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ESC®  

(oxalato de escitalopram) 

 

 

Bula para profissional de saúde  

Solução oral gotas 

20 mg/mL 

 

 

 

        

 

 

 

 

 

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

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Esc® 

oxalato de escitalopram 

 

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA. 

 
APRESENTAÇÃO 

Solução gotas de 20 mg/L: Embalagem contendo 1 frasco gotejador com 15 mL. 

 

USO ORAL    

USO ADULTO 

 

COMPOSIÇÃO 

Cada 1 mL (20 gotas) da solução contém: 

oxalato de escitalopram..............................................................................................................................25,54 mg* 

*equivalente a 20 mg de escitalopram.   

Excipientes: hidróxido de sódio e água. 

 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 

1. INDICAÇÕES 

Esc® (oxalato de escitalopram) é indicado para: 

•  Tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão; 

•  Tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia; 

•  Tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG); 

•  Tratamento do transtorno de ansiedade social (fobia social); 

•  Tratamento do transtorno obsessivo compulsivo (TOC). 

 

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 

Estudos em animais: 

Nenhum protocolo convencional de estudos pré-clínicos foi conduzido com o escitalopram, já que estudos de 

similaridade quanto à toxicologia e toxicidade cinética, conduzidos em ratos com o escitalopram e o  citalopram 

demonstraram um perfil similar. Portanto, todas as informações do citalopram podem ser extrapoladas para o 

escitalopram. 

Em estudos toxicológicos comparativos em ratos, o escitalopram e o citalopram causaram toxicidade cardíaca, inclusive 

falência cardíaca, após algumas semanas de tratamento, com doses que causavam  toxicidade generalizada. A 

cardiotoxicidade parece estar mais relacionada aos picos de concentrações plasmáticas do que à exposição sistêmica 

ASC (área sobre a curva). Os picos de concentrações plasmáticas nos quais ainda não se observavam efeitos, eram 

aproximadamente 8 vezes maiores do que os clinicamente observados, enquanto a ASC para o escitalopram, estava 

apenas 3 a 4 vezes maior que a observada durante o uso clínico. Na avaliação do citalopram (mistura racêmica), os 

valores da ASC para o S-enantiômero (escitalopram) foram 6 a 7 vezes maiores que os valores clinicamente observados. 

Estes achados estão provavelmente relacionados a uma influência exagerada sobre as aminas biogênicas, isto é, são 

secundários aos efeitos farmacológicos primários, resultando em repercussões hemodinâmicas (redução do fluxo 

coronário) e isquemia. No entanto, o mecanismo exato de cardiotoxicidade em ratos não é claro. A experiência clínica 

com o citalopram, e os dados disponíveis para o escitalopram, não indicam que estes achados tenham correlação clínica. 

 

Foi observado um aumento dos fosfolipídios em alguns tecidos, como nos pulmões, testículos e fígado, após o tratamento 

por períodos mais prolongados com escitalopram e citalopram em ratos. O efeito é reversível após o término do 

tratamento. Achados no epidídimo e no fígado foram observados com exposições semelhantes à do homem. O acúmulo 

de fosfolipídios (fosfolipidose) em animais tem sido observado e relacionado  a muitos medicamentos anfifílicos 

catiônicos. Não se sabe se este fato possui algum significado clínico relevante para o homem. 

 

No estudo de toxicidade do desenvolvimento em ratos, efeitos embriotóxicos (redução do peso fetal e retardo de 

ossificação reversível), foram observados após exposições ASC excessivas às encontradas no uso clínico, porém não foi 

observado um aumento na frequência de malformações. Estudos peri e pós-natal apresentaram uma diminuição da 

sobrevivência durante o período de lactação, em exposições ASC excessivas às exposições observadas clinicamente. 

 

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Dados de estudos em animais demonstraram que o citalopram, em níveis de exposição bem acima da exposição humana, 

induz uma redução nos índices de fertilidade e de gravidez, redução do número de implantações e de anormalidades do 

esperma. Não há dados animais relativos a esse aspecto disponíveis para o escitalopram. 

 

ESTUDOS EM HUMANOS 

EPISÓDIOS DEPRESSIVOS 

Em um estudo de dose fixa, placebo-controlado, duplo-cego, de 8 semanas de duração, o escitalopram apresentou taxas 

de resposta e de remissão significativamente maiores que o placebo (55,3% contra 41,8%; p = 0,01 e 47,3% contra 

34,9%, respectivamente)1.  

 

Em outro estudo de dose fixa, duplo-cego, placebo-controlado, de 8 semanas,  pacientes que foram tratados com 

escitalopram 10 mg/dia (n =118), escitalopram 20 mg/dia (n = 123), citalopram 40 mg/dia (n = 125) ou placebo (n = 

119)2. As doses de 10 e 20 mg de escitalopram foram significativamente melhores do que o placebo na redução da 

pontuação na Escala de Depressão de Montgomery Asberg (MADRS) a partir da segunda semana (p < 0,05 nas semanas 

2 e 4; p < 0,01 nas semanas 6 e 8)2.  

Um resultado semelhante foi obtido usando a Escala de Avaliação da Depressão de Hamilton (HAM) e nas medidas de 

melhora e gravidade na Impressão Clínica Global (CGI). Na Impressão Clínica de Melhora (CGI-I), uma superioridade 

significativa do escitalopram sobre o placebo já foi vista a partir da primeira semana para a dose de 10 mg/dia e a partir 

da segunda semana para a dose de 20 mg/dia2. Na escala de Hamilton – 24 itens (HAM-D), o escitalopram na dose de 

20 mg/dia foi significativamente superior ao citalopram na dose de 40 mg/dia ao final do estudo. Estes resultados 

sugerem que o escitalopram está associado a uma melhora precoce dos sintomas depressivos2. A taxa de remissão foi 

significativamente maior para o escitalopram 10 mg/dia (40%) e 20 mg/dia (41%), do que para o placebo (24%)2. A taxa 

geral de abandono no estudo foi de 24%, sem diferenças significativas entre os grupos que receberam escitalopram 10 

mg/dia (20%), escitalopram 20 mg/dia (25%), citalopram 40 mg/dia (25%) ou placebo (25%)2.  

 

Na análise unificada de eficácia, o escitalopram produziu efeitos rápidos e duradouros num subgrupo de pacientes com 

transtorno  depressivo  maior  (pontuação  inicial  na  MADRS  ≥  30).  O  escitalopram  proporcionou  uma  redução 

estatisticamente significativa dos sintomas já a partir da primeira semana de tratamento comparado ao placebo (análise 

LOCF), e mostrou-se significativamente superior ao placebo ao longo de todo o estudo, exceto na segunda semana, onde 

apresentou, no entanto, superioridade numérica (p = 0,07)3.  

 

Em um estudo de extensão de 36 semanas, multicêntrico, duplo-cego, com doses flexíveis do escitalopram 10-20 mg/dia 

(n = 181) e placebo (n = 93), realizado com pacientes respondedores (MADRS ≤ 12) que realizaram estudo prévio de 8 

semanas, duplo-cego, o tempo para recaída foi significativamente maior para o grupo escitalopram (p = 0,13) e o número 

total de pacientes que recaíram foi significativamente menor para o grupo escitalopram (26% contra 40% do placebo; p 

= 0,01). Neste estudo, o escitalopram se mostrou eficaz na prevenção de recaídas e proporcionou melhora continuada 

no tratamento de manutenção da depressão4.  

 

1) 

Wade A,et al. Escitalopram 10 mg-day is Effective and Well Tolerated in a Placebo-Controlled Study in 

Depression in Primary Care. Int Clin Psychopharmacol. 2002; 17:95-102. 

2) 

Burke WJ et al. Fixed-Dose Trial of the Single Isomer SSRI Escitalopram in Depressed Outpatients. J  Clin 

Psychiatry. 2002; 63(4):331-336.  

3) 

Gorman JM, et al. Efficacy Comparison of Escitalopram and Citalopram in the Treatment of Major Depressive 

Disorder: Pooled Analysis of Placebo-Controlled Trials. CNS Spectrums. 2002; 7:40-44. 

4) 

Rapaport MH,et al. Escitalopram Continuation Treatment Prevents Relapse of Depressive Episodes. J Clin 

Psychiatry. 2004; 65 (1):44-49. 

 

TRANSTORNO DE PÂNICO COM OU SEM AGORAFOBIA  

Um total de 366 pacientes foi randomizado (placebo n = 114, citalopram n = 112 e escitalopram n = 125) em um estudo 

duplo-cego de 10 semanas1. No grupo tratado com escitalopram, a diminuição na frequência de ataques de pânico na 

semana 10, em comparação ao início (aferida pela Escala Modificada de Pânico e Ansiedade Antecipatória de Sheehan), 

foi significativamente superior ao placebo (p = 0,04), bem como a diminuição do percentual de horas diárias de 

ansiedade antecipatória1. Escitalopram e citalopram reduziram significativamente a gravidade e os sintomas de 

transtorno de pânico em comparação ao placebo ao final do estudo (p ≤ 0,05). O índice de descontinuação por efeitos 

adversos foi de 6,3% para o escitalopram, 8,4% para o citalopram e 7,6% para o placebo. 

1) Stahl SM, Gergel I, Li D. Escitalopram in the Treatment of Panic Disorder. –A Randomized, Double-Blind, Placebo 

- Controlled Trial; J Clin Psychiatry. 2003; 64(11):1322-1327.  

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TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) 

Em um estudo de 8 semanas, multicêntrico, com doses flexíveis, placebo-controlado, comparou-se o escitalopram 10 a 

20 mg/dia (n = 158) ao placebo (n = 157) em pacientes ambulatoriais entre 18 e 80 anos de idade, que preenchiam os 

critérios do DSM-IV para TAG e apresentavam pontuação maior ou igual a 18 na escala de Avaliação de Hamilton para 

Ansiedade (HAM-A)1. O grupo tratado com o escitalopram demonstrou uma melhora significativamente maior quando 

comparado ao placebo, na pontuação total da HAM-A e também na pontuação da subescala de ansiedade psíquica da 

HAM-A desde a 1ª semana até o final do estudo. Ao final do estudo, as variações na pontuação total da HAM-A foram 

de -11,3 para o escitalopram e -7,4 para o placebo (LOCF; p < 0,001). O índice de resposta para os que completaram o 

estudo, na semana 8, foi de 68% para o escitalopram e de 41% para o placebo (p < 0,01) e de 58% (escitalopram) e 38% 

(placebo) na avaliação LOCF (p < 0,01). O tratamento com o escitalopram foi bem tolerado, com índice de 

descontinuação por efeitos adversos sem diferença estatística em comparação ao do placebo (8,9% contra 5,1%, 

respectivamente, p = 0,27). O escitalopram foi efetivo, seguro e bem tolerado no tratamento de pacientes com TAG. 

 

1) Davidson JRT, Bose A, Korotzer A, Zheng H. Escitalopram in the treatment of generalized anxiety disorder: double- 

blind, placebo controlled, flexible-dose study. Depression and Anxiety. 2004, 19:234–240. 

 

TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL) 

Em um estudo de estabelecimento de dose, tanto em 12 semanas (curto prazo) como em 24 semanas (longo prazo), o 

escitalopram mostrou-se  eficaz e bem tolerado nas doses de 5, 10 e 20 mg/dia para o tratamento do transtorno de 

ansiedade social1. Em outro estudo, duplo-cego, pacientes com transtorno de ansiedade social foram randomizados para 

receber placebo (n = 177) ou escitalopram na dose de 10 a 20 mg/dia (n = 181), por 12 semanas. A medida primária de 

eficácia foi a mudança média desde o início na pontuação total da escala de Liebowitz para Ansiedade Social (LSAS). 

O estudo mostrou uma superioridade estatística para o tratamento com o escitalopram em comparação ao placebo na 

pontuação total da LSAS (p = 0,005). O número de respondedores ao tratamento no grupo escitalopram foi 

significativamente maior do que no grupo placebo (54% contra 39%; p < 0,01). A relevância clínica destes achados foi 

corroborada pela redução significativa nos componentes relacionados ao trabalho e às questões sociais na escala de 

Sheehan de Desadaptação e pela boa tolerabilidade ao tratamento com o escitalopram². Escitalopram foi eficaz e bem 

tolerado no tratamento do transtorno de ansiedade social1,2.  

 

1) 

Lader M, Stender K, Bürger V, Nil R. Efficacy and Tolerability of Escitalopram in 12- and 24-Week Treatment 

of Social Anxiety Disorder: Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled, Fixed-Dose Study. Depression and 

Anxiety. 2004; 19:241-248.  

2) 

Kasper S, Stain D, Loft H, Nil R. Escitalopram in the treatment of social anxiety disorder. Randomised, placebo 

controlled flexible dosage study. British Journal of Psychiatry. 2005; 186: 222-226.  

 

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC) 

Em curto-prazo1 (12 semanas), evidenciou-se a separação do escitalopram (20 mg/dia) do placebo na pontuação total e 

nas subescalas para obsessões e rituais da escala de Yale-Bocks (Y-BOCS) e também na pontuação total da NIMHOCS. 

Pela análise de casos observados (LOCF), tanto o escitalopram 10 mg/dia (p = 0,005) como 20 mg/dia (p < 0,001) foram 

efetivos. 

A manutenção da resposta a longo-prazo foi demonstrada em um estudo1 placebo-controlado de 24 semanas de busca de 

dose eficaz e em um estudo placebo-controlado de prevenção de recaídas2 de 24 semanas de duração, que teve uma fase 

aberta, prévia a de 24 semanas, de 16 semanas de duração. 

A longo-prazo, ambos os grupos com 10 mg/dia (p < 0,05) e 20 mg/dia (p < 0,01) do escitalopram foram 

significativamente mais efetivos que o placebo, conforme mensurado pela medida primária de eficácia, a pontuação 

total na Y-BOCS, bem como pelas medidas secundárias, as subescalas de obsessões e rituais da Y-BOCS e a NIMHOCS 

[10 mg/dia (p < 0,01) e 20 mg/dia (p < 0,001) do escitalopram]. 

A manutenção da eficácia e a prevenção das recaídas foram demonstradas para as doses de 10 e 20 mg/dia do 

escitalopram em pacientes que responderam ao escitalopram em uma primeira fase de tratamento aberto de 16 semanas 

e que depois entraram em uma fase de 24 semanas de prevenção de recaídas (duplo-cego, placebo-controlado, 

randomizado). No estudo de prevenção de recaídas, os grupos em uso do escitalopram 10 mg/dia (p = 0,014) e 20 mg/dia 

(p < 0,001) apresentaram, significativamente, menos recaídas. 

Um efeito benéfico significativo na qualidade de vida dos pacientes com TOC foi observado (aferido pelo SF-36 e SDS) 

nos estudos com o escitalopram nesta população. 

1) 

Stein DJ, Andersen EW, Tonnoir B, Fineberg N. Escitalopram in obsessive compulsive disorder: a randomized, 

placebo-controlled, paroxetine-referenced, fixed-dose, 24-week study. Curr Med Res Opin. 2007; 23(4):701-11. 

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2) 

Fineberg NA, Tonnoir B, Lemming O, Stein DJ. Escitalopram prevents relapse of obsessive-compulsive 

disorder. Eur Neuropsychopharmacol. 2007; 17(6-7):430-9.  

 

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS   

FARMACODINÂMICA 

MECANISMO DE AÇÃO 

O escitalopram é um inibidor seletivo da recaptação de serotonina (5-HT) de afinidade alta pelo sítio de ligação primário 

do transportador de serotonina. Ele também se liga a um sítio alostérico no transportador de serotonina, com uma 

afinidade de ligação 1.000 vezes menor. A modulação alostérica do transportador de serotonina potencializa a ligação 

do escitalopram ao sítio primário, o que resulta em uma inibição da recaptação de serotonina mais eficaz. O escitalopram 

é isento de afinidade, ou esta é muito baixa, por diversos receptores, o que inclui 5-HT1A, 5-HT2, dopaminérgicos D1 e 

D2, α1, α2-, β-adrenoreceptores, histaminérgico H1, muscarínicos, colinérgicos, benzodiazepínicos e opioides. 

A inibição da recaptação de 5-HT é o único mecanismo de ação que explica os efeitos farmacológicos e clínicos do 

escitalopram. 

O escitalopram é o enantiômero S do racemato (citalopram), ao qual é atribuída a atividade terapêutica. Estudos 

farmacológicos demonstraram que o R-citalopram não é somente inerte, pois interfere negativamente na potencialização 

da recaptação de serotonina, e por conseguinte, nas propriedades farmacológicas do enantiômero S. 

 

EFEITOS FARMACODINÂMICOS 

Em um estudo duplo-cego, placebo-controlado, de ECG em voluntários sadios, a alteração em relação ao início do QTc 

(correção Fridericia) foi de 4,3 ms (90%Cl 2,2-6,4) com uma dose de 10 mg/dia e 10,7 ms (90%Cl 8,6- 12,8) com uma 

dose de 30 mg/dia (ver CONTRAINDICAÇÕES, ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, INTERAÇÕES 

MEDICAMENTOSAS, REAÇÕES ADVERSAS E SUPERDOSE) 

 

FARMACOCINÉTICA  

ABSORÇÃO 

A absorção é quase completa e independe da ingestão de alimentos (Tmáx médio de 4 horas após dosagem múltipla). Tal 

como acontece com citalopram racêmico, a biodisponibilidade absoluta do escitalopram é esperado  para ser 

aproximadamente 80%. 

 

DISTRIBUIÇÃO 

O volume de distribuição aparente (Vd,β/F) é de cerca de 12 a 26 L/kg, após administração oral. A ligação às proteínas 

plasmáticas é menor que 80% para o escitalopram e seus principais metabólitos. 

 

BIOTRANSFORMAÇÃO 

O escitalopram é metabolizado no fígado em derivados desmetilados e didesmetilados. Ambos são farmacologicamente 

ativos. Alternativamente, o nitrogênio pode ser oxidado formando o metabólito N-óxido. Tanto o composto original 

como os metabólitos são parcialmente excretados como glicuronídeos. Após administração de múltiplas doses, as 

concentrações médias dos metabólitos desmetilados e didesmetilados geralmente são 28-31% e < 5% da concentração 

do escitalopram, respectivamente. A biotransformação do escitalopram no metabólito desmetilado é mediada pelo 

CYP2C19. É possível alguma contribuição das enzimas CYP3A4 e CYP2D6. 

 

ELIMINAÇÃO 
A meia-vida de eliminação (T1/2β) após doses múltiplas é de cerca de 30 horas, e o clearance plasmático oral (Cl oral) é 

de aproximadamente 0,6 L/min. Os principais metabólitos têm uma meia-vida consideravelmente mais longa. Assume-

se que o escitalopram e seus principais metabólitos são eliminados tanto pela via hepática como pela renal, sendo a 

maior parte da dose excretada como metabólitos na urina. 

 

LINEARIDADE  

A farmacocinética é linear. Os níveis plasmáticos no estado de equilíbrio são alcançados em aproximadamente 1 (uma) 

semana. As concentrações médias em equilíbrio de 50 nmol/L (variação de 20 a 125 nmol/L) são alcançadas com uma 

dose diária de 10 mg. 

 

PACIENTES IDOSOS (> 65 ANOS) 

O escitalopram aparentemente é eliminado mais lentamente em pacientes idosos, se comparados com pacientes mais 

jovens. Foi observado um aumento de 50% na exposição sistêmica (ASC) em idosos comparados a pacientes mais jovens 

(ver POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

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FUNÇÃO HEPÁTICA REDUZIDA  

O escitalopram é eliminado mais lentamente em pacientes com a função hepática reduzida. Em pacientes com alterações 

da função hepática leve e moderada (classificação de Child-Pugh  A e B), a meia-vida do escitalopram foi 

aproximadamente duas vezes mais longa e as concentrações em equilíbrio foram em média 60% maiores quando 

comparados a pacientes com função hepática normal (ver POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

FUNÇÃO RENAL REDUZIDA  

Observou-se um aumento da meia-vida e aumentos menores na exposição (ASC) em pacientes com função renal 

reduzida (clearance  de creatinina entre 10-53 mL/min). As concentrações plasmáticas dos metabólitos não foram 

estudadas, porém podem ser elevadas (ver POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

POLIMORFISMO 

Foi observado que pacientes com problemas na metabolização pela isoenzima CYP2C19 apresentam uma concentração 

plasmática de escitalopram duas vezes maior quando comparados com pacientes sem problemas. Nenhuma mudança 

significativa na exposição foi observada em pacientes com problemas na metabolização pela isoenzima CYP2D6 (ver 

POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

4. CONTRAINDICAÇÕES 

Esc® (oxalato de escitalopram) é contraindicado em pacientes que apresentam hipersensibilidade ao escitalopram ou a 

qualquer um de seus componentes (ver COMPOSIÇÃO). 

O tratamento concomitante com IMAO (inibidores da monoaminoxidase) não seletivos irreversíveis é contraindicado 

devido ao risco de síndrome serotoninérgica com agitação, tremor, hipertermia, etc. (ver INTERAÇÕES 

MEDICAMENTOSAS). 

O tratamento concomitante com pimozida é contraindicado. 

A combinação de escitalopram com IMAO-A (ex.: moclobemida) reversíveis ou linezolida (IMAO não seletivo 

reversível) é contraindicada devido ao risco de síndrome serotoninérgica (ver INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).   

Esc® (oxalato de escitalopram) é contraindicado em pacientes diagnosticados com prolongamento do intervalo QT ou 

síndrome congênita do QT longo. 

Esc® (oxalato de escitalopram) é contraindicado em uso concomitante com medicamentos que causam prolongamento 

do intervalo QT (ver INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). 

 

FERTILIDADE, GRAVIDEZ E LACTAÇÃO   

GRAVIDEZ  

Categoria de risco B: Os dados clínicos da utilização de oxalato de escitalopram  durante a gravidez são limitados. 

Estudos em animais mostraram toxicidade reprodutiva (ver ESTUDOS EM ANIMAIS). 

 

Não usar Esc® (oxalato de escitalopram) durante a gravidez, a menos que a necessidade seja clara e seja avaliado 

cuidadosamente o risco-benefício do uso deste medicamento. 

 

Recém-nascidos devem ser observados se o uso maternal do escitalopram continuou até estágios mais avançados da 

gravidez, particularmente no terceiro trimestre. Se o escitalopram é usado até ou próximo ao dia do nascimento, efeitos 

de descontinuação no recém-nascido são possíveis. 

Se Esc® (oxalato de escitalopram) for usado durante a gravidez, não interromper abruptamente. A descontinuação deverá 

ser gradual. 

As seguintes reações foram observadas nos recém-nascidos, após o uso de ISRS/ISRN nos últimos meses de gravidez: 

dificuldade respiratória, cianose, apneia, convulsões, instabilidade térmica, dificuldade de alimentação, vômitos, 

hipoglicemia, hipertonia, hipotonia, hiperreflexia, tremor, agitação, irritabilidade, letargia, choro constante, sonolência 

e dificuldade para dormir. Esses efeitos também podem ser indicativos de síndrome serotoninérgica ou retirada abrupta 

do medicamento durante a gravidez. Na maioria dos casos, tais complicações começam imediatamente ou brevemente 

(< 24 horas) após o parto. 

Dados epidemiológicos sugerem que o uso de ISRS durante a gravidez, especialmente no final da gravidez, pode 

aumentar o risco de hipertensão pulmonar persistente do recém-nascido (HPPN). O risco observado foi 

aproximadamente de 5 casos a cada 1.000 gestantes. Na população em geral, 1 a 2 casos de HPPN ocorrem em cada 

1.000 gestantes. 

Os dados observacionais indicam um risco aumentado (menos de 2 vezes) de hemorragia pós-parto após exposição a 

ISRS / IRSN no mês anterior ao nascimento (ver: ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,. REAÇÕES ADVERSAS). 

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LACTAÇÃO 

O escitalopram é excretado no leite materno. Mulheres em fase de amamentação não devem ser tratadas com 

escitalopram. Em situações onde não for possível retirar o medicamento devido à gravidade do quadro clínico materno, 

substituir o aleitamento materno pelos leites industrializados específicos para recém-nascidos. 

 

FERTILIDADE  

Estudos em animais mostraram que o citalopram pode afetar a qualidade do esperma (ver ESTUDOS EM ANIMAIS). 

Relatos de casos em humanos com alguns ISRSs mostraram que o efeito na qualidade do esperma é reversível. Até o 

momento não foi observado impacto na fertilidade humana. 

 

ESTE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER UTILIZADO POR MULHERES GRÁVIDAS SEM ORIENTAÇÃO 

MÉDICA OU DO CIRURGIÃO-DENTISTA. 

 

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 

Os antidepressivos não devem ser usados no tratamento de crianças e adolescentes com menos de 18 anos. 

Comportamentos relacionados ao suicídio (tentativa de suicídio e pensamentos suicidas) e hostilidade 

(predominantemente agressão, comportamento de oposição e raiva) foram mais frequentemente observados em estudos 

clínicos entre crianças e adolescentes tratados com antidepressivos em comparação com aqueles tratados com placebo. 

Se, com base na necessidade clínica, a decisão de tratar for tomada, o paciente deve ser cuidadosamente monitorado 

quanto ao aparecimento de sintomas suicidas. 

 

As seguintes advertências e precauções aplicam-se à classe terapêutica dos ISRSs (Inibidores Seletivos da Recaptação 

de Serotonina). 

 

ANSIEDADE PARADOXAL 

Alguns pacientes com transtorno do pânico podem apresentar sintomas de ansiedade intensificados no início do 

tratamento com antidepressivos. Esta reação paradoxal geralmente desaparece dentro de 02 semanas durante o 

tratamento contínuo. Recomenda-se uma dose inicial baixa para reduzir a probabilidade de um efeito ansiogênico 

paradoxal (ver POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

CONVULSÕES 

Os ISRS podem diminuir o limiar convulsivo. Aconselha-se precaução quando administrada com outros medicamentos 

capazes de diminuir o limiar convulsivo [antidepressivos, por exemplo (tricíclicos, ISRS) neurolépticos (fenotiazinas, 

tioxantenos butirofenonas) mefloquina, bupropiona e tramadol]. 

Descontinuar o escitalopram em paciente que apresente convulsões pela primeira vez ou se há um aumento na frequência 

das convulsões (em pacientes com diagnóstico prévio de epilepsia). Evitar o uso dos ISRSs em pacientes com epilepsia 

instável e monitorar os pacientes com epilepsia controlada, sob orientação médica. 

 

MANIA  

Ultilizar os ISRSs com orientação do médico em pacientes com um histórico de mania/hipomania. Descontinuar os 

ISRSs em qualquer paciente que entre em fase maníaca. 

 

 

DIABETES 

Em pacientes diabéticos, o tratamento com ISRSs poderá alterar o controle glicêmico (hipoglicemia ou hiperglicemia), 

possivelmente devido à melhora dos sintomas depressivos. Pode ser necessário um ajuste na dose de insulina e/ou 

hipoglicemiantes orais em uso. 

 

SUICÍDIO/PENSAMENTOS SUICIDAS OU PIORA CLÍNICA  

A depressão está associada com um aumento dos pensamentos suicidas, atos de autoflagelação e suicídio (eventos 

relacionados ao suicídio). Este risco persiste até que ocorra uma remissão significativa da doença. Como não há uma 

melhora expressiva nas primeiras semanas de tratamento, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados até que 

uma melhora significativa ocorra. É observado na prática clínica um aumento do risco de suicídio no início do 

tratamento, quando há uma pequena melhora parcial. 

Outras doenças psiquiátricas para as quais o oxalato de escitalopram é indicado também podem estar associadas a um 

aumento do risco de suicídio ou eventos a ele relacionados. Estas doenças podem ser comórbidas à depressão. As 

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mesmas precauções indicadas nos casos de tratamento dos pacientes com depressão devem ser aplicadas quando são 

tratados pacientes com outros transtornos psiquiátricos. 

Os pacientes com histórias de tentativas de suicídio e/ou com ideação suicida, ambas prévias ao início do tratamento, 

são conhecidos por apresentar um risco maior para tentativas de suicídio e devem ser monitorados cuidadosamente 

durante o tratamento antidepressivo. Uma metanálise de ensaios clínicos controlados com placebo de medicamentos 

antidepressivos em pacientes adultos com distúrbios psiquiátricos demonstrou um aumento do risco de comportamento 

suicida com antidepressivos comparado com o placebo em pacientes com menos de 25 anos de idade. Deverá ser 

realizado monitoramento cuidadoso dos pacientes, em especial aqueles de alto risco. Eles deverão ter acompanhamento 

do tratamento, especialmente no início e após alterações de dose. 

Os doentes (e familiares dos doentes) devem ser alertados sobre a necessidade de monitorar qualquer piora clínica, 

comportamento suicida ou pensamentos e mudanças incomuns no comportamento e buscar ajuda médica imediatamente 

se estes sintomas aparecerem.  

 

ACATISIA/AGITAÇÃO PSICOMOTORA  

O uso de ISRS e IRSN tem sido associado ao desenvolvimento de acatisia, caracterizada por uma  inquietude 

desagradável ou desconfortável e necessidade de se movimentar associada à incapacidade de ficar sentado ou em pé, 

parado. Quando ocorre, é mais comum nas primeiras semanas de tratamento. Os pacientes que desenvolverem estes 

sintomas podem piorar dos mesmos com o aumento da dose. 

 

HIPONATREMIA 

Hiponatremia, provavelmente relacionada a secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH), foi relatada 

como efeito adverso raro com o uso de ISRSs. Geralmente se resolve com a descontinuação do tratamento. Deve-se ter 

cautela com pacientes de risco, como idosos, cirróticos ou em uso concomitante de medicamentos que sabidamente 

podem causar hiponatremia. 

 

HEMORRAGIA 

Há relatos de sangramentos cutâneos anormais, tais como equimoses e púrpura, com o uso dos ISRSs. Os ISRS/IRSN 

podem aumentar o risco de hemorragia pós-parto (ver FERTILIDADE, GRAVIDEZ E LACTAÇÃO; REAÇÕES 

ADVERSAS).  Recomenda-se seguir a orientação do médico no caso de pacientes em tratamento com ISRSs 

concomitantemente com medicamentos conhecidos por afetar a função de plaquetas (p. ex.: antipsicóticos atípicos e 

fenotiazinas, a maioria dos antidepressivos tricíclicos, aspirina e medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais 

(AINEs), ticlopidina e dipiridamol), e em pacientes com conhecida tendência a sangramentos. 

O uso concomitante com drogas anti-inflamatórias não esteroidais (AINEs) pode aumentar a tendência a sangramentos 

(ver REAÇÕES ADVERSAS). 

 

ELETROCONVULSOTERAPIA (ECT) 

A experiência clínica no uso combinado de ISRSs e ECT é limitada, portanto recomenda-se cautela. 

 

SÍNDROME SEROTONINÉRGICA 

Recomenda-se precaução se o escitalopram  for usado concomitantemente com medicamentos com efeitos 

serotoninérgicos, tais como triptanos (incluindo o sumatriptano), opioides (incluindo o tramadol) e triptofano. Em casos 

raros, a síndrome serotoninérgica tem sido relatada em pacientes em uso de ISRSs concomitantemente  com 

medicamentos serotoninérgicos. Uma combinação de sintomas, como agitação, tremor, mioclonia e hipertermia pode 

indicar o desenvolvimento dessa condição. Se isso ocorrer, o tratamento com ISRS e os medicamentos serotoninérgicos 

deve ser interrompido imediatamente e iniciado tratamento sintomático. 

Em combinação com selegilina (inibidor irreversível da MAO-B), cuidado é requerido devido ao risco de síndrome 

serotoninérgica. 

 

ERVA DE SÃO JOÃO 

A utilização concomitante de ISRSs e produtos fitoterápicos contendo Erva de São João (Hypericum perforatum) pode 

resultar no aumento da incidência de reações adversas (ver INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). 

 

SINTOMAS DE DESCONTINUAÇÃO 

Sintomas de descontinuação quando o tratamento é interrompido são comuns, especialmente se a descontinuação for 

abrupta (ver REAÇÕES ADVERSAS). Em estudos clínicos, os eventos adversos durante a descontinuação do 

tratamento ocorreram em aproximadamente 25% dos pacientes tratados com escitalopram e 15% dos pacientes que 

tomaram placebo. 

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O risco de sintomas de descontinuação depende de vários fatores incluindo duração do tratamento, dose de terapia e a 

taxa de redução da dose. Tonturas, distúrbios sensoriais (incluindo parestesia e sensações de choque elétrico), distúrbios 

do sono (incluindo insônia e sonhos vívidos), agitação ou ansiedade, náusea e/ou vômitos, tremor, confusão, sudorese, 

cefaleia, diarreia, palpitações, instabilidade emocional, irritabilidade e distúrbios visuais são as reações mais comumente 

relatadas. Geralmente estes sintomas são leves a moderados, entretanto, em alguns pacientes podem ser de intensidade 

grave. Eles geralmente ocorrem nos primeiros dias de descontinuação do tratamento, mas já houve relatos muito raros 

de sintomas em pacientes que inadvertidamente esqueceram uma dose. Geralmente, esses sintomas são autolimitados e 

normalmente desaparecem em 2 semanas, embora em alguns pacientes possam ser prolongados (2-3 meses ou mais). 

Sendo assim, recomenda-se que a dose do escitalopram seja reduzida gradualmente quando o tratamento for 

descontinuado durante um período de várias semanas ou meses, de acordo com a necessidade do paciente (ver 

POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

DOENÇA CORONARIANA  

Devido à limitada experiência clínica, recomenda-se cautela em pacientes com doença coronariana. 

 

PROLONGAMENTO DO INTERVALO QT  

Escitalopram mostrou causar um aumento do prolongamento do intervalo QT dose-dependente. Casos de prolongamento 

do intervalo QT e arritmia ventricular, incluindo Torsade de Pointes, foram relatados durante o período de pós-

comercialização do produto, predominantemente em pacientes do sexo feminino, com hipocalemia, ou com 

prolongamento QT ou com outras doenças cardíacas preexistentes (ver CONTRAINDICAÇÕES, INTERAÇÕES 

MEDICAMENTOSAS, REAÇÕES ADVERSAS ,SUPERDOSE E PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS).   

Recomenda-se precaução nos pacientes que apresentam bradicardia significativa, ou que sofreram infarto agudo do 

miocárdio recentemente ou com insuficiência cardíaca descompensada. 

Distúrbios eletrolíticos como hipocalemia e hipomagnesemia aumentam  o risco de arritmias malignas e devem ser 

tratados antes do início do tratamento com o escitalopram. 

Uma revisão do ECG deve ser considerada antes do início do tratamento com o escitalopram nos pacientes que 

apresentam doença cardíaca estável. 

Se ocorrerem sinais de arritmia cardíaca durante o tratamento com escitalopram, o tratamento deve ser descontinuado e 

deve ser realizado um ECG. 

 

USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO 

Para o uso em idosos, crianças e outros grupos de risco (ver POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO 

Os ISRSs, inclusive o escitalopram, podem ter um efeito no tamanho da pupila resultando em midríase. Esse efeito 

midriático tem o potencial de reduzir o ângulo ocular, resultando num aumento da pressão intraocular e em glaucoma 

de ângulo fechado, especialmente em pacientes predispostos. O escitalopram deve, portanto, ser utilizado com precaução 

em pacientes com glaucoma de ângulo fechado ou histórico de glaucoma. 

 

EFEITOS NA CAPACIDADE DE DIRIGIR OU OPERAR MÁQUINAS 

O escitalopram não afeta a função intelectual nem o desempenho psicomotor. No entanto, conforme ocorrem com outras 

drogas psicotrópicas, os pacientes devem ser alertados quanto ao risco de uma interferência na sua capacidade de dirigir 

automóveis e de operar máquinas. 

 

DURANTE O TRATAMENTO, O PACIENTE NÃO DEVE DIRIGIR VEÍCULOS OU OPERAR MÁQUINAS, 

POIS A SUA HABILIDADE E ATENÇÃO PODEM ESTAR PREJUDICADAS. 

 

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 

 

INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS   

COMBINAÇÕES CONTRAINDICADAS: 

 

Inibidores Não Seletivos Irreversíveis da MAO (Monoaminoxidase) 

Foram registrados casos de reações graves em pacientes em uso de um ISRS combinado a um inibidor da 

monoaminoxidase (IMAO) não seletivo irreversível, e em pacientes que descontinuaram recentemente o tratamento com 

ISRSs e iniciaram o tratamento com IMAO (ver CONTRAINDICAÇÕES). Em alguns casos, os pacientes 

desenvolveram a síndrome serotoninérgica (ver REAÇÕES ADVERSAS).  

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O escitalopram é contraindicado em combinação com IMAOs irreversíveis não seletivos. Iniciar o uso do escitalopram 

14 dias após a suspensão do tratamento com um IMAO irreversível. Iniciar o tratamento com um IMAO irreversível 

não seletivo no mínimo 7 dias após a suspensão do tratamento com escitalopram. 

 

Pimozida 

A coadministração de uma dose única de 2 mg de pimozida a indivíduos tratados com citalopram racêmico (40 mg/dia 

por 11 dias) causou aumento na ASC e Cmáx  da pimozida, embora não consistentemente ao longo do estudo. A 

coadministração de pimozida e citalopram resultou num aumento significativo do intervalo do QTc de aproximadamente 

10 ms. Devido à interação observada com uma dose baixa de pimozida, a administração concomitante de escitalopram 

e pimozida é contraindicada. 

 

Inibidor Seletivo Reversível da MAO-A (Moclobemida) 

Devido ao risco de síndrome serotoninérgica, a combinação de escitalopram com inibidores da MAO-A, como a 

moclobemida, é contraindicada (ver CONTRAINDICAÇÕES). Se a combinação for considerada necessária, deve ser 

iniciado com a dose mínima recomendada e a monitoração clínica deve ser reforçada. 

 

Inibidor Não Seletivo Reversível da MAO (Linezolida) 

O antibiótico linezolida é um inibidor não seletivo reversível da MAO e não deve ser administrado em pacientes em 

tratamento com o escitalopram. Se a combinação for considerada necessária, deve ser iniciado com a dose mínima 

recomendada e sob monitoração clínica (ver CONTRAINDICAÇÕES). 

 

Inibidor Seletivo Irreversível da MAO-B (Selegilina) 

Em combinação com selegilina (inibidor irreversível da MAO-B), recomenda-se cautela devido ao risco de síndrome 

serotoninérgica. Doses de selegilina até 10 mg diárias foram coadministradas com segurança associadas ao escitalopram.   

 

Prolongamento do Intervalo QT 

Não foram realizados estudos farmacodinâmicos e farmacocinéticos entre o escitalopram e outros medicamentos que 

prolongam o intervalo QT. Entretanto, não se pode descartar um efeito aditivo entre esses medicamentos e o citalopram. 

Desta forma, a coadministração do citalopram e medicamentos que prolongam o intervalo QT, como antiarrítmicos 

Classes IA e III, antipsicóticos (ex.: derivados da fenotiazina, pimozida e haloperidol), antidepressivos tricíclicos, alguns 

agentes antimicrobianos (ex.: esparfloxacina, moxifloxacina, eritromicina  IV, pentamidina e antimaláricos, 

particularmente halofantrina), alguns anti-histamínicos (astemizol e mizolastina), etc., é contraindicado.  

 

COMBINAÇÕES QUE EXIGEM PRECAUÇÃO QUANDO UTILIZADAS:   

 

Drogas de ação serotoninérgica 

A administração concomitante com outras drogas de ação serotoninérgica como por ex.: opioides (incluindo tramadol) 

e triptanos (incluindo sumatriptano) podem levar ao aparecimento da síndrome serotoninérgica. 

 

Medicamentos que diminuem o limiar convulsivo 

ISRSs  podem diminuir o limiar convulsivo. Recomenda-se cautela no uso concomitante do escitalopram e outros 

medicamentos capazes de diminuir o limiar convulsivo [por  ex.: antidepressivos (tricíclicos), neurolépticos 

(fenotiazinas, tioxantenos e butirofenonas), mefloquina, bupropiona e tramadol]. 

 

Lítio, triptofano 

Houve relatos de aumento de reações quando foram administrados ISRSs concomitantemente com lítio ou triptofano, 

sendo assim, o uso concomitante de ISRSs com essas drogas deve ser realizado sob orientação médica. 

 

Erva de São João  

O uso concomitante de ISRS e produtos fitoterápicos que contenham a Erva de São João (Hypericum perforatum) pode 

resultar num aumento da incidência de reações adversas (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

Hemorragia 

Alterações nos efeitos anticoagulantes podem ocorrer quando o escitalopram é combinado com anticoagulantes orais. 

Pacientes em uso de anticoagulantes orais devem ter a coagulação monitorada cuidadosamente quando o tratamento com 

o escitalopram for iniciado ou interrompido (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

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O uso concomitante de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) pode aumentar tendências 

hemorrágicas (ver. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

Álcool  

Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre o escitalopram e o álcool. Entretanto, assim 

como os outros medicamentos que agem no Sistema Nervoso Central, a combinação com álcool não é recomendada. 

 

Medicamentos indutores de hipocalemia/hipomagnesemia 

Recomenda-se precaução no uso concomitante com medicamentos indutores de hipocalemia/hipomagnesima, uma vez 

que estas condições aumentam o risco de arritmias malignas (ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS 

Efeito de outros medicamentos na farmacocinética do escitalopram 

O metabolismo do escitalopram é mediado principalmente pela enzima CYP2C19. As enzimas CYP3A4 e CYP2D6 

também contribuem, embora em menor escala. A metabolização do principal metabólito do escitalopram, o 

Sdesmetilescitalopram (S-DCT) parece ser parcialmente catalisada pela enzima CYP2D6. A administração 

concomitante do escitalopram com o omeprazol 30 mg diárias (inibidor da CYP2C19) resulta em um aumento das 

concentrações plasmáticas de escitalopram de aproximadamente 50%. 

A administração concomitante de escitalopram com a cimetidina 400 mg, 2 vezes ao dia (inibidor de enzimas de potência 

moderada), resultou em  um aumento das concentrações plasmáticas de escitalopram de aproximadamente 70%. 

Recomenda-se precaução na administração concomitante de escitalopram e cimetidina. Pode ser necessário um ajuste 

da dose. 

É necessário cautela na administração concomitante de escitalopram com inibidores da CYP2C19 (por ex.: omeprazol, 

esomeprazol, fluvoxamina, lansoprazol, ticlopidina) ou cimetidina. Poderá ser necessária a redução da dose do 

escitalopram baseada na monitoração dos efeitos colaterais durante o tratamento concomitante. 

 

Efeito do escitalopram na farmacocinética de outros medicamentos 

O escitalopram é um inibidor moderado da enzima CYP2D6. Quando coadministrado com medicamentos cuja 

metabolização seja catalisada por esta enzima e cujo índice terapêutico é estreito, por exemplo, flecainida, propafenona 

e metoprolol (quando usados para tratamento de insuficiência cardíaca), ou alguns medicamentos que agem no sistema 

nervoso central e que são metabolizados principalmente pela CYP2D6, por exemplo antidepressivos como a 

desipramina, clomipramina e nortriptilina ou antipsicóticos como a risperidona, tioridazina e o haloperidol. Pode ser 

necessário o ajuste da dose. A administração concomitante com a desipramina ou metoprolol (substratos da CYP2D6) 

resultou em um aumento dobrado dos níveis plasmáticos destes medicamentos. Estudos in vitro demonstraram que o 

escitalopram poderá também causar uma leve inibição da CYP2C19. Recomenda-se cautela no uso concomitante de 

medicamentos que são metabolizados pela CYP2D6. 

 

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 

Esc® (oxalato de escitalopram) deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC), protegido da luz e umidade. 

Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação. 

Este medicamento, depois de aberto, somente poderá ser consumido por 8 semanas.   

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.   

 

Características físicas e organolépticas: 

Esc® (oxalato de escitalopram) apresenta-se como uma solução límpida, incolor a levemente amarelada. 

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma 

mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. 

 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

 

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR 

Instruções de uso 

Esc® (oxalato de escitalopram) deve ser administrado por via oral, uma única vez ao dia. Para obter o maior benefício 

do seu medicamento, deve tomá-lo todos os dias, à mesma hora do dia, com ou sem alimentos. A solução não deve ser 

vertida do frasco na boca; as gotas podem ser diluídas em água, suco de laranja ou suco de maçã. 

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POSOLOGIA 

A segurança de doses acima de 20 mg não foi demonstrada.  

 

TRATAMENTO DA DEPRESSÃO E PREVENÇÃO DE RECAÍDAS 

A dose usual é de 10 mg diários (10 gotas). Dependendo da resposta individual, a dose pode ser aumentada até o máximo 

de 20 mg diários (20 gotas). Usualmente 2-4 semanas são necessárias para obter uma resposta antidepressiva. Após 

remissão dos sintomas, tratamento por pelo menos 6 meses é requerido para consolidação da resposta. 

 

TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO PÂNICO COM OU SEM AGORAFOBIA 

Recomenda-se uma dose inicial de 5 mg (5 gotas) na primeira semana de tratamento, antes de se aumentar a dose para 10 

mg (10 gotas) por dia, para evitar a ansiedade paradoxal que pode ocorrer nesses casos. Aumentar a dose até um máximo 

de 20 mg (20 gotas) por dia, dependendo da resposta individual do paciente. A eficácia máxima é atingida após 

aproximadamente 3 meses. O tratamento é de longa duração. 

 

TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL (FOBIA SOCIAL) 

A dose usual é de 10 mg diários (10 gotas). Para o alívio dos sintomas são necessárias de 02 a 04 semanas de tratamento, 

geralmente. Dependendo da resposta individual, pode ser reduzida para 5 mg diários (5 gotas) ou aumentada até um 

máximo de 20 mg diários (20 gotas).   

O Transtorno de Ansiedade Social é uma doença crônica, e recomenda-se o tratamento por um período de 03 meses para 

a consolidação da resposta. O tratamento de longo prazo foi avaliado por 6 meses e pode ser considerado para a prevenção 

de recaídas; os benefícios do tratamento devem ser reavaliados regularmente. O Transtorno de Ansiedade Social é uma 

terminologia bem definida de diagnóstico de uma doença específica, e não deve ser confundido com timidez excessiva. 

A farmacoterapia somente é indicada se a doença interferir significativamente nas atividades sociais e profissionais.   

Não há dados comparativos entre a farmacoterapia e a terapia cognitiva comportamental. A farmacoterapia é parte da 

estratégia terapêutica global. 

 

TRATAMENTO DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG) 

A dose inicial usual é de 10 mg diários (10 gotas). Dependendo da resposta individual do paciente, a dose pode ser 

aumentada para um máximo de 20 mg diários (20 gotas).   

Recomenda-se um tratamento pelo período de 3 meses para a consolidação da resposta. O tratamento de respondedores 

por um período de 6 meses pode ser utilizado para a prevenção de recaídas e deverá ser considerado como uma opção 

para alguns pacientes; os benefícios do tratamento com o Esc®  (oxalato de escitalopram) devem ser reavaliados 

periodicamente. 

 

TRATAMENTO DO TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO (TOC) 

A dose usual é de 10 mg diários (10 gotas). Dependendo da resposta individual, decrescer a dose para 5 mg diários (5 

gotas) ou aumentar até um máximo de 20 mg diários (20 gotas).   

O TOC é uma doença crônica e os pacientes devem ser tratados por um período mínimo que assegure a ausência de 

sintomas. A duração do tratamento deverá ser avaliada individualmente e poderá ser de diversos meses ou mais. Os 

benefícios do tratamento e a dose devem ser reavaliados regularmente.   

 

PACIENTES IDOSOS (> 65 ANOS DE IDADE) 

Considerar a dosagem inicial de 5 mg (5 gotas) uma vez ao dia. Dependendo da resposta individual do paciente, a dose 

pode ser aumentada até 10 mg (10 gotas) diariamente (ver FARMACOCINÉTICA). A eficácia de Esc®  (oxalato de 

escitalopram) no tratamento do Transtorno de Ansiedade Social não foi estudada em pacientes idosos. 

 

CRIANÇAS E ADOLESCENTES (< 18 ANOS) 

Esc® (oxalato de escitalopram) não deve ser usado no tratamento de crianças e adolescentes com menos de 18 anos (ver. 

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

ESTE MEDICAMENTO NÃO É RECOMENDADO EM CRIANÇAS. 

 

FUNÇÃO RENAL REDUZIDA  

Não é necessário ajuste da dose em pacientes com disfunção renal leve ou moderada. Recomenda-se cautela em pacientes 

com a função renal gravemente reduzida (clearance de creatinina < 30 mL/min) (ver FARMACOCINÉTICA).  

 

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FUNÇÃO HEPÁTICA REDUZIDA  

Recomenda-se uma dose inicial de 5 mg diários (5 gotas) durante as 2 primeiras semanas do tratamento em pacientes com 

comprometimento hepático leve ou moderado. Dependendo da resposta individual de cada paciente, aumentar para 10 

mg diários (10 gotas). Recomenda-se cautela e cuidados extras na titulação da dose em pacientes com comprometimento 

hepático severo (ver FARMACOCINÉTICA).  

 

PACIENTES COM PROBLEMAS NA METABOLIZAÇÃO PELA CYP2C19 

Para os pacientes com problemas conhecidos de metabolização pela enzima CYP2C19, recomenda-se uma dose inicial 

de 5 mg diários (5 gotas) durante as primeiras 2 semanas de tratamento. Dependendo da resposta individual de cada 

paciente, aumentar a dose para 10 mg diários (10 gotas) (ver FARMACOCINÉTICA).  

 

DURAÇÃO DO TRATAMENTO 

A duração do tratamento varia de indivíduo para indivíduo, mas geralmente tem duração mínima de aproximadamente 6 

meses. Pode ser necessário um tratamento mais prolongado. A doença latente pode persistir por um longo período de 

tempo. Se o tratamento for interrompido precocemente os sintomas podem voltar. 

 

SINTOMAS DE DESCONTINUAÇÃO 

A interrupção abrupta do tratamento deve ser evitada. Ao interromper o tratamento com o Esc® (oxalato de escitalopram), 

reduzir gradualmente a dose durante um período de 01 a 02 semanas, para evitar possíveis sintomas de descontinuação 

(ver ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e REAÇÕES ADVERSAS). Se reações 

intoleráveis ocorrerem após a redução da dose ou interrupção do tratamento, o retorno da dose anteriormente prescrita 

pode ser considerado. Em seguida, o médico pode continuar reduzindo a dose, porém mais gradualmente. 

 

ESQUECIMENTO DA DOSE  

A meia-vida do oxalato de escitalopram

 é de aproximadamente 30 horas, fato que, associado à obtenção da concentração 

de estado de equilíbrio após o período de 05 meias-vidas, permite que o esquecimento da ingestão da dose diária possa 

ser contornado com a simples supressão daquela dose, retomando no dia seguinte a prescrição usual. 

 

9. REAÇÕES ADVERSAS 

As reações adversas são mais frequentes durante a primeira ou segunda semana de tratamento, e geralmente, diminuem 

de intensidade e frequência com a continuação do tratamento. 

 

As reações adversas sabidamente relacionadas aos ISRSs e que foram reportadas para o escitalopram, tanto nos estudos 

clínicos placebo-controlados quanto nos relatos de eventos espontâneos após a comercialização do medicamento, estão 

listadas a seguir, por classes de sistemas orgânicos e frequência. 

 

As frequências foram retiradas dos estudos clínicos; não são corrigidas pelo placebo. As frequências foram definidas 

como: muito comum (> 1/10), comum (> 1/100 a ≤ 1/10), incomum (>1/1.000 e ≤ 1/100), raro (>1/10.000 e ≤ 1/1.000), 

muito raro (≤ 1/10.000), desconhecido (não pode ser estimado com os dados atuais). 

 

 

 

Muito 

comum  

 

Comum  

 

Incomum 

 

Raro  

 

Desconhecido 

Distúrbios 

sanguíneos e 

linfáticos 

 

 

 

 

Trombocitopenia 

Distúrbios do 

sistema 

imunológico  

 

 

 

Reação 

anafilática  

 

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Distúrbios endócrinos 

 

 

 

 

Secreção 

inadequada do 

hormônio  

antidiurético 

Hiperprolactinemia4

 

Distúrbios de 

metabolismo e 

nutrição  

 

 

 Diminuição do  

apetite, 

aumento do 

apetite, 

aumento do 

peso  

Perda de peso 

 

Hiponatremia 

anorexia¹ 

 

Distúrbios 

psiquiátricos 

 

 

Ansiedade, 

inquietude, 

sonhos anormais, 

diminuição da 

libido, anorgasmia 

feminina 

Bruxismo, 

agitação,   

irritabilidade, 

ataques de  

pânico, estado   

confusional 

Agressividade, 

despersonalização, 

alucinações 

Mania, ideação 

suicida, 

comportamento  

suicida² 

 

Distúrbios do sistema 

nervoso  

Cefaleia  

Insônia, 

sonolência, 

tonturas, 

parestesias, 

tremores 

 

Alterações do 

paladar e no 

sono, síncope 

Síndrome 

serotoninérgica 

Discinesia, 

desordens do 

movimento, 

convulsões, 

agitação 

psicomotora/ 

acatisia¹ 

 

Distúrbios de 

visão  

 

 

Midríase, 

distúrbios 

visuais  

 

 

 

Distúrbios de 

audição 

 

 

 

Tinnitus 

 

 

 

Distúrbios cardíacos 

 

 

Taquicardia  

Bradicardia  

 

Intervalo QT 

prolongado no  

ECG, arritmia 

ventricular 

incluindo Torsade 

de Pointes 

 

Distúrbios 

vasculares 

 

 

 

 

Hipotensão 

ortostática 

Distúrbios 

respiratórios,   

torácicos e do 

mediastino 

 

Sinusite, bocejo  

Epistaxe 

 

 

 

Distúrbios 

gastrintestinais 

 

Náusea  

Diarreia, 

constipação, 

vômitos, boca 

seca  

Hemorragia  

gastrintestinal  

(inclui 

hemorragia 

retal) 

 

 

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Distúrbios 

hepatobiliares 

 

 

 

 

Hepatite, 

alterações nos 

testes de função 

hepática  

 

 

Distúrbios da pele e 

do tecido subcutâneo 

 

 

 

Aumento da 

sudorese 

Urticária, 

alopecia, 

eritema (rash), 

prurido  

 

 

Equimoses, 

angioedemas 

Distúrbios dos 

tecidos 

musculoesqueléticos 

e conectivos 

 

Artralgias, mialgias 

 

 

 

 

Distúrbios renais 

e urinários 

 

 

 

 

Retenção urinária  

Distúrbios do 

sistema reprodutor 

e mama  

 

Homens:  

distúrbios da 

ejaculação e 

impotência 

Mulheres: 

metrorragia, 

menorragia 

 

    Galactorreia 

Mulheres:  

hemorragia pós-

parto3 

Homens: 

Priapismo 

Distúrbios gerais e 

problemas no local de 

administração 

 

Fatiga, pirexia 

Edema  

 

 

 

1

  Estes eventos têm sido relatados para a classe terapêutica dos ISRSs. 

2

  Os casos de ideação suicida e comportamentos suicidas foram relatados durante a terapia com escitalopram ou logo 

após a descontinuação do tratamento. 

3

  Este evento foi relatado para a classe terapêutica de ISRS/IRSN (ver FERTILIDADE, GRAVIDEZ E LACTAÇÃO; 

REAÇÕES ADVERSAS). 

4

 Este evento foi relatado para a classe terapêutica de ISRSs/IRSNs. 

 

Prolongamento do Intervalo QT 

Casos de prolongamento do intervalo QT e arritmia ventricular, o que inclui Torsade de Pointes, foram relatados durante 

o  período de comercialização, predominantemente em pacientes do sexo feminino, com hipocalemia ou com 

prolongamento do intervalo QT preexistente causado por outras doenças cardíacas (CONTRAINDICAÇÕES, 

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, REAÇÕES ADVERSAS, 

SUPERDOSE E PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS).   

 

Efeitos de Classe 

Estudos epidemiológicos, conduzidos principalmente em pacientes com 50 anos de idade e mais velhos, mostra um 

aumento do risco de fraturas ósseas em doentes tratados com ISRS e ADT. O mecanismo que leva a este risco é 

desconhecido. 

 

Sintomas de descontinuação observados na interrupção do tratamento 

É comum que a descontinuação dos ISRS/IRSN (particularmente quando abrupta) cause sintomas de descontinuação. 

Tonturas, alterações sensoriais (inclui parestesias e sensação de choques elétricos), alterações do sono (inclui insônia e 

sonhos vívidos), agitação ou ansiedade, náusea e/ou vômitos, tremores, confusão, sudorese profusa, cefaleia, diarreia, 

palpitações, instabilidade emocional, irritabilidade e alterações visuais são as reações mais comumente relatadas. 

Geralmente, esses eventos são de intensidade leve a moderada e autolimitados, porém em alguns pacientes podem ser 

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graves e/ou prolongados. Quando o tratamento com o escitalopram não for mais necessário, recomenda-se fazer uma 

descontinuação gradual, com diminuição progressiva da dose (ver POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

Notificação de suspeita de evento adverso 

A notificação de suspeita de eventos adversos de medicamentos após a sua aprovação  é importante. Ela permite o 

monitoramento contínuo do balanço benefício/risco do medicamento. Os profissionais de saúde devem relatar qualquer 

suspeita de evento adverso via Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária, conforme descrito abaixo: 

 

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 

 

10. SUPERDOSE   

Toxicidade 

Os dados clínicos sobre superdose com escitalopram são limitados e muitos casos envolvem overdoses concomitantes a 

outras drogas. Na  maioria  dos  casos leves ou sem sintomas têm sido relatados. Os casos fatais de overdose com 

escitalopram foram raramente relatados com escitalopram sozinho, a maioria dos casos envolveu  overdose de 

medicamentos concomitantes. Doses entre 400 e 800 mg de escitalopram já foram ingeridas sem qualquer sintoma grave.  

 

Sintomas 

Os sintomas vistos em overdose de escitalopram incluem sintomas relacionados principalmente ao sistema nervoso 

central (variando de tontura, tremor e agitação a raros casos de síndrome serotoninérgica, convulsão e coma), o sistema 

gastrintestinal (náuseas/vômitos) e o sistema cardiovascular (taquicardia, hipotensão, prolongamento do intervalo QT e 

arritmia) e equilíbrio das condições eletrolíticas (hipocalemia, hiponatremia). 

 

CONDUTA EM CASO DE SUPERDOSE  

Não existe um antídoto específico. Estabelecer e manter a viabilidade das vias aéreas, assegurando uma adequada 

oxigenação e ventilação. Realizar uma lavagem gástrica após a ingestão oral, assim que possível. Recomenda-se a 

monitorar os sinais cardíacos e vitais, em conjunto com medidas de suporte sintomático gerais. 

É recomendável o monitoramento do ECG em casos de superdose, em pacientes com insuficiência cardíaca 

congestiva/bradiarritmias, em pacientes que utilizam concomitantemente medicamentos que prolongam o intervalo QT 

ou com alteração de metabolismo (p. ex.: insuficiência hepática). 

 

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

 

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. 

 

    

DIZERES LEGAIS 

M.S.: 1.0043.1190  

Farm. Resp. Subst: Dra. Ivante A. Dias Assi 

CRF-SP 41.116  

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 13/04/2023. 

Fabricado e Registrado por: 
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castel o Branco, 3565 – Itapevi – SP 
CNPJ do titular do registro: 61.190.096/0001-92 

Indústria Brasileira 

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Esc_sol_oral_VPS_V09   

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 

 

 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 

 
 
 
 

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Esc_sol_oral_VPS_V09   

 

 
 

Histórico de Alteração da Bula 

 

 

Dados da submissão eletrônica  Dados da petição/notificação que altera 

bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente

 

No do 

expediente

 

Assunto

 

Data do 

expediente

 

No do 

expediente

 

Assunto

 

Data de 

aprovação

  Itens de bula 

Versões 

(VP/VPS)

 

Apresentações 

relacionadas

 

 

01/09/2016

 

 

224215716

 

2

 

Inclusão

 

Inicial de

 

Texto de

 

Bula – 

RDC 60/12

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não aplicável

 

 

VPS

 

 

Solução oral 20 

mg/mL

 

 

07/12/2016

 

 

257045316

 

2

 

10450 – 

SIMILAR -

 

Notificação 

de

 

Alteração 

de Texto de

 

Bula – 

RDC 60/12

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Superdose

 

 

VPS

 

 

Solução oral 20 

mg/mL

 

 

02/01/2018

 

 

000010118

 

5

 

10450 – 

SIMILAR -

 

Notificação 

de

 

Alteração 

de Texto de

 

Bula – 

RDC 60/12

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não aplicável

 

 

VPS

 

 

Solução oral 20 

mg/mL

 

 

19/09/2018

 

0910137/18

 

-3

 

 

10450 – 

SIMILAR -

 

Notificação 

de

 

Alteração 

de Texto de

 

Bula – 

RDC 60/12

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

5. Advertências 

e precauções

 

 

Dizeres legais

 

 

VPS

 

 

Solução oral 20 

mg/mL

 

 

05/04/2020

 

1380409/20-

0

 

 

10450 – 

SIMILAR -

 

Notificação 

de

 

Alteração 

de Texto de

 

Bula – 

RDC 60/12

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

9. Reações 

adversas

 

VPS

 

Solução oral 20 

mg/mL

 

 

23/04/2021

 

 

1554593/21-

8

 

 

10450 – 

SIMILAR -

 

Notificação 

de

 

Alteração 

de Texto de

 

Bula – 

RDC 60/12

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

9. Reações 

adversas

 

VPS

 

Solução oral 20 

mg/mL

 

 

03/12/2021 

 

4752931/21-

 

10450 – 

SIMILAR -

 

Notificação 

de

 

Alteração 

de Texto de

 

Bula – 

RDC 60/12

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

 

Não

 

aplicável

 

2. Resultados de 

eficácia 

4. 

Contraindicações 

5. Advertências 

e precauções 

6. Interações 

medicamentosas 

VPS

 

Solução oral 20 

mg/mL

 

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Esc_sol_oral_VPS_V09   

 

9. Reações 

adversas 

Dizeres Legais

 

30/11/2022 

4995069/22-

 

10450 – 

SIMILAR -

 

Notificação 

de

 

Alteração 

de Texto de

 

Bula – RDC 

60/12 

 

Não

 

aplicável 

 

Não

 

aplicável 

 

Não

 

aplicável 

 

Não

 

aplicável 

Dizeres Legais 

VPS 

Solução oral 20 

mg/mL 

Não

 

aplicável 

Não

 

aplicável 

 

10450 – 

SIMILAR -

 

Notificação 

de

 

Alteração 

de Texto de

 

Bula – RDC 

60/12 

 

Não

 

aplicável 

 

Não

 

aplicável 

 

Não

 

aplicável 

 

Não

 

aplicável 

2. Resultados e 

Eficácia 

3. Características 

Farmacológicas 

4. 

Contraindicações 

5. Advertências 

e Precauções 

6. Interações 

medicamentosas 

8. Posologia e 

modo de usar 

9. Reações 

adversas 

10. Superdose 

Dizeres legais 

VPS 

Solução oral 20 

mg/mL