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ganciclovir sódico 

 

Bula para profissional de saúde 

Pó liofilizado para solução injetável 

500 mg 

 

 

 

 

 

       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 
 
 

ganciclovir sódico 

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999. 

 
APRESENTAÇÃO: 
Pó liofilizado para solução injetável, 500 mg. Embalagem com 50 frascos-ampola + 50 ampolas de solução diluente com 
10 mL. 
Pó liofilizado para solução injetável, 500 mg. Embalagem com 50 frascos-ampola. 
 
VIA INTRAVENOSA 
 
USO ADULTO 
 
COMPOSIÇÃO 
Cada frasco-ampola contém: 
ganciclovir sódico*.......................................................................................................... .............................546 mg 
excipiente**............................................................................................................................. q.s.p. 1 frasco-ampola 
*Cada 546 mg de ganciclovir sódico equivalem à 500 mg de ganciclovir base e aproximadamente 45 mg (2 mEq) de sódio 
**Excipiente: hidróxido de sódio. 
 
Cada ampola de diluente contém: 
água estéril para injetáveis ................................................................................................ ............................. 10 mL 
 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 
1. INDICAÇÕES  
O ganciclovir sódico pó liofilizado é indicado na prevenção e no tratamento de infecções por citomegalovírus (CMV) em 
pacientes imunodeprimidos e para a prevenção da doença por CMV em pacientes receptores de transplante. 
 
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA  
AIDS 
1.
  O  ganciclovir  oral  na  manutenção  do  tratamento  para  retinite  pelo  CMV  em  pacientes  com  AIDS:  Drew  e 
colaboradores compararam ganciclovir oral com ganciclovir IV em estudo randomizado, aberto, em pacientes com AIDS, 
com diagnóstico recente de retinite estável (após três semanas de uso de ganciclovir injetável). Sessenta pacientes foram 
distribuídos aleatoriamente para tratamento de manutenção com ganciclovir IV na dose de 5 mg/kg de peso por dia e 63 
pacientes  para  manutenção  com  ganciclovir  oral  na  dose  de  3.000  mg/dia.  Os  pacientes  foram  acompanhados  por  20 
semanas, por meio de fotografias de fundo de olho realizadas semanalmente. As fotografias foram avaliadas ao final do 
estudo por um especialista  “cego”  em relação ao tipo de  tratamento do  paciente. A  eficácia  pôde  ser avaliada  em 117 
pacientes, sendo que em dois deles não foi possível classificar a lesão. A sobrevida, mudanças da acuidade visual, incidência 
de recidiva e de eventos gastrintestinais foram semelhantes nos dois grupos. A neutropenia, anemia e eventos adversos 
relacionados ao cateter foram mais frequentes no grupo de ganciclovir intravenoso. Ganciclovir oral é eficaz e tem boa 
tolerabilidade no tratamento da retinite por CMV.1 
 
2.  O  ganciclovir  intravenoso  versus  oral:  Estudo  Comparativo  Europeu/Australiano  de  eficácia  e  tolerabilidade  na 
prevenção da recorrência da retinite por CMV em pacientes com AIDS. Objetivos: avaliar a eficácia e tolerabilidade de 
ganciclovir oral no tratamento de manutenção da retinite pelo CMV em pacientes com AIDS. Estudo aberto, randomizado, 
multicêntrico, com 20 semanas de duração. A progressão da retinite foi avaliada por meio de fundoscopia e avaliação “cega” 
de fotografias de fundo de olho. Pacientes adultos com AIDS e retinite estável pelo CMV, após tratamento de indução com 
ganciclovir IV (5 mg/kg 12/12 horas), foram randomizados, na proporção de 2:1, para receber o tratamento de manutenção 
com ganciclovir oral 3.000 mg/dia ou intravenoso 5 mg/kg/dia. A eficácia do tratamento foi avaliada por meio do tempo 
para  progressão  da  retinite  após  o  início  do  tratamento  de  manutenção.  Dos  159  pacientes  recrutados,  112  receberam 
ganciclovir oral, e 47, intravenoso. Houve progressão da retinite em 72% dos pacientes do grupo de ganciclovir oral e em 
76% dos pacientes do grupo intravenoso. O tempo médio até a progressão foi de 51 dias com ganciclovir oral e 62 dias com 
o intravenoso. Conclusão: o ganciclovir oral é uma alternativa eficaz e segura ao ganciclovir intravenoso na manutenção 
do tratamento da retinite por CMV.2 
 
 

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Transplante 
3.
  Eficácia  de  ganciclovir  oral  na  prevenção  da  infecção  pelo  CMV  em  pacientes  transplantados  renais:  estudo 
prospectivo  com  o  objetivo  de  avaliar  episódios  de  infecção  pelo  CMV  nos  nove  meses  após  o  transplante  renal,  em 
pacientes tratados profilaticamente com ganciclovir oral (750 mg 12/12 horas) por três meses (N = 22) e pacientes que não 
receberam profilaxia antiviral (N = 22). A infecção pelo CMV foi observada em um paciente (5%) do grupo ganciclovir 
oral e em seis pacientes (27%) do grupo controle (p < 0,05). Os episódios de rejeição do enxerto comprovada por biópsia 
foram de 5% (1/21) e 18% (4/22) no grupo de ganciclovir oral e no controle, respectivamente. Os resultados demonstram 
que ganciclovir oral é eficaz e bem tolerado na prevenção da infecção pelo CMV em pacientes transplantados renais.3 
 
4. Ensaio clínico randomizado sobre a eficácia e a tolerabilidade de ganciclovir oral na prevenção das doenças por 
CMV em receptores de transplante de fígado:
 avaliou-se a eficácia de ganciclovir oral na prevenção da doença pelo 
CMV após transplante hepático. Entre dezembro de 1993 e abril de 1995, 304 receptores de transplante de fígado foram 
randomizados para receber ganciclovir oral 1.000 mg ou placebo três vezes ao dia. A medicação foi iniciada assim que o 
paciente estava apto a deglutir (sempre antes do 10º dia) e até o 98º dia após o transplante. Os pacientes foram avaliados 
nos primeiros seis meses após o transplante na busca de evidências de: infecção pelo CMV, doença pelo CMV, rejeição, 
doenças oportunistas e eventos adversos de medicamentos. A análise de Kaplan-Meier estimou que a incidência de doença 
pelo CMV em seis meses foi 18,9% (29/154) no grupo placebo contra 4,8% (7/150) no grupo ganciclovir (p < 0,001). No 
grupo de alto risco, receptores soronegativos para CMV de órgãos soropositivos, a incidência de doença pelo CMV foi de 
44,0% (11/25) no grupo placebo e de 14,8% (3/21) no grupo ganciclovir (p = 0,02). Ganciclovir oral reduziu a incidência 
de infecção pelo CMV (placebo 79/154 [51,5%]; ganciclovir 37/150 [24,5%]; p < 0.001). Conclusão: ganciclovir oral é um 
método eficaz e bem tolerado de prevenção da doença pelo CMV após o transplante hepático.4 
 
Referências bibliográficas 
1. Drew WL, Ives D, Lalezari JP, et al. Oral ganciclovir as maintenance treatment for cytomegalovirus retinitis in patients 
with AIDS. Syntex Cooperative Oral ganciclovir Study Group. N Engl J Med 1995; 333:615-20. 
2. Intravenous versus oral ganciclovir: European/Australian comparative study of efficacy and safety in the prevention of 
cytomegalovirus  retinitis  recurrence  in  patients  with  AIDS.  The  Oral  ganciclovir  European  and  Australian  Cooperative 
Study Group. Aids 1995; 9:471-7. 
3. Ahsan N, Holman MJ, Yang HC. Efficacy of oral ganciclovir in prevention of cytomegalovirus infection in post-kidney 
transplant patients. Clin Transplant 1997; 11:633-9. 
4. Gane E, Saliba F, Valdecasas GJ, et al. Randomised trial of efficacy and safety of oral ganciclovir in the prevention of 
cytomegalovirus  disease  in  liver-transplant  recipients.  The  Oral  ganciclovir  International  Transplantation  Study  Group 
[corrected]. Lancet 1997; 350:1729-33. 
 
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS  
Características químicas e farmacológicas  
Descrição 
O  ganciclovir  sódico  é  um  fármaco  antiviral,  ativo  contra o  citomegalovírus.  O  nome  químico  de  ganciclovir  é  9-(1,3-
dihidroxi-2-propoximetil) guanina. O ganciclovir tem sido referido, também, como DHPG. 
O ganciclovir sódico é preparado como um pó liofilizado estéril com uma solubilidade em água excedendo 100 mg/mL. 
 
Farmacodinâmica 
Ganciclovir é um nucleosídeo sintético análogo da 2’-desoxiguanosina, a qual inibe a replicação do vírus do herpes, tanto 
in vitro como in vivo. Os vírus sensíveis ao ganciclovir incluem o citomegalovírus humano (CMVH), os vírus do herpes 
simples 1 e 2 (HSV-1, HSV-2), o vírus do herpes humano tipo 6, 7 e 8 (HHV-6, HHV-7, HHV-8), o vírus de Epstein-Barr 
(EBV), o vírus da varicela zoster (VZV) e o vírus da hepatite B. Os estudos clínicos têm se limitado à avaliação da eficácia 
na infecção por citomegalovírus. 
 
Nas células infectadas pelo CMV, ganciclovir é inicialmente fosforilado a ganciclovir monofosfato pela quinase proteica 
viral  UL97.  Depois  de  ocorrer  a  fosforilação,  diversas  quinases  celulares  produzem  ganciclovir  trifosfato,  o  qual  é 
lentamente metabolizado no interior da célula. Isso ocorre nas células infectadas pelo HSV e pelo CMVH, com meia-vida 
de  18  horas  e  entre  6-24  horas,  respectivamente,  após  a  remoção  de  ganciclovir  extracelular.  Como  a  fosforilação  é 
amplamente dependente da quinase viral, a fosforilação de ganciclovir ocorre preferencialmente em células infectadas pelo 
vírus. A atividade virustática de ganciclovir é devido à inibição da síntese do DNA viral por 2 mecanismos: (1) inibição 
competitiva da incorporação da desoxiguanosina trifosfato (DGTP) ao DNA pela DNA polimerase e (2) a incorporação do 
trifosfato de ganciclovir ao DNA viral causa um subsequente término ou grande limitação do alongamento do DNA viral. 
O antiviral com concentração inibitória 50% (IC50), característica contra o CMV in vitro, tem o tamanho de 0,14 mcM (0,04 
mcg/mL) a 14 mcM (3,5 mcg/mL). 
 

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Resistência viral 
A definição corrente de resistência do CMV ao ganciclovir, baseada em estudos in vitro, é uma concentração inibitória 50% 
(IC50)  >  1,5  mcg/mL  (6,0  mcM).  A  resistência  do  CMV  ao  ganciclovir  é  rara  (aproximadamente  1%),  mas  tem  sido 
observada  em  pacientes  com  AIDS  e  com  retinite  por  CMV  que  nunca  receberam  terapia  com  ganciclovir.  Durante os 
primeiros 6 meses de tratamento de retinite por CMV com ganciclovir sódico intravenoso (I.V.) ou oral, a resistência viral 
é detectada em 3% a 8% dos pacientes. Muitos pacientes em tratamento com piora da retinite não mostraram resistência. A 
resistência viral tem sido também observada em pacientes em tratamento prolongado para retinite por CMV com ganciclovir 
sódico IV. 
A possibilidade de resistência viral deve ser considerada em pacientes com resposta clínica repetidamente pobre ou com 
excreção viral persistente durante o tratamento. O principal mecanismo de resistência ao ganciclovir sódico é a diminuição 
da capacidade de formar moléculas ativas de trifosfato; resistência viral tem sido descrita devido à mutação no gene UL97 
do  CMV  que  controla  a  fosforilação  de  ganciclovir.  Mutações  na  polimerase  do  DNA  viral  têm  sido  relatadas  como 
responsáveis pela resistência viral ao ganciclovir, e os vírus com essa mutação podem ser resistentes a outros medicamentos 
anti-CMV. 
 
Farmacocinética  
Absorção 
A exposição sistêmica (ASC0-24) relatada após uma hora de infusão intravenosa de 5 mg/kg de ganciclovir em pacientes 
HIV+/CMV+ ou em pacientes adultos com AIDS variou de 21,4 ± 3,1 (n = 16) a 26,0 ± 6,06 (n = 16) mcg.h/mL. Nesse 
grupo de pacientes, o pico de concentração plasmática (Cmáx) variou de 7,59 ± 3,21 (n = 10), 8,27 ± 1,02 (n = 16) a 9,03 ± 
1,42 (n = 16) mcg/mL. 
 
Distribuição 
Para ganciclovir IV, o volume de distribuição  está correlacionado com o peso corpóreo e com os valores do volume de 
distribuição em estado de equilíbrio variando de 0,536 ± 0,078 (n = 15) a 0,870 ± 0,116 (n = 16) L/kg. Concentrações no 
líquido cefalorraquidiano obtidas 0,25 – 5,67 horas após a dose em dois pacientes que receberam 2,5 mg/kg de ganciclovir 
IV  a  cada  8  ou  12  horas  variaram  de  0,50  a  0,68  mcg/mL,  representando  24  –  67%  da  concentração  plasmática.  A 
percentagem de ganciclovir ligado às proteínas plasmáticas foi 1 – 2% acima da concentração de 0,5 e 51 mcg/mL. 
 
Metabolismo e eliminação 
Quando administrado intravenosamente, ganciclovir exibe uma farmacocinética linear dentro da faixa de 1,6 – 5,0 mg/kg. 
A  excreção  renal  do  fármaco inalterado, por  filtração  glomerular  e  secreção  tubular,  é  a principal via  de  eliminação  de 
ganciclovir sódico. Em pacientes com função renal normal, 89,6 ± 5% (n = 4) de ganciclovir sódico administrado IV foi 
recuperado não metabolizado na urina. Em indivíduos com função renal normal, o  clearance sistêmico variou de 2,64 ± 
0,38 mL/min/kg (n = 15) a 4,52 ± 2,79 mL/min/kg (n = 6) e o clearance renal variou de 2,57 ± 0,69 mL/min/kg (n = 15) a 
3,48 ± 0,68 mL/min/kg (n = 20), representando 90 – 101% de ganciclovir administrado. A meia-vida em indivíduos sem 
alteração renal variou de 2,73 ± 1,29 horas (n = 6) a 3,98 ± 1,78 horas (n = 8). 
 
Farmacocinética em situações clínicas especiais  
Pacientes com disfunção renal 
A  farmacocinética  de  ganciclovir  sódico  IV  foi  avaliada  em  dez  pacientes  imunodeprimidos  com  disfunção  renal  que 
receberam doses de 1,25 – 5 mg/kg. 
 
Pacientes em hemodiálise 
A hemodiálise reduz a concentração plasmática de ganciclovir sódico em cerca de 50% após a administração IV e oral (vide 
item  10.  SUPERDOSE).  Durante  a  hemodiálise  intermitente,  o  clearance  estimado  de  ganciclovir  variou  de  42  a  92 
mL/min, resultando em uma meia-vida de 3,3 a 4,5 horas. O clearance estimado do ganciclovir para a diálise contínua foi 
menor  (4,0  a  29,6  mL/min),  mas  resultou  em  uma  eliminação  maior  de  ganciclovir  no  intervalo  entre  as  doses.  Para  a 
hemodiálise intermitente, a fração de eliminação de ganciclovir em uma sessão de diálise variou de 50% a 63%. 
 
Crianças 
A farmacocinética de ganciclovir foi estudada em 27 neonatos com idade entre 2 – 49 dias, com dose IV de 4 mg/kg (n= 
14) e 6 mg/kg (n = 13). A Cmáx média foi de 5,5 ± 6 mcg/mL e 7,0 ± 1,6 mcg/mL para as doses mais baixas e mais altas, 
respectivamente. Os valores médios para o Vss (0,7 L/kg) e o clearance sistêmico (3,15 ± 0,47 mL/min/kg com 4 mg/kg e 
3,55 ± 0,35 mL/min/kg com 6 mg/kg) foram comparáveis àqueles observados em adultos com função renal normal. 
A farmacocinética de ganciclovir foi também avaliada em dez crianças com função renal normal, idade de nove meses a 12 
anos. As características farmacocinéticas do ganciclovir foram as mesmas após dose única ou múltipla (a cada 12 horas) de 
administração IV (5 mg/kg). A exposição medida pela ASC∞ média nos dias 1 e 14 foi de 19,4 ± 7,1 e 24,1 ± 14,6 mcg.h/mL, 
respectivamente, e os valores correspondentes de Cmáx foram 7,59 ± 3,21 mcg/mL (dia 1) e 8,31 ± 4,9 mcg/mL (dia 14). Os 

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respectivos valores médios para o clearance renal (0 – 12 h) foram 3,49 ± 2,40 mL/min/kg no dia 1 e 3,49 ± 1,19 mL/min/kg 
no dia 14. Os valores médios correspondentes para meia-vida foram 2,49 ± 0,57 h (dia 1) e 2,22 ± 0,76 h (dia 14). 
 
Idosos 
Não existem dados disponíveis para adultos com idade acima de 65 anos. 
 
4. CONTRAINDICAÇÕES  
O ganciclovir sódico está contraindicado a pacientes com hipersensibilidade a ganciclovir, valganciclovir ou a qualquer 
outro componente da fórmula. 
 
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. 
 
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES  
Hipersensibilidade cruzada 

Devido à semelhança da estrutura química de ganciclovir e de aciclovir e penciclovir, uma reação de hipersensibilidade 
cruzada entre esses medicamentos é possível. Portanto, deve-se ter cautela ao prescrever ganciclovir sódico a pacientes 
com  hipersensibilidade  conhecida  a  aciclovir  ou  penciclovir,  (ou  aos  seus  pró-fármacos,  valaciclovir  ou  famciclovir, 
respectivamente). 

 

Mutagenicidade, teratogenicidade, carcinogenicidade, fertilidade e contracepção 

 

Em  estudos  em  animais,  foi  constatado  que  ganciclovir  é  mutagênico,  teratogênico,  carcinogênico  e  compromete  a 
fertilidade. Antes do início do tratamento com ganciclovir, os pacientes devem ser orientados a respeito dos possíveis riscos 
ao feto e a utilizar medidas contraceptivas. Com base em estudos clínicos e não clínicos, o ganciclovir sódico pode causar 
inibição temporária ou permanente da espermatogênese. 

 
Potencial reprodutivo feminino e masculino 
 
Fertilidade 
Em estudos com animais, verificou-se que o ganciclovir sódico prejudicava a fertilidade. Em um estudo clínico, os pacientes 
com transplante renal que receberam valganciclovir (pró-fármaco de ganciclovir sódico), para profilaxia de infecção por 
CMV por até 200 dias, foram comparados com um grupo controle não tratado. A espermatogênese foi inibida durante o 
tratamento  com valganciclovir.  No  acompanhamento,  aproximadamente  seis  meses  após  a  interrupção  do  tratamento, a 
densidade média de esperma em pacientes tratados foi comparável à observada no grupo controle não tratado. Nos pacientes 
tratados  com  valganciclovir,  todos  os  pacientes  com  densidade  normal  de  esperma  (n=7)  e  8/13  pacientes  com  baixa 
densidade de  esperma  no  início  do  estudo,  recuperaram  as contagens normais  após  suspensão  do  tratamento.  No  grupo 
controle, todos os pacientes com densidade normal de esperma (n=6) e 2/4 dos pacientes com baixa densidade de esperma 
no início do tratamento, apresentaram densidade normal no final do acompanhamento. 
 
Contracepção 

Mulheres em idade fértil devem ser orientadas para a utilização de algum método anticoncepcional efetivo durante e por 
no mínimo 30 dias após o tratamento. Recomenda-se que homens sexualmente ativos utilizem preservativo durante e por 
no mínimo 90 dias após o término do tratamento, salvo se houver confirmação de que a parceira do sexo feminino não 
pode engravidar. 
 
Gravidez 

 

A  segurança  de  ganciclovir  sódico  para  uso  na  gravidez  não  foi  estabelecida.  No  entanto,  ganciclovir  se  dispersa 
rapidamente através da placenta humana. O uso de ganciclovir sódico deve ser evitado em mulheres grávidas, a não ser 
que os benefícios para a mãe superem os potenciais riscos para o feto. 
A segurança do uso de ganciclovir sódico durante o trabalho de parto não foi estabelecida. 
 

Gravidez e lactação 
Categoria de risco na gravidez: C 
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
 

 
Lactação 
 O desenvolvimento peri e pós-natal do recém-nascido não tem sido estudado com ganciclovir, mas a possibilidade de 
ganciclovir ser excretado no leite materno não pode ser descartada. Dados em humanos não estão disponíveis, mas dados 
em animais indicam que ganciclovir é excretado no leite de ratas lactantes. Entretanto, a decisão entre a descontinuação 

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do medicamento ou da amamentação, deve ser tomada levando-se em consideração os potenciais benefícios de ganciclovir 
sódico para a mãe. 
 
Mielossupressão 
O ganciclovir sódico deve ser utilizado com cautela em pacientes com citopenia hematológica preexistente ou com um 
histórico de citopenia hematológica relacionada ao medicamento e em pacientes que recebem radioterapia. 

Leucopenia grave, neutropenia, anemia, trombocitopenia, pancitopenia, falência da medula óssea e anemia aplástica foram 
observadas em pacientes tratados com ganciclovir sódico. 
A terapia com ganciclovir sódico não deve ser iniciada se a contagem absoluta de neutrófilos for inferior a 500 células/mcL 
ou a contagem de plaquetas for inferior a 25.000 células/mcL ou hemoglobina menor que 8 g/dL. 
 
Recomenda-se  que  o  hemograma  completo,  incluindo  contagem  de  plaquetas,  seja  monitorado  em  todos  os  pacientes 
durante a terapia com ganciclovir sódico, particularmente em pacientes com comprometimento renal. 

 
Em pacientes com leucopenia grave, neutropenia, anemia e/ou trombocitopenia, o tratamento com fatores de crescimento 
hematopoiético e/ou a interrupção do tratamento é recomendada. 
 
Cuidado ao dirigir veículos e operar máquinas 
Durante o tratamento com ganciclovir sódico, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade 
e atenção podem estar prejudicadas. 
 
Não  foram  realizados  estudos  sobre o  efeito  na  capacidade  de dirigir  e  operar máquinas.  Com  base no perfil de  reação 
adversa, o ganciclovir pode ter uma influência menor na capacidade de dirigir e operar máquinas. Reações adversas, por 
exemplo: convulsões, tonturas e confusão podem ocorrer em pacientes recebendo ganciclovir sódico. Se ocorrerem, tais 
efeitos  poderão  alterar  tarefas  que  necessitem  de  concentração,  incluindo  habilidade  para  dirigir  automóveis  e  operar 
máquinas. 
 
Idosos 
Como pacientes idosos têm disfunção renal com frequência, ganciclovir sódico deve ser administrado a pacientes idosos 
com especial consideração pela sua condição renal (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). 
 
Crianças 
A  eficácia  e  segurança  de  ganciclovir  em  pacientes  pediátricos  não  estão  estabelecidas,  incluindo  o  uso  de  ganciclovir 
sódico para tratamento de infecções congênitas ou neonatais por CMV. O uso de ganciclovir sódico em crianças requer 
extremo cuidado devido ao potencial carcinogênico a longo prazo e à toxicidade na reprodução. Os benefícios do tratamento 
devem  ser  considerados  em  relação  aos  riscos  (vide  item  3.  CARACTERÍSTICAS  FARMACOLÓGICAS  - 
Farmacocinética em situações clínicas especiais). 
 
Pacientes com insuficiência renal: Em pacientes com alteração da função renal, ajustes na dose baseados no clearance de 
creatinina são necessários (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR) e deve-se monitorar cuidadosamente a função 
renal (creatinina sérica ou clearance de creatinina). 
 
Dados de segurança pré-clínicos 
O ganciclovir sódico foi mutagênico em células linfáticas de rato e clastogênico em células mamárias. Esses dados são 
consistentes com a carcinogenicidade positiva do estudo em ratos com ganciclovir. O ganciclovir sódico é um potencial 
carcinogênico. 
 
O ganciclovir sódico causa teratogenicidade e diminuição da fertilidade em animais. 
Baseado em estudos em animais em que a aspermia foi induzida pela exposição sistêmica a ganciclovir abaixo dos níveis 
terapêuticos, é provável que ganciclovir possa causar inibição, temporária ou permanente, da espermatogênese humana. 
 
Dados obtidos por meio de um modelo de placenta humana mostraram que ganciclovir atravessa a barreira placentária e 
que a difusão simples é o mecanismo mais provável de transferência. Esta não era saturável acima de uma concentração 
entre 1-10 mg/mL e ocorria por difusão passiva. 
 
Até o momento, não há informações de que ganciclovir sódico possa causar doping. 
 
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  
Uso com outros medicamentos 
 
 

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Imipenem-cilastatina 
Convulsões têm sido relatadas em pacientes que receberam ganciclovir sódico e imipenem-cilastatina concomitantemente 
e uma interação farmacodinâmica entre esses dois medicamentos não pode ser descartada. Esses medicamentos não devem 
ser utilizados concomitantemente, a menos que os benefícios potenciais se sobreponham aos riscos. 
 
Zidovudina 
Zidovudina  e  ganciclovir  sódico  possuem  o  potencial  de  causar  neutropenia  e  anemia;  pode  haver  uma  interação 
farmacodinâmica  durante  a  administração  concomitante  desses  medicamentos  e  alguns  pacientes  podem  não  tolerar  a 
terapia concomitante em uma dose completa. 
 
Didanosina 
A concentração plasmática da didanosina aumentou de forma importante quando administrada com ganciclovir sódico IV. 
Em doses intravenosas de 5 e 10 mg/kg/dia, observou-se um aumento da ASC da didanosina que variou de 38% a 67%, 
confirmando uma interação farmacocinética durante a administração concomitante desses medicamentos. Não há nenhum 
efeito  clinicamente  significante  na  concentração  de  ganciclovir.  Pacientes  devem  ser  monitorados  de  perto  quanto  à 
toxicidade da didanosina (por exemplo: pancreatite). 
 
Probenecida 
A  probenecida  administrada  com  ganciclovir  por  via  oral  resulta  em  uma  diminuição  importante  do  clearance  de 
ganciclovir (20%), levando a um aumento estatisticamente significante na exposição (40%). Essas alterações resultam de 
uma interação entre os medicamentos com uma competição pela excreção tubular renal. Assim, os pacientes em uso de 
probenecida e ganciclovir sódico devem ser monitorados de perto quanto à toxicidade de ganciclovir. 
 
Outras possíveis interações medicamentosas 
A  toxicidade  pode  ser  aumentada  quando  ganciclovir  é  administrado  concomitantemente  com  outros  medicamentos 
conhecidos  por  serem  mielossupressores  ou  por  estarem  associados  ao  comprometimento  renal.  Isso  inclui  análogos de 
nucleosídeos (ex.: zidovudina, didanosina, estavudina), imunossupressores (ex.: ciclosporina, tacrolimo, micofenolato de 
mofetila),  agentes  antineoplásicos  (ex.:  doxorrubicina,  vincristina,  vimblastina,  hidroxiureia)  e  antibióticos  (ex.: 
trimetoprima/sulfonamidas, dapsona, anfotericina B, flucitosina, pentamidina). Portanto, esses medicamentos só devem ser 
considerados para uso concomitante com ganciclovir, se os potenciais benefícios superam os riscos. 
 
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO  
Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da luz.  
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data da fabricação impressa na embalagem. 
 
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 
 
A  solução  reconstituída  no  frasco  é  estável  à  temperatura  ambiente  (entre  15°C  e  30°C)  por  12  horas.  Não  deve  ser 
refrigerada.  
Após a diluição, pelo fato de ganciclovir sódico ser reconstituído em água estéril não bacteriostática, a solução de infusão 
deve ser usada o mais rápido possível e dentro de 12 horas, para diminuir o risco de contaminação bacteriana. 
A solução de infusão deve ser colocada na geladeira (2ºC a 8ºC). Não se recomenda congelar. 
 
As condições informadas para o armazenamento das soluções reconstituídas e diluídas garantem somente os aspectos físico 
químicos das preparações. 
Do  ponto  de  vista  microbiológico  elas  devem  ser  utilizadas  imediatamente  e  só  poderão  ser  armazenadas  conforme 
condições descritas, se forem manipuladas com técnicas assépticas controladas e validadas.  
A garantia das condições assépticas é de inteira responsabilidade do profissional de saúde/instituição. 
 
Características do produto: massa liofilizada branca, isenta de partículas estranhas e, após reconstituição, solução límpida, 
levemente amarelada, isenta de partículas estranhas. 
 
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.  
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 
 
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR  
O ganciclovir sódico deve ser administrado por infusão via intravenosa durante 1 hora. 
 

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Métodos de preparação da solução de ganciclovir sódico 
Adicionar todo o conteúdo da ampola de diluente que acompanha o medicamento* (10 mL de água estéril para injetáveis) 
ao  frasco-ampola  de  ganciclovir.  Após  a diluição, pelo fato  de  ganciclovir  sódico  ser  reconstituído  em  água  estéril  não 
bacteriostática, a solução de infusão deve ser usada o mais rápido possível e dentro de 12  horas, para diminuir o risco de 
contaminação bacteriana 
* ou, em caso de apresentação que não contemple o diluente, utilizar 10 mL de diluente com a mesma composição (água 
estéril não bacteriostática para injetáveis).” 
 
Reconstituição 
1. O ganciclovir sódico liofilizado deve ser reconstituído injetando 10 mL de água estéril para injeção dentro do frasco. 
Não usar água bacteriostática para injeção que contenha parabenos (parahidroxibenzoatos), uma vez que é incompatível 
com o pó estéril de ganciclovir sódico e pode causar precipitação. 
2. O frasco deve ser agitado para dissolver o medicamento. 
3. A solução reconstituída deve ser inspecionada quanto à presença de partículas antes de se proceder à preparação final. 
 
Preparação e administração da solução de infusão  
Diluição 
Com base no peso do paciente, calcula-se a dose apropriada e o volume que deve ser retirado do frasco (concentração 50 
mg/mL) e adiciona-se a um líquido de infusão. Soro fisiológico, soro glicofisiológico 5%, solução de Ringer ou Ringer 
lactato são química ou fisicamente compatíveis com ganciclovir sódico. Infusão com concentrações maiores que 10 mg/mL 
não é recomendada. 
O ganciclovir sódico não deve ser misturado com outros produtos intravenosos. 
 
Manuseio 
Precauções devem ser tomadas no manuseio de ganciclovir sódico. 
Como  ganciclovir  sódico  é  considerado  um  potencial  teratogênico  e  carcinogênico  em humanos,  precauções  devem ser 
tomadas na manipulação (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Evitar contato direto da solução reconstituída 
nas ampolas de ganciclovir sódico com a pele e com as mucosas. A solução de ganciclovir sódico injetável é alcalina (pH 
aproximadamente 11). Em caso de contato de ganciclovir sódico com a pele, ou membranas mucosas, lavar minuciosamente 
com água e sabão. Em casos de contato com os olhos, limpar com água corrente. 
 
Atenção: não aplicar a injeção IV rapidamente ou em bolus. A toxicidade de ganciclovir sódico pode aumentar por causa 
da concentração plasmática aumentada. 
Se  for  aplicado  IM  ou  SC,  pode  resultar  em  grave  irritação  do  tecido  por  causa  do  pH  elevado  (~11).  As  doses 
recomendadas, frequência ou velocidade de infusão não devem ser excedidas. 
 
Posologia 
Dose padrão para tratamento da retinite por CMV 
Terapia de indução:
 5 mg/kg, a cada 12 horas, por 14 – 21 dias, em pacientes com função renal normal.  
Tratamento de manutenção: 5 mg/kg, administradas uma vez ao dia, por sete dias/semana, ou 6 mg/kg, uma vez ao dia, 
por cinco dias/semana. 
 
Dose padrão para prevenção em receptores de transplante 
Tratamento de indução:
 5 mg/kg, a cada 12 horas, por 7 – 14 dias, em pacientes com função renal normal.  
Tratamento de manutenção: 5 mg/kg, administradas uma vez ao dia, sete dias/semana, ou 6 mg/kg, uma vez ao dia, por 
cinco dias/semana. 
 
Dosagens especiais 
• Pacientes com disfunção renal: a dose de ganciclovir sódico deve ser modificada como mostrado na tabela a seguir. O 
clearance de creatinina pode ser calculado pela creatinina sérica empregando a seguinte fórmula: 
 
Para pacientes do sexo masculino = (140 – idade [em anos]) x (peso [kg])          
                                                             (72) x (0,011 x creatinina sérica [mmol/L]) 
 
Para pacientes do sexo feminino = 0,85 x valor para o sexo masculino 
 
 
 
 

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Clearance de creatinina 

Dose de indução 

Dose de manutenção 

≥ 70 mL/min 

5 mg/kg a cada 12 h 

5 mg/kg/dia 

50 – 69 mL/min 

2,5 mg/kg a cada 12 h 

2,5 mg/kg/dia 

24 – 49 mL/min 

2,5 mg/kg/dia 

1,25 mg/kg/dia 

10 – 24 mL/min 

1,25 mg/kg/dia 

0,625 mg/kg/dia 

< 10 mL/min 

1,25 mg/kg   3x/semana   

depois da hemodiálise 

0,625 mg/kg   3x/semana 

depois da hemodiálise 

 
 
Idosos: a dose de ganciclovir sódico deve ser ajustada considerando sua condição renal. 
 
9. REAÇÕES ADVERSAS  
Experiência dos estudos clínicos 
 
Experiência com ganciclovir intravenoso (IV) 
Não se pode excluir que os eventos adversos ocorridos com ganciclovir sódico IV possam também ocorrer com ganciclovir 
oral.  No  entanto,  tem-se  que  levar  em  consideração  que  a  biodisponibilidade  da  administração  intravenosa  é 
significativamente  maior,  e,  além  disso,  alguns  eventos  adversos  observados  com  ganciclovir  sódico  IV  podem  estar 
relacionados com a administração parenteral. 
 
Alterações laboratoriais observadas em pacientes HIV positivo 
As  alterações  laboratoriais  relatadas  em  três  estudos  clínicos  em  pacientes  HIV  positivo  usando  ganciclovir  sódico 
intravenoso  como  tratamento  de  manutenção  para  a  retinite  por  CMV  estão  listadas  a  seguir.  Cento  e  setenta  e  nove 
pacientes foram elegíveis para a análise das alterações laboratoriais. 
 
Tabela 1. Alterações laboratoriais em pacientes tratados com ganciclovir sódico intravenoso. 

Alterações laboratoriais (n = 179) 

Neutropenia (ANC/mm3) 

 

< 500 

25,1% 

500 – < 750 

14,3% 

750 – < 1.000 

26,3% 

Anemia (hemoglobina g/dL) 

 

< 6,5 

4,6% 

6,5 – < 8,0 

16,0% 

8,0 – < 9,5 

25,7% 

Trombocitopenia (plaquetas/mm3) 

 

< 25.000 

2,9% 

25.000 – <50.000 

5,1% 

50.000 – <100.000 

22,9% 

Creatinina sérica (mg/dL) 

 

> 2,5 

1,7% 

>1,5 – 2,5 

13,9% 

 
As reações adversas podem ser classificadas de acordo com a seguinte convenção: 
 
Frequência de reações adversas 
 

≥ 1/10 (> 10%) 

muito comum 

> 1/100 e ≤ 1/10 (> 1% e ≤ 10%) 

comum 

> 1/1.000 e ≤ 1/100 (> 0,1% e ≤ 1%) 

incomum 

> 1/10.000 e ≤ 1.000 (> 0,01% e ≤ 0,1%) 

rara 

≤ 1/10.000 (≤ 0,01%) 

muito rara 

 

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Outros eventos adversos 

 

Eventos adversos importantes não citados anteriormente são listados abaixo. 

 

Sistema linfático e hematológico: esplenomegalia. 

 

Sistema gastrintestinal: esofagite, gastrite, distúrbios gastrintestinais. 

 

Sistêmicos: mal-estar geral. 

 

Sistema nervoso central e periférico: amnésia, distúrbios emocionais, síndrome hipercinética, hipertonia, diminuição 
da libido e contrações mioclônicas. 

 

Sistema hepático: hepatite e icterícia. 

 

Pele e anexos: pele seca. 

 

Sentidos especiais: dor de ouvido, zumbido. 

 

Sistema cardiovascular: enxaqueca, hipertensão e hipotensão. 

 

Distúrbios metabólicos e nutricionais: edema, hipopotassemia, hipocalcemia e hiperglicemia. 

 

Sistema urogenital: impotência e hematúria. 

 

Sistema musculoesquelético: dor musculoesquelética. 

 

Valganciclovir é um pró-fármaco de ganciclovir e as reações adversas associadas ao valganciclovir podem ser esperadas 
com  ganciclovir.  Portanto,  as  reações  adversas  ao  medicamento  relatadas  com  ganciclovir  IV  ou  oral  (não disponível 
atualmente) ou com valganciclovir estão incluídas na tabela de reações adversas (vide a “Tabela 2”). 
 
Em pacientes tratados com ganciclovir/valganciclovir, as reações adversas ao medicamento mais sérias e frequentes são 
reações hematológicas e incluem neutropenia, anemia e trombocitopenia. 

 

As  frequências  apresentadas  na  tabela  de  reações  adversas  são  derivadas  de  uma  população  agrupada  de  pacientes 
infectados pelo HIV (n=1704) que receberam terapia de manutenção com ganciclovir (GAN1697, GAN1653, GAN2304, 
GAN1774,  GAN2226,  AVI034,  GAN041)  ou  valganciclovir  (WV15376,  WV15705).  A  exceção  aplica-se  para 
agranulocitose,  granulocitopenia  e  reação  anafilática;  as  frequências  dessas  reações  são derivadas  da  experiência  pós-
comercialização. As frequências são apresentadas na forma de porcentagens e de categorias de frequência do CIOMS 
[Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas], definidas como muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100 
a < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100), rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) e muito rara (< 1/10.000). O perfil de segurança 
geral de ganciclovir/valganciclovir é consistente em populações com HIV e receptoras de transplante, com exceção de 
descolamento de retina, que foi relatado somente em pacientes com HIV com retinite por CMV. No entanto, existem 
algumas diferenças na frequência de determinadas reações. Ganciclovir intravenoso está associado a um risco mais baixo 
de diarreia em comparação com valganciclovir oral. Pirexia, infecções por candida, depressão, neutropenia grave (ANC 
< 500 µL) e reações cutâneas são relatadas com mais frequência em pacientes com HIV. Disfunções renal e hepática são 
relatadas com mais frequência em receptores de transplante de órgão. 
 
 

Tabela 2. Frequência das reações adversas de ganciclovir/valganciclovir reportadas em pacientes com  HIV que 
receberam terapia de manutenção (n=1704). 
 

RAM 
(MedDRA) 
Classe de Sistema de Órgãos 

Porcentagem 

Categoria de 

Frequência 

Infecções e infestações: 

Infecções por Candida, incluindo candidíase oral 

22,42% 

Muito comum 

Infecção do trato respiratório superior 

16,26% 

Sepse 

6,92% 

Comum 

Gripe 

3,23% 

Infecção do trato urinário 

2,35% 

Celulite 

1,47% 

Distúrbios do sangue e do sistema linfático: 
Neutropenia 

26,12% 

Muito comum 

Anemia 

19,89% 

Trombocitopenia 

7,34% 

Comum 

Leucopenia 

3,93% 

Panitopenia 

1,06% 

Falência da medula óssea 

0,29% 

Incomum 

Anemia aplástica 

0,06% 

Rara 

Agranulocitose* 

0,02% 

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ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07 

                                

 

Granulocitopenia* 

0,02% 

Distúrbios do sistema imunológico 
Hipersensibilidade 

1,12% 

Comum 

Reação anafilática* 

0,02% 

Rara 

Distúrbios do metabolismo e da nutrição: 

Redução de apetite 

12,09% 

Muito comum 

Redução de peso 

6,46% 

Comum 

Transtornos psiquiátricos: 

Depressão 

6,69% 

Comum 

Estado de confusão 

2,99% 

Ansiedade 

2,64% 

Agitação 

0,59% 

Incomum 

Transtorno psicótico 

0,23% 

Pensamento anormal 

0,18% 

Alucinações 

0,18% 

Distúrbios do sistema nervoso: 

Cefaleia 

17,37% 

Muito comum 

Insônia 

7,22% 

Comum 

Neuropatia periférica 

6,16% 

Tontura 

5,52% 

Parestesia 

3,58% 

Hipoestesia 

2,58% 

Convulsão 

2,29% 

Digeusia (distúrbio do paladar) 

1,35% 

Tremor 

0,88% 

Incomum 

Distúrbios oculares: 
Comprometimento visual 

7,10% 

Comum 

Descolamento de retina** 

5,93% 

Moscas volantes 

3,99% 

Dor ocular 

2,99% 

Conjuntivite 

1,58% 

Edema macular 

1,06% 

Distúrbios do ouvido e do labirinto: 
Dor de ouvido 

1,17% 

Comum 

Surdez 

0,65% 

Incomum 

Distúrbios cardíacos: 

Arritmias 

0,47% 

Incomum 

Distúrbios vasculares: 

Hipotensão 

2,05% 

Comum 

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: 

Tosse 

18,31% 

Muito comum 

Dispneia 

11,80% 

Distúrbios gastrintestinais: 
Diarreia 

34,27% 

Muito comum 

Náusea 

26,35% 

Vômito 

14,85% 

Dor abdominal 

10,97% 

Dispesia 

4,81% 

Comum 

Flatulência 

4,58% 

Dor abdominal superior 

4,58% 

Constipação 

3,70% 

Ulceração na boca 

3,17% 

Disfagia 

2,93% 

Distensão abdominal 

2,41% 

Pancreatite 

1,64% 

Distúrbios hepatobiliares: 

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ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07 

                                

 

Aumento da fosfatase alcalina sanguínea 

3,58% 

Comum 

Função hepática anormal 

3,23% 

Aumento de aspartato aminotransferase 

1,88% 

Aumento de alanina aminotransferase 

1,23% 

Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: 
Dermatite 

11,80% 

Muito comum 

Sudorese noturna 

7,92% 

Comum 

Prurido 

4,58% 

Erupção cutânea 

2,52% 

Alopecia 

1,29% 

Pele seca 

0,94% 

Incomum 

Urticária 

0,70% 

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: 
Dor nas costas 

4,46% 

Comum 

Mialgia 

3,52% 

Artralgia 

3,35% 

Espasmos musculares 

2,99% 

Distúrbios renais e urinários: 

Comprometimento renal 

2,52% 

Comum 

Redução do clearance de creatinina renal 

2,35% 

Aumento de creatinina sanguínea 

1,88% 

Insuficiência renal 

0,76% 

Incomum 

Hematúria 

0,70% 

Distúrbios do sistema reprodutor e da mama: 

Infertilidade masculina 

0,23% 

Incomum 

Distúrbios gerais e condições no local de administração: 

Pirexia 

33,51% 

Muito comum 

Fadiga 

18,96% 

Reação no local da injeção 

6,98% 

Comum 

Dor 

5,81% 

Calafrios 

5,40% 

Mal-estar 

2,11% 

Astenia 

2,00% 

Dor torácica 

0,88% 

Incomum 

 

* As frequências dessas reações adversas são derivadas da experiência pós-comercialização. 

 

** Descolamento de retina foi relatado somente em estudos em pacientes com AIDS tratados com ganciclovir sódico para 

retinite por CMV. 

 

Descrição de reações adversas selecionadas 

 

Neutropenia 
O risco de neutropenia não é previsível com base no número de neutrófilos antes do tratamento. A neutropenia ocorre 

geralmente durante a primeira ou segunda semana da terapia de indução. A contagem de células é em geral normalizada 

no período de 2 a 5 dias após a descontinuação do medicamento ou a redução da dose (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E 

PRECAUÇÕES). 

 

Trombocitopenia 
Pacientes com baixas contagens de plaquetas (< 100.000 /µL) no período basal apresentam um risco maior de desenvolver 
trombocitopenia.  Pacientes  com  imunossupressão  iatrogênica  decorrente  do  tratamento  com  medicamentos 
imunossupressores  estão  em  risco  mais  elevado  de  trombocitopenia  do  que  os  pacientes  com  AIDS  (vide  item  5. 
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). A trombocitopenia grave pode estar associada a sangramento de possível ameaça 
à vida. 
 
Experiência após o lançamento de ganciclovir sódico 
Os  relatórios  de  segurança  de  pós-comercialização  são  consistentes  com  dados  de  segurança  de  ensaios  clínicos  com 

ganciclovir/valganciclovir, vide “Tabela 2”. 

 
 

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ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07 

                                

 

Em caso de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 
 

10. SUPERDOSE 
A superdose com ganciclovir IV, alguns casos com desfechos fatais, tem sido relatada nos estudos clínicos e durante a 
experiência após o lançamento. Em alguns casos, nenhum evento adverso foi relatado. A maioria dos pacientes apresentou 
um ou mais dos seguintes eventos adversos: 

 
Toxicidade hematológica: mielossupressão, incluindo pancitopenia, falência da medula óssea, leucopenia, neutropenia 
e granulocitopenia. 

 
Hepatotoxicidade: hepatite e alterações da função hepática. 

 
Toxicidade  renal:  lesão  renal  aguda,  elevação  da  creatinina  e  piora  da  hematúria  em  pacientes  com  lesão  renal 
preexistente. 

 
Toxicidade gastrintestinal: dor abdominal, diarreia e vômitos. 

 
Neurotoxicidade: convulsão e tremores generalizados. 
 
A  hemodiálise  e  hidratação  podem  ser  úteis  na  redução  das  concentrações  plasmáticas  sanguíneas  dos  pacientes  que 
receberam uma superdose de ganciclovir (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Farmacocinética 
em situações clínicas especiais). 
 
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 
 
DIZERES LEGAIS 
 
M.S.: 1.0043.0762 

 

Farm. Resp.: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116  

 

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.  

USO RESTRITO A HOSPITAIS. 

 

Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 18/09/2017. 
 

Fabricado e Registrado por: 

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, km 35,6 - Itapevi - SP  

CNPJ: 61.190.096/0001-92  
Indústria Brasileira 
 

 

 

 

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ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07 

                                

 

Histórico de Alteração da Bula

 

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

N

o do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

N

o do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/ 

VPS) 

Apresentaçõe

s relacionadas 

14/08/2015 

0721039/15-6 

10459 – 

GENÉRICO – 

Inclusão Inicial 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

VPS 

Pó liofilizado 

500 mg 

50 frascos 

 

12/07/2016 

2062599/16-5 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Dizeres Legais 

VPS 

Pó liofilizado 

500 mg 

50 frascos 

07/07/2017 

 

1391466/17-9 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

Características 

farmacológicas 

Contraindicações 

Advertências e 

precauções 

Interações 

medicamentosas 

Reações adversas 

Superdose 

 
 

 

VPS 

 

Pó liofilizado 

500 mg 

50 frascos 

30/11/2017 

2249150/17-3 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

5. Advertências e 

Precauções 

9. Reações 

adversas 

10. Superdose 

VPS 

Pó liofilizado 

500mg 

50 frascos 

01/04/2021 

1252664/21-9 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Apresentações 

7. Cuidados de 

armazenamento 

do medicamento 

8. Posologia e 

modo de usar 

VPS 

Pó liofilizado 

500mg 

50 frascos 

Não aplicável 

Não aplicável 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Dizeres legais 

VPS 

Pó liofilizado 

500mg 

50 frascos