 

506/631 

(80,2) 

514/631 (81,5) 

a

 Dose inicial de 100 mg, seguida de 50 mg a cada 12 horas 

b

 imipenem/cilastatina (500 mg a cada 6 horas) 

 

As  taxas  de  cura  (TC)  clínica  do  teste  de  cura  por  patógeno  em  pacientes  microbiologicamente avaliáveis  (MA) com 

infecções intra-abdominais complicadas (IAIc) são apresentadas na Tabela 5. 

 

Tabela  5.  Taxas de Cura Clínica por Patógeno  Infectante  em Pacientes  Microbiologicamente  Avaliáveis  com 
Infecções Intra-Abdominais Complicadas (IAIc)a 

Patógeno 

tigeciclina  

n/N (%) 

imipenem/cilastatina  

n/N (%) 

Citrobacter freundii 

12/16 

(75,0) 

3/4 (75,0) 

Enterobacter cloacae 

15/17 

(88,2) 

16/17 (94,1) 

Escherichia coli 

284/336 

(84,5) 

297/342 (86,8) 

Klebsiella oxytoca 

19/20 

(95,0) 

17/19 (89,5) 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Klebsiella pneumoniae

42/47 

(89,4) 

46/53 (86,8) 

Enterococcus faecalis 

29/38 

(76,3) 

35/47 (74,5) 

Staphylococcus aureus sensível 
à meticilina (MSSA)c 

26/28 

(92,9) 

22/24 (91,7) 

Staphylococcus 

aureus 

resistente à meticilina (MRSA)c 

16/18 

(88,9) 

1/3 (33,3) 

Grupo 

do 

Streptococcus 

anginosusd

 

101/119 

(84,9) 

60/79 (75,9) 

Bacteroides fragilis 

68/88 

(77,3) 

59/73 (80,8) 

Bacteroides thetaiotaomicron 

36/41 

(87,8) 

31/36 (86,1) 

Bacteroides uniformis 

12/17 

(70,6) 

14/16 (87,5) 

Bacteroides vulgatus 

14/16 

(87,5) 

4/6 (66,7) 

Clostridium perfringens 

18/19 

(94,7) 

20/22 (90,9) 

Peptostreptococcus micros 

13/17 

(76,5) 

8/11 (72,7) 

Dois estudos mais importantes em infecções intra-abdominais complicadas (IAIc) e dois estudos de fase III de Patógenos Resistentes 

b

 Inclui isolados produtores de beta lactamase de espectro estendido (ESBL) 

c

 Inclui casos de bacteremia concomitante 

d

 Inclui Streptococcus anginosus, Streptococcus intermedius Streptococcus constellatus 

 

Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) 

A  tigeciclina foi avaliada em adultos para o  tratamento da  pneumonia adquirida na  comunidade (PAC) em dois  estudos 

randomizados,  duplo-cegos, ativo-controlados,  multinacionais  e  multicêntricos  (Estudos  308 e  313).  Esses  estudos 

compararam a tigeciclina (dose inicial de 100 mg IV seguida de 50 mg a cada 12 horas) com levofloxacina (500 mg IV a 

cada 12 ou 24 horas). Em um estudo (Estudo 308), após pelo menos 3 dias de terapia IV, uma conversão para a levofloxacina 

oral (500 mg ao dia) foi permitida para ambos braços do tratamento. A terapia total foi de 7 a 14 dias. Os pacientes com 

pneumonia adquirida na comunidade (PAC) exigindo internação e terapia IV foram inscritos nos estudos. O parâmetro de 

eficácia primária foi a resposta clínica na visita de teste de cura (TC) na população co-primária de pacientes clinicamente 

avaliáveis (CA) e intenção de tratar clinicamente alterada (c-mITT). Vide Tabela 6. As taxas de cura clínica em teste de cura 

(TC) pelo patógeno em pacientes microbiologicamente avaliáveis (MA) são apresentadas na Tabela 7. 

 

Tabela 6. Taxas de Cura Clínica de Dois Estudos Mais Importantes de Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) 

após 7 a 14 Dias da Terapia Total 

 

tigeciclinaa 

n/N (%) 

levofloxacinab 

n/N (%) 

Integrado

 

  Clinicamente avaliável (CA) 

253/282 

(89,7) 

252/292 

(86,3) 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

  Intenção de tratamento modificada 

clinicamente (c-mITT)  

319/394 

(81,0) 

321/403 

(79,7) 

Estudo 308 

 

  Clinicamente avaliável (CA) 

125/138 

(90,6) 

136/156 

(87,2) 

  Intenção de tratamento modificada 

clinicamente (c-mITT)  

149/191 

(78,0) 

158/203 

(77,8) 

Estudo 313 

 

  Clinicamente avaliável (CA) 

128/144 

(88,9) 

116/136 

(85,3) 

  Intenção de tratamento modificada 

clinicamente (c-mITT)  

170/203 

(83,7) 

163/200 

(81,5) 

a

 Dose inicial de 100 mg seguida de 50 mg a cada 12 horas 

b

 levofloxacino (500 mg IV a cada 12 ou 24 horas); em um estudo (Estudo 308), após pelo menos 3 dias de terapia IV, uma conversão 

para a levofloxacino oral (500 mg ao dia) foi permitida para ambos braços de tratamento. 

 

Tabela 7.  Taxas de Cura Clínica por Patógeno Infectante em Pacientes  Microbiologicamente Avaliáveis (MA) com 
Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC)a
 

Patógeno 

tigeciclina 

n/N (%) 

levofloxacino 

n/N (%) 

Chlamydia pneumoniae 

18/19 

(94,7) 

26/27 (96,3) 

Haemophilus influenzae 

14/17 

(82,4) 

13/16 (81,3) 

Legionella pneumophila 

10/10 

(100,0) 

6/6 (100,0) 

Mycoplasma pneumoniae 

37/39 

(94,9) 

44/48 (91,7) 

Streptococcus 

pneumoniae 

(somente 

suscetíveis à penicilina)b 

44/46 

(95,7) 

39/44 (88,6) 

Dois estudos mais importantes de Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) 

b

 Inclui casos de bacteremia concomitante 

 

Espécies de Enterococos Resistente à Vancomicina (ERV) e Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) 

A  tigeciclina  foi  avaliada  em  adultos  para  o  tratamento  de  diversas  infecções  graves  (infecções  intra-abdominais 

complicadas  (IAIc),  infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc) e outras infecções) em razão da  espécie de 

enterococos resistente à vancomicina (ERV) e Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) no Estudo 307. 

 

O  Estudo  307  foi  um  estudo  randomizado,  duplo-cego,  ativo-controlado,  multinacional  e  multicêntrico avaliando  a 

tigeciclina (dose inicial de 100 mg IV seguida de 50 mg a cada 12 horas) e vancomicina (1 g IV  a  cada  12  horas)  para  o 

tratamento  de  infecções  causadas  por  Staphylococcus  aureus  resistente  à meticilina  (MRSA)  e  avaliando  a  tigeciclina 

(dose inicial de 100 mg IV seguida de 50 mg a cada 12 horas) e linezolida (600 mg IV a cada 12 horas) para o tratamento 

de infecções causadas por enterococos resistente  à  vancomicina  (ERV)  por  7  a  28  dias.  Os pacientes com infecções 

intra-abdominais complicadas  (IAIc),  infecções  de  pele  e  partes  moles complicadas  (IPPMc)  e  outras  infecções  foram 

inscritos neste estudo. O parâmetro de eficácia primária foi a resposta clínica na visita de taxa de cura (TC) na população 

co-primária  de  pacientes  microbiologicamente  avaliáveis  (MA)  e  intenção  de  tratar microbiologicamente  alterada  (m-

mITT).  Para  taxas  de  cura  clínica  vide  Tabela  8  para  Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e Tabela 9 

para espécie de enterococos resistente à vancomicina (ERV). 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

 

Tabela 8. Taxas de Cura Clínica para Patógeno Resistente à Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) 
do Estudo 307a após 7 a 28 Dias de Terapia 

 

tigeciclina 

b

 

n/N (%) 

vancomicina 

c

 

n/N (%) 

Estudo 307 

 

 

 Microbiologicamente avaliáveis (MA) 

70/86 

(81,4) 

26/31 (83,9) 

  Infecções  intra-abdominais complicadas 

(IAIc) 

13/14 

(92,9)

 

4/4 (100,0)

 

Infecções de pele e partes moles complicadas 

(IPPMc)

 

51/59 

(86,4)

 

20/23 (87,0)

 

  Intenção  de  tratar  microbiologicamente 

alterada (m-mITT) 

75/100 

(75,0)

 

27/33 (81,8) 

Infecções  intra-abdominais  complicadas 

(IAIc) 

13/15 

(86,7)

 

5/6 (83,3)

 

Infecções de pele e partes moles complicadas 

(IPPMc) 

55/70 

(78,6) 

20/23 (87,0) 

a O estudo incluiu pacientes com infecções intra-abdominais complicadas (IAIc), infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc) 

e outras infecções 
b

 Dose inicial de 100 seguida de 50 mg a cada 12 horas 

c

 1 g IV a cada 12 horas 

 

Tabela 9. Taxas de Cura Clínica para Patógeno Resistente às Espécies de Enterococos Resistente à vancomicina (ERV) 

do Estudo 307a após 7 a 28 Dias de Terapia 

 

tigeciclina 

b

 

n/N (%) 

linezolida 

c

 

n/N (%) 

Estudo 307 
  Microbiologicamente avaliáveis (MA) 

3/3 (100,0) 

2/3 (66,7) 

    Infecções intra-abdominais complicadas 

(IAIc)  

1/1 (100,0) 

0/1 (0,0) 

    Infecções de pele e partes moles complicadas 

(IPPMc)  

1/1 (100,0) 

2/2 

(100,0) 

  Intenção  de  tratar  microbiologicamente 

alterada (m-mITT) 

3/8 (37,5) 

2/3 

(66,7) 

    Infecções intra-abdominais complicadas 

(IAIc) 

1/2 (50,0) 

0/1 (0,0) 

    Infecções  de  pele  e  partes  moles 

complicadas (IPPMc) 

1/2 (50,0) 

2/2 

(100,0) 

a

 O  estudo incluiu pacientes com infecções intra-abdominais complicadas (IAIc), infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc) 

e outras infecções 
b

 Dose inicial de 100 mg seguida de 50 mg a cada 12 horas 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

c

 linezolida (600 mg IV a cada 12 horas) 

 

Patógenos Resistentes Gram-Negativos 

A tigeciclina foi avaliada em adultos para o tratamento de diversas infecções sérias (infecções intra-abdominais complicadas 

(IAIc),  infecções de pele e partes moles complicadas  (IPPMc),  pneumonia adquirida  na  comunidade 

(PAC)  e  outras 

infecções) por patógenos resistentes gram-negativos no Estudo 309. 

 

O Estudo 309 foi um estudo aberto, multinacional e multicêntrico avaliando a tigeciclina (dose inicial de 100 mg IV seguida 

de  50  mg a  cada 12  horas) para  o  tratamento de  infecções em razão de  patógenos resistentes gram-negativos de 7 a 28 

dias.  Os  pacientes  com  infecções  intra-abdominais complicadas  (IAIc),  infecções de pele e partes moles complicadas 

(IPPMc), pneumonia adquirida na comunidade 

(PAC)  e  outras  infecções  foram  inscritos  neste  estudo.  O  parâmetro  de 

eficácia  primária  foi  a  resposta clínica  na  visita  de  taxa  de  cura  (TC)  na  população  co-primária  de  pacientes 

microbiologicamente avaliáveis (MA) e intenção de tratar microbiologicamente alterada (m-mITT). Vide a Tabela 10. 

 
Tabela  10.  Taxas  de  Cura  Clínica  para  Patógeno Resistente Gram-Negativos do  Estudo  309a de após 5 a 28 Dias 

de Terapia 

 

 

tigecicl

ina b 

n/N 

(%) 

tigeciclin

a b 

n/N (%) 

tigeciclina 

b

 

n/N (%) 

Estudo 309 

Tod

os c 

E. coli

 

Klebsiell

pneumon

iae

 

Espécies 

de 

Enteroba

cter 

Microbiologicam

ente avaliáveis 

(MA) 

26/3

(72,

2) 

4/9 

(44,4) 

5/6 

(83,3) 

3/4 (75,0) 

  Infecções intra-

abdominais 

complicadas 

(IAIc)  

2/2 

(100

,0) d 

1/1 

(100,0) 

d

 

1/1 

(100,0) 

  Infecções de 

pele e partes 

moles 

complicadas 

(IPPMc)  

20/2

(83,

3) 

3/5 

(60,0) 

3/3 

(100,0) 

3/3 

(100,0) 

  Pneumonia 

adquirida na 

comunidade 

(PAC)  

0/1 

(0,0) 

0/1 (0,0) 

Intenção de tratar 

microbiologicam

ente alterada (m-

mITT) 

40/7

(53,

3) 

5/10 

(50,0) 

9/13 

(69,2) 

8/15 

(53,3) 

  Infecções intra-

abdominais 

complicadas 

(IAIc)  

6/9 

(66,

7) d 

2/2 

(100,0) 

d

 

1/1 

(100,0) 

1/1 

(100,0) d 

  Infecções de 

pele e partes 

moles 

complicadas 

(IPPMc)  

27/3

(71,

1) 

3/5 

(60,0) 

6/7 

(85,7) 

7/8 (87,5) 

  Pneumonia 

adquirida na 

0/1 

(0,0) 

0/1 (0,0) 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

comunidade 

(PAC)  

a

 O estudo incluiu pacientes com infecções intra-abdominais complicadas (IAIc), infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc), 

pneumonia adquirida na comunidade 

(PAC) e outras infecções 

b

 Dose inicial de 100 mg seguida de 50 mg a cada 12 horas 

c

 Inclui outros patógenos além de E. coliKlebsiella pneumoniae e espécies de Enterobacter 

d

 Exclui os pacientes com controle inadequado de fonte 

 

Infecções por Micobactérias de Crescimento Rápido 

Em  estudos  clínicos  não-controlados  e  experiência  de  uso  compassivo  em  8  países,  52  pacientes  com infecções 

micobacterianas  de  crescimento  rápido  (mais  frequentemente  doença  pulmonar  por  M.  abscessus)  foram  tratados  com 

tigeciclina, junto com outros antibióticos. As durações médias e medianas de  tratamento  foram  de  aproximadamente  5½ 

meses  e  3  meses,  respectivamente  (variação:  3  dias  em aproximadamente  3½  anos).  Aproximadamente  metade  dos 

pacientes obteve melhoria clínica (ou seja, melhoria nos sinais e  sintomas da doença pulmonar, ou cicatrização de  lesão 

e  ferida,  ou  nódulos  na  doença  disseminada).  Aproximadamente  metade  dos  pacientes  exigiu  redução  de  dose  ou 

descontinuação do tratamento em razão de náusea, vômito ou anorexia. 

 

Eletrofisiologia cardíaca 

Nenhum efeito significativo de uma única dose intravenosa de tigeciclina 50 mg ou 200 mg foi detectado no intervalo QTc 

em um estudo  randomizado, controle ativo e  por  placebo, cruzado com quatro braços do estudo QTc completo com 46 

indivíduos saudáveis. 

 

Referências bibliográficas 

 

1.      Ellis-Grosse  EJ,  Babinchak  T,  Dartois  N,  Rose  G,  Loh  E;  Tigecycline  300  and  305  cSSSI  Study Groups.  The 

efficacy and  safety of tigecycline in the  treatment of skin and  skin structure infections: results  of  2  double-blind  phase 

3  comparison  studies  with  vancomycin-aztreonam.  Clin  Infect  Dis. 2005;41(suppl 5):S341-S353. 

2.      Babinchak  T,  Ellis-Grosse  E,  Dartois  N,  Rose  GM,  Loh  E;  Tigecycline  301  Study  Group; Tigecycline 306 

Study Group. The efficacy and safety of tigecycline for the treatment of complicated intra-abdominal infections: analysis 

of pooled clinical trial data. Clin Infect Dis. 2005;41(suppl 5):S354- S367. 

3.      Tanaseanu C, Bergallo C, Teglia O, et al; 308 Study Group and 313 Study Group. Integrated results of  2  phase  3 

studies  comparing  tigecycline  and  levofloxacin  in  community-acquired  pneumonia.  Diagn Microbiol  Infect  Dis. 

2008;61(3):329-338. 

 

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 

Propriedades Farmacodinâmicas 

 

Mecanismo de Ação  

A tigeciclina, um antibiótico da classe das glicilciclinas, inibe a translação protéica nas bactérias ligando-se à subunidade 

ribossômica 30S e bloqueando a entrada de moléculas aminoacil-tRNA no sítio A do ribossomo. Com isso, evita a 

incorporação de resíduos de aminoácido nas cadeias de peptídeo elongadas. A tigeciclina possui uma porção glicilamido 

ligada à posição 9 da minociclina. O padrão de substituição não está presente em nenhuma tetraciclina de ocorrência natural 

ou semi-sintética e confere algumas propriedades microbiológicas que vão além da atividade in vitro ou in vivo de qualquer 

tetraciclina conhecida. Além disso, a tigeciclina consegue atuar nos dois principais mecanismos de resistência às tetraciclinas, 

a proteção ribossomal e efluxo. Consequentemente, a tigeciclina demonstrou atividade in vitro in vivo contra um amplo 

espectro de patógenos bacterianos. Ainda não foi observada resistência cruzada entre a tigeciclina e outros antibióticos. Nos 

estudos in vitro, não foi observado antagonismo entre a tigeciclina e outros antibióticos frequentemente usados. Em geral, a 

tigeciclina é considerada bacteriostática. Na concentração 4 vezes maior que a concentração inibitória mínima (CIM), foi 

observada uma redução de 2 log das contagens de colônia com a tigeciclina contra Enterococcus spp., Staphylococcus aureus 

Escherichia coli

No entanto, a tigeciclina demonstrou certa atividade bactericida e com observação de redução de 3 log contra a Neisseria 

gonorrhoeae. A tigeciclina também demonstrou atividade bactericida contra cepas respiratórias comuns de Streptococcus 

pneumoniaeHaemophilus influenzae Legionella pneumophila

 

 

 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Métodos do teste de suscetibilidade 

Técnicas de Diluição 

Os métodos quantitativos são usados para determinar as concentrações inibitórias mínimas (CIMs) antimicrobianas. Essas 

CIMs fornecem estimativas da sensibilidade das bactérias aos compostos antimicrobianos. As CIMs devem ser determinadas 

usando um procedimento padronizado com base em métodos de diluição (caldo nutritivo, ágar ou microdiluição) ou 

equivalente utilizando inóculo e concentrações padronizadas da tigeciclina. Nos testes de diluição em caldo nutritivo para 

microrganismos aeróbios, as CIMs devem ser determinadas utilizando meio que esteja fresco (< 12 horas do preparo). Os 

valores da CIM devem ser interpretados de acordo com os critérios fornecidos na Tabela 11. 

 

Técnicas de Difusão 

Os métodos quantitativos que necessitam da medição dos diâmetros dos halos também fornecem estimativas reprodutíveis 

da sensibilidade das bactérias aos compostos antimicrobianos. O procedimento padronizado requer o uso de concentrações 

padronizadas do inóculo. Esse procedimento utiliza discos de papel impregnados com 15 mcg de tigeciclina para testar a 

sensibilidade dos microrganismos à tigeciclina. A interpretação envolve a correlação do diâmetro obtido no teste do disco 

com a CIM da tigeciclina. Os laudos do laboratório que fornecem os resultados do teste de sensibilidade com disco padrão 

contendo 15 mcg de tigeciclina devem ser interpretados de acordo com os critérios estabelecidos na Tabela 11. 

 

Tabela 11. Critérios de Interpretação do Resultado do Teste de Sensibilidade à tigeciclina 

 

Concentrações Inibitórias 

Mínimas (mcg/mL) 

Difusão em Disco 

(diâmetro do halo em mm) 

Patógeno  

Staphyloco

ccus 

aureus 

(incluindo 

isolados 

resistentes 

à 

meticilina) 

0

,

5

a

 

1

Streptococ

cus 

spp. 

que não o 

S. 

pneumonia

 

0

,

2

5

a

 

1

Streptococ

cus 

pneumonia

 

0

,

0

6

a

 

1

- 

Enterococc

us faecalis 

(apenas 

isolados 

sensíveis à 

vancomicin

a) 

0

,

2

5

a

 

1

Enterobact

eriaceaeb  

1

1

5

-

1

1

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Haemophil

us 

influenzae 

0

,

2

5

a

 

1

Anaeróbios

c

 

1

n

/

n

/

n

/

S = suscetível; I = intermediário; R = resistente 
a

 A ausência atual de isolados resistentes impossibilita a definição de qualquer resultado diferente de “Sensível”. Os isolados que produzem 

resultados de CIM sugestivos da categoria de “Não sensíveis” devem ser submetidos ao laboratório de referência para testes adicionais. 
b

 A tigeciclina tem baixa atividade in vitro contra Morganella spp., Proteus spp. e Providencia spp. 

c

 Diluição em ágar 

 

O  termo  “Sensível”  (S)  indica  que  o  patógeno  provavelmente  será  inibido  se  o  composto  antimicrobiano atingir as 

concentrações geralmente atingidas. O termo “Intermediário” (I) indica que o resultado deve ser considerado ambíguo e,  se 

o microrganismo não for totalmente sensível aos medicamentos alternativos clinicamente viáveis, o teste deve ser repetido. 

Essa categoria implica possível aplicabilidade clínica em sítios do corpo onde o medicamento se concentra fisiologicamente 

ou em situações em que é possível usar uma dose elevada do medicamento. Essa categoria também fornece uma zona tampão 

que  evita  que pequenos  fatores  técnicos  não-controlados  causem  discrepâncias  importantes  na  interpretação.  O  termo 

“Resistente”  (R)  indica  que  o  patógeno  provavelmente  não  será  inibido  se  o  composto  antimicrobiano atingir  as 

concentrações geralmente atingidas; outra terapia deve ser escolhida. 

 

Controle de Qualidade 

Como ocorre com outras técnicas de sensibilidade, o uso de microrganismos de controle laboratorial é exigido para controlar 

os aspectos técnicos dos procedimentos laboratoriais padronizados. O pó de tigeciclina padrão deve fornecer os valores de 

CIM apresentados na Tabela 12. Para a técnica de difusão com um disco com 15 mcg de tigeciclina, os laboratórios devem 

usar os critérios apresentados na Tabela 12 para testar as cepas de controle de qualidade. 

 

Tabela 12. Intervalos de Controle de Qualidade (CQ)Aceitáveis para o Teste de Sensibilidade 

 

Microrganismo de CQ 

Concentrações 

Inibitórias 

Mínimas (mcg/mL) 

Difusão em 

Disco (diâmetro   

do halo em mm) 

Staphylococcus aureus ATCC 25923 

Não se aplica 

20-25 

Staphylococcus aureus ATCC 29213 

0,03-0,25 

Não se aplica 

Escherichia coli ATCC 25922 

0,03-0,25 

20-27 

Enterococcus faecalis ATCC 29212 

0,03-0,12 

Não se aplica 

Pseudomonas  aeruginosa  ATCC 

27853 

Não se aplica 

9-13 

Streptococcus  pneumoniae  ATCC 

49619 

0,016-0,12 

23-29 

Haemophilus influenzae ATCC 49247 

0,06-0,5 

23-31 

Neisseria gonorrhoeae ATCC 49226 

Não se aplica 

30-40 

Bacteroides fragilis ATCC 25285 

0,12-1 

Não se aplica 

Bacteroides  thetaiotaomicron  ATCC 

29741 

0,5-2 

Não se aplica 

Eubacterium lentum ATCC 43055 

0,06-0,5 

Não se aplica 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Clostridium difficile ATCC 70057 

0,12-1 

Não se aplica 

ATCC = American Type Culture Collection 

 

A prevalência da resistência adquirida pode variar com a região geográfica e com o tempo para espécies selecionadas, e 

informações  locais  sobre  a  resistência  são  necessárias,  particularmente  quando  do tratamento  de  infecções  graves.  As 

informações a seguir são apenas uma orientação aproximada da probabilidade de um microrganismo ser ou não sensível à 

tigeciclina: 

 

-

 Sensíveis 

Aeróbios Gram-positivos:  

Enterococcus avium 

Enterococcus casseliflavus 

Enterococcus faecalis* (inclui cepas sensíveis à vancomicina) 

Enterococcus faecalis (inclui cepas resistentes à vancomicina) 

Enterococcus faecium (inclui cepas sensíveis e resistentes à vancomicina) 

Enterococcus gallinarum 

Listeria monocytogenes 

Staphylococcus aureus* (inclui cepas sensíveis e resistentes à meticilina, entre  eles,  os  isolados portadores de marcadores 

moleculares  e  marcadores  de  virulência  frequentemente associados ao  MRSA comunitário incluindo o elemento tipo IV 

SCCmec e o gene pvl) 

Staphylococcus epidermidis (inclui as cepas sensíveis e resistentes à meticilina) 

Staphylococcus haemolyticus 

Streptococcus agalactiae* 

Streptococcus anginosus* (inclui S. anginosus, S. intermedius, S. constellatus

Streptococcus pyogenes* 

Streptococcus pneumoniae

(isolados suscetíveis à penicilina) 

Streptococcus pneumoniae (isolados resistentes à penicilina) 

Estreptococos do grupo Viridans 

 

Aeróbios Gram-negativos: 

Complexo Acinetobacter calcoaceticus/baumannii 

Aeromonas hydrophila 

Citrobacter freundii* 

Citrobacter koseri 

Enterobacter aerogenes 

Enterobacter cloacae* 

Escherichia coli* (incluindo as cepas produtoras de beta lactamase de espectro estendido (ESBL)) 

Haemophilus influenzae*  

Haemophilus parainfluenzae  

Klebsiella oxytoca* 

Klebsiella pneumoniae* (incluindo cepas produtoras de beta lactamase de espectro estendido (ESBL)) 

Klebsiella pneumoniae (incluindo cepas produtoras de AmpC) 

Legionella pneumophila*  

Moraxella catarrhalis*  

Neisseria gonorrhoeae  

Neisseria meningitidis 

Pasteurella multocida 

Salmonella enterica sorotipo Enteritidis 

Salmonella enterica sorotipo Paratyphi 

Salmonella enterica sorotipo Typhi 

Salmonella enterica sorotipo Typhimurium 

Serratia marcescens 

Shigella boydii 

Shigella dysenteriae  

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Shigella flexneri 

Shigella sonnei 

Stenotrophomonas maltophilia 

 

Bactérias Anaeróbias:  

Bacteroides fragilis* 

Bacteroides distasonis 

Bacteroides ovatus 

Bacteroides thetaiotaomicron*  

Bacteroides uniformis*  

Bacteroides vulgatus*  

Clostridium difficile 

Clostridium perfringens*  

Peptostreptococcus spp. 

Peptostreptococcus micros*  

Porphyromonas spp. 

Prevotella spp. 

 

Bactérias Atípicas:  

Chlamydia pneumoniae*  

Mycobacterium abscessus  

Mycobacterium chelonae  

Mycobacterium fortuitum 

Mycoplasma pneumoniae* 

 

* Foi demonstrada eficácia clínica para isolados sensíveis nas indicações clínicas aprovadas. 

 

Resistentes 

Aeróbios Gram-negativos: 

Pseudomonas aeruginosa 

 

Bactérias Anaeróbias: 

Nenhuma espécie de ocorrência natural foi considerada intrinsecamente resistente à tigeciclina. 

 

Resistência: 

Ainda não foi observada resistência cruzada entre a tigeciclina e outros antibióticos. 

 

A  tigeciclina consegue atuar  nos dois principais mecanismos de  resistência às  tetraciclinas, ou  seja, proteção ribossomal 

e efluxo. 

 

Nos  estudos  in  vitro,  não  foi  observado  antagonismo  entre  a  tigeciclina  e  qualquer  outra  classe  de antibióticos 

frequentemente utilizados. 

 

Propriedades Farmacocinéticas 

 

Os  parâmetros  farmacocinéticos  médios  da  tigeciclina  com  esquema  de  doses  recomendado  após  dose única e doses 

múltiplas intravenosas estão resumidos na Tabela 13. 

 

As infusões intravenosas da tigeciclina devem durar aproximadamente 30 a 60 minutos. 

 

 

 

 

 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Tabela 13. Parâmetros Farmacocinéticos Médios (CV%) da tigeciclina 

 

Dose Única 

100 mg 

Doses Múltiplasc 

50 mg a cada 12h 

Cmáx (mcg/mL)a  

1,45 (22%) 

0,87 (27%) 

Cmáx (mcg/mL)b 

0,90 (30%) 

0,63 (15%) 

AUC (mcg.h/mL)  

5,19 (36%) 

AUC0-24h(mcg.h/mL)  

4,70 (36%) 

Cmín (mcg/mL) 

0,13 (59%) 

t1/2(h)  

27,1 (53%) 

42,4 (83%) 

Cl (L/h) 

21,8 (40%) 

23,8 (33%) 

Clr (mL/min) 

38,0 (82%) 

51,0 (58%) 

Vss(L)  

568 (43%) 

639 (48%) 

a

 Infusão de 30 minutos 

b

 Infusão de 60 minutos 

c

 Dose inicial de 100 mg, seguida de 50 mg a cada 12 horas

 

 

Absorção 

A tigeciclina é administrada por via intravenosa e, portanto, tem biodisponibilidade de 100%. 

 

Distribuição 

A taxa de ligação às proteínas plasmáticas in vitro da tigeciclina varia de aproximadamente 71% a 89% nas concentrações 

observadas em estudos clínicos (0,1 a 1,0 mcg/mL). Os estudos de farmacocinética em animais e humanos demonstraram 
que  a  tigeciclina se  distribui rapidamente para  os  tecidos. Em ratos que receberam  doses  únicas  ou  múltiplas  da  14C-

tigeciclina, a radioatividade foi bem-distribuída na maioria dos tecidos, com a maior exposição global nos ossos, na medula 

óssea, na tireoide, no rim, no baço e nas glândulas salivares. Em humanos, o volume de distribuição da tigeciclina no estado 

de equilíbrio foi em média de 500 a 700 litros (7 a 9 L/kg), indicando que a tigeciclina é amplamente distribuída do volume 

plasmático para os tecidos humanos. 

 

Dois estudos avaliaram o perfil farmacocinético da tigeciclina no estado de equilíbrio em tecidos específicos ou fluidos de 

indivíduos  saudáveis  que  receberam tigeciclina 100  mg  seguida  de  50  mg  a  cada  12  horas. Em  um  estudo  em  lavado 

broncoalveolar, a  AUC0-12h  (134  mcg.h/mL) da  tigeciclina nas células alveolares  foi  aproximadamente 77,5  vezes  mais 

elevada que a observada no soro desses indivíduos e a AUC0-12h  (2,28  mcg.h/mL) no  fluido  do  revestimento epitelial  foi 

aproximadamente 32% maior que a sérica. Em um estudo em bolha cutânea, a AUC0-12h (1,61 mcg.h/mL) da tigeciclina no 

líquido de bolha cutânea foi aproximadamente 26% menor que a AUC0-12h sérica nesses indivíduos. 

 

Em um estudo de dose única, tigeciclina 100 mg foi administrada a indivíduos antes de se submeterem a cirurgia eletiva ou 

procedimento médico de extração de tecido. As concentrações teciduais em 4 horas após  a  administração  da  tigeciclina 

foram  medidas  nas  seguintes  amostras  de  tecido  e  fluido:  vesícula biliar, pulmão, cólon,  líquido sinovial e  ossos. A 

tigeciclina atingiu concentrações maiores nos tecidos do que no soro na vesícula biliar (38 vezes, n=6), pulmão (3,7 vezes, 

n=5) e cólon (2,3 vezes, n=6). A concentração da tigeciclina nesses tecidos após doses múltiplas ainda não foi estudada. 

 

Metabolismo 

A tigeciclina não é amplamente metabolizada. Os estudos in vitro com a tigeciclina utilizando microssomos hepáticos, cortes 

de  fígado  e  hepatócitos de  humanos  resultaram apenas  na  formação  de traços de metabólitos. Em voluntários saudáveis 
do sexo masculino tratados com a 14C-tigeciclina, a tigeciclina  foi  a  principal  substância  marcada  com 14C  recuperada na 

urina  e  nas  fezes,  mas  também estavam presentes um glicuronídeo, um metabólito N-acetil e  um epímero da tigeciclina 

(cada um em quantidade inferior a 10% da dose administrada). 

 

 

 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Eliminação 
A recuperação da radioatividade total nas fezes e na urina após a administração da 14C-tigeciclina indica que 59% da dose 

é  eliminada por  excreção biliar/fecal e  33%,  na  urina. De  um modo geral,  a  via  de eliminação primária da tigeciclina é 

a  excreção biliar  da  tigeciclina inalterada. A  glicuronidação e  a excreção renal da tigeciclina inalterada representam vias 

secundárias. 

 

A tigeciclina é um substrato da P-gp com base em um estudo in vitro utilizando uma linha de células que superexpressou a 

P-gp. A contribuição potencial do transporte mediado por P-gp para a disposição in vivo da tigeciclina não é conhecida. 

 

Populações Especiais 

 

Insuficiência Hepática 

Em um estudo que compara 10 pacientes com insuficiência hepática leve (Child Pugh A), 10 pacientes com  insuficiência 

hepática  moderada  (Child  Pugh  B)  e  cinco  com  insuficiência  hepática  grave  (Child Pugh C) a 23 indivíduos controle 

saudáveis pareados por  idade e  peso,  a  disposição farmacocinética da dose única da tigeciclina não sofreu alteração nos 

pacientes com insuficiência hepática leve. No entanto, a depuração sistêmica da  tigeciclina foi  reduzida em 25% e  a  sua 

meia-vida  prolongada em  23%  nos  pacientes  com  insuficiência  hepática  moderada  (Child  Pugh  B).  Além  disso,  a 

depuração  sistêmica  da tigeciclina  foi  reduzida  em  55%  e  sua  meia-vida  prolongada  em  43%  nos  pacientes  com 

insuficiência hepática grave (Child Pugh C). 

 

Com base no perfil farmacocinético da tigeciclina, não há justificativa para ajustar a dose em pacientes com insuficiência 

hepática leve a moderada (Child Pugh A e B). No entanto, em pacientes com insuficiência hepática grave (Child Pugh C), 

a dose da tigeciclina deve ser reduzida para 100 mg seguida de  25  mg  a  cada  12  horas.  Os  pacientes  com  insuficiência 

hepática  grave  (Child  Pugh  C)  devem ser tratados com cautela e monitorados quanto à resposta ao tratamento (vide item 

“8. POSOLOGIA E MODO DE USAR - Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática”). 

 

Insuficiência renal 

Um estudo de dose única comparou seis indivíduos com insuficiência renal grave (depuração de creatinina ClCr ≤ 30 mL/min), 

quatro  pacientes  com  doença  renal  em  estágio  terminal  tratados  com  a  tigeciclina 2 horas antes da hemodiálise, quatro 

pacientes com doença renal em estágio terminal tratados com a tigeciclina após a hemodiálise e seis indivíduos controle 

saudáveis. O perfil farmacocinético da tigeciclina não foi alterado em nenhum dos grupos de pacientes com insuficiência 

renal, e a tigeciclina não foi eliminada por hemodiálise. Não é necessário ajustar a dose da tigeciclina em pacientes com 

insuficiência renal ou nos submetidos a hemodiálise (vide item “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR - Uso em Pacientes 

com Insuficiência Renal”). 

 

Idosos 

Não foram observadas diferenças globais na farmacocinética entre os indivíduos idosos saudáveis (n=15, idade de 65-75; 

n=13, idade >75) e os indivíduos mais jovens (n=18) que receberam uma dose única de 100 mg de tigeciclina. Portanto, 

não é necessário ajustar a dose de acordo com a idade. 

 

Crianças 

A farmacocinética da tigeciclina em pacientes com menos de 18 anos ainda não foi estabelecida. 

 

Sexo 

Em uma análise agrupada de 38 mulheres e 298 homens que participaram de estudos de farmacologia clínica, não houve 

diferença significativa na depuração média da tigeciclina (± DP) entre as mulheres (20,7±6,5 L/h) e os homens (22,8±8,7 

L/h). Portanto, não é necessário ajustar a dose de acordo com o sexo. 

 

Raça 

Em uma análise agrupada de 73 indivíduos asiáticos, 53 negros, 15 hispânicos, 190 brancos e 3 indivíduos classificados como 

de  “outras  raças”  que  participaram  de  estudos  de  farmacologia  clínica,  não  houve diferença significativa na depuração 

média da tigeciclina (± DP) entre os asiáticos (28,8±8,8 L/h), negros (23,0±7,8  L/h),  hispânicos  (24,3±6,5  L/h),  brancos 

(22,1±8,9  L/h)  e  de  “outras raças”  (25,0±4,8  L/h). Portanto, não é necessário ajustar a dose de acordo com a raça. 

 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Dados Pré-Clínicos de Segurança 

 

Carcinogenicidade 

Não foram realizados estudos de sobrevida em animais para avaliar o potencial carcinogênico da tigeciclina. 

 

Mutagenicidade 

Não  foi  encontrado  potencial  mutagênico  nem  clastogênico  em  uma  bateria  de  testes,  incluindo o  teste  de aberração 

cromossômica in vitro em células de ovário de hamster chinês (CHO), o teste de mutação em células CHO (locus HGRPT), 

os ensaios in vitro de mutação em células de linfoma de camundongos e o teste em micronúcleos in vivo

 

Toxicidade reprodutiva 

A tigeciclina não alterou o acasalamento nem a fertilidade de ratos nas exposições a até 4,7 vezes a dose diária humana com 

base na AUC. Em ratas, não houve efeitos relacionados ao composto sobre os ovários ou os ciclos estrais nas exposições a 

até 4,7 vezes a dose diária humana com base na AUC. 

Em estudos de segurança pré-clínica, a tigeciclina marcada com 14C cruzou a placenta e foi encontrada em tecidos fetais, 

incluindo estruturas ósseas fetais. A administração de tigeciclina foi associada a ligeiras reduções no peso fetal e um aumento 

da incidência de anomalias esqueléticas menores (atrasos na ossificação) em exposições de 4,7 e 1,1 vezes a dose diária 

humana com base na AUC em ratos e coelhos, respectivamente. 

 

Os resultados de estudos em animais usando tigeciclina marcada com 14C indicam que a tigeciclina é excretada facilmente 

através do leite de ratas lactantes. Consistente com a biodisponibilidade oral limitada da tigeciclina, há pouca ou nenhuma 

exposição sistêmica à tigeciclina em filhotes em amamentação como resultado da exposição através do leite materno. 

 

Outros 

Foram  observadas diminuições de  eritrócitos,  reticulócitos, leucócitos  e  plaquetas,  em  associação à hipocelularidade da 

medula óssea, com a tigeciclina nas exposições 8,1 vezes e 9,8 vezes a dose diária humana com base na AUC em ratos e 

cães, respectivamente. Mostrou-se que essas alterações são reversíveis após duas semanas da administração. 

 

A  administração  intravenosa  em  bolus  da  tigeciclina  foi  associada  a  uma  resposta  de  histamina  nos estudos pré-

clínicos. Esses efeitos foram observados nas exposições 14,3 e 2,8 vezes a dose diária humana com base na AUC em ratos e 

cães, respectivamente. 

Não foram observadas evidências de fotossensibilidade em ratos após a administração da tigeciclina. 

 

4. CONTRAINDICAÇÕES 

Este medicamento é contraindicado para uso em pacientes com hipersensibilidade conhecida à tigeciclina. 

 

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 

Aumento na mortalidade foi observado nos estudos clínicos Fase III e Fase IV de pacientes tratados com tigeciclina versus 

pacientes tratados com comparador. Em uma análise conjunta de todos os 13 estudos Fase III e Fase IV que incluíram o 

comparador, observou-se a ocorrência de morte em 4,0% (150/3788) dos pacientes que receberam tigeciclina e 3,0% 

(110/3646) dos pacientes que receberam drogas comparadoras, resultando em uma diferença de risco não ajustada de 0,9% 

(95% CI 0,1; 1,8). Em uma análise conjunta desses estudos, baseada em um modelo de efeitos randomizados com atribuição 

de peso aos estudos, a diferença de risco ajustada de mortalidade entre pacientes tratados com tigeciclina e com o comparador 

foi de 0,6% (95% CI 0,1; 1,2). A causa desse aumento não foi estabelecida. Este aumento na mortalidade deve ser considerado 

quando da seleção dentre as opções de tratamento (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). 

Foram relatadas reações anafiláticas/reações anafilactoides, que podem ser potencialmente fatais, com praticamente todos os 

agentes antibacterianos, incluindo tigeciclina. 

 

Os antibióticos da classe das glicilciclinas apresentam estrutura semelhante à das tetraciclinas. Assim, tigeciclina deve ser 

administrada com cautela a pacientes com hipersensibilidade conhecida aos antibióticos da classe das tetraciclinas. 

 

Os resultados dos estudos com a tigeciclina em ratos demonstraram descoloração dos ossos. A tigeciclina pode ser associada 

a descolorações permanentes durante o desenvolvimento dos dentes em humanos. 

 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

A colite pseudomembranosa já foi relatada com praticamente todos os agentes antibacterianos e sua gravidade pode variar 

de leve a potencialmente fatal. Portanto, é importante considerar esse diagnóstico em pacientes que apresentam diarreia após 

a administração de qualquer agente antibacteriano. 

 

Deve-se ter cautela ao considerar a monoterapia de tigeciclina em pacientes com infecções intra-abdominais complicadas 

(IAIc) secundárias à perfuração intestinal clinicamente aparente. Nos estudos de Fase III e IV em IAIc (n=2775), 140/1382 

pacientes tratados com a tigeciclina e 142/1393 pacientes tratados com o comparador apresentaram perfurações intestinais. 

Desses pacientes, 8/140 tratados com tigeciclina e 8/142 tratados com o comparador desenvolveram choque séptico/sepse. 

A relação deste resultado com o tratamento não pode ser estabelecida. 

 

Casos  isolados  de  disfunção  hepática  significante  e  falência  hepática  têm  sido  reportados  em  pacientes tratados com 

tigeciclina. 

 

Os antibióticos da classe das glicilciclinas são estruturalmente semelhantes aos da classe das tetraciclinas e podem ter efeitos 

adversos  semelhantes.  Esses  efeitos  podem  incluir:  fotossensibilidade,  pseudotumor cerebral,  pancreatite  e  ação 

antianabólica (que resulta em ureia sanguínea (BUN) aumentada, azotemia, acidose e hiperfosfatemia). 

 

Pancreatite aguda, que  pode  ser  fatal,  tem ocorrido (frequência: incomum) em associação ao  tratamento com tigeciclina 

(vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). O diagnóstico de pancreatite aguda deve ser considerado em pacientes recebendo 

tigeciclina os quais desenvolveram sintomas clínicos, sinais ou anormalidades laboratoriais sugestivas de pancreatite aguda. 

Casos em pacientes sem fatores de risco conhecidos para pancreatite têm sido reportados. Os pacientes geralmente melhoram 

após a descontinuação de tigeciclina. Deve-se considerar a interrupção do tratamento com tigeciclina em casos de suspeita 

de desenvolvimento de pancreatite. 

 

Recomenda-se o monitoramento dos parâmetros de coagulação sanguínea, incluindo fibrinogênio no sangue, antes do início 

do tratamento com tigeciclina, e regularmente durante o tratamento (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”). 

 

A  segurança  e  eficácia  da  tigeciclina  em  pacientes  com pneumonia adquirida  em  ambiente hospitalar (PAH) não foram 

estabelecidas. Em  um  estudo  de  pacientes  com  pneumonia  adquirida  em  ambiente  hospitalar,  os  pacientes  foram 

randomizados para  receber  tigeciclina (100  mg  inicialmente, seguido  por  50  mg  a  cada  12  horas)  ou  um  comparador. 

Adicionalmente, os  pacientes  poderiam receber  terapia  adjuvante específica.  O  subgrupo  de  pacientes  com  pneumonia 

associada à ventilação mecânica (PAV) que receberam tigeciclina apresentaram taxas mais baixas de cura (47,9% versus 

70,1%  para  população clinicamente avaliável)  e  maior  mortalidade  (25/131  [19,1%]  versus  15/122  [12,3%])  que  o 

comparador. Daqueles pacientes que estavam com pneumonia associada à ventilação mecânica e bacteremia no período basal, 

aqueles que receberam tigeciclina apresentaram mortalidade maior (9/18 [50,0%] versus 1/13 [7,7%]) que o comparador. 

 

Como ocorre com outros antibióticos, o uso desse medicamento pode resultar em crescimento exagerado de microrganismos 

resistentes,  incluindo  fungos.  Os  pacientes  devem  ser  cuidadosamente  monitorados durante o tratamento. Se ocorrer 

superinfecção, medidas adequadas devem ser adotadas. 

 

Para prevenir o desenvolvimento de bactérias resistentes, este medicamento deverá ser usado somente para o 

tratamento de infecções causadas ou fortemente suspeitas de serem causadas por microrganismos sensíveis a este 

medicamento. 

 

Gravidez 

A tigeciclina pode causar danos ao feto quando administrada a mulheres grávidas. Os resultados dos estudos em animais 

indicam  que  a  tigeciclina  atravessa  a  placenta  e  é  encontrada em  tecidos  fetais.  Foram  observadas  com  a  tigeciclina 

diminuição do  peso  fetal  em ratos  e  coelhos (associados com atrasos na ossificação). 

 

A tigeciclina não foi teratogênica em ratos ou coelhos (vide item 3. Características Farmacológicas).   

 

Não há estudos adequados e bem-controlados de tigeciclina em mulheres grávidas. A tigeciclina deve ser usada durante a 

gravidez apenas se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais ao feto. 

 

O uso de tigeciclina ainda não foi avaliado durante o trabalho de parto e o parto. 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

 

A tigeciclina é  um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez, portanto, este medicamento não 

deve  ser  utilizado  por  mulheres grávidas sem orientação médica.  Informe imediatamente seu médico em caso de 

suspeita de gravidez. 

Lactação 

 

Não  se  sabe  se  esse  medicamento é  excretado  no  leite  materno  humano.  Os dados farmacodinâmicos/toxicológicos 

disponíveis em animais mostraram excreção de tigeciclina/metabólitos no leite (vide item 3. Características Farmacológicas). 

Como  muitos  medicamentos são excretados no  leite  materno,  deve-se  ter  cautela  ao  administrar  tigeciclina  a  mulheres 

lactantes. 

O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação e acompanhamento do seu médico ou 

cirurgião-dentista. 

 

Fertilidade 

Os efeitos da tigeciclina na fertilidade em humanos não foram estudados. Os estudos não clínicos realizados com tigeciclina 

em ratos não indicam  efeitos prejudiciais no que diz respeito à fertilidade ou desempenho reprodutivo. (vide item 3. 

Características Farmacológicas). 

 

Efeitos Sobre as Atividades que Requerem Concentração e Desempenho 

A tigeciclina pode causar tontura (vide item “9. REAÇÕES ADVERSAS”), o que pode prejudicar a capacidade de dirigir 

e/ou operar máquinas. 

 

Abuso e Dependência 

O abuso e a dependência do medicamento ainda não foram demonstrados e são improváveis. 

 

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 

A tigeciclina (100 mg seguidos de 50 mg a cada 12 horas) e a digoxina (0,5 mg seguido de 0,25 mg a cada 24  horas)  foram 

administradas  concomitantemente  a  indivíduos  saudáveis  em  um  estudo  de  interação  medicamentosa. A  tigeciclina 

diminuiu discretamente a Cmáx da digoxina em 13%, mas não alterou a AUC nem a depuração da digoxina. Essa pequena 

alteração da Cmáx não alterou os efeitos farmacodinâmicos da digoxina no estado de equilíbrio medidos pelas alterações nos 

intervalos de ECG. Além disso, a digoxina não  alterou o  perfil farmacocinético da  tigeciclina. Portanto, não  é  necessário 

ajustar a dose quando a tigeciclina for administrada com a digoxina. 

 

A administração concomitante da tigeciclina (100 mg seguidos de 50 mg a cada 12 horas) com a varfarina (dose única de 25 

mg) a indivíduos saudáveis resultou em diminuição da depuração da R-varfarina e da S- varfarina de 40% e 23% e um aumento 

da AUC de 68% e 29%, respectivamente. A tigeciclina não alterou significativamente os efeitos da varfarina sobre a razão 

de  normatização internacional (International Normalized Ratio  -  RNI)  aumentada. Além disso,  a  varfarina não  afetou o 

perfil farmacocinético da tigeciclina. No entanto, o tempo de protrombina ou outro teste de anticoagulação adequado deve 

ser monitorado caso a tigeciclina seja administrada com a varfarina. 

 

Os estudos  in vitro  em microssomos hepáticos  humanos  indicam que a  tigeciclina não  inibe  o metabolismo mediado por 

qualquer uma das 6  isoenzimas do citocromo CYP450 mencionadas a seguir: 1A2, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6 e 3A4.  Dessa 

forma, não é de se esperar que a tigeciclina  altere o metabolismo dos medicamentos metabolizados por essas enzimas. Além 

disso, como a tigeciclina não é amplamente metabolizada, não é de se esperar também que a depuração da tigeciclina seja 

afetada por medicamentos que inibem ou induzem a atividade dessas isoenzimas do CYP450. 

 

Estudos in vitro utilizando células Caco-2 indicam que a tigeciclina não inibe o fluxo de digoxina, sugerindo que a tigeciclina 

não é inibidora da glicoproteína  P  (P-gp). Esta informação in vitro é consistente com a  falta de efeito da tigeciclina na 

eliminação da digoxina observada no estudo in vivo de interação medicamentosa descrita acima. 

 

A tigeciclina é um substrato da P-gp com base em um estudo in vitro utilizando uma linha de células que superexpressou a 

P-gp. A contribuição potencial do transporte mediado por P-gp para a disposição in vivo da tigeciclina não é conhecida. A 

coadministração de inibidores da P-gp (p. ex., cetoconazol ou ciclosporina) ou indutores da P-gp (p. ex., rifampicina) poderia 

afetar a farmacocinética da tigeciclina. 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

O  uso  concomitante  de  antibióticos  e  contraceptivos  orais  pode  fazer  com  que  os  contraceptivos  orais sejam menos 

eficazes. 

O uso concomitante de tigeciclina e inibidores de calcineurina, como tacrolimus ou ciclosporina, pode levar a um aumento 

nas concentrações séricas mínimas dos inibidores de calcineurina. Portanto, as concentrações séricas do inibidor de 

calcineurina devem ser monitoradas durante o tratamento com tigeciclina para evitar a toxicidade do medicamento. 

Interferência com Exames Laboratoriais e Outros Exames Diagnósticos 

Não há relato de interação do medicamento com exames laboratoriais. 

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Armazenar em temperatura ambiente (de 15°C a 30°C).

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem do produto.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

Após a reconstituição, a tigeciclina deverá ser utilizada imediatamente. A solução reconstituída deve ser transferida e, depois, 

diluída para a infusão intravenosa. 

As condições informadas para o armazenamento das soluções diluídas garantem somente os aspectos físico-químicos das preparações. 

Do ponto de vista microbiológico elas devem ser utilizadas imediatamente e só poderão ser armazenadas conforme condições descritas, 

se forem manipuladas com técnicas assépticas controladas e validadas. A garantia das condições assépticas é de inteira 

responsabilidade do profissional de saúde/instituição. 

Características do produto: Dugar® (tigeciclina): 

Antes de reconstituir: Sólido alaranjado. 

Após reconstituição: Solução amarela a alaranjada. 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Posologia

O esquema posológico recomendado para a tigecilina é dose inicial de 100 mg, seguida de 50 mg a cada 12 horas. As infusões

intravenosas (IV) de tigeciclina devem ser administradas por um período de aproximadamente 30 a 60 minutos a cada 12

horas.

A duração recomendada do tratamento com a tigeciclina para infecções de pele e partes moles complicadas (IPPMc) ou 

infecções intra-abdominais complicadas (IAIc) é de 5 a 14 dias. A duração recomendada do tratamento com tigeciclina para 

pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é de 7 a 14 dias. A duração da terapia deve ser definida com base na gravidade 

e no local da infecção e de acordo com o progresso clínico e bacteriológico do paciente. 

Uso em Pacientes com Insuficiência Renal 

Não é necessário ajustar a dose da tigeciclina em pacientes com insuficiência renal ou submetidos à hemodiálise (vide item 

“3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades Farmacocinéticas”). 

Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática 

Não é necessário ajustar a dose em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada (Child Pugh A e B). Com base no 

perfil farmacocinético da tigeciclina em pacientes com insuficiência hepática grave (Child Pugh C), a dose da tigeciclina 

deve ser alterada para 100 mg seguida de 25 mg a cada 12 horas. Os pacientes com insuficiência hepática grave (Child Pugh 

C) devem ser tratados com cautela e monitorados quanto à resposta ao tratamento (vide item “3. CARACTERÍSTICAS

FARMACOLÓGICAS – Propriedades Farmacocinéticas”).

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Uso em crianças 

A segurança e a eficácia em pacientes com menos de 18 anos ainda não foram estabelecidas. Portanto, não se recomenda o 

uso em pacientes com menos de 18 anos. 

 

Uso em idosos 

Em uma análise conjunta de 3.900 indivíduos que receberam tigeciclina em estudos clínicos na Fase III e IV, 1.026 tinham 

65 anos e mais. Desses, 419 tinham 75 anos ou mais. Não foram observadas diferenças inesperadas na segurança entre estes 

indivíduos e indivíduos mais jovens. Não é necessário ajustar a dose em pacientes idosos. 

 

Raça e sexo 

Não é necessário ajustar a dose de acordo com a raça ou o sexo (vide item “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 

– Propriedades Farmacocinéticas”). 

 

Modo de administração 

Infusão intravenosa. 

 

Cuidados especiais de manuseio e descarte 

O pó liófilo deve ser reconstituído com 5,3 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9% USP ou solução de dextrose a 5% USP 

para atingir a concentração de 10 mg/mL de tigeciclina. O frasco-ampola deve ser agitado delicadamente com movimentos 

circulares até o medicamento se dissolver. Retire 5 mL da solução reconstituída do frasco-ampola e adicione a uma bolsa 

para infusão IV de 100 mL. Para uma dose de 100 mg, reconstituir dois frascos-ampolas e transferir para uma bolsa IV de 

100 mL. (Observação: O frasco-ampola contém um excedente de 6%. Assim, 5 mL da solução reconstituída equivale a 50 

mg do medicamento). A solução reconstituída deve ter a coloração amarela a alaranjada; caso contrário, a solução deve ser 

desprezada. Os medicamentos parenterais devem ser inspecionados visualmente quanto a material particulado e alterações 

de cor (p. ex., cor verde ou preta) antes da administração sempre que possível. Uma vez reconstituído, a tigeciclina deverá 

ser utilizada imediatamente. 

 

A tigeciclina pode ser administrada por via intravenosa através de um equipo exclusivo em Y. Se o mesmo equipo intravenoso 

for utilizado para a infusão sequencial de vários medicamentos, o equipo deve ser lavado antes e depois da infusão da 

tigeciclina com solução de cloreto de sódio a 0,9% USP ou solução de dextrose a 5% USP. A infusão deve ser administrada 

com uma solução compatível com a tigeciclina e com qualquer outro(s) medicamento(s) administrado(s) por esse equipo 

intravenoso que seja compatível (vide item a seguir). 

 

Compatibilidades, incompatibilidades 

As soluções intravenosas compatíveis incluem a solução de cloreto de sódio a 0,9% USP, a solução de dextrose a 5% USP e 

a solução de ringer lactato USP. 

 

A tigeciclina é compatível com os seguintes medicamentos ou diluentes quando utilizada como solução fisiológica 0,9% USP 

ou solução de dextrose a 5%,USP e administrados simultaneamente pelo mesmo equipo intravenoso: amicacina, dobutamina, 

cloridrato de dopamina, gentamicina, haloperidol, solução de Ringer lactato, cloridrato de lidocaína, metoclopramida, 

morfina, norepinefrina, piperacilina/tazobactam (formulação com EDTA), cloreto de potássio, propofol, cloridrato de 

ranitidina, teofilina e tobramicina. 

 

Os seguintes medicamentos 

não devem ser administrados simultaneamente pelo mesmo equipo da tigeciclina: anfotericina 

B, complexo lipídico de anfotericina B, diazepam, esomeprazol e omeprazol. 

 

9. REAÇÕES ADVERSAS 

A  frequência  esperada  das  reações  adversas  está  apresentada  em  frequência  Council  for  International Organizations of 

Medical Sciences CIOMS nas seguintes categorias

 

Muito Comum: > 10% 

Comum: > 1% e < 10% 

Incomum: > 0,1% e < 1% 

Rara: > 0,01% e < 0,1%  

Muito Rara: < 0,01% 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Frequência não conhecida: não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis 

 

Nos pacientes que receberam a tigeciclina, as seguintes reações adversas foram relatadas: 

 

Classe de Sistema Corpóreo 

Reação Adversa  

Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo 

Comum 

Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) 

prolongado, tempo de protrombina (TP) prolongado, 

trombocitopenia 

Incomum 

Razão de normatização internacional (RNI) aumentada 

Rara 

Hipofibrinogenemia 

Distúrbios do sistema imunológico 
Frequência não conhecida  

Reação anafilática/reação anafilactóides 

Distúrbios do sistema nutricional e metabolismo 
Comum 

Hipoproteinemia, hipoglicemia, diminuição do apetite 

Distúrbios do sistema nervoso 
Comum 

Tontura, dor de cabeça 

Distúrbios vasculares 
Comum 

Flebite 

Incomum 

Tromboflebite 

Distúrbios do sistema respiratório, torácico e mediastino 
Comum 

Pneumonia 

Distúrbios gastrintestinais 
Muito comum 

Náuseas, vômitos, diarreia  

Comum 

Dor abdominal, dispepsia 

Incomum 

Pancreatite aguda  

Distúrbios hepatobiliares 

Comum 

Aspartato aminotransferase (AST) aumentada, alanina 

aminotransferase (ALT) aumentada*, 

hiperbilirrubinemia 

Incomum 

Icterícia  

Frequência não conhecida  

Colestase 

Distúrbios do sistema subcutâneo e pele  
Comum 

Prurido, erupções cutâneas 

Frequência não conhecida  

Reações cutâneas graves, incluindo a síndrome de 

Stevens-Johnson 

Distúrbios gerais e condições no local de administração  

Comum 

Cicatrização prejudicada, reação no local da 

administração 

Incomum 

Inflamação no local da administração, dor no local da 

administração, edema no local da administração, flebite 

no local da administração 

Investigações 
Comum 

Amilase aumentada, ureia no sangue aumentada (BUN) 

* As anormalidades de AST e ALT nos pacientes tratados com a tigeciclina foram relatadas com mais frequência no período pós-terapia 

que nos pacientes tratados com o medicamento comparador, que ocorreram com maior frequência durante a terapia. 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

 

Em uma  análise  conjunta de  todos os  13  Estudos Fase III  e  IV que  incluíram um comparador, ocorreu morte em 4,0% 

(150/3788) dos pacientes recebendo tigeciclina e 3,0% (110/3646) dos pacientes recebendo comparadores. Numa análise 

conjunta  desses  estudos,  a  diferença  do  risco  da  mortalidade  foi 0,9%  (95%  CI  0,1,  1,8)  entre  pacientes tratados com 

tigeciclina e com comparador. Em uma análise conjunta desses estudos, baseada em um

 modelo de  efeitos randomizados 

com atribuição de peso aos estudos, a diferença de risco ajustada de mortalidade entre pacientes tratados com tigeciclina e 

o comparador foi de 0,6% (95% CI 0,1, 1,2). 

 

Nenhuma  diferença  significante  foi  observada  entre  os  tratamentos  por  tipo  de  infecção  (veja  tabela  14). A  causa do 

desequilíbrio não foi estabelecida. Geralmente  as mortes  foram  resultadas  da  piora  da infecção, complicações de infecção 

ou comorbidades subjacentes. 

 

Tabela 14. Pacientes com Ocorrência de Morte por Tipo de Infecção 

 

tigeciclina 

Comparador 

Diferença de 

Risco* 

Tipo de 

Infecçã

n/N 

n/N 

% (95% CI) 

IPPMc 

12/8

34 

1,4 

6/8

13 

0,7 

0,7 (-0,5, 1,9) 

IAIc 

42/1

382 

3,0 

31/

139

2,2 

0,8 (-0,4, 2,1) 

PAC 

12/4

24 

2,8 

11/

422 

2,6 

0,2 (-2,3, 2,7) 

PN 

66/4

67 

14,1 

57/

467 

12,

1,9 (-2,6, 6,4) 

Não-

VAPa 

41/3

36 

12,2 

42/

345 

12,

0,0 (-5,1, 5,2) 

VAPa 

25/1

31 

19,1 

15/

122 

12,

6,8 (-2,9, 

16,2) 

RP 

11/1

28 

8,6 

2/4

4,7 

3,9 (-9,1, 

11,6) 

DFI 

7/55

1,3 

3/5

08 

0,6 

0,7 (-0,8, 2,2) 

Global 

Não 

Ajusta

do 

150/

378

4,0 

110

/36

46 

3,0 

0,9 (0,1, 1,8) 

Global 

Ajusta

do 

150/

378

4,0 

110

/36

46 

3,0 

0,6 (0,1, 

1,2)** 

 

PAC = Pneumonia adquirida na comunidade. IAIc = Infecções intra-abdominais complicadas; IPPMc = Infecções de pele 

e  partes moles complicadas;  PN  =  Pneumonia nosocomial; VAP  =  Pneumonia associada à ventilação; RP = Patógenos 

Resistentes; DFI = infecções do pé diabético. 

* Diferença entre a porcentagem de pacientes que morreram nos grupos de tigeciclina e do comparador. O CI de 95% foi 

calculado usando o Método de Pontuação de Wilson com correção contínua. 

** Estimativa da diferença de risco Global Ajustado (efeitos randomizados com atribuição de peso aos estudos) e 95% CI. 

a Estes são sub-grupos da população PN. 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

 

 

 

 

 

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

 

Nota: Os estudos incluem 300, 305 e 900 (IPPMc), 301, 306, 315, 316, 400 (IAIc), 308 e 313 (PAC), 311 (PN), 307 [Estudo 

de  Patógenos  resistentes  gram-positivos em  pacientes  com  MRSA  ou  Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE)], e 

319 (DFI com ou sem osteomielite). 

 

Os eventos adversos mais comuns decorrentes do tratamento relacionados ao medicamento nos pacientes tratados  com  a 

tigeciclina  foram  náusea,  29,9%  (19,3%  leve;  9,2%  moderada;  1,4%  grave)  e  vômitos,  19,9%  (12,1%  leve;  6,8% 

moderado; 1,1% grave). No geral, náuseas ou vômitos ocorreram no início do tratamento (Dias 1-2). 

 

A descontinuação da tigeciclina foi mais frequentemente associada à náusea (1,6%) e vômito (1,3%). 

 

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 

 

10. SUPERDOSE 

Não estão disponíveis informações específicas sobre o tratamento da superdosagem de tigeciclina. A administração 

intravenosa da tigeciclina na dose única de 300 mg em infusão de 60 minutos em voluntários saudáveis resultou em aumento 

da incidência de náusea e vômito. Nos estudos de toxicidade de dose única IV conduzidos com a tigeciclina em camundongos, 

a dose letal (DL50) mediana estimada foi de 124 mg/kg em machos e 98 mg/kg em fêmeas. Em ratos, a DL50 estimada foi de 

106 mg/kg em ambos os sexos. A tigeciclina não é eliminada em quantidades significativas por hemodiálise. 

 

Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

 

DIZERES LEGAIS 

 

Registro: 1.0043.1237 

 

Produzido e Registrado por: 

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, 3565 – Itapevi – SP 
CNPJ do titular do registro: 61.190.096/0001-92 
Indústria Brasileira 

 

VENDA SOB PRESCRIÇÃO COM RETENÇÃO DA RECEITA. 

USO RESTRITO A ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE. 

 

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 25/07/2024. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

/storage/bulas_html/4910-healthcare-0da41b91ea50e0445590c4d52b0889b4518c1df4/-html.html
background image

Dugar (tigeciclina)_po liof sol inj_VPS_V02 

Histórico de Alteração da Bula 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera 

bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/ 

VPS) 

Apresentações 

relacionadas 

16/05/2022 

2726194/22-2 

10457 - SIMILAR 

- Inclusão Inicial 

de Texto de Bula

- publicação no 

Bulário RDC 

60/12 

VP/VPS 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

50 mg 

SIMILAR - 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula - 

publicação no 

Bulário RDC 

60/12 

2. Resultados e 

Eficácia 

3. Características

Farmacológicas

5. Advertências e

Precauções

Dizeres Legais

VPS 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

50 mg 

SIMILAR - 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula - 

publicação no 

Bulário RDC 

60/12 

5. Advertências e

Precauções

7. Cuidados de 

Armazenamento do 

medicamento 

Dizeres Legas 

VPS 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

50 mg