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Gésico Duo 

 

(cloridrato de tramadol + paracetamol) 

 
 

Bula para profissional de saúde 

Comprimidos  

37,5 mg de cloridrato de tramadol + 325,0 mg de paracetamol 

 

 

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Gésico Duo_com_VPS_V7   

                           

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 
 

Gésico Duo  

cloridrato de tramadol + paracetamol  

  

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA 

  

APRESENTAÇÃO  

Comprimido revestido de 37,5 mg de cloridrato de tramadol + 325,0 mg de paracetamol, em embalagem com 10 ou 20. 
 
USO ORAL/ USO ADULTO   
  
COMPOSIÇÃO  
Cada comprimido revestido contém:  
cloridrato de tramadol....................................................................................................................................37,5 mg 
paracetamol..................................................................................................................................................325,0 mg 
excipientes* q.s.p. ................................................................................................................1 comprimido revestido  
  
* amido, povidona, crospovidona, ácido esteárico, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de 
magnésio, macrogol, triglicérides cáprico caprílico, polidextrose, hipromelose, copovidona, dióxido de titânio e óxido 
de ferro amarelo.  

 
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 
1. INDICAÇÕES 
Gésico Duo (cloridrato de tramadol + paracetamol) é indicado para dores moderadas a severas de caráter agudo, subagudo 
e crônico.  
 
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA  
Estudos de dose única  
Em estudos duplo-cegos controlados por placebo e ativo, de grupos paralelos, de dose única e com desenho fatorial, dois 
comprimidos de cloridrato de tramadol + paracetamol administrados em pacientes com dor após procedimentos cirúrgicos 
orais proporcionaram melhor alívio do que o placebo ou até mesmo que uma mesma dose dos componentes ativos isolados. 
O início do alívio da dor após a administração de cloridrato de tramadol + paracetamol foi mais rápido que o tramadol 
isolado. O início da analgesia ocorreu em menos de uma hora. A duração do alívio da dor após administração de cloridrato 
de tramadol + paracetamol foi maior que a do paracetamol isolado. A analgesia foi, em geral, comparável ao ibuprofeno, o 
comparador. Em outro estudo de dose única em indivíduos com dor houve uma dose-resposta estatisticamente significativa 
para  o  alívio  da  dor  proveniente  de  procedimentos  cirúrgicos  orais  em  relação  ao  placebo;  37,5  mg  de  cloridrato  de 
tramadol/325 mg de paracetamol; e 75 mg de cloridrato de tramadol/650 mg de paracetamol.  
  
Estudos para o tratamento de dor aguda  
O  estudo  CAPSS-105  avaliou  a  segurança  e  eficácia  de  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  no  tratamento  de  crises 
dolorosas de osteoartrite no joelho e quadril. Todos os 308 indivíduos randomizados foram incluídos na população a ser 
tratada  (intenção  de  tratamento)  e  na  população  a  ser  avaliada  quanto  à  segurança.  Desses  indivíduos,  197  foram 
randomizados com cloridrato de tramadol/paracetamol (102 com 37,5 mg de cloridrato de tramadol/325 mg de paracetamol; 
95  com  75  mg  de  cloridrato  de  tramadol/  650  mg  de  paracetamol  para  a  dose  inicial)  e  111  foram  randomizados  com 
placebo. Os grupos de tratamento foram semelhantes em relação às características demográficas, como sexo e idade. A 
maioria  dos  indivíduos  teve  o  joelho  designado  como  articulação  alvo  do  estudo  (77,9%).  Após  uma  dose  inicial,  os 
indivíduos  receberam  1  a  2  comprimidos  de  37,5  mg  de  cloridrato  de  tramadol/325  mg  de  paracetamol  ou  placebo 
correspondente a cada 4 a 6 horas, conforme necessário. Em geral, o cloridrato de tramadol/paracetamol foi mais efetivo 
que o placebo em ajudar os indivíduos em gerenciar as crises dolorosas de osteoartrite. Durante os Dias 1 ao 5, o cloridrato 
de  tramadol/paracetamol  foi  significativamente  mais  efetivo  que  o  placebo  em  diminuir  a  média  diária  do  Escore  de 
Intensidade da Dor (p < 0,001) e em aumentar a média diária do Escore para Alívio da Dor (p < 0,001).  
O estudo CAPSS-115 comparou o cloridrato de tramadol/paracetamol e paracetamol/codeína em indivíduos com dor pós-
cirúrgica  (ortopédica  ou  abdominal).  De  306  indivíduos  randomizados,  98  foram  randomizados  com  cloridrato  de 

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Gésico Duo_com_VPS_V7   

                           

tramadol/paracetamol,  99  com  placebo  e  109  com  paracetamol  com  fosfato  de  codeína  (30  mg).  Não  houve  diferenças 
clinicamente significativas entre os três grupos de tratamento para qualquer característica demográfica ou de linha de base. 
O  cloridrato de tramadol/paracetamol foi  estatisticamente superior  ao placebo para todas as três variáveis primárias, ou 
seja, TOTPAR (alívio total da dor) (p = 0,004), SPID (soma da diferença da intensidade da dor) (p = 0,015) e SPRID (soma 
do total de alívio da dor e soma das diferenças da intensidade da dor) (p = 0,005).  
  
Estudos de tratamento de dor crônica  
Os comprimidos de cloridrato de tramadol + paracetamol (37,5 mg de cloridrato de tramadol/325 mg de paracetamol) foram 
avaliados em três estudos controlados por placebo, em 960 pacientes com osteoartrite do quadril e joelho, e dor lombar.  
Cada estudo controlado por placebo iniciou com um período de titulação de dose de aproximadamente 10 dias, seguidos 
por uma fase de manutenção com doses de 1 a 2 comprimidos (37,5 mg de tramadol/325 mg de paracetamol para 75 mg de 
tramadol/650 mg de paracetamol) a cada 4 a 6 horas, não excedendo o máximo de 8 comprimidos ao dia. Todos os três 
estudos tiveram uma duração de tratamento de 90 dias. A dose diária média de cloridrato de tramadol + paracetamol para 
os estudos controlados variou de 4,1 para 4,2 comprimidos.  
  
Dores de osteoartrite (CAPSS-114) e dor lombar (TRP-CAN-1 e CAPSS-112)  
Todos os três estudos tiveram a intensidade final da dor medida pela Escala Visual Analógica da Dor (100 mm) (VAS) 
como desfecho primário (veja Tabela 1 a seguir).  
  
CAPSS-114:   
O estudo CAPSS-114 incluiu 306 indivíduos que tiveram osteoartrite sintomática durante pelo menos 1 ano e continuaram 
a ter ao menos dor moderada devido à osteoartrite (≥ 50/100 mm na VAS) apesar do tratamento com doses estabelecidas 
de celecoxibe (≥ 200 mg/dia) ou rofecoxibe (25 mg/dia) por pelo menos 2 semanas. Nenhuma outra medicação para dor ou 
outro tratamento que não fosse o medicamento estudado e os inibidores seletivos da COX-2 foram permitidos durante o 
andamento do estudo. Os indivíduos tratados com cloridrato de tramadol + paracetamol receberam uma média de 155 mg 
de tramadol/1346 mg de paracetamol durante o período de estudo.  
  
CAPSS-112 e TRP-CAN-1:  
Nos estudos CAPSS-112 e TRP-CAN-1 foram incluídos 654 pacientes com dor lombar crônica que foi  suficientemente 
grave para requerer medicação diariamente nos três meses anteriores e ao menos dor moderada (40/100 mm) na VAS. A 
média  diária  de  doses  de  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  para  CAPSS-112  e  TRP-  CAN-1  foi  159  mg  de 
tramadol/1391 mg de paracetamol e 158 mg de tramadol/1369 mg de paracetamol, respectivamente.  
 
 Tabela 1: Intensidade final da dor medida pela Escala Visual Analógica (100 mm), estudos de longa duração de dor de 
osteoartrite (CAPSS-114), dor lombar (TRP-CAN-1 e CAPSS-112) 
 

Nº do 

estudo 

Idade média em 

anos  (Faixa) 

Desfecho primário 

Teste 

Comparador 

  
   

 

 

cloridrato de tramadol + 

paracetamol 

Placebo 

 

PRI/TRPCAN-1 

55,7 (22-76) 

Intensidade Final da Dor 

(100 mm VAS) 

 

 

Linha de base 

 

67,9±14,95 

67,6±15,53 

Final 

 

47,4±31,39 

62,9±27,50 

 

 

cloridrato de tramadol + paracetamol vs. Placebo, 

p<0,001 

CAPSS- 

112 

57,5 (25-82) 

 
 

Intensidade  

Final 

Dor (100 mm VAS) 

da 

 

 

Linha de Base 

 

71,1±14,54 

68,8±14,87 

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A média dos Escores de Intensidade Final da Dor com três meses de tratamento estão apresentadas na Figura 1 a seguir.  
 
Figura 1: Média da intensidade final da dor com três meses de tratamento vs. Dor final na Escala Visual Analógica. 
 

 

 
Referências bibliográficas:  

1. 

Medve RA, Wang J, Karim R. Tramadol and acetaminophen tablets for dental pain. Anesth Prog. 2001;48(3):79-

81.  
2. 

Fricke JR Jr, Karim R, Jordan D, Rosenthal N. A double-blind, single-dose comparison of the analgesic efficacy 

of tramadol/acetaminophen combination tablets, hydrocodone/acetaminophen combination tablets, and placebo after oral 
surgery. Clin Ther. 2002;24(6):953-968.  
3. 

Silverfield JC, Kamin M, Wu S-C, Rosenthal N. Tramadol/acetaminophen combination tablets for the treatment 

of osteoarthritis flare pain: a multicenter, outpatient, randomized, double-blind, placebo-controlled, parallel-group, add-
on study. Clin Ther. 2002;24(2):282-297.  
4. 

Rosenthal NR, Silverfield JC, Wu SC, Jordan D, Kamin M. Tramadol/acetaminophen combination tablets for the 

treatment of pain associated with osteoarthritis flare in an elderly patient population. J Am Geriatr Soc 2004, 52:374-380.  
5. 

Smith AB, Ravikumar TS, Kamin M, Jordan D, Xiang J, Rosenthal N et al. Combination tramadol plus 

acetaminophen for postsurgical pain. The American Journal of Surgery. 2004; 187:521-527.  
6. 

Bourne, MH, Rosenthal NR, Xiang J, Jordan D, Kamin M. Tramadol/acetaminophen (ULTRACET®) tablets in 

the treatment of postsurgical orthopedic pain. Am J Orthoped. Dec 2005; 34(12):592-597.  
7. 

Emkey R, Rosenthal N, Wu SC, Jordan D, Kamin M. for the CAPSS-114 Study Group. Efficacy and safety of 

tramadol/acetaminophen tablets (ULTRACET®) as add-on therapy for osteoarthritis pain in subjects receiving a COX-2 
nonsteroidal antiinflammatory drug: a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled trial. Journal of 
Rheumatology. 2004; 31(1): 150-156.  
8. 

Ruoff GE, Rosenthal N, Jordan D, Karim R,, Kamin M. Tramadol/Acetaminophen combination tablets for the 

treatment of chronic lower back pain. Clin. Ther. 2003; 25(4): 1123-1141.  

Final 

 

44,4±30,59 

52,3±29,11 

 

 

cloridrato de tramadol + paracetamol vs. Placebo, 

p=0,015 

CAPSS- 

114 

49,6 (19-75) 

Intensidade  

Final 

Dor (100 mm VAS) 

da 

 

 

Linha de Base 

 

69,0±12,52 

69,5±13,17 

Final 

 

41,5±26,0 

48,3±26,63 

 

 

cloridrato de tramadol + paracetamol vs. Placebo, 

p=0,025 

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Gésico Duo_com_VPS_V7   

                           

9. 

Peloso PM, Fortin L, Beaulieu A, Kamin M, Rosenthal N. on behalf of the Protocol TRP-CAN-1 Study Group. 

Analgesic efficacy and safety of tramadol/acetaminophen combination tablets (ULTRACET®) in treatment of chronic 
low back pain: a multicenter, outpatient, randomized, double blind, placebo controlled trial. J Rheumatol. 2004; 
31(12):2454-2463.  

 
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 
 
Propriedades Farmacodinâmicas  
O tramadol é um analgésico sintético de ação central. Embora o seu modo de ação não seja totalmente conhecido, a partir 
de testes em animais pelo menos dois mecanismos complementares parecem aplicáveis: ligação do fármaco e do 
metabólito M1 aos receptores de µ-opioide e inibição fraca da recaptação da norepinefrina e da serotonina.  
O paracetamol é outro analgésico de ação central. Embora o sítio e os mecanismos de ação exatos não estejam claramente 
definidos, parece que o paracetamol produz analgesia através da elevação do limiar da dor. O mecanismo potencial pode 
envolver inibição da via do óxido nítrico mediada por uma variedade de receptores de neurotransmissores incluindo N-
metil-D-aspartato e Substância P.  
Quando avaliada em modelo animal padrão, a combinação de tramadol e paracetamol exibiu um efeito sinérgico. Isto é, 
quando tramadol e paracetamol são administrados em conjunto, uma quantidade significativamente menor de cada 
fármaco foi necessária para produzir um determinado efeito analgésico que seria esperado se seus efeitos fossem 
meramente aditivos. O tramadol atinge atividade de pico em 2 a 3 horas com um efeito analgésico prolongado, de forma 
que a sua combinação com paracetamol, um agente analgésico de início de ação rápido e de curta duração, fornece 
benefício substancial aos pacientes em relação aos componentes isolados.  
  
Propriedades Farmacocinéticas  
Geral  
O tramadol é administrado sob a forma de racemato e tanto a forma (-) como a (+) do tramadol e do metabólito M1 são 
detectadas na circulação. A farmacocinética do tramadol e do paracetamol no plasma, após administração oral de um 
comprimido de cloridrato de tramadol + paracetamol (37,5 mg /325 mg) é apresentada na Tabela 2. Embora o tramadol 
seja absorvido rapidamente após a administração, a sua absorção é mais lenta (e a meia-vida mais longa) quando 
comparado ao paracetamol.  
Após dose oral única da combinação de tramadol e paracetamol (37,5 mg/325,0 mg), concentrações plasmáticas de pico 
de 64,3 ng/mL / 55,5 ng/mL de (+) tramadol/(-) tramadol e 4,2 mcg/mL de paracetamol são alcançadas após 1,8 horas e 
0,9 hora respectivamente. As médias das meias-vidas de eliminação (t1/2) são 5,1 h / 4,7 h para (+) tramadol / (-) tramadol 
e 2,5 horas para o paracetamol.  
Estudos farmacocinéticos de dose única e múltipla realizados com cloridrato de tramadol + paracetamol em voluntários 
não mostraram interações medicamentosas significativas entre tramadol e paracetamol.  

 

Tabela 2.  

Resumo dos Parâmetros Farmacocinéticos da Média (± DP) dos Enantiômeros (+)- e (-) do tramadol e M1 e 
paracetamol após uma Dose Única oral de um Comprimido de tramadol/paracetamol (37,5 mg/325 mg) em 
Voluntários  

 

Parâmetroa 

(+)-tramadol 

(-)-tramadol 

(+)-M1 

(-)-M1 

Paracetamol 

Cmáx (ng/mL) 

64,3 

(9,3) 

55,5 

(8,1) 

10,9 

(5,7) 

12,8 

(4,2) 

4,2 

(0,8) 

tmáx (h) 

1,8 

(0,6) 

1,8 

(0,7) 

2,1 

(0,7) 

2,2 

(0,7) 

0,9 

(0,7) 

CL/F (mL/min) 

588 

(226) 

736 

(244) 

365 

(84) 

t1/2 (h) 

5,1 

(1,4) 

4,7 

(1,2) 

7,8 

(3,0) 

6,2 

(1,6) 

2,5 

(0,6) 

a Para paracetamol, Cmáx foi medido como mcg/mL.   
 
Absorção 
O cloridrato de tramadol apresenta biodisponibilidade absoluta média de aproximadamente 75% após a administração de 
uma única dose oral de tramadol comprimido de 100 mg. A concentração plasmática máxima média de tramadol racêmico 
e M1 após administração de dois comprimidos de cloridrato de tramadol + paracetamol ocorre aproximadamente duas e 
três horas, respectivamente, após a dose em adultos saudáveis. A absorção oral de paracetamol após a administração de 
cloridrato de tramadol + paracetamol é rápida e quase completa e ocorre, principalmente, no intestino delgado. O pico de 
concentração plasmática do paracetamol ocorre dentro de 1 hora e não é afetado pela coadministração com tramadol.  
  
Efeito da alimentação   

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Gésico Duo_com_VPS_V7   

                           

A administração oral de cloridrato de tramadol + paracetamol com alimentos não afeta de forma significativa a concentração 
plasmática  máxima  ou  a  extensão  de  absorção  de  tramadol  ou  paracetamol,  de  modo  que  o  cloridrato  de  tramadol  + 
paracetamol pode ser tomado independentemente das refeições.  
 
Distribuição  
Após  dose  intravenosa  de  100  mg,  o  volume  de  distribuição  de  tramadol  foi  2,6  e  2,9  L/kg  em  homens  e  mulheres, 
respectivamente.  A  ligação  de  tramadol  às  proteínas  plasmáticas  é  aproximadamente  20%  e  a  ligação  parece  ser 
independente da concentração até 10 mcg/mL. A saturação da ligação à proteína plasmática ocorre apenas em concentração 
fora da faixa clinicamente relevante. O paracetamol parece ser amplamente distribuído para a maioria dos tecidos, exceto 
para  a  gordura.  O  seu  volume  de  distribuição  aparente  é  0,9  L/kg.  Uma  porção  relativamente  pequena  (~20%)  do 
paracetamol liga-se às proteínas plasmáticas.  
  
Metabolismo  
Os  perfis  de  concentração  plasmática  de  tramadol  e  seu  metabólito  M1  medidos  após  a  administração  de  cloridrato  de 
tramadol  +  paracetamol  em  voluntários,  não  mostraram  alteração  significativa  comparado  à  administração  de  tramadol 
isolado.  
Aproximadamente 30%  da  dose  é  excretada  na  urina  como  fármaco  inalterado,  enquanto  que  60% da  dose  é  excretada 
como metabólitos. As principais vias metabólicas parecem ser a N- e a O-desmetilação e a glicuronidação ou sulfatação no 
fígado.  O  tramadol  é  extensivamente  metabolizado  por  diversas  vias,  incluindo  a  CYP2D6.  Os  pacientes  que  são 
metabolizadores ultrarrápidos através da CYP2D6 podem converter tramadol no seu metabólito ativo (M1) de maneira mais 
rápida e completa do que outros pacientes. A prevalência deste genótipo CYP2D6 varia de acordo com a população e tem 
sido relatada na literatura de 1% a 10% em afroamericanos, americanos caucasianos, asiáticos e europeus (incluindo estudos 
específicos em gregos, húngaros e europeus do Norte) até cifras tão altas quanto 29% em africanos / etíopes.  
Aproximadamente 7% da população tem atividade reduzida da isoenzima CYP2D6 do citocromo P450 e são considerados 
“metabolizadores pobres” de debrisoquina, dextrometorfano, antidepressivos tricíclicos, entre outros medicamentos. Após 
uma dose oral única de tramadol, as concentrações de tramadol foram apenas ligeiramente maiores em “metabolizadores 
pobres” em relação aos “metabolizadores extensivos”, enquanto que as concentrações de M1 foram menores.  
O  paracetamol  é  metabolizado  principalmente  no  fígado  pela  cinética  de  primeira  ordem  e  envolve  3  vias  principais 
separadas: a) conjugação com glicuronídeo; b) conjugação com sulfato e c) oxidação via citocromo, P450-dependente, via 
enzima oxidase de função mista para formar um metabólito intermediário reativo, o qual se conjuga com glutationa e é 
metabolizado para formar cisteína e conjugados do ácido mercaptúrico. A principal isoenzima do citocromo P450 envolvida 
parece ser a CYP2E1, com vias adicionais da CYP1A2 e CYP3A4.  
Em adultos, a maior parte do paracetamol é conjugada com ácido glicurônico, e em menor extensão, com sulfato. Estes 
metabólitos  derivados  de  glicuronídeo,  sulfato  e  glutationa  não  têm  atividade  biológica.  Em  bebês  prematuros,  recém-
nascidos e crianças pequenas, o conjugado de sulfato predomina.  
  
Excreção  
O tramadol e seus metabólitos são eliminados principalmente pelo rim. As meias-vidas de eliminação do tramadol racêmico 
e de M1 são aproximadamente 6 e 7 horas, respectivamente. A meia-vida de eliminação plasmática do tramadol racêmico 
aumentou de aproximadamente 6 para 7 horas com doses múltiplas.  
A meia-vida do paracetamol é cerca de 2 a 3 horas em adultos, sendo um pouco mais curta em crianças e um pouco mais 
longa em recém-nascidos e pacientes cirróticos. O paracetamol é eliminado principalmente pela formação de conjugados 
de glicuronídeo e sulfato de maneira dose-dependente. Menos de 9% do paracetamol é excretado inalterado na urina. 
 
Informação não-clínica  
Combinação de tramadol/paracetamol  
Não há estudos em animais (in vivo) ou em laboratório (in vitro) sobre o produto (tramadol e paracetamol) para avaliar a 
carcinogênese, mutagênese ou comprometimento da fertilidade.  
Não foram observados efeitos teratogênicos relacionados à droga na progênie de ratos tratados oralmente com a combinação 
de tramadol e paracetamol durante a gravidez. O produto tramadol/paracetamol mostrou ser embriotóxico e fetotóxico em 
ratos  com  uma  dose  maternalmente  tóxica  (50/434  mg/kg  de  tramadol/paracetamol)  1,6  vezes  a  dose  diária  máxima 
recomendada  em  humanos  de  300  mg  para  tramadol  e  2600  mg  para  paracetamol  (baseado  na  comparação  da  área 
superficial  corporal),  mas  não  foi  teratogênica  com  este  nível  de  dose.  A  toxicidade  embrionária  e  fetal  consistiu  em 
diminuição do peso fetal e aumento de costelas supranumerárias. Doses maternalmente tóxicas menores e menos graves 

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(10/87 e 25/217 mg/kg de tramadol/paracetamol), correspondentes à 0,3 e 0,8 vezes a dose diária máxima recomendada em 
humanos, não produziram toxicidade embrionária ou fetal.  
  
Paracetamol  
Carcinogenicidade e Mutagenicidade  
Muitos estudos in vivo e in vitro de clastogenicidade (micronúcleos, aberrações cromossômicas e trocas entre cromátides 
irmãs)  foram  realizados  com  paracetamol.  Entretanto,  resultados  positivos,  ou  seja,  com  evidência  de  potencial 
carcionagênico/mutagênico, foram encontrados apenas em doses ou concentrações muito acima dos níveis citotóxicos em 
estudos que foram conduzidos adequadamente. 
 
Efeito na reprodução  
Em um estudo de reprodução contínua, camundongos grávidos receberam 0,25, 0,5 ou 1,0% de paracetamol por meio da 
dieta  (357,  715  ou  1430  mg/kg/dia).  Essas  doses  são  aproximadamente  0,7,  1,3  e  2,7  vezes  a  dose  diária  máxima 
recomendada em humanos, respectivamente, baseado na comparação da área superficial corporal. Uma redução relacionada 
a dose nos pesos corporais da prole da quarta e quinta ninhada do par de acasalamento tratado ocorreu durante a lactação e 
após o desmame em todas as doses. Os animais no grupo de alta dose tiveram um número reduzido de ninhadas por par de 
acasalamento,  descendentes  machos  com  uma  porcentagem  aumentada  de  espermatozoides  anormais  e  pesos  de 
nascimentos reduzidos nos filhotes da geração seguinte.  
  
Fertilidade  
Em estudos de paracetamol conduzidos pelo National Toxicology Program, avaliações da fertilidade foram realizados em 
camundongos da linhagem Swiss (suíços) por meio de um estudo de reprodução contínua. Não houve efeitos nos parâmetros 
em camundongos recebendo até 2,7 vezes a dose diária máxima recomendada em humanos de paracetamol, baseada na 
comparação da área superficial corporal. Embora não houve efeito na motilidade ou densidade do esperma no epidídimo, 
houve um aumento significante na porcentagem de esperma anormal em camundongos recebendo 2,7 vezes a dose diária 
máxima recomendada em humanos (baseada na comparação da área superficial corporal) e houve uma redução no número 
de pares de acasalamento produzindo uma quinta ninhada nesta dose, sugerindo o potencial de toxicidade cumulativa com 
a administração crônica de paracetamol próximo ao limite superior da dose diária.  
  
Cloridrato de tramadol  
Carcinogenicidade e Mutagenicidade  
Observou-se um pequeno  aumento,  mas  estatisticamente significativo, em dois tumores  murinos  comuns, pulmonares e 
hepáticos, num estudo de carcinogenicidade em camundongos, particularmente em camundongos idosos (dose oral até 30 
mg/kg, correspondente a 0,5 vezes a dose diária máxima recomendada em humanos) durante aproximadamente dois anos. 
Este achado não indica risco em humanos. Nenhum desses achados ocorreu em um outro estudo de carcinogenicidade em 
ratos avaliados por 2 anos com doses orais de 30 mg/kg, correspondente à dose diária máxima recomendada em humanos.  
O tramadol não foi mutagênico nos seguintes ensaios: teste de ativação microssomal de Ames Salmonella, ensaio de células 
de mamíferos CHO/HPRT, ensaio de linfoma de camundongos (na ausência de ativação metabólica), testes de mutação 
letal dominante em camundongos, teste de aberração cromossômica em hamsters chineses e testes de micronúcleo medula 
em camundongos e hamsters chineses.  
Ocorreram resultados mutagênicos fracos na presença de ativação metabólica no ensaio de linfoma em camundongos e no 
teste do micronúcleo em ratos. Em geral, o peso da evidência desses testes indica que o tramadol não representa um risco 
genotóxico para humanos.  
  
Fertilidade  
Não foram observados efeitos na fertilidade para o tramadol a níveis de dose oral até 50 mg/kg em ratos machos e 75 mg/kg 
em ratos fêmeas.  
Essas doses são 1,6 e 2,4 vezes a dose diária máxima recomendada em humanos baseada na comparação da área superficial 
corporal.  
  
Efeito na reprodução  
O tramadol foi avaliado em estudos peri e pós-natais em ratos. A progênie de mães de que receberam doses orais (gavagem) 
de  50  mg/kg  (1,6  vezes  a  dose  diária  máxima  recomendada  em  humanos  baseada  na  comparação  da  área  superficial 
corporal) ou mais tiveram pesos diminuídos e a sobrevivência das crias diminuiu no início da lactação a 80 mg/kg (2,6 

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vezes  a  dose  diária  máxima  recomendada  em  humanos  baseada  na  comparação  da  área  superficial  corporal).  Não  foi 
observada toxicidade para progênie de  mães  recebendo 8, 10, 20, 25 ou 40 mg/kg (até 1,3 vezes  a dose diária máxima 
recomendada baseada na comparação da área superficial corporal). Toxicidade materna foi observada em todos os níveis 
de dose de tramadol neste estudo, mas os efeitos sobre a progênie foram evidentes apenas em níveis mais altos de dose 
onde a toxicidade materna era mais severa.  
 
4. CONTRAINDICAÇÕES 
Este medicamento é contraindicado:  
- em pacientes que demonstraram previamente hipersensibilidade ao tramadol, paracetamol ou a qualquer componente da 
fórmula deste produto ou aos opioides;  
-  em  casos  de  intoxicações  agudas  pelo  álcool,  hipnóticos,  narcóticos,  analgésicos  de  ação  central,  opioides  ou 
psicotrópicos;  
- em pacientes em tratamento com inibidores da monoaminoxidase (MAO) ou tratados com estes agentes nos últimos 14 
dias;  
- em pacientes com depressão respiratória significativa (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).  
 
Atenção: Contém o corante óxido de ferro amarelo que pode, eventualmente, causar reações alérgicas. 
 
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 
 
Convulsões  
Convulsões  foram  relatadas  em  pacientes  recebendo  tramadol  na  dose  recomendada.  Relatos  espontâneos  pós-
comercialização  indicam  que  o  risco  de  convulsões  aumenta  com  doses  de  tramadol  acima  das  recomendadas.  O  uso 
concomitante de tramadol aumenta o risco de convulsões em pacientes tomando medicamentos serotoninérgicos, incluindo: 
  

inibidores seletivos da recaptação da serotonina (antidepressivos  ISRS ou anoréticos);  

antidepressivos tricíclicos (ATCs) e outros compostos tricíclicos (ex.: ciclobenzaprina, prometazina, etc) ou;  

 opioides. 

  
A administração de tramadol pode aumentar o risco de convulsão em pacientes tomando inibidores da monoaminoxidase 
(IMAOs), neurolépticos ou outros fármacos que reduzem o limiar convulsivo.  
 
O  risco  de  convulsões  também  pode  aumentar  em  pacientes  com  epilepsia,  aqueles  com  história  de  convulsões  ou  em 
pacientes com risco reconhecido para convulsões [tais como trauma craniano, distúrbios metabólicos, abstinência de álcool 
ou drogas, infecções do Sistema Nervoso Central (SNC)]. Na superdose de tramadol, a administração de naloxona pode 
aumentar o risco de convulsão.  
  
Reações anafiláticas  
Pacientes com história de reações anafiláticas à codeína e a outros opioides podem estar sob risco aumentado, e, portanto, 
não devem ser tratados com cloridrato de tramadol + paracetamol.  
Reações anafiláticas sérias e raramente fatais foram relatadas em pacientes que receberam terapia com tramadol. Aconselhe 
os pacientes a procurar atendimento médico imediato caso desenvolvam algum sintoma de reação de hipersensibilidade.  
  
Depressão respiratória  
Pacientes com depressão respiratória significativa (vide item 4. CONTRAINDICAÇÕES) ou asma brônquica aguda e grave 
apresentam maior risco de depressão respiratória com risco de vida, quando tratados com opioides. O cloridrato de tramadol 
+ paracetamol só deve ser utilizado nesta população de pacientes em um ambiente monitorado e com disponibilidade de 
equipamento de ressuscitação. Este medicamento deve ser administrado com cautela em pacientes sob risco de depressão 
respiratória. Quando doses elevadas de tramadol são administradas com medicamentos anestésicos ou álcool, pode ocorrer 
depressão respiratória e tais casos devem ser tratados como superdose. Se naloxona for administrada, deve-se ter cautela, 
pois ela pode precipitar a ocorrência de convulsões.  
Os  opioides podem  causar  distúrbios  respiratórios  relacionados  ao  sono,  como  síndromes da  apneia  do  sono  [incluindo 
apneia central do sono (ACS)] e hipóxia (incluindo hipóxia relacionada ao sono) (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). 
O  uso  de  opioides  aumenta  o  risco  de  ACS  de  maneira  dose-dependente.  Avalie  os  pacientes  de  maneira  contínua  em 

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relação ao desenvolvimento recente de apneia do sono ou piora da apneia do sono existente. Nesses pacientes, considere 
reduzir  ou  interromper  o  tratamento  com  opioides,  se  apropriado,  usando  as  melhores práticas para  redução  gradual  de 
opioides (vide “Posologia e Modo de Usar  – Tratamento de abstinência e “Advertências e Precauções - Tratamento de 
abstinência”).  
  
Metabolismo ultrarrápido do tramadol pela CYP2D6  
Pacientes que são metabolizadores ultrarrápidos através da CYP2D6, podem converter o tramadol para seu metabólito ativo 
(M1) de maneira mais rápida e completa do que outros pacientes. Esta rápida conversão pode resultar em níveis séricos de 
M1 maiores que os esperados,  o que pode levar  a maior  risco  de depressão respiratória (vide  item 10. SUPERDOSE  – 
Sintomas  e  sinais  -  O  tramadol).  Nesses  pacientes,  conhecidos  como  metabolizadores  ultrarrápidos  por  CYP2D6, 
recomenda-se medicação alternativa, redução da dose e/ou monitorização frequente dos sinais de superdose por tramadol, 
tais como depressão respiratória (vide Propriedades farmacocinéticas). Mesmo com regimes de dose definidos em bula, 
pacientes  metabolizadores  ultrarrápidos  podem  apresentar  depressão  respiratória  potencialmente  fatal  ou  fatal,  ou 
apresentar sinais de superdosagem (como sonolência extrema, confusão ou respiração superficial) (vide Superdose -–sinais 
e sintomas - tramadol).  
  
Uso com depressores do Sistema Nervoso Central (SNC), incluindo álcool   
O uso concomitante de tramadol com depressores do SNC, incluindo o álcool, pode causar efeitos aditivos aos depressores 
do SNC, incluindo sedação profunda e depressão respiratória. O cloridrato de tramadol + paracetamol deve ser usado com 
cautela e em dose reduzida em pacientes recebendo depressores do SNC, ambos pelo menor tempo possível (vide item 6. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).  
  
Aumento da pressão intracraniana ou traumatismo craniano  
Este medicamento deve ser usado com cautela em pacientes com pressão intracraniana aumentada ou traumatismo craniano.  
Alterações das pupilas (miose) provocadas pelo tramadol podem mascarar a existência, extensão ou o curso da patologia 
intracraniana. Deve-se suspeitar fortemente de reação adversa se for observado estado mental alterado em pacientes em uso 
de cloridrato de tramadol + paracetamol.  
A administração deste medicamento pode complicar a avaliação clínica de pacientes com condições abdominais agudas.  
 
Dependência de drogas e potencial de abuso  
Este medicamento contém tramadol como princípio ativo. Parte do efeito analgésico de cloridrato de tramadol + 
paracetamol é atribuível à ligação do princípio ativo, tramadol, ao receptor mµ-opioide. Após administrações repetidas de 
opioides, pode ocorrer o desenvolvimento de tolerância, dependência física e dependência psicológica, mesmo nas doses 
recomendadas. Avaliar o risco de cada paciente para dependência e abuso de opioides antes de prescrever cloridrato de 
tramadol + paracetamol e monitorar todos os pacientes que recebem este medicamento em relação ao desenvolvimento 
destes comportamentos. Os riscos são maiores em pacientes com história pessoal ou familiar de abuso de substâncias 
(incluindo abuso ou dependência de drogas ou álcool) ou doença mental (por exemplo, depressão maior).  
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes dependentes de opioides. O tramadol demonstrou reiniciar a 
dependência física em alguns pacientes previamente dependentes de outros opioides.  
  
Risco aumentado de hepatotoxicidade com o uso de álcool  
Alcoólatras crônicos podem estar sob risco aumentado de toxicidade hepática com o uso excessivo de paracetamol.  
  
Tratamento da abstinência  
Sintomas de abstinência podem ocorrer se cloridrato de tramadol + paracetamol for descontinuado abruptamente. Ataques 
de pânico, ansiedade grave, alucinação, parestesia, zumbido e sintomas do SNC não usuais foram também raramente 
relatados com a descontinuação abrupta do cloridrato de tramadol. A experiência clínica sugere que os sintomas de 
abstinência podem ser aliviados pela redução gradual da medicação.  
  
Uso com medicamentos serotoninérgicos 
O cloridrato de tramadol + paracetamol deve ser usado com bastante cautela em pacientes sob tratamento com 
medicamentos serotoninérgicos (ISRSs). O uso concomitante de tramadol com medicamentos serotoninérgicos, incluindo 
os ISRSs, aumenta o risco de eventos adversos, incluindo convulsões e síndrome serotoninérgica (vide item 6. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). 
  
Disfunção renal  

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O cloridrato de tramadol + paracetamol não foi estudado em pacientes com disfunção renal. A experiência com tramadol 
sugere que a disfunção renal resulta em decréscimo da taxa e da extensão de excreção do tramadol e seu metabólito ativo, 
M1. Em pacientes com depuração de creatinina menor que 30 mL/min, recomenda-se que o intervalo de administração de 
cloridrato de tramadol + paracetamol seja aumentado, de forma a não exceder 2 comprimidos a cada 12 horas.  
  
Disfunção hepática  
O uso de cloridrato de tramadol + paracetamol em pacientes com disfunção hepática grave  não é recomendado.  
  
Reações cutâneas graves  
Reações cutâneas graves, tais como pustulose exantematosa aguda generalizada, síndrome de Stevens-Johnson, e 
necrólise epidérmica tóxica, foram relatadas muito raramente em pacientes recebendo paracetamol. Os pacientes devem 
ser informados sobre os sinais de reações cutâneas graves e o uso do medicamento deve ser descontinuado no primeiro 
aparecimento de erupção cutânea ou de qualquer outro sinal de hipersensibilidade.  
  
Hiponatremia  
A hiponatremia foi relatada muito raramente com o uso de cloridrato de tramadol + paracetamol, geralmente em pacientes 
com fatores de risco predisponentes, como pacientes idosos e / ou em pacientes em uso de medicações concomitantes que 
podem causar hiponatremia. Em alguns relatórios, a hiponatremia pareceu ser o resultado da síndrome de secreção 
inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH) e resolvida com a descontinuação de cloridrato de tramadol + 
paracetamol e do tratamento apropriado (por exemplo, restrição de fluidos). Durante o tratamento com cloridrato de 
tramadol + paracetamol, monitorização de sinais e sintomas da hiponatremia é recomendado para pacientes com fatores 
de risco predisponentes.  
 
Condições gastrointestinais   
Pacientes  com  distúrbios  do  trato  biliar  ou  histórico  de  cirurgia  biliar  devem  ser  monitorados  quanto  ao  potencial 
desenvolvimento de pancreatite aguda. 
 
Hiperprolactinemia  
O  uso  prolongado  de  opioides  pode  estar  associado  ao  aumento  dos  níveis  de  prolactina  e  à  diminuição  dos  níveis  de 
hormônios sexuais. Os sintomas podem incluir galactorreia, ginecomastia, impotência, diminuição da libido, infertilidade 
ou amenorreia. Se houver suspeita de hiperprolactinemia, recomenda-se a realização de exames laboratoriais apropriados e 
a descontinuação do tratamento com cloridrato de tramadol + paracetamol deve ser considerada.  
  
Insuficiência adrenal  
Insuficiência adrenal tem  sido  relatada  com o  uso de  opioides, mais frequentemente após  uso prolongado.  Os sintomas 
podem  incluir  náuseas,  vômitos,  anorexia,  fadiga,  fraqueza,  tontura  ou  pressão  arterial  baixa.  Se  houver  suspeita  de 
insuficiência adrenal, recomenda-se a realização de exames laboratoriais apropriados e a descontinuação do tratamento com 
cloridrato de tramadol + paracetamol deve ser considerada.  
 
   
Uso em crianças  
A segurança e a eficácia de cloridrato de tramadol + paracetamol não foram estudadas na população pediátrica.  
  
Precauções gerais  
A dose recomendada de cloridrato de tramadol + paracetamol não deve ser excedida.  
Este medicamento não deve ser coadministrado com outros produtos à base de tramadol ou paracetamol.  
 
 
Uso na gravidez (Categoria C), lactação e fertilidade  
 
Gravidez  
Foi demonstrado que tramadol atravessa a placenta.  
Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.  
Não foi estabelecida a utilização segura durante a gravidez.  
O uso de opioides durante o parto pode resultar em depressão respiratória no recém-nascido.  
O uso prolongado de cloridrato de tramadol + paracetamol ou outros opioides durante a gravidez, pode levar à síndrome 
de abstinência neonatal. Este risco é particularmente aumentado durante o último trimestre da gravidez.  
  
Lactação  
O cloridrato de tramadol + paracetamol não é recomendado para mães que estejam amamentando, pois a segurança em 
crianças e recém-nascidos não foi estudada.  

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O tramadol está sujeito ao mesmo metabolismo polimórfico que a codeína, estando os metabolizadores ultrarrápidos de 
substratos da CYP2D6 potencialmente expostos a níveis de O-desmetiltramadol (M1) de risco de vida. Pelo menos uma 
morte foi relatada em uma criança amamentada exposta a altos níveis de morfina no leite materno, porque a mãe era uma 
metabolizadora ultrarrápida de codeína. Um bebê amamentado por mãe metabolizadora ultrarrápida em uso de cloridrato 
de tramadol + paracetamol pode ser potencialmente exposto a níveis elevados de M1 e apresentar depressão respiratória 
com risco de vida. Por este motivo, a amamentação não é recomendada durante o tratamento com cloridrato de tramadol 
+ paracetamol.  
  
Fertilidade  
O uso crônico de opioides pode causar uma redução na fertilidade em mulheres e homens com potencial reprodutivo. Não 
é conhecido se esses efeitos na fertilidade podem ser revertidos.   
  
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.  
  
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas  
Este medicamento pode afetar a habilidade mental ou física necessária para a realização de tarefas potencialmente 
perigosas como dirigir ou operar máquinas.  
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção 
podem estar prejudicadas. 
 
Não use outro produto que contenha paracetamol.  
 
Atenção: Contém o corante óxido de ferro amarelo que pode, eventualmente, causar reações alérgicas. 
 
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  
Com base em suas propriedades farmacodinâmicas e farmacocinéticas, o tramadol e o paracetamol exibem potencial para 
interações farmacodinâmicas e farmacocinéticas. Os vários tipos de interação, recomendações gerais associadas e listas 
de exemplos são descritos abaixo. Essas listas de exemplos não são abrangentes e, portanto, recomenda-se que a bula de 
cada medicamento coadministrado com tramadol e paracetamol seja consultada para informações relacionadas às vias de 
interação, riscos potenciais e ações específicas a serem tomadas com relação coadministração.  
  
Interações medicamentosas com tramadol + paracetamol:  
 
 

Inibidores da CYP2D6  

Mecanismo:  

Inibição enzimática, resultando em diminuição da taxa de metabolismo do tramadol  

Impacto Clínico:  

A  utilização  concomitante  de  inibidores  da  CYP2D6  e  cloridrato  de  tramadol  + 
paracetamol pode resultar em aumento da concentração plasmática de tramadol e em 
diminuição da concentração plasmática de M1, particularmente quando é adicionado 
um  inibidor  após  ter-se  alcançado  uma  dose  estável  de    cloridrato  de  tramadol  + 
paracetamol.  Como  M1  é  um  agonista  opioide-µ  mais  potente,  a  diminuição  da 
exposição ao M1 pode resultar em diminuição dos efeitos terapêuticos e resultar em 
sinais  e  sintomas  de  abstinência  ao  opioide  em  pacientes  que  desenvolveram 
dependência física ao tramadol. O aumento da exposição ao tramadol pode resultar em 
efeitos terapêuticos  aumentados ou prolongados  e em aumento do risco  de  eventos 
adversos graves, incluindo convulsões e síndrome serotoninérgica.  

  
Após  descontinuar  um  inibidor  do  CYP2D6,  à  medida  que  os  efeitos  do  inibidor 
diminuem,  a  concentração  plasmática  de  tramadol  diminuirá  e  a  concentração 
plasmática  de  M1  aumentará,  o  que  poderá  aumentar  ou  prolongar  os  efeitos 
terapêuticos, mas também aumentar as reações adversas relacionadas à toxicidade dos 
opiáceos,  podendo  causar  depressão  respiratória  potencialmente  fatal  (vide 
“Propriedades farmacológicas - Propriedades farmacocinéticas”).  

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Intervenção:  

Se  for  necessário  o  uso  concomitante  de  um  inibidor  da  CYP2D6,  acompanhe 
atentamente  os  pacientes  quanto  às  reações  adversas,  incluindo  abstinência  aos 
opiáceos, convulsões e síndrome serotoninérgica (vide “Advertências e Precauções - 
Metabolismo ultrarrápido do tramadol pela CYP2D6”).  

  
Se um inibidor da CYP2D6 for descontinuado, considere reduzir a dose de cloridrato 
de  tramadol  +  paracetamol  até  que  seja  alcançada  a  estabilidade  dos  efeitos  do 
medicamento. Acompanhe  os  pacientes  de  perto  para  eventos  adversos,  incluindo 
depressão respiratória e sedação.  

Exemplos  

Quinidina, fluoxetina, paroxetina, amitriptilina e bupropiona  

Inibidores da CYP3A4  
Mecanismo:   

Inibição enzimática, resultando em diminuição da taxa de metabolismo do tramadol  

Impacto Clínico:  

A utilização concomitante de cloridrato de tramadol + paracetamol e um inibidor da 
CYP3A4 pode aumentar a concentração plasmática do tramadol e resultar em maior 
metabolismo via CYP2D6 e níveis mais elevados de M1.  

  
Após a interrupção de um inibidor da CYP3A4, à medida que os efeitos do inibidor 
diminuem, a concentração plasmática de tramadol diminui, resultando em diminuição 
da  eficácia  dos  opiáceos  e,  possivelmente,  em  sinais  e  sintomas  de  abstinência  aos 
opioides em pacientes que desenvolveram dependência física ao tramadol.  

Intervenção:  

Se o uso concomitante for necessário, considerar a redução da dose de cloridrato de 
tramadol + paracetamol até que se alcance estabilidade nos efeitos do medicamento. 
Acompanhe  os  pacientes  de  perto  quanto  ao  risco  aumentado  de  eventos  adversos 
graves,  incluindo  convulsões  e  síndrome  serotoninérgica,  e  reações  adversas 
relacionadas à toxicidade de opioides, incluindo depressão respiratória potencialmente 
fatal,  particularmente  quando  um  inibidor  é  adicionado  após  a  dose  estável  de 
cloridrato de tramadol + paracetamol ser alcançada.  

  

 

Se um inibidor da CYP3A4 for descontinuado, considere aumentar a dose de cloridrato 
de tramadol + paracetamol até que seja alcançada a estabilidade dos efeitos da droga 
e acompanhe os pacientes quanto a sinais e sintomas de abstinência ao opioide.  

Exemplos  

Antibióticos macrolídeos (por exemplo, eritromicina),  agentes antifúngicos azólicos 
(por exemplo, cetoconazol), inibidores de protease (por exemplo, ritonavir).  

Indutores da CYP3A4  
Mecanismo:   

Indução enzimática, resultando em aumento da taxa de metabolismo do tramadol.  

Impacto Clínico:  

O  uso  concomitante  de  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  e  de  um  indutor  da 
CYP3A4  pode  diminuir  a  concentração  plasmática  de  tramadol,  resultando  em 
diminuição  da  eficácia  ou  início  de  síndrome  de  abstinência  em  pacientes  que 
desenvolveram dependência física ao tramadol.  

  
Após  descontinuar  um  indutor  da  CYP3A4,  à  medida  que  os  efeitos  do  indutor 
diminuem, a concentração plasmática de tramadol aumenta, o que pode aumentar ou 
prolongar  tanto  os  efeitos  terapêuticos  como  as  reações  adversas,  podendo  causar 
depressão respiratória grave, convulsões e síndrome serotoninérgica.  

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Intervenção:  

Se  o  uso  concomitante  for  necessário,  considere  aumentar  a  dose  de  cloridrato  de 
tramadol  +  paracetamol  até  que  seja  alcançada  a  estabilidade  dos  efeitos  do 
medicamento. Acompanhe os pacientes em busca de sinais de abstinência a opioides.  

  
Se  um  indutor  da  CYP3A4  for  descontinuado,  considere  a  redução  da  dose  de 
cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  e  monitore  convulsões,  a  síndrome 
serotoninérgica, sinais de sedação e depressão respiratória.  

  
Pacientes  que  tomam  carbamazepina,  um  indutor  da  CYP3A4,  podem  ter  efeito 
analgésico significativamente reduzido do tramadol. Como a carbamazepina aumenta 
o metabolismo do tramadol, e devido ao risco de convulsão associado ao tramadol, a 
administração concomitante de cloridrato de tramadol + paracetamol e carbamazepina 
não é recomendada.  

Exemplos:  

Rifampicina, carbamazepina, fenitoína  

Benzodiazepínicos e outros depressores do Sistema Nervoso Central (SNC) incluindo álcool  
Mecanismo:  

Efeito farmacodinâmico aditivo ou sinérgico  

Impacto Clínico:  

O uso concomitante de tramadol com depressores do sistema nervoso central, como 
benzodiazepínicos  e  outros  sedativos/hipnóticos,  agentes  anestésicos,  fenotiazinas, 
tranquilizantes, opioides ou álcool, pode produzir efeitos depressores do SNC aditivos, 
como sedação profunda e depressão respiratória. Se o uso concomitante de cloridrato 
de tramadol + paracetamol com um depressor do SNC for clinicamente necessário, 
utilize as menores doses efetivas e pelo menor tempo de ambos os medicamentos e 
siga atentamente os pacientes em busca de sinais de depressão respiratória.  

  
Devido ao efeito farmacodinâmico aditivo, o uso concomitante de benzodiazepínicos 
ou  outros  depressores  do  SNC,  incluindo  o  álcool,  pode  aumentar  o  risco  de 
hipotensão, depressão respiratória, sedação profunda, coma e morte.  

Intervenção:  

Limitar a prescrição concomitante desses medicamentos para uso em pacientes para 
os  quais  opções  alternativas  de  tratamento  são  inadequadas.  Limite  as  dosagens  e 
duração ao mínimo necessário. Acompanhe os pacientes atentamente quanto a sinais 
de depressão respiratória e sedação (vide “Advertências e Precauções”).  

Exemplos:  

Benzodiazepínicos  e  outros  sedativos/hipnóticos,  tranquilizantes,  relaxantes 
musculares, anestésicos gerais, outros opioides, álcool.  

Medicamentos Serotoninérgicos  
Mecanismo:  

Efeito farmacodinâmico aditivo ou sinérgico  

Impacto Clínico:  

O uso concomitante de tramadol com medicamentos serotoninérgicos aumenta o risco 
de eventos adversos, incluindo convulsões e síndrome serotoninérgica.  

Intervenção:  

Tenha cautela ao administrar cloridrato de tramadol + paracetamol em pacientes que 
estejam  tomando  medicamentos  serotoninérgicos  e  monitore  sinais  de  eventos 
adversos.  Descontinuar  o cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  caso  se  suspeite  de 
síndrome serotoninérgica.  

Exemplos:  

Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), inibidores de recaptação de 
serotonina  e  norepinefrina  (IRSNs),  antidepressivos  tricíclicos  (ATCs),  triptanos, 
antagonistas do receptor 5-HT3, medicamentos que afetam o sistema neurotransmissor 
de serotonina (por exemplo, mirtazapina e trazodona) e alguns relaxantes musculares 
(por exemplo, ciclobenzaprina, metaxalona).  

Inibidores da monoamina oxidase (IMAOs)  
Mecanismo:  

Efeito farmacodinâmico aditivo ou sinérgico  

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Impacto Clínico:  

A utilização concomitante de cloridrato de tramadol + paracetamol com inibidores da 
MAO, ou a utilização no prazo de 14 dias após sua descontinuação, é contraindicada 
devido  ao  risco  aumentado  de  convulsões  e  síndrome  serotoninérgica  (vide 
“Contraindicações”).  
As  interações  de  IMAO  com  opioides  podem  manifestar-se  como  síndrome 
serotoninérgica (vide “Advertências e precauções - Uso com inibidores de recaptação 
de  serotonina”)  ou  toxicidade  por  opioides  (por  exemplo,  depressão  respiratória, 
coma) (vide “Advertências e precauções - Depressão respiratória”).  

Intervenção:  

Não use cloridrato de tramadol + paracetamol em pacientes que tomam inibidores da 
MAO ou dentro de 14 dias após o término de tal tratamento.  

Exemplos:  

fenelzina, tranilcipromina, linezolida  

Varfarina  
Impacto Clínico:  

Conforme clinicamente apropriado, avaliação periódica do tempo de protrombina deve 
ser  realizada  quando  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  e  esses  agentes  são 
administrados concomitantemente devido a relatos de aumento da Razão Normalizada 
Internacional (INR) em alguns pacientes.  
A  vigilância  pós-comercialização  do  tramadol  revelou  relatos  raros  de  alteração  do 
efeito da varfarina, incluindo elevação do tempo de protrombina.  

  
Houve  vários  relatos  sugestivos  de  que  o  paracetamol  pode  produzir 
hipoprotrombinemia quando administrado com compostos do tipo varfarina.  

Intervenção:  

Monitore o tempo de protrombina dos pacientes em tratamento com varfarina em busca 
de sinais de interação e ajuste a dose de varfarina, conforme necessário.  

Flucloxacilina  
Mecanismo:  

Efeito farmacodinâmico aditivo ou sinérgico  

Impacto clínico:  

Acidose  metabólica  de  alto  gap  aniônico  (AMAGA)  do  ácido  piroglutâmico  (5-
oxoprolinemia) tem sido relatado com o uso concomitante de doses terapêuticas de 
paracetamol e flucloxacilina. Pacientetes relatados como de maior preocupação são 
mulheres idosas com doenças subjacentes como sepse, anormalidades da função renal 
e desnutrição. A maioria dos pacientes melhoram após interromper a utilização de um 
ou de ambos os medicamentos.  

Intervenção:  

Cuidado  deve  ser  exercido  quando  flucloxacilina  é  utilizado  concomitante  com 
paracetamol, uma vez que a ingestão concomitante tem sido associada como AMAGA, 
especialmente em pacientes com fatores de risco.  
Descontinue  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  e/ou  flucloxacilina  se  houve 
suspeita de AMAGA.  

Cimetidina  
Impacto Clínico:  

A  administração  concomitante  de  tramadol  e  cimetidina  não  resulta  em  alterações 
clinicamente significativas na farmacocinética do tramadol.  

 
 
 
Uso com anticonvulsivantes  
Alguns relatos sugerem que os pacientes tomando anticonvulsivantes a longo prazo que excedem a dose de paracetamol 
podem estar sob risco aumentado de hepatotoxicidade devido ao metabolismo acelerado do paracetamol.  
  
Uso com diflunisal e paracetamol  
A administração concomitante de diflunisal e paracetamol produz aumento de 50% nos níveis plasmáticos de paracetamol 
em voluntários normais. O cloridrato de tramadol + paracetamol deve ser usado com cautela e os pacientes monitorados 
cuidadosamente.  
  
Interação com alimentos  
A  administração de cloridrato de  tramadol + paracetamol com alimentos não afeta de forma significativa a sua  taxa ou 
extensão de absorção.  

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7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO  
Você deve armazenar este medicamento em temperatura ambiente (de15 a 30°C). Proteger da umidade. O prazo de validade 
é de 36 meses a partir da data de fabricação.  
  
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.  
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.  
  
Aspecto físico  
Gésico Duo (cloridrato de tramadol + paracetamol) apresenta-se como comprimido revestido oblongo sem vinco de cor 
amarela.  
  
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.   
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.  
Devido aos  riscos associados  à  ingestão acidental,  uso  indevido  e abuso, aconselhe os pacientes a armazenar  este 
medicamento com segurança, em um local não acessível a outros.  
  
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR   
Administração  
Os  comprimidos  de  Gésico  Duo  (cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol)  devem  ser  administrados  por  via  oral.  Este 
medicamento pode ser administrado independentemente das refeições.  
  
Posologia  
A dose diária máxima de Gésico Duo (cloridrato de tramadol + paracetamol) é 1 a 2 comprimidos a cada 4 a 6 horas, de 
acordo com a necessidade para alívio da dor, até o máximo de 8 comprimidos ao dia. A menor dose eficaz deve ser usada 
pelo menor período de tempo.  
Nas condições dolorosas crônicas, o tratamento deve ser iniciado com 1 comprimido ao dia e aumentado em 1 comprimido 
a cada 3 dias, conforme a tolerância do paciente, até atingir a dose de 4 comprimidos ao dia. Depois disso,  Gésico Duo 
(cloridrato de tramadol + paracetamol) pode ser administrado na dose de 1-2 comprimidos a cada 4-6 horas, até o máximo 
de 8 comprimidos ao dia.  
Nas condições dolorosas agudas, o tratamento pode ser iniciado com a dose terapêutica completa (1-2 comprimidos a cada 
4-6 horas), até o máximo de 8 comprimidos ao dia.  
  
Tratamento de Abstinência  
Não pare de usar este medicamento abruptamente. Os sintomas de abstinência podem ser aliviados pela redução gradual da 
medicação (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Tratamento de abstinência).  
  
Populações especiais:  
- Uso em crianças  
A segurança e eficácia de cloridrato de tramadol + paracetamol não foram estudadas na população pediátrica.  
  
Idosos (65 anos ou mais)  
Não foram observadas diferenças gerais em relação à segurança ou à farmacocinética entre indivíduos ≥ 65 anos de idade 
e indivíduos mais jovens.  
  
Disfunção renal  
Em pacientes com depuração de creatinina inferior a 30 mL/min, recomenda-se aumentar o intervalo entre as administrações 
de cloridrato de tramadol + paracetamol de forma a não exceder 2 comprimidos a cada 12 horas.  
  
Insuficiência hepática  
Não é recomendado o uso de cloridrato de tramadol + paracetamol em pacientes com insuficiência hepática grave.  
  
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.  
  
9. REAÇÕES ADVERSAS   
Visão Geral das Reações Adversas ao Medicamento  
Os  efeitos  adversos  dos  comprimidos  de  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  são  similares  aos  de  outros  analgésicos 
opioides  e  representam  uma  extensão  dos  efeitos  farmacológicos  da  classe  de  medicamentos.  Os  principais  riscos  dos 
opioides  incluem  depressão  do  sistema  respiratório  e  nervoso  central  e,  em  menor  grau,  depressão  circulatória,  parada 
respiratória, choque e parada cardíaca.  
Os  efeitos  adversos  mais  frequentemente  observados  com  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  são  dores  de  cabeça, 
tonturas, náuseas, constipação e sonolência, conforme apresentado na Tabela 3.  

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Gésico Duo_com_VPS_V7   

                           

  
Reações adversas ao medicamento em estudos clínicos  
Como  os  estudos  clínicos  são  conduzidos  sob  condições  muito  específicas,  as  taxas  dos  eventos  adversos  em  estudos 
clínicos podem não refletir as taxas observadas na prática e não devem ser comparados com taxas de estudos clínicos de 
outros  fármacos.  As  informações  provenientes  de  estudos  clínicos  são  úteis  para  identificar  os  eventos  adversos 
relacionados ao medicamento e para aproximação das taxas.  
O  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  foi  administrado  a  1.597  pacientes  durante  estudos  duplo-cegos  ou  abertos  em 
períodos  longos  para  dor  crônica  não  oncológica.  Destes  pacientes,  539  tinham  65  anos  de  idade  ou  mais.  Os  eventos 
adversos  relatados  com  maior  frequência  foram  no  sistema  nervoso  central  e  gastrintestinal.  Estes  são  efeitos  comuns 
associados a outros fármacos com atividade agonista opioide. 
 
Tabela  3.  Eventos  adversos  relatados  em  pelo  menos  2%  dos  indivíduos  que  receberam  cloridrato  de  tramadol  + 
paracetamol para dor crônicaa e com incidência maior que o placebo. 
 

Sistema corpóreo  
Eventos Adversos  

Cloridrato de tramadol + 

paracetamol 

(n=481) % 

Placebo 

(n=479) 

Corpo como um todo  
Fadiga  
Ondas de calor  
Sintomas gripais  

  

7  
2  
3  

 

  

2  
0  
2  

Distúrbios cardiovasculares  
Hipertensão  

3  

 

               1  

Distúrbios  do  sistema 
central e periférico
 
Dor de cabeça  
Tontura  
Hipoestesia  

nervoso  
  

  
 

15  
11  

2  

  

10  

4  
0  

Distúrbios  

do sistema  

  

  

gastrintestinal  
Náusea  
Constipação  
Boca seca  
Vômito  
Dor abdominal 
Diarreia  

 

  

18  
16  

8  
5  
5  
5  

  

5  
5  
1  
1  
4  
3  

Distúrbios  

psiquiátricos  

  

  

Sonolência  
Insônia  
Anorexia  
Nervosismo  

 

14  

5  
4  
2  

2  
1  
1  
0  

Distúrbios da  

pele  e   anexos  

  

  

Prurido  
Sudorese aumentada 
Erupção cutânea  

  

6  
4  
3  

1  
0  
1  

a em estudos controlados com placebo com duração de 3 meses.  
 

Incidência de pelo menos 1% - Relação de causalidade pelo menos possível ou maior.  

A lista a seguir contém reações adversas que ocorreram com incidência de pelo menos 1% em estudos clínicos com uma 

população exposta ao tramadol/paracetamol de 2.836 indivíduos em 18 estudos combinados para tratamento da dor aguda 

e crônica.  

Corpo como um todo: astenia, fadiga, ondas de calor.  

Sistema nervoso central e periférico: tontura, dor de cabeça, tremor.  

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Sistema gastrintestinal: dor abdominal, constipação, diarreia, dispepsia, flatulência, boca seca, náusea, vômito.  

Distúrbios psiquiátricos: anorexia, ansiedade, confusão, euforia, insônia, nervosismo, sonolência.  

Pele e anexos: prurido, erupção cutânea, sudorese aumentada.  

 
Entre estes, os eventos adversos mais comuns (≥5% dos indivíduos) emergentes do tratamento foram náusea (14%), tontura 
(10%), sonolência (9%), constipação (8%), vômito (5%) e dor de cabeça (5%). Estes dados estão consistentes com os dados 

apresentados na Tabela 3.  

 

Sedação: A sedação é um efeito colateral comum dos analgésicos opioides, especialmente em indivíduos sem uso anterior 

de  opioides.  Sedação  também  pode  ocorrer,  em  parte,  porque  os  pacientes  geralmente  se  recuperam  de  uma  fadiga 

prolongada após alívio de dor persistente. A maioria dos pacientes desenvolve tolerância aos efeitos sedativos dos opioides 

dentro de três a cinco dias e, se a sedação não for excessiva, não necessitará de nenhum tratamento, apenas deve-se garantir 

a segurança do paciente. Se a sedação excessiva persistir além de alguns dias, a dose do opioide deve ser reduzida e as 

causas  alternativas  devem  ser  investigadas.  Algumas  delas  são:  medicamentos  concomitantes  depressores  do  sistema 

nervoso  central,  disfunção  hepática  ou  renal,  metástases  cerebrais,  hipercalcemia  e  insuficiência  respiratória.  Se  for 

necessário reduzir a dose, pode-se aumentar cuidadosamente novamente após três ou quatro dias se for óbvio que a dor não 

está bem controlada. Tontura e instabilidade podem ser causadas por hipotensão postural, particularmente em pacientes 

idosos ou debilitados, e podem ser aliviadas se o paciente se deitar.  

Náusea e vômito: Náusea é um efeito colateral comum no início da terapia com analgésicos opioides e acredita-se que 

ocorra  por  ativação  da  zona  de  gatilho  do  quimiorreceptor,  estimulação  do  aparelho  vestibular  e  pelo  retardo  do 

esvaziamento  gástrico.  A  prevalência  de  náusea  diminui  após  o  tratamento  continuado  com  analgésicos  opioides.  Ao 

instituir terapia com opioide para dor crônica, a prescrição rotineira de um antiemético deve ser considerada. No paciente 

com  câncer,  a  investigação  da  náusea  deve  incluir  causas  como  constipação  intestinal,  obstrução  intestinal,  uremia, 

hipercalcemia, hepatomegalia, invasão tumoral do plexo celíaco e uso concomitante de medicamentos com propriedades 

emetogênicas. Náusea persistente que não responde à redução da dose pode ser causada por estase gástrica induzida por 

opioides  e  pode  ser  acompanhada  por  outros  sintomas,  incluindo  anorexia,  saciedade  precoce,  vômito  e  plenitude 

abdominal. Esses sintomas respondem ao tratamento crônico com agentes procinéticos gastrintestinais.  

Constipação:  Praticamente  todos  os  pacientes  ficam  constipados  enquanto  tomam  opioides  de  forma  persistente.  Em 

alguns pacientes, particularmente nos idosos ou acamados, pode ocorrer impactação fecal. É essencial alertar os pacientes 

quanto  a  isso  e  instituir  um  regime  apropriado  para  controle  intestinal  no  início  da  terapia  prolongada  com  opioides. 

Laxantes estimulantes, amolecedores de fezes e outras medidas apropriadas devem ser usadas conforme necessário. Como 

a impactação fecal pode se apresentar como diarreia paradoxal, a presença de constipação deve ser excluída em pacientes 

em tratamento com opioide antes do início do tratamento para diarreia.   

  

Os seguintes efeitos adversos ocorrem menos frequentemente com analgésicos opioides e incluem aqueles relatados em 

estudos clínicos com cloridrato de tramadol + paracetamol, relacionados ou não ao tramadol e paracetamol. 

 

Reações Adversas Medicamentosas Menos Comuns nos Estudos Clínicos (<1%).  

A  lista  a  seguir  contém  eventos  adversos  clinicamente  relevantes  que  ocorreram  com  incidência  menor  que  1%  com 

tramadol/paracetamol em estudos clínicos.  

Corpo como um todo: dor no peito, rigidez, síncope, síndrome de abstinência, reação alérgica.  

Distúrbios cardiovasculares: hipertensão, agravamento da hipertensão, hipotensão, edema dependente.  

Sistema nervoso central e periférico: ataxia, convulsões, hipertonia, enxaqueca, agravamento da enxaqueca, contração 

involuntária dos músculos, parestesia, estupor, vertigem.  

Sistema gastrintestinal: disfagia, melena, edema de língua.  

Distúrbios auditivos e vestibulares: zumbido.  

Distúrbios do ritmo e batimentos cardíacos: arritmia, palpitação, taquicardia.  

Distúrbios do sistema hepático e biliar: função hepática anormal, aumento da TGP (ALT), aumento da TGO (AST).  

 

Distúrbios do metabolismo e nutricionais: perda de peso, hipoglicemia, aumento da fosfatase alcalina, aumento de peso.  

Distúrbios musculoesqueléticos: artralgia.  

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Distúrbios plaquetários, hemorrágicos e da coagulação: aumento do tempo de coagulação, púrpura.  

Distúrbios  psiquiátricos:  amnésia,  despersonalização,  depressão,  abuso  de  drogas,  labilidade  emocional,  alucinação, 

impotência, pesadelos, pensamento anormal.  

Distúrbios das células vermelhas sanguíneas: anemia.  

Sistema respiratório: dispneia, broncoespasmo.  

Distúrbios da pele e anexos: dermatite, erupção cutânea eritematosa.  

Sistema urinário: albuminúria, distúrbios da micção, oligúria, retenção urinária.  

Distúrbios da visão: visão anormal.  

Distúrbios das células brancas e sistema retículo-endotelial: granulocitopenia e leucocitose.  

  

Outros eventos adversos clinicamente significativos relatados previamente em estudos clínicos ou em relatos pós-

comercialização com cloridrato de tramadol  

Outros eventos adversos que foram relatados durante o tratamento com medicamentos à base de tramadol e cuja relação de 

causalidade  não  foi  bem  determinada  incluem:  vasodilatação,  hipotensão  ortostática,  isquemia  do  miocárdio,  edema 

pulmonar, reações alérgicas (incluindo anafilaxia, urticária, síndrome de StevensJohnson/síndrome da necrólise epidérmica 

tóxica), disfunção cognitiva, dificuldade de concentração, depressão,  tendência suicida, hepatite, insuficiência hepática, 

agravamento da asma e sangramento gastrintestinal. Relatos de anormalidades em exames laboratoriais incluíram elevação 

nos testes de creatinina e função hepática.  

Síndrome serotoninérgica (cujos sintomas podem incluir alteração da situação mental, hiperreflexia, febre, calafrios, tremor, 

agitação, diaforese, convulsões, coma) foi relatada quando o tramadol foi utilizado concomitantemente com outros agentes 

serotoninérgicos como inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs) e inibidores da MAO. A experiência pós-

comercialização  com  o  uso  de  produtos  que  contenham  tramadol  incluiu  raros  relatos  de  delírio,  miose,  midríase, 

transtornos  da  fala  e,  muito  raramente,  de  transtornos  de  movimento,  incluindo  discinesia  e  distonia.  A  vigilância  pós-

comercialização  revelou  raras  alterações  do  efeito  da  varfarina,  incluindo  elevação  do  tempo  de  protrombina.  QT 

prolongado  no  eletrocardiograma,  fibrilação  ventricular  e  taquicardia  ventricular  foram  relatados  durante  o  uso  pós-

comercialização.  

  

Foram relatados casos de hipoglicemia em pacientes fazendo uso de tramadol. A maioria dos relatos foi em pacientes com 

fatores de risco predisponentes, incluindo diabetes ou insuficiência renal, ou em pacientes idosos. Deve-se ter cautela ao 

prescrever  tramadol  a  pacientes  diabéticos.  Monitorização  mais  frequente  dos  níveis  de  glicose  no  sangue  pode  ser 

apropriada, inclusive no início ou no aumento da dose.  

Casos de hiponatremia e/ou SIADH foram notificados muito raramente em pacientes que tomaram tramadol, geralmente 

em pacientes com fatores de risco predisponentes, tais como os idosos ou aqueles que utilizaram medicações concomitantes 

e que podem causar hiponatremia.  

  

Deficiência androgênica: O uso crônico de opioides pode influenciar o eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal, levando à 

deficiência androgênica que pode se manifestar como libido baixa, impotência, disfunção erétil, amenorreia ou infertilidade. 

O papel dos opioides na síndrome clínica do hipogonadismo é desconhecido, porque os vários estressores clínicos, físicos, 

de  estilo  de  vida  e  psicológicos  que  podem  influenciar  os  níveis  dos  hormônios  gonadais  não  foram  adequadamente 

controlados  nos  estudos  realizados  até  o  momento.  Pacientes  com  sintomas  de  deficiência  de  andrógenos  devem  ser 

submetidos a avaliação laboratorial.  

  

Outros  eventos  adversos  clinicamente  significativos  previamente  relatados  em  estudos  clínicos  ou  relatos  pós-

comercialização com paracetamol  

Reações alérgicas (principalmente erupção cutânea) ou relatos de hipersensibilidade secundária ao paracetamol foram raros 

e geralmente controlados pela descontinuação do medicamento e, quando necessário, tratamento sintomático. Houve vários 

relatos que sugerem que o paracetamol pode produzir hipoprotrombinemia quando administrado com compostos com ação 

semelhante à varfarina. Em outros estudos, o tempo da protrombina não foi alterado.  

Foi verificado através do Netherlands Pharmacovigilance Center Lareb, consulta ao banco de dados do CNMM – Centro 

Nacional de Monitorização de  Medicamentos  e Micromedex® (Drugdex Evaluation), que há  registro da  reação  adversa 

rubor associada ao uso da substância tramadol.  

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Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 

 

 

10. SUPERDOSE 

 

Ingestão acidental  

A ingestão acidental de tramadol pode resultar em depressão respiratória e convulsões devido a uma superdose de tramadol. 

Depressão respiratória e convulsões foram relatadas em uma criança após a ingestão de um único comprimido. Fatalidades 

devido à superdose de tramadol também foram relatadas.  

  

Sintomas e sinais  

Uma  vez  que  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol  é  uma  associação  de  dois  fármacos,  o  quadro  clínico  de  uma  dose 

excessiva pode incluir sinais e sintomas de toxicidade de tramadol, de paracetamol ou de ambos. Os sintomas iniciais da 

superdose de tramadol incluem depressão respiratória e/ou convulsões e do paracetamol, observados dentro das primeiras 

24 horas, incluem: irritação gastrintestinal, anorexia, náusea, vômito, mal-estar, palidez e diaforese.  

  

tramadol: As consequências potenciais sérias da superdose do componente tramadol são depressão respiratória, letargia, 

coma,  convulsão,  parada  cardíaca  e  morte.  Adicionalmente,  casos  de  prolongamento  do  intervalo  QT  foram  relatados 

durante superdose.  

paracetamol:  O  paracetamol  na  superdose  maciça  pode  causar  toxicidade  hepática  em  alguns  pacientes.  Os  primeiros 

sintomas  após  uma  superdose  potencialmente  hepatotóxica  podem  incluir:  irritação  gastrintestinal,  anorexia,  náuseas, 

vômitos, mal-estar, palidez e diaforese. Evidência clínica e laboratorial de toxicidade hepática pode não ser aparente antes 

de 48 a 72 horas após a ingestão.  

  

Tratamento  

Uma superdose única ou múltipla com cloridrato de tramadol + paracetamol pode ser uma superdose polimedicamentosa 

potencialmente letal, e recomenda-se consultar especialistas apropriados, se disponível.  Embora a naloxona reverta alguns, 

mas  não  todos,  os  sintomas  causados  pela  superdose  com  tramadol,  o  risco  de  convulsões  também  aumenta  com  a 

administração  de  naloxona.  Com  base  na  experiência  com  tramadol,  não  se  espera  que  a hemodiálise  seja  útil  em  uma 

superdose porque remove menos de 7% da dose administrada em um período de diálise de 4 horas.  

No  tratamento  de  uma  superdose  com  cloridrato  de  tramadol  +  paracetamol,  deve-se  dar  atenção  inicial  à  manutenção 

adequada da ventilação juntamente com tratamento geral de suporte. Dado que as estratégias para o controle da superdose 

evoluem  continuamente,  é  aconselhável  entrar  em  contato  com  uma  central  de  controle  de  intoxicação  para  obter  as 

recomendações mais recentes para o controle de uma superdose. A hipotensão é, em geral, hipovolêmica e deve responder 

à  administração  de  fluidos.  Vasopressores  e  outras  medidas  de  suporte  devem  ser  empregados,  conforme  necessário. 

Intubação endotraqueal deve ser realizada quando necessário, para fornecer respiração assistida.  

Em pacientes adultos e pediátricos, ou em qualquer indivíduo que apresente uma quantidade desconhecida de paracetamol 

ingerido  ou  com  uma  história  questionável  ou  pouco  confiável  sobre  o  momento  da  ingestão,  deve-se  obter  o  nível 

plasmático  de  paracetamol  e  ser  tratado  com  acetilcisteína.  Se  um  teste  não  puder  ser  obtido  e  a  ingestão  estimada  de 

paracetamol exceder de 7,5 a 10 gramas para adultos e adolescentes ou 150 mg/kg para crianças, a administração de N-

acetilcisteína deve ser iniciada e continuada durante um ciclo completo de terapia.  

  

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.  

 
 
DIZERES LEGAIS 
 
Registro.: 1.0043.1304 

 

Farm. Resp. Subst.:  

Dra. Ivanete Aparecida Dias Assi – CRF-SP 41.116  

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VENDA SOB PRESCRIÇÃO COM RETENÇÃO DA RECEITA. 

 

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 18/03/2024 

 

Produzido e Registrado por: 

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, 3.565 

Itapevi - SP   

CNPJ: 61.190.096/0001-92 

Indústria Brasileira 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 

 
 

 

 

 

 

 

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Histórico de Alteração da Bula 

 

Dados da submissão eletrônica

 

Dados da petição / notificação que altera bula

 

Dados das alterações de 

bulas

 

Data do 

expediente

 

N° expediente

  Assunto 

Data do 

expedient

e

 

N° 

expediente

 

Assunto

 

Data da 

aprovaçã

o

 

Itens de bula

 

Versões 

(VP/VPS)

 

Apresentações 

relacionadas

 

25/06/2020  2024624202 

Inclusão 

Inicial de 

Texto de Bula - 

RDC 60/12 

VP/VPS 

Comprimido 

Revestido 

37,5 mg + 325,0 

mg 

23/03/2021  1115884/21-1 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

Resultados de 

eficácia 

Advertências e 

precauções 

Reações Adversas 

VPS 

Comprimido 

Revestido 

37,5 mg + 325,0 

mg 

27/10/2021  4251669/21-5 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

Dizeres legais 

VPS 

Comprimido 

Revestido 

37,5 mg + 325,0 

mg 

10/01/2022  0125373/22-8 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

5. Advertências 

e precauções 
6. Interações 

medicamentosas 

9. Reações 

adversas 

Dizeres legais 

VPS 

Comprimido 

Revestido 

37,5 mg + 325,0 

mg 

28/04/2023  0430036/23-0 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

2. Resultados e 

Eficácia 

3. 

Características 

Farmacológicas 

5. Advertências 

e Precauções 

6. Interações 

medicamentosas 
Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

Revestido 

37,5 mg + 325,0 

mg 

10/10/2023  1080126/23-6 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

3. 

Características 

Farmacológicas 

5. Advertências 

e Precauções 

6. Interações 

medicamentosas 
Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

Revestido 

37,5 mg + 325,0 

mg 

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SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

Identificação do 

Medicamento 

4. 

Contraindicações 
5. Advertências e 

Precauções 

7. Cuidados de 

Armazenamento 
do medicamento 

Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

Revestido 

37,5 mg + 325,0 

mg