ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07
ganciclovir sódico
Bula para profissional de saúde
Pó liofilizado para solução injetável
500 mg
ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
ganciclovir sódico
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
APRESENTAÇÃO:
Pó liofilizado para solução injetável, 500 mg. Embalagem com 50 frascos-ampola + 50 ampolas de solução diluente com
10 mL.
Pó liofilizado para solução injetável, 500 mg. Embalagem com 50 frascos-ampola.
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém:
ganciclovir sódico*.......................................................................................................... .............................546 mg
excipiente**............................................................................................................................. q.s.p. 1 frasco-ampola
*Cada 546 mg de ganciclovir sódico equivalem à 500 mg de ganciclovir base e aproximadamente 45 mg (2 mEq) de sódio
**Excipiente: hidróxido de sódio.
Cada ampola de diluente contém:
água estéril para injetáveis ................................................................................................ ............................. 10 mL
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
1. INDICAÇÕES
O ganciclovir sódico pó liofilizado é indicado na prevenção e no tratamento de infecções por citomegalovírus (CMV) em
pacientes imunodeprimidos e para a prevenção da doença por CMV em pacientes receptores de transplante.
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA
AIDS
1. O ganciclovir oral na manutenção do tratamento para retinite pelo CMV em pacientes com AIDS: Drew e
colaboradores compararam ganciclovir oral com ganciclovir IV em estudo randomizado, aberto, em pacientes com AIDS,
com diagnóstico recente de retinite estável (após três semanas de uso de ganciclovir injetável). Sessenta pacientes foram
distribuídos aleatoriamente para tratamento de manutenção com ganciclovir IV na dose de 5 mg/kg de peso por dia e 63
pacientes para manutenção com ganciclovir oral na dose de 3.000 mg/dia. Os pacientes foram acompanhados por 20
semanas, por meio de fotografias de fundo de olho realizadas semanalmente. As fotografias foram avaliadas ao final do
estudo por um especialista “cego” em relação ao tipo de tratamento do paciente. A eficácia pôde ser avaliada em 117
pacientes, sendo que em dois deles não foi possível classificar a lesão. A sobrevida, mudanças da acuidade visual, incidência
de recidiva e de eventos gastrintestinais foram semelhantes nos dois grupos. A neutropenia, anemia e eventos adversos
relacionados ao cateter foram mais frequentes no grupo de ganciclovir intravenoso. Ganciclovir oral é eficaz e tem boa
tolerabilidade no tratamento da retinite por CMV.1
2. O ganciclovir intravenoso versus oral: Estudo Comparativo Europeu/Australiano de eficácia e tolerabilidade na
prevenção da recorrência da retinite por CMV em pacientes com AIDS. Objetivos: avaliar a eficácia e tolerabilidade de
ganciclovir oral no tratamento de manutenção da retinite pelo CMV em pacientes com AIDS. Estudo aberto, randomizado,
multicêntrico, com 20 semanas de duração. A progressão da retinite foi avaliada por meio de fundoscopia e avaliação “cega”
de fotografias de fundo de olho. Pacientes adultos com AIDS e retinite estável pelo CMV, após tratamento de indução com
ganciclovir IV (5 mg/kg 12/12 horas), foram randomizados, na proporção de 2:1, para receber o tratamento de manutenção
com ganciclovir oral 3.000 mg/dia ou intravenoso 5 mg/kg/dia. A eficácia do tratamento foi avaliada por meio do tempo
para progressão da retinite após o início do tratamento de manutenção. Dos 159 pacientes recrutados, 112 receberam
ganciclovir oral, e 47, intravenoso. Houve progressão da retinite em 72% dos pacientes do grupo de ganciclovir oral e em
76% dos pacientes do grupo intravenoso. O tempo médio até a progressão foi de 51 dias com ganciclovir oral e 62 dias com
o intravenoso. Conclusão: o ganciclovir oral é uma alternativa eficaz e segura ao ganciclovir intravenoso na manutenção
do tratamento da retinite por CMV.2
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Transplante
3. Eficácia de ganciclovir oral na prevenção da infecção pelo CMV em pacientes transplantados renais: estudo
prospectivo com o objetivo de avaliar episódios de infecção pelo CMV nos nove meses após o transplante renal, em
pacientes tratados profilaticamente com ganciclovir oral (750 mg 12/12 horas) por três meses (N = 22) e pacientes que não
receberam profilaxia antiviral (N = 22). A infecção pelo CMV foi observada em um paciente (5%) do grupo ganciclovir
oral e em seis pacientes (27%) do grupo controle (p < 0,05). Os episódios de rejeição do enxerto comprovada por biópsia
foram de 5% (1/21) e 18% (4/22) no grupo de ganciclovir oral e no controle, respectivamente. Os resultados demonstram
que ganciclovir oral é eficaz e bem tolerado na prevenção da infecção pelo CMV em pacientes transplantados renais.3
4. Ensaio clínico randomizado sobre a eficácia e a tolerabilidade de ganciclovir oral na prevenção das doenças por
CMV em receptores de transplante de fígado: avaliou-se a eficácia de ganciclovir oral na prevenção da doença pelo
CMV após transplante hepático. Entre dezembro de 1993 e abril de 1995, 304 receptores de transplante de fígado foram
randomizados para receber ganciclovir oral 1.000 mg ou placebo três vezes ao dia. A medicação foi iniciada assim que o
paciente estava apto a deglutir (sempre antes do 10º dia) e até o 98º dia após o transplante. Os pacientes foram avaliados
nos primeiros seis meses após o transplante na busca de evidências de: infecção pelo CMV, doença pelo CMV, rejeição,
doenças oportunistas e eventos adversos de medicamentos. A análise de Kaplan-Meier estimou que a incidência de doença
pelo CMV em seis meses foi 18,9% (29/154) no grupo placebo contra 4,8% (7/150) no grupo ganciclovir (p < 0,001). No
grupo de alto risco, receptores soronegativos para CMV de órgãos soropositivos, a incidência de doença pelo CMV foi de
44,0% (11/25) no grupo placebo e de 14,8% (3/21) no grupo ganciclovir (p = 0,02). Ganciclovir oral reduziu a incidência
de infecção pelo CMV (placebo 79/154 [51,5%]; ganciclovir 37/150 [24,5%]; p < 0.001). Conclusão: ganciclovir oral é um
método eficaz e bem tolerado de prevenção da doença pelo CMV após o transplante hepático.4
Referências bibliográficas
1. Drew WL, Ives D, Lalezari JP, et al. Oral ganciclovir as maintenance treatment for cytomegalovirus retinitis in patients
with AIDS. Syntex Cooperative Oral ganciclovir Study Group. N Engl J Med 1995; 333:615-20.
2. Intravenous versus oral ganciclovir: European/Australian comparative study of efficacy and safety in the prevention of
cytomegalovirus retinitis recurrence in patients with AIDS. The Oral ganciclovir European and Australian Cooperative
Study Group. Aids 1995; 9:471-7.
3. Ahsan N, Holman MJ, Yang HC. Efficacy of oral ganciclovir in prevention of cytomegalovirus infection in post-kidney
transplant patients. Clin Transplant 1997; 11:633-9.
4. Gane E, Saliba F, Valdecasas GJ, et al. Randomised trial of efficacy and safety of oral ganciclovir in the prevention of
cytomegalovirus disease in liver-transplant recipients. The Oral ganciclovir International Transplantation Study Group
[corrected]. Lancet 1997; 350:1729-33.
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Características químicas e farmacológicas
Descrição
O ganciclovir sódico é um fármaco antiviral, ativo contra o citomegalovírus. O nome químico de ganciclovir é 9-(1,3-
dihidroxi-2-propoximetil) guanina. O ganciclovir tem sido referido, também, como DHPG.
O ganciclovir sódico é preparado como um pó liofilizado estéril com uma solubilidade em água excedendo 100 mg/mL.
Farmacodinâmica
Ganciclovir é um nucleosídeo sintético análogo da 2’-desoxiguanosina, a qual inibe a replicação do vírus do herpes, tanto
in vitro como in vivo. Os vírus sensíveis ao ganciclovir incluem o citomegalovírus humano (CMVH), os vírus do herpes
simples 1 e 2 (HSV-1, HSV-2), o vírus do herpes humano tipo 6, 7 e 8 (HHV-6, HHV-7, HHV-8), o vírus de Epstein-Barr
(EBV), o vírus da varicela zoster (VZV) e o vírus da hepatite B. Os estudos clínicos têm se limitado à avaliação da eficácia
na infecção por citomegalovírus.
Nas células infectadas pelo CMV, ganciclovir é inicialmente fosforilado a ganciclovir monofosfato pela quinase proteica
viral UL97. Depois de ocorrer a fosforilação, diversas quinases celulares produzem ganciclovir trifosfato, o qual é
lentamente metabolizado no interior da célula. Isso ocorre nas células infectadas pelo HSV e pelo CMVH, com meia-vida
de 18 horas e entre 6-24 horas, respectivamente, após a remoção de ganciclovir extracelular. Como a fosforilação é
amplamente dependente da quinase viral, a fosforilação de ganciclovir ocorre preferencialmente em células infectadas pelo
vírus. A atividade virustática de ganciclovir é devido à inibição da síntese do DNA viral por 2 mecanismos: (1) inibição
competitiva da incorporação da desoxiguanosina trifosfato (DGTP) ao DNA pela DNA polimerase e (2) a incorporação do
trifosfato de ganciclovir ao DNA viral causa um subsequente término ou grande limitação do alongamento do DNA viral.
O antiviral com concentração inibitória 50% (IC50), característica contra o CMV in vitro, tem o tamanho de 0,14 mcM (0,04
mcg/mL) a 14 mcM (3,5 mcg/mL).
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Resistência viral
A definição corrente de resistência do CMV ao ganciclovir, baseada em estudos in vitro, é uma concentração inibitória 50%
(IC50) > 1,5 mcg/mL (6,0 mcM). A resistência do CMV ao ganciclovir é rara (aproximadamente 1%), mas tem sido
observada em pacientes com AIDS e com retinite por CMV que nunca receberam terapia com ganciclovir. Durante os
primeiros 6 meses de tratamento de retinite por CMV com ganciclovir sódico intravenoso (I.V.) ou oral, a resistência viral
é detectada em 3% a 8% dos pacientes. Muitos pacientes em tratamento com piora da retinite não mostraram resistência. A
resistência viral tem sido também observada em pacientes em tratamento prolongado para retinite por CMV com ganciclovir
sódico IV.
A possibilidade de resistência viral deve ser considerada em pacientes com resposta clínica repetidamente pobre ou com
excreção viral persistente durante o tratamento. O principal mecanismo de resistência ao ganciclovir sódico é a diminuição
da capacidade de formar moléculas ativas de trifosfato; resistência viral tem sido descrita devido à mutação no gene UL97
do CMV que controla a fosforilação de ganciclovir. Mutações na polimerase do DNA viral têm sido relatadas como
responsáveis pela resistência viral ao ganciclovir, e os vírus com essa mutação podem ser resistentes a outros medicamentos
anti-CMV.
Farmacocinética
Absorção
A exposição sistêmica (ASC0-24) relatada após uma hora de infusão intravenosa de 5 mg/kg de ganciclovir em pacientes
HIV+/CMV+ ou em pacientes adultos com AIDS variou de 21,4 ± 3,1 (n = 16) a 26,0 ± 6,06 (n = 16) mcg.h/mL. Nesse
grupo de pacientes, o pico de concentração plasmática (Cmáx) variou de 7,59 ± 3,21 (n = 10), 8,27 ± 1,02 (n = 16) a 9,03 ±
1,42 (n = 16) mcg/mL.
Distribuição
Para ganciclovir IV, o volume de distribuição está correlacionado com o peso corpóreo e com os valores do volume de
distribuição em estado de equilíbrio variando de 0,536 ± 0,078 (n = 15) a 0,870 ± 0,116 (n = 16) L/kg. Concentrações no
líquido cefalorraquidiano obtidas 0,25 – 5,67 horas após a dose em dois pacientes que receberam 2,5 mg/kg de ganciclovir
IV a cada 8 ou 12 horas variaram de 0,50 a 0,68 mcg/mL, representando 24 – 67% da concentração plasmática. A
percentagem de ganciclovir ligado às proteínas plasmáticas foi 1 – 2% acima da concentração de 0,5 e 51 mcg/mL.
Metabolismo e eliminação
Quando administrado intravenosamente, ganciclovir exibe uma farmacocinética linear dentro da faixa de 1,6 – 5,0 mg/kg.
A excreção renal do fármaco inalterado, por filtração glomerular e secreção tubular, é a principal via de eliminação de
ganciclovir sódico. Em pacientes com função renal normal, 89,6 ± 5% (n = 4) de ganciclovir sódico administrado IV foi
recuperado não metabolizado na urina. Em indivíduos com função renal normal, o clearance sistêmico variou de 2,64 ±
0,38 mL/min/kg (n = 15) a 4,52 ± 2,79 mL/min/kg (n = 6) e o clearance renal variou de 2,57 ± 0,69 mL/min/kg (n = 15) a
3,48 ± 0,68 mL/min/kg (n = 20), representando 90 – 101% de ganciclovir administrado. A meia-vida em indivíduos sem
alteração renal variou de 2,73 ± 1,29 horas (n = 6) a 3,98 ± 1,78 horas (n = 8).
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Pacientes com disfunção renal
A farmacocinética de ganciclovir sódico IV foi avaliada em dez pacientes imunodeprimidos com disfunção renal que
receberam doses de 1,25 – 5 mg/kg.
Pacientes em hemodiálise
A hemodiálise reduz a concentração plasmática de ganciclovir sódico em cerca de 50% após a administração IV e oral (vide
item 10. SUPERDOSE). Durante a hemodiálise intermitente, o clearance estimado de ganciclovir variou de 42 a 92
mL/min, resultando em uma meia-vida de 3,3 a 4,5 horas. O clearance estimado do ganciclovir para a diálise contínua foi
menor (4,0 a 29,6 mL/min), mas resultou em uma eliminação maior de ganciclovir no intervalo entre as doses. Para a
hemodiálise intermitente, a fração de eliminação de ganciclovir em uma sessão de diálise variou de 50% a 63%.
Crianças
A farmacocinética de ganciclovir foi estudada em 27 neonatos com idade entre 2 – 49 dias, com dose IV de 4 mg/kg (n=
14) e 6 mg/kg (n = 13). A Cmáx média foi de 5,5 ± 6 mcg/mL e 7,0 ± 1,6 mcg/mL para as doses mais baixas e mais altas,
respectivamente. Os valores médios para o Vss (0,7 L/kg) e o clearance sistêmico (3,15 ± 0,47 mL/min/kg com 4 mg/kg e
3,55 ± 0,35 mL/min/kg com 6 mg/kg) foram comparáveis àqueles observados em adultos com função renal normal.
A farmacocinética de ganciclovir foi também avaliada em dez crianças com função renal normal, idade de nove meses a 12
anos. As características farmacocinéticas do ganciclovir foram as mesmas após dose única ou múltipla (a cada 12 horas) de
administração IV (5 mg/kg). A exposição medida pela ASC∞ média nos dias 1 e 14 foi de 19,4 ± 7,1 e 24,1 ± 14,6 mcg.h/mL,
respectivamente, e os valores correspondentes de Cmáx foram 7,59 ± 3,21 mcg/mL (dia 1) e 8,31 ± 4,9 mcg/mL (dia 14). Os
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respectivos valores médios para o clearance renal (0 – 12 h) foram 3,49 ± 2,40 mL/min/kg no dia 1 e 3,49 ± 1,19 mL/min/kg
no dia 14. Os valores médios correspondentes para meia-vida foram 2,49 ± 0,57 h (dia 1) e 2,22 ± 0,76 h (dia 14).
Idosos
Não existem dados disponíveis para adultos com idade acima de 65 anos.
4. CONTRAINDICAÇÕES
O ganciclovir sódico está contraindicado a pacientes com hipersensibilidade a ganciclovir, valganciclovir ou a qualquer
outro componente da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Hipersensibilidade cruzada
Devido à semelhança da estrutura química de ganciclovir e de aciclovir e penciclovir, uma reação de hipersensibilidade
cruzada entre esses medicamentos é possível. Portanto, deve-se ter cautela ao prescrever ganciclovir sódico a pacientes
com hipersensibilidade conhecida a aciclovir ou penciclovir, (ou aos seus pró-fármacos, valaciclovir ou famciclovir,
respectivamente).
Mutagenicidade, teratogenicidade, carcinogenicidade, fertilidade e contracepção
Em estudos em animais, foi constatado que ganciclovir é mutagênico, teratogênico, carcinogênico e compromete a
fertilidade. Antes do início do tratamento com ganciclovir, os pacientes devem ser orientados a respeito dos possíveis riscos
ao feto e a utilizar medidas contraceptivas. Com base em estudos clínicos e não clínicos, o ganciclovir sódico pode causar
inibição temporária ou permanente da espermatogênese.
Potencial reprodutivo feminino e masculino
Fertilidade
Em estudos com animais, verificou-se que o ganciclovir sódico prejudicava a fertilidade. Em um estudo clínico, os pacientes
com transplante renal que receberam valganciclovir (pró-fármaco de ganciclovir sódico), para profilaxia de infecção por
CMV por até 200 dias, foram comparados com um grupo controle não tratado. A espermatogênese foi inibida durante o
tratamento com valganciclovir. No acompanhamento, aproximadamente seis meses após a interrupção do tratamento, a
densidade média de esperma em pacientes tratados foi comparável à observada no grupo controle não tratado. Nos pacientes
tratados com valganciclovir, todos os pacientes com densidade normal de esperma (n=7) e 8/13 pacientes com baixa
densidade de esperma no início do estudo, recuperaram as contagens normais após suspensão do tratamento. No grupo
controle, todos os pacientes com densidade normal de esperma (n=6) e 2/4 dos pacientes com baixa densidade de esperma
no início do tratamento, apresentaram densidade normal no final do acompanhamento.
Contracepção
Mulheres em idade fértil devem ser orientadas para a utilização de algum método anticoncepcional efetivo durante e por
no mínimo 30 dias após o tratamento. Recomenda-se que homens sexualmente ativos utilizem preservativo durante e por
no mínimo 90 dias após o término do tratamento, salvo se houver confirmação de que a parceira do sexo feminino não
pode engravidar.
Gravidez
A segurança de ganciclovir sódico para uso na gravidez não foi estabelecida. No entanto, ganciclovir se dispersa
rapidamente através da placenta humana. O uso de ganciclovir sódico deve ser evitado em mulheres grávidas, a não ser
que os benefícios para a mãe superem os potenciais riscos para o feto.
A segurança do uso de ganciclovir sódico durante o trabalho de parto não foi estabelecida.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
O desenvolvimento peri e pós-natal do recém-nascido não tem sido estudado com ganciclovir, mas a possibilidade de
ganciclovir ser excretado no leite materno não pode ser descartada. Dados em humanos não estão disponíveis, mas dados
em animais indicam que ganciclovir é excretado no leite de ratas lactantes. Entretanto, a decisão entre a descontinuação
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do medicamento ou da amamentação, deve ser tomada levando-se em consideração os potenciais benefícios de ganciclovir
sódico para a mãe.
Mielossupressão
O ganciclovir sódico deve ser utilizado com cautela em pacientes com citopenia hematológica preexistente ou com um
histórico de citopenia hematológica relacionada ao medicamento e em pacientes que recebem radioterapia.
Leucopenia grave, neutropenia, anemia, trombocitopenia, pancitopenia, falência da medula óssea e anemia aplástica foram
observadas em pacientes tratados com ganciclovir sódico.
A terapia com ganciclovir sódico não deve ser iniciada se a contagem absoluta de neutrófilos for inferior a 500 células/mcL
ou a contagem de plaquetas for inferior a 25.000 células/mcL ou hemoglobina menor que 8 g/dL.
Recomenda-se que o hemograma completo, incluindo contagem de plaquetas, seja monitorado em todos os pacientes
durante a terapia com ganciclovir sódico, particularmente em pacientes com comprometimento renal.
Em pacientes com leucopenia grave, neutropenia, anemia e/ou trombocitopenia, o tratamento com fatores de crescimento
hematopoiético e/ou a interrupção do tratamento é recomendada.
Cuidado ao dirigir veículos e operar máquinas
Durante o tratamento com ganciclovir sódico, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade
e atenção podem estar prejudicadas.
Não foram realizados estudos sobre o efeito na capacidade de dirigir e operar máquinas. Com base no perfil de reação
adversa, o ganciclovir pode ter uma influência menor na capacidade de dirigir e operar máquinas. Reações adversas, por
exemplo: convulsões, tonturas e confusão podem ocorrer em pacientes recebendo ganciclovir sódico. Se ocorrerem, tais
efeitos poderão alterar tarefas que necessitem de concentração, incluindo habilidade para dirigir automóveis e operar
máquinas.
Idosos
Como pacientes idosos têm disfunção renal com frequência, ganciclovir sódico deve ser administrado a pacientes idosos
com especial consideração pela sua condição renal (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Crianças
A eficácia e segurança de ganciclovir em pacientes pediátricos não estão estabelecidas, incluindo o uso de ganciclovir
sódico para tratamento de infecções congênitas ou neonatais por CMV. O uso de ganciclovir sódico em crianças requer
extremo cuidado devido ao potencial carcinogênico a longo prazo e à toxicidade na reprodução. Os benefícios do tratamento
devem ser considerados em relação aos riscos (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS -
Farmacocinética em situações clínicas especiais).
Pacientes com insuficiência renal: Em pacientes com alteração da função renal, ajustes na dose baseados no clearance de
creatinina são necessários (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR) e deve-se monitorar cuidadosamente a função
renal (creatinina sérica ou clearance de creatinina).
Dados de segurança pré-clínicos
O ganciclovir sódico foi mutagênico em células linfáticas de rato e clastogênico em células mamárias. Esses dados são
consistentes com a carcinogenicidade positiva do estudo em ratos com ganciclovir. O ganciclovir sódico é um potencial
carcinogênico.
O ganciclovir sódico causa teratogenicidade e diminuição da fertilidade em animais.
Baseado em estudos em animais em que a aspermia foi induzida pela exposição sistêmica a ganciclovir abaixo dos níveis
terapêuticos, é provável que ganciclovir possa causar inibição, temporária ou permanente, da espermatogênese humana.
Dados obtidos por meio de um modelo de placenta humana mostraram que ganciclovir atravessa a barreira placentária e
que a difusão simples é o mecanismo mais provável de transferência. Esta não era saturável acima de uma concentração
entre 1-10 mg/mL e ocorria por difusão passiva.
Até o momento, não há informações de que ganciclovir sódico possa causar doping.
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Uso com outros medicamentos
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Imipenem-cilastatina
Convulsões têm sido relatadas em pacientes que receberam ganciclovir sódico e imipenem-cilastatina concomitantemente
e uma interação farmacodinâmica entre esses dois medicamentos não pode ser descartada. Esses medicamentos não devem
ser utilizados concomitantemente, a menos que os benefícios potenciais se sobreponham aos riscos.
Zidovudina
Zidovudina e ganciclovir sódico possuem o potencial de causar neutropenia e anemia; pode haver uma interação
farmacodinâmica durante a administração concomitante desses medicamentos e alguns pacientes podem não tolerar a
terapia concomitante em uma dose completa.
Didanosina
A concentração plasmática da didanosina aumentou de forma importante quando administrada com ganciclovir sódico IV.
Em doses intravenosas de 5 e 10 mg/kg/dia, observou-se um aumento da ASC da didanosina que variou de 38% a 67%,
confirmando uma interação farmacocinética durante a administração concomitante desses medicamentos. Não há nenhum
efeito clinicamente significante na concentração de ganciclovir. Pacientes devem ser monitorados de perto quanto à
toxicidade da didanosina (por exemplo: pancreatite).
Probenecida
A probenecida administrada com ganciclovir por via oral resulta em uma diminuição importante do clearance de
ganciclovir (20%), levando a um aumento estatisticamente significante na exposição (40%). Essas alterações resultam de
uma interação entre os medicamentos com uma competição pela excreção tubular renal. Assim, os pacientes em uso de
probenecida e ganciclovir sódico devem ser monitorados de perto quanto à toxicidade de ganciclovir.
Outras possíveis interações medicamentosas
A toxicidade pode ser aumentada quando ganciclovir é administrado concomitantemente com outros medicamentos
conhecidos por serem mielossupressores ou por estarem associados ao comprometimento renal. Isso inclui análogos de
nucleosídeos (ex.: zidovudina, didanosina, estavudina), imunossupressores (ex.: ciclosporina, tacrolimo, micofenolato de
mofetila), agentes antineoplásicos (ex.: doxorrubicina, vincristina, vimblastina, hidroxiureia) e antibióticos (ex.:
trimetoprima/sulfonamidas, dapsona, anfotericina B, flucitosina, pentamidina). Portanto, esses medicamentos só devem ser
considerados para uso concomitante com ganciclovir, se os potenciais benefícios superam os riscos.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da luz.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data da fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
A solução reconstituída no frasco é estável à temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) por 12 horas. Não deve ser
refrigerada.
Após a diluição, pelo fato de ganciclovir sódico ser reconstituído em água estéril não bacteriostática, a solução de infusão
deve ser usada o mais rápido possível e dentro de 12 horas, para diminuir o risco de contaminação bacteriana.
A solução de infusão deve ser colocada na geladeira (2ºC a 8ºC). Não se recomenda congelar.
As condições informadas para o armazenamento das soluções reconstituídas e diluídas garantem somente os aspectos físico
químicos das preparações.
Do ponto de vista microbiológico elas devem ser utilizadas imediatamente e só poderão ser armazenadas conforme
condições descritas, se forem manipuladas com técnicas assépticas controladas e validadas.
A garantia das condições assépticas é de inteira responsabilidade do profissional de saúde/instituição.
Características do produto: massa liofilizada branca, isenta de partículas estranhas e, após reconstituição, solução límpida,
levemente amarelada, isenta de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR
O ganciclovir sódico deve ser administrado por infusão via intravenosa durante 1 hora.
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Métodos de preparação da solução de ganciclovir sódico
Adicionar todo o conteúdo da ampola de diluente que acompanha o medicamento* (10 mL de água estéril para injetáveis)
ao frasco-ampola de ganciclovir. Após a diluição, pelo fato de ganciclovir sódico ser reconstituído em água estéril não
bacteriostática, a solução de infusão deve ser usada o mais rápido possível e dentro de 12 horas, para diminuir o risco de
contaminação bacteriana
* ou, em caso de apresentação que não contemple o diluente, utilizar 10 mL de diluente com a mesma composição (água
estéril não bacteriostática para injetáveis).”
Reconstituição
1. O ganciclovir sódico liofilizado deve ser reconstituído injetando 10 mL de água estéril para injeção dentro do frasco.
Não usar água bacteriostática para injeção que contenha parabenos (parahidroxibenzoatos), uma vez que é incompatível
com o pó estéril de ganciclovir sódico e pode causar precipitação.
2. O frasco deve ser agitado para dissolver o medicamento.
3. A solução reconstituída deve ser inspecionada quanto à presença de partículas antes de se proceder à preparação final.
Preparação e administração da solução de infusão
Diluição
Com base no peso do paciente, calcula-se a dose apropriada e o volume que deve ser retirado do frasco (concentração 50
mg/mL) e adiciona-se a um líquido de infusão. Soro fisiológico, soro glicofisiológico 5%, solução de Ringer ou Ringer
lactato são química ou fisicamente compatíveis com ganciclovir sódico. Infusão com concentrações maiores que 10 mg/mL
não é recomendada.
O ganciclovir sódico não deve ser misturado com outros produtos intravenosos.
Manuseio
Precauções devem ser tomadas no manuseio de ganciclovir sódico.
Como ganciclovir sódico é considerado um potencial teratogênico e carcinogênico em humanos, precauções devem ser
tomadas na manipulação (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Evitar contato direto da solução reconstituída
nas ampolas de ganciclovir sódico com a pele e com as mucosas. A solução de ganciclovir sódico injetável é alcalina (pH
aproximadamente 11). Em caso de contato de ganciclovir sódico com a pele, ou membranas mucosas, lavar minuciosamente
com água e sabão. Em casos de contato com os olhos, limpar com água corrente.
Atenção: não aplicar a injeção IV rapidamente ou em bolus. A toxicidade de ganciclovir sódico pode aumentar por causa
da concentração plasmática aumentada.
Se for aplicado IM ou SC, pode resultar em grave irritação do tecido por causa do pH elevado (~11). As doses
recomendadas, frequência ou velocidade de infusão não devem ser excedidas.
Posologia
Dose padrão para tratamento da retinite por CMV
Terapia de indução: 5 mg/kg, a cada 12 horas, por 14 – 21 dias, em pacientes com função renal normal.
Tratamento de manutenção: 5 mg/kg, administradas uma vez ao dia, por sete dias/semana, ou 6 mg/kg, uma vez ao dia,
por cinco dias/semana.
Dose padrão para prevenção em receptores de transplante
Tratamento de indução: 5 mg/kg, a cada 12 horas, por 7 – 14 dias, em pacientes com função renal normal.
Tratamento de manutenção: 5 mg/kg, administradas uma vez ao dia, sete dias/semana, ou 6 mg/kg, uma vez ao dia, por
cinco dias/semana.
Dosagens especiais
• Pacientes com disfunção renal: a dose de ganciclovir sódico deve ser modificada como mostrado na tabela a seguir. O
clearance de creatinina pode ser calculado pela creatinina sérica empregando a seguinte fórmula:
Para pacientes do sexo masculino = (140 – idade [em anos]) x (peso [kg])
(72) x (0,011 x creatinina sérica [mmol/L])
Para pacientes do sexo feminino = 0,85 x valor para o sexo masculino
ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07
Clearance de creatinina
Dose de indução
Dose de manutenção
≥ 70 mL/min
5 mg/kg a cada 12 h
5 mg/kg/dia
50 – 69 mL/min
2,5 mg/kg a cada 12 h
2,5 mg/kg/dia
24 – 49 mL/min
2,5 mg/kg/dia
1,25 mg/kg/dia
10 – 24 mL/min
1,25 mg/kg/dia
0,625 mg/kg/dia
< 10 mL/min
1,25 mg/kg 3x/semana
depois da hemodiálise
0,625 mg/kg 3x/semana
depois da hemodiálise
Idosos: a dose de ganciclovir sódico deve ser ajustada considerando sua condição renal.
9. REAÇÕES ADVERSAS
Experiência dos estudos clínicos
Experiência com ganciclovir intravenoso (IV)
Não se pode excluir que os eventos adversos ocorridos com ganciclovir sódico IV possam também ocorrer com ganciclovir
oral. No entanto, tem-se que levar em consideração que a biodisponibilidade da administração intravenosa é
significativamente maior, e, além disso, alguns eventos adversos observados com ganciclovir sódico IV podem estar
relacionados com a administração parenteral.
Alterações laboratoriais observadas em pacientes HIV positivo
As alterações laboratoriais relatadas em três estudos clínicos em pacientes HIV positivo usando ganciclovir sódico
intravenoso como tratamento de manutenção para a retinite por CMV estão listadas a seguir. Cento e setenta e nove
pacientes foram elegíveis para a análise das alterações laboratoriais.
Tabela 1. Alterações laboratoriais em pacientes tratados com ganciclovir sódico intravenoso.
Alterações laboratoriais (n = 179)
Neutropenia (ANC/mm3)
< 500
25,1%
500 – < 750
14,3%
750 – < 1.000
26,3%
Anemia (hemoglobina g/dL)
< 6,5
4,6%
6,5 – < 8,0
16,0%
8,0 – < 9,5
25,7%
Trombocitopenia (plaquetas/mm3)
< 25.000
2,9%
25.000 – <50.000
5,1%
50.000 – <100.000
22,9%
Creatinina sérica (mg/dL)
> 2,5
1,7%
>1,5 – 2,5
13,9%
As reações adversas podem ser classificadas de acordo com a seguinte convenção:
Frequência de reações adversas
≥ 1/10 (> 10%)
muito comum
> 1/100 e ≤ 1/10 (> 1% e ≤ 10%)
comum
> 1/1.000 e ≤ 1/100 (> 0,1% e ≤ 1%)
incomum
> 1/10.000 e ≤ 1.000 (> 0,01% e ≤ 0,1%)
rara
≤ 1/10.000 (≤ 0,01%)
muito rara
ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07
Outros eventos adversos
Eventos adversos importantes não citados anteriormente são listados abaixo.
Sistema linfático e hematológico: esplenomegalia.
Sistema gastrintestinal: esofagite, gastrite, distúrbios gastrintestinais.
Sistêmicos: mal-estar geral.
Sistema nervoso central e periférico: amnésia, distúrbios emocionais, síndrome hipercinética, hipertonia, diminuição
da libido e contrações mioclônicas.
Sistema hepático: hepatite e icterícia.
Pele e anexos: pele seca.
Sentidos especiais: dor de ouvido, zumbido.
Sistema cardiovascular: enxaqueca, hipertensão e hipotensão.
Distúrbios metabólicos e nutricionais: edema, hipopotassemia, hipocalcemia e hiperglicemia.
Sistema urogenital: impotência e hematúria.
Sistema musculoesquelético: dor musculoesquelética.
Valganciclovir é um pró-fármaco de ganciclovir e as reações adversas associadas ao valganciclovir podem ser esperadas
com ganciclovir. Portanto, as reações adversas ao medicamento relatadas com ganciclovir IV ou oral (não disponível
atualmente) ou com valganciclovir estão incluídas na tabela de reações adversas (vide a “Tabela 2”).
Em pacientes tratados com ganciclovir/valganciclovir, as reações adversas ao medicamento mais sérias e frequentes são
reações hematológicas e incluem neutropenia, anemia e trombocitopenia.
As frequências apresentadas na tabela de reações adversas são derivadas de uma população agrupada de pacientes
infectados pelo HIV (n=1704) que receberam terapia de manutenção com ganciclovir (GAN1697, GAN1653, GAN2304,
GAN1774, GAN2226, AVI034, GAN041) ou valganciclovir (WV15376, WV15705). A exceção aplica-se para
agranulocitose, granulocitopenia e reação anafilática; as frequências dessas reações são derivadas da experiência pós-
comercialização. As frequências são apresentadas na forma de porcentagens e de categorias de frequência do CIOMS
[Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas], definidas como muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100
a < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100), rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000) e muito rara (< 1/10.000). O perfil de segurança
geral de ganciclovir/valganciclovir é consistente em populações com HIV e receptoras de transplante, com exceção de
descolamento de retina, que foi relatado somente em pacientes com HIV com retinite por CMV. No entanto, existem
algumas diferenças na frequência de determinadas reações. Ganciclovir intravenoso está associado a um risco mais baixo
de diarreia em comparação com valganciclovir oral. Pirexia, infecções por candida, depressão, neutropenia grave (ANC
< 500 µL) e reações cutâneas são relatadas com mais frequência em pacientes com HIV. Disfunções renal e hepática são
relatadas com mais frequência em receptores de transplante de órgão.
Tabela 2. Frequência das reações adversas de ganciclovir/valganciclovir reportadas em pacientes com HIV que
receberam terapia de manutenção (n=1704).
RAM
(MedDRA)
Classe de Sistema de Órgãos
Porcentagem
Categoria de
Frequência
Infecções e infestações:
Infecções por Candida, incluindo candidíase oral
22,42%
Muito comum
Infecção do trato respiratório superior
16,26%
Sepse
6,92%
Comum
Gripe
3,23%
Infecção do trato urinário
2,35%
Celulite
1,47%
Distúrbios do sangue e do sistema linfático:
Neutropenia
26,12%
Muito comum
Anemia
19,89%
Trombocitopenia
7,34%
Comum
Leucopenia
3,93%
Panitopenia
1,06%
Falência da medula óssea
0,29%
Incomum
Anemia aplástica
0,06%
Rara
Agranulocitose*
0,02%
ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07
Granulocitopenia*
0,02%
Distúrbios do sistema imunológico
Hipersensibilidade
1,12%
Comum
Reação anafilática*
0,02%
Rara
Distúrbios do metabolismo e da nutrição:
Redução de apetite
12,09%
Muito comum
Redução de peso
6,46%
Comum
Transtornos psiquiátricos:
Depressão
6,69%
Comum
Estado de confusão
2,99%
Ansiedade
2,64%
Agitação
0,59%
Incomum
Transtorno psicótico
0,23%
Pensamento anormal
0,18%
Alucinações
0,18%
Distúrbios do sistema nervoso:
Cefaleia
17,37%
Muito comum
Insônia
7,22%
Comum
Neuropatia periférica
6,16%
Tontura
5,52%
Parestesia
3,58%
Hipoestesia
2,58%
Convulsão
2,29%
Digeusia (distúrbio do paladar)
1,35%
Tremor
0,88%
Incomum
Distúrbios oculares:
Comprometimento visual
7,10%
Comum
Descolamento de retina**
5,93%
Moscas volantes
3,99%
Dor ocular
2,99%
Conjuntivite
1,58%
Edema macular
1,06%
Distúrbios do ouvido e do labirinto:
Dor de ouvido
1,17%
Comum
Surdez
0,65%
Incomum
Distúrbios cardíacos:
Arritmias
0,47%
Incomum
Distúrbios vasculares:
Hipotensão
2,05%
Comum
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais:
Tosse
18,31%
Muito comum
Dispneia
11,80%
Distúrbios gastrintestinais:
Diarreia
34,27%
Muito comum
Náusea
26,35%
Vômito
14,85%
Dor abdominal
10,97%
Dispesia
4,81%
Comum
Flatulência
4,58%
Dor abdominal superior
4,58%
Constipação
3,70%
Ulceração na boca
3,17%
Disfagia
2,93%
Distensão abdominal
2,41%
Pancreatite
1,64%
Distúrbios hepatobiliares:
ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07
Aumento da fosfatase alcalina sanguínea
3,58%
Comum
Função hepática anormal
3,23%
Aumento de aspartato aminotransferase
1,88%
Aumento de alanina aminotransferase
1,23%
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo:
Dermatite
11,80%
Muito comum
Sudorese noturna
7,92%
Comum
Prurido
4,58%
Erupção cutânea
2,52%
Alopecia
1,29%
Pele seca
0,94%
Incomum
Urticária
0,70%
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:
Dor nas costas
4,46%
Comum
Mialgia
3,52%
Artralgia
3,35%
Espasmos musculares
2,99%
Distúrbios renais e urinários:
Comprometimento renal
2,52%
Comum
Redução do clearance de creatinina renal
2,35%
Aumento de creatinina sanguínea
1,88%
Insuficiência renal
0,76%
Incomum
Hematúria
0,70%
Distúrbios do sistema reprodutor e da mama:
Infertilidade masculina
0,23%
Incomum
Distúrbios gerais e condições no local de administração:
Pirexia
33,51%
Muito comum
Fadiga
18,96%
Reação no local da injeção
6,98%
Comum
Dor
5,81%
Calafrios
5,40%
Mal-estar
2,11%
Astenia
2,00%
Dor torácica
0,88%
Incomum
* As frequências dessas reações adversas são derivadas da experiência pós-comercialização.
** Descolamento de retina foi relatado somente em estudos em pacientes com AIDS tratados com ganciclovir sódico para
retinite por CMV.
Descrição de reações adversas selecionadas
Neutropenia
O risco de neutropenia não é previsível com base no número de neutrófilos antes do tratamento. A neutropenia ocorre
geralmente durante a primeira ou segunda semana da terapia de indução. A contagem de células é em geral normalizada
no período de 2 a 5 dias após a descontinuação do medicamento ou a redução da dose (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES).
Trombocitopenia
Pacientes com baixas contagens de plaquetas (< 100.000 /µL) no período basal apresentam um risco maior de desenvolver
trombocitopenia. Pacientes com imunossupressão iatrogênica decorrente do tratamento com medicamentos
imunossupressores estão em risco mais elevado de trombocitopenia do que os pacientes com AIDS (vide item 5.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). A trombocitopenia grave pode estar associada a sangramento de possível ameaça
à vida.
Experiência após o lançamento de ganciclovir sódico
Os relatórios de segurança de pós-comercialização são consistentes com dados de segurança de ensaios clínicos com
ganciclovir/valganciclovir, vide “Tabela 2”.
ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07
Em caso de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
10. SUPERDOSE
A superdose com ganciclovir IV, alguns casos com desfechos fatais, tem sido relatada nos estudos clínicos e durante a
experiência após o lançamento. Em alguns casos, nenhum evento adverso foi relatado. A maioria dos pacientes apresentou
um ou mais dos seguintes eventos adversos:
Toxicidade hematológica: mielossupressão, incluindo pancitopenia, falência da medula óssea, leucopenia, neutropenia
e granulocitopenia.
Hepatotoxicidade: hepatite e alterações da função hepática.
Toxicidade renal: lesão renal aguda, elevação da creatinina e piora da hematúria em pacientes com lesão renal
preexistente.
Toxicidade gastrintestinal: dor abdominal, diarreia e vômitos.
Neurotoxicidade: convulsão e tremores generalizados.
A hemodiálise e hidratação podem ser úteis na redução das concentrações plasmáticas sanguíneas dos pacientes que
receberam uma superdose de ganciclovir (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Farmacocinética
em situações clínicas especiais).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
M.S.: 1.0043.0762
Farm. Resp.: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
USO RESTRITO A HOSPITAIS.
Esta bula foi aprovada pela Anvisa em 18/09/2017.
Fabricado e Registrado por:
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.
Rod. Pres. Castello Branco, km 35,6 - Itapevi - SP
CNPJ: 61.190.096/0001-92
Indústria Brasileira
ganciclovir sódico_po liof sol inj_VPS_V07
Histórico de Alteração da Bula
Dados da submissão eletrônica
Dados da petição/notificação que altera bula
Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
N
o do
expediente
Assunto
Data do
expediente
N
o do
expediente
Assunto
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/
VPS)
Apresentaçõe
s relacionadas
14/08/2015
0721039/15-6
10459 –
GENÉRICO –
Inclusão Inicial
de Texto de
Bula – RDC
60/12
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Não aplicável
VPS
Pó liofilizado
500 mg
50 frascos
12/07/2016
2062599/16-5
10452 –
GENÉRICO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Dizeres Legais
VPS
Pó liofilizado
500 mg
50 frascos
07/07/2017
1391466/17-9
10452 –
GENÉRICO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Características
farmacológicas
Contraindicações
Advertências e
precauções
Interações
medicamentosas
Reações adversas
Superdose
VPS
Pó liofilizado
500 mg
50 frascos
30/11/2017
2249150/17-3
10452 –
GENÉRICO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
5. Advertências e
Precauções
9. Reações
adversas
10. Superdose
VPS
Pó liofilizado
500mg
50 frascos
01/04/2021
1252664/21-9
10452 –
GENÉRICO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Apresentações
7. Cuidados de
armazenamento
do medicamento
8. Posologia e
modo de usar
VPS
Pó liofilizado
500mg
50 frascos
Não aplicável
Não aplicável
10452 –
GENÉRICO –
Notificação de
Alteração de
Texto de Bula –
RDC 60/12
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Não
aplicável
Dizeres legais
VPS
Pó liofilizado
500mg
50 frascos