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Heimer®  

(cloridrato de memantina) 

Bula para o profissional de saúde 

Comprimido revestido 

10 mg 

 

 

 

       

 

 

 

 

 

 
  

 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Heimer®  

(cloridrato de memantina)  

  
  

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA  

  

Comprimido revestido  

  

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:  

 

Embalagens com 7, 15, 30 e 60 comprimidos revestidos contendo 10 mg de cloridrato de memantina.  

  

USO ORAL  

  

USO ADULTO   

  

COMPOSIÇÃO:  
Cada comprimido revestido contém:  

  

cloridrato de memantina *................................................ 10 mg excipientes**................................ .............. 

q.s.p. 1 comprimido  

* Cada 10 mg de cloridrato de memantina equivalem à 8,31 mg de memantina base.   
**Excipientes:  celulose  microcristalina,  estearato  de  magnésio,  lactose  monoidratada,  dióxido  de  titânio, 

hipromelose e macrogol.  

  

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE  

 

1. INDICAÇÕES   
Heimer® (cloridrato de memantina) é indicado para o tratamento da doença de Alzheimer moderada a grave.  

  

2. 

RESULTADOS DE EFICÁCIA Estudos em Animais  

Em estudos de curto prazo em ratos, a memantina, tal como outros antagonistas do NMDA, induziu vacuolização 

e  necrose  neuronal  (lesões  de  Olney)  apenas  quando  tomada  em  doses  que  conduzem  a  concentrações  séricas 
máximas muito elevadas. A ataxia e outros sinais pré-clínicos precederam a vacuolização e necrose. Uma vez que 
os efeitos nunca foram observados em estudos em longo prazo em roedores ou não roedores, a relevância clínica 
destas evidências é desconhecida.  

Foram observadas, inconsistentemente, alterações oculares em estudos de toxicidade repetida em roedores e cães, 

mas não em macacos. Os exames oftalmológicos específicos nos estudos clínicos com a memantina não revelaram 
alterações oculares.  

Em roedores foram observados fosfolipídios nos macrófagos pulmonares devido à acumulação da memantina nos 

lisossomas. Este efeito é reconhecido em outras substâncias ativas com propriedades anfifílicas catiônicas. Existe 
uma  relação  possível  entre  esta  acumulação  e  a  vacuolização  observada  nos  pulmões.  Este  efeito  apenas  foi 
observado com doses elevadas em roedores. A relevância clínica destes achados é desconhecida.  

Nos  estudos  padronizados  não  foi  observada  genotoxicidade.  Não  existem  indícios  de  carcinogenicidade  em 

estudos de longo prazo em ratinhos e ratos. A memantina não foi teratogênica em ratos e coelhos, mesmo em doses 
maternas  tóxicas,  e  não  foram  observados  efeitos  adversos  na  fertilidade.  Nos  ratos,  foi  observada  redução  do 
crescimento do feto, com níveis de exposição idênticos ou ligeiramente superiores aos níveis humanos.  

  

Estudos em Humanos  

Num estudo piloto de utilização da memantina em monoterapia em uma população de pacientes com doença de 

Alzheimer moderada a grave (pontuação inicial no mini exame do estado mental (MMSE) compreendida entre 3 
e 14) foi incluído um total de 252 pacientes ambulatoriais. O estudo demonstrou efeitos benéficos da memantina 
em comparação com o placebo após 6 meses (análise dos casos observados pela Impressão de Mudança Baseada 
Na Entrevista com o Clínico (CIBIC-plus): p=0,025; Estudo Cooperativo da Doença de Alzheimer – Atividades 
da Vida Diária (ADCS-ADLsev): p=0,003; Bateria de Comprometimento Grave (SIB): p=0,002)1.  

Um  estudo  piloto  de  utilização  da  memantina  em  monoterapia  no  tratamento  da  doença  de  Alzheimer  leve  a 

moderada (pontuação inicial no MMSE entre 10 e 22) incluiu 403 pacientes. Os pacientes tratados com memantina 
apresentaram  um  efeito  estatisticamente  significativo  melhor  do  que  os  pacientes  que  receberam  placebo,  em 

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relação às medidas primárias: Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer (ADAS-cog) (p=0,003) e CIBIC-plus 
(p=0,004)  na  semana  24  com  base  na  última  observação  levada  adiante  (LOCF)2.  Num  outro  estudo  em 
monoterapia  na  doença  de  Alzheimer  leve  a  moderada  foi  randomizado  um  total  de  470  pacientes  (pontuação 
inicial  no  MMSE  de  11  a  23).  Na  análise  primária  definida  prospectivamente  não  se  observou  significado 
estatístico na medida de eficácia primária na semana 243.  

Uma meta-análise de dados de estudos com pacientes com doença de Alzheimer moderada a grave (pontuação 

inicial no MMSE abaixo de 20), que incluiu 6 estudos clínicos de fase III, placebo-controlados, de 6 meses de 
duração (incluiu estudos em monoterapia e estudos nos quais os pacientes recebiam uma dose fixa de um inibidor 
da acetilcolinesterase) demonstrou a existência de um efeito estatisticamente significativo a favor do tratamento 
com a memantina nos domínios cognitivo, global e funcional4. Nos casos em que os pacientes apresentavam uma 
piora  simultânea  nos  três  domínios,  os  resultados  mostraram  um  benefício  estatisticamente  significativo  da 
memantina na prevenção desta piora uma vez que 2 vezes mais pacientes no grupo placebo apresentaram piora nos 
três domínios do que no grupo da memantina (21% vs 11%, p <0,0001)5.  

  

Referências bibliográficas:  

1) 

Reisberg  B,  Doody  R,  Stöffler  A,  Schmitt  F,  Ferris  S,  Möbius  HJ.  Memantine  in  moderate-to-severe 

Alzheimer's disease. N Engl J Med 2003; 348:1333-41.  

2) 

Peskind ER, Potkin SG, Pomara N, Ott BR, Graham SM, Olin JT, McDonald S. Memantine treatment in 

mild  to  moderate  Alzheimer  disease:  a  24-week  randomized,  controlled  trial.  Am  J  Geriatr  Psychiatry.  2006 
Aug;14(8):704-15.  

3) 

Bakchine S, Loft H. Memantine treatment in patients with mild to moderate Alzheimer's disease: results 

of a randomised, double-blind, placebo-controlled 6-month study. J Alzheimers Dis. 2008 Feb; 13(1): 97-107. 4) 
Bengt Winblad; Roy W. Jones; Yvonne Wirth; Albrecht Stöffler; Hans Jörg Möbius. Memantine in Moderate to 
Severe Alzheimer’s Disease: a Meta-Analysis of Randomised Clinical Trials. Dement Geriatr Cogn Disord 2007; 
24:20–27  

5) Wilkinson D, Andersen HF. Analysis of the effect of memantine in reducing the worsening of clinical symptoms 

in patients with moderate to severe Alzheimer's disease. Dement Geriatr Cogn Disord. 2007; 24(2):138-45.  

  

3. 

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS  Farmacodinâmica Mecanismo de Ação  

Existem  cada  vez  mais  evidências  de  que  disfunções  na  neurotransmissão  glutamatérgica,  especialmente  nos 

receptores  NMDA,  contribuem  para  a  expressão  dos  sintomas  e  para  a  evolução  da  doença  na  demência 
neurodegenerativa.  

A memantina é um antagonista não-competitivo dos receptores NMDA, de afinidade moderada e dependente de 

voltagem.  Modula  os  efeitos  dos  níveis  tônicos  patologicamente  elevados  do  glutamato  que  poderão  levar  à 
disfunção neuronal.  

  

Farmacocinética Absorção  

A memantina tem uma biodisponibilidade absoluta de aproximadamente 100%. O t max situa-se entre 3 e 8 horas. 

Não existem indicações de que os alimentos influenciem a absorção da memantina. Distribuição  

Doses diárias de 20 mg resultam em concentrações plasmáticas de memantina no estado de equilíbrio entre 70 e  

150 ng/ml (0,5 - 1 μmol) com grandes variações interindividuais. Quando da administração de doses diárias de 5 

a 30 mg, foi calculada uma taxa média líquido cefalorraquidiano (LCR)/ Soro de 0,52. O volume de distribuição é 
próximo de 10 l/kg. Cerca de 45% da memantina encontra-se ligada a proteínas plasmáticas. Biotransformação  

No ser humano, cerca de 80% das substâncias circulantes relacionadas à memantina estão presentes na forma do 

composto original. Os metabólitos principais no ser humano são o N-3,5-dimetil-gludantano, a mistura isomérica 
de 4- e 6-hidroxi-memantina e o 1-nitroso-3,5-dimetil-adamantano. Nenhum destes metabólitos exibe atividade 
como antagonista do receptor NMDA. Não foi detectado metabolismo catalisado pelo citocromo P 450 in vitro. 
Num estudo com 14C-memantina administrada por via oral, foi recuperada uma média de 84% da dose no intervalo 
de 20 dias, 99% dos quais por excreção renal.  

  

Eliminação  

A memantina é eliminada de forma monoexponencial com t½ terminal de 60 a 100 horas. Em voluntários com 

função renal normal, a depuração total (Cltot) tem o valor de 170 ml/min/1,73 m2 e parte da depuração renal total 
é efetuada por secreção tubular.  

A  passagem  renal  também  envolve  reabsorção  tubular,  provavelmente  mediada  por  proteínas  de  transporte  de 

cátions. A taxa de depuração renal da memantina em condições de urina alcalina poderá ser reduzida por um fator 
de  7  a  9  (ver  ADVERTÊNCIAS).  A  alcalinização  da  urina  pode  resultar  de  mudanças  drásticas  na  dieta,  por 

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exemplo, uma mudança de dieta carnívora para vegetariana, ou pela ingestão de grande quantidade de tampões 
gástricos alcalinizantes.  

Linearidade  
Estudos em voluntários demonstraram farmacocinética linear no intervalo de doses de 10 a 40 mg.  

  

Relação Farmacocinética/Farmacodinâmica  

Para uma dose de memantina de 20 mg por dia, os níveis no LCR correspondem ao valor ki (ki = constante de 

inibição) da memantina, o qual é de 0,5 μmol no córtex frontal humano.  

  

4. CONTRAINDICAÇÕES   
O Heimer® (cloridrato de memantina) é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou 

a qualquer um dos excipientes.  

  

Uso durante a gravidez e a lactação  

Categoria  de  risco  B:  Não  existem  dados  clínicos  sobre  administração  de  memantina  a  grávidas.  Estudos  em 

animais,  indicam potencialidade  para  a redução do  crescimento  intrauterino  a níveis  de exposição  idênticos  ou 
ligeiramente superiores aos níveis humanos (ver RESULTADOS DE EFICÁCIA). O risco potencial para o ser 
humano é desconhecido. A memantina não deve ser utilizada durante a gravidez, a menos que seja absolutamente 
necessária.  

Não  se  sabe  se  a  memantina  é  excretada  no  leite  humano,  porém,  considerando-se  a  lipofilia  da  substância,  é 

provável que esta excreção ocorra. Mulheres que tomam memantina não devem amamentar.  

Este  medicamento  não  deve  ser  utilizado  por  mulheres  grávidas  sem  orientação  médica  ou  do 

cirurgiãodentista.  

  

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES   
É recomendada precaução em pacientes com epilepsia, com antecedentes de episódios convulsivos ou com fatores 

predisponentes para epilepsia.  

A  utilização  concomitante  de  antagonistas  do  receptor  N-metil-D-aspartato  (NMDA),  tais  como  a  amantadina, 

quetamina ou o dextrometorfano, deverá ser evitada. Estas substâncias atuam no mesmo sistema receptor que a 
memantina e, por essa razão, as reações adversas principalmente relacionadas com o sistema nervoso central (SNC) 
poderão  ser  mais  frequentes ou  mais  acentuadas  (ver  também  INTERAÇÕES  MEDICAMENTOSAS).  Alguns 
fatores que podem elevar o pH da urina (ver FARMACOCINÉTICA) demandarão um monitoramento cuidadoso 
do paciente. Estes fatores incluem mudanças drásticas na dieta, por exemplo, uma mudança de dieta carnívora para 
vegetariana, ou a tomada em grande quantidade de produtos gástricos tipo tampão, com efeito alcalinizante. Além 
disso, o pH da urina pode ser elevado por episódios de acidose tubular renal (ATR) ou infecções graves das vias 
urinárias provocadas por batérias Proteus sp.  

Na  maioria  dos  estudos  clínicos,  foram  excluídos  de  participar  os  pacientes  com  infarto  do  miocárdio  recente, 

comprometimento  cardíaco  congestivo  descompensado  (NYHA  III-IV)  ou  com  hipertensão  não  controlada. 
Consequentemente, os dados disponíveis são limitados e os pacientes nestas condições devem ser supervisionados 
cuidadosamente.  

  

Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas  

A doença de Alzheimer moderada a grave geralmente provoca perturbações na capacidade de conduzir e utilizar 

máquinas.  Os  pacientes  ambulatoriais  devem  ser  avisados  para  terem  cuidados  especiais,  pois  o  Heimer® 
(cloridrato de  memantina)  tem  uma  influência  pequena  ou  moderada  sobre  a  capacidade  de  conduzir  e  utilizar 
máquinas.  

  

Durante o tratamento, o paciente precisa ter especial atenção ao dirigir carros ou operar máquinas, pois a 

sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.  

  

Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco.  
Para o uso em idosos, crianças e outros grupos de risco, ver POSOLOGIA.  

  

6. 

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  Interações Farmacodinâmicas e Farmacocinéticas  

Devido aos efeitos farmacológicos e ao mecanismo de ação da memantina, poderão ocorrer as seguintes interações:  

• 

O modo de ação sugere que os efeitos da L-dopa, dos agonistas dopaminérgicos e dos anticolinérgicos 

poderão ser amplificados pelo tratamento concomitante com antagonistas NMDA, como a memantina. Os efeitos 

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de barbitúricos e neurolépticos poderão ser reduzidos. A administração concomitante de memantina e dos agentes 
antiespasmódicos, dantroleno ou baclofeno, pode alterar os efeitos destes medicamentos, podendo ser necessário 
um ajuste da dose.  

• 

A  utilização  concomitante  da  memantina  e  amantadina  deverá  ser  evitada,  devido  ao  risco  de  psicose 

farmacotóxica.  Ambas  substâncias  são,  quimicamente,  antagonistas  NMDA.  A  mesma  recomendação  poderá 
aplicar-se para a quetamina e o dextrometorfano (ver também ADVERTÊNCIAS). Existe um relato de caso clínico 
publicado sobre um possível risco da combinação da memantina com a fenitoína.  

• 

Outras substâncias ativas como cimetidina, ranitidina, procainamida, quinidina, quinina e nicotina, que 

utilizam  o  mesmo  sistema  de  transporte  renal  de  cátions  que  a  amantadina,  também  poderão  interagir  com  a 
memantina levando a um risco potencial de aumento dos seus níveis séricos.  

• 

É possível que haja uma redução dos níveis séricos da hidroclorotiazida (HCT) quando esta, ou qualquer 

combinação contendo hidroclorotiazida, é administrada concomitantemente com a memantina.  

• 

Na experiência pós-comercialização foram notificados casos isolados de aumento da relação normalizada 

internacional  (RNI  ou  INR)  em  pacientes  tratados  concomitantemente  com  varfarina.  Embora  não  tenha  sido 
comprovada a existência de uma relação causal, aconselha-se uma monitoração rigorosa do tempo de protrombina 
ou da INR em pacientes que estejam em uso simultâneo de anticoagulantes orais.  

  

Em  estudos  farmacocinéticos  (PK)  de  dose  única  realizados  em  sujeitos  jovens  e  saudáveis,  não  se  observou 

qualquer interação relevante à substância ativa da memantina com gliburida/metformina ou com donepezila. Num 
estudo  clínico  em  indivíduos  jovens  e  saudáveis  não  se  observou  qualquer  efeito  relevante  da  memantina  na 
farmacocinética da galantamina.  

A memantina não inibiu as CYP 1A2, 2A6, 2C9, 2D6, 2E1, 3A, flavina contendo monoxigenase, epóxido hidrolase 

ou a sulfatação in vitro.  

  

Interação com o álcool  

Nenhuma interação farmacodinâmica ou farmacocinética é esperada entre o Heimer® (cloridrato de memantina) e 

o álcool. Entretanto, assim como os outros medicamentos que agem no Sistema Nervoso Central, a combinação 
com álcool não é recomendada.  

  

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO   
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da umidade.  O 

prazo de validade deste medicamento é de 24 meses.  

  

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.  
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.  

  

Características do produto: comprimido branco a quase branco, oblongo, revestido, biconvexo, liso em ambas as 

faces.

  

  

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.   
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.  

  

8. 

POSOLOGIA E MODO DE USAR  Instruções de uso  

O Heimer® (cloridrato de memantina) deve ser administrado por via oral, preferencialmente com água. Para obter 

o maior benefício do seu medicamento, deve tomá-lo todos os dias, à mesma hora do dia, com ou sem alimentos. 
O comprimido de Heimer® (cloridrato de memantina) 10 mg pode ser partido.  

O tratamento deve ser iniciado e supervisionado por um médico com experiência no diagnóstico e tratamento da 

demência de  Alzheimer.  A  terapêutica  só  deve  ser  iniciada  se  estiver  disponível um  cuidador  para  monitorizar 
regularmente a tomada do medicamento pelo paciente. O diagnóstico deve ser realizado de acordo com as diretrizes 
atuais.  

A  tolerância  e  a  dosagem  da  memantina  devem  ser  reavaliadas  regularmente.  Inicialmente,  avaliar  após  os  3 

primeiros meses de tratamento. Depois disso, os benefícios clínicos e a tolerância do paciente ao tratamento devem 
ser  reavaliados  regularmente  de  acordo  com  as  diretrizes  clínicas  atuais.  O  tratamento  deve  ser  continuado 
enquanto o benefício terapêutico for favorável e o paciente mantiver a tolerância à memantina. A descontinuação 
do  tratamento  com  a  memantina  deve  ser  considerada  quando  o  paciente  não  mais  apresentar  evidências  do 
benefício terapêutico ou não tolerar o tratamento.  

  

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Posologia  

Titulação da dose  
A  dose  máxima  diária  é  de  20  mg/dia.  Para  minimizar  o  risco  de  efeitos  adversos  indesejáveis,  a  dose  de 

manutenção é atingida através de uma titulação de dose. A dose inicial recomendada é de 5 mg/dia, que deverá ser 
aumentada em 5 mg por semana nas 3 semanas subsequentes, seguindo o esquema abaixo:  

O tratamento deve ser iniciado com 5 mg diários (meio comprimido, uma vez ao dia) durante a primeira semana. 

Na segunda semana, 10 mg por dia (um comprimido, uma vez por dia) e na terceira semana é recomendada a dose 
de 15 mg por dia (um comprimido e meio, uma vez ao dia). A partir da quarta semana, o tratamento pode ser 
continuado com a dose de manutenção recomendada de 20 mg por dia (dois comprimidos, uma vez por dia).  

  

Dose de manutenção  
A dose de manutenção recomendada é de 20 mg por dia.  

  

Idosos  

Com base nos estudos clínicos, a dose recomendada para pacientes de idade superior a 65 anos é de 20 mg por dia, 

tal como descrito anteriormente.  

  

Crianças e Adolescentes (<18 anos)  

Não é recomendada a utilização do Heimer® (cloridrato de memantina) em crianças e adolescentes com menos de 

18 anos devido à inexistência de dados de segurança e eficácia nesta população.  

Este medicamento não é recomendado para crianças  

  

Comprometimento Renal  

Em pacientes com a função renal ligeiramente alterada (depuração da creatinina 50-80 ml/min) não é necessário 

ajuste de dose. Em pacientes com comprometimento renal moderado (depuração da creatinina de 30-49 ml/min) a 
dose diária deverá ser 10 mg por dia. Se bem tolerada após pelo menos 7 dias de tratamento, a dose poderá ser 
aumentada até 20 mg/dia de acordo com o esquema de titulação padrão. Em pacientes com comprometimento renal 
grave (depuração da creatinina 5-29 ml/min) a dose diária deverá ser de 10 mg por dia.  

  

Comprometimento Hepático  

Em pacientes com comprometimento hepático leve a moderado (Child-Pugh A e Child-Pugh B) não há necessidade 

de ajuste de dose. Não estão disponíveis dados de utilização da memantina em pacientes com comprometimento 
hepático  grave.  A  administração  do  Heimer®  (cloridrato  de  memantina)  não  é  recomendada  a  pacientes  com 
comprometimento hepático grave.  

  

Este medicamento não deve ser mastigado.  

  

9. REAÇÕES ADVERSAS   
Nos  estudos  clínicos  sobre  demência  leve  a  grave,  envolvendo  1784  pacientes  tratados  com  cloridrato  de 

memantina  e  1595  pacientes  tratados  com  placebo,  os  índices  globais  de  incidência  de  reações  adversas  com 
cloridrato  de  memantina  não  foram  diferentes  dos  do  tratamento  com  placebo;  as  reações  adversas  foram 
normalmente de intensidade leve a moderada.  

As reações adversas mais frequentes e que registraram uma maior incidência no grupo do cloridrato de memantina 

do que no grupo placebo foram tonturas (6,3% vs 5,6%, respectivamente), cefaleias (5,2% vs 3,9%), constipação 
(4,6% vs 2,6%), sonolência (3,4% vs 2,2%) e hipertensão (4,1% vs 2,8%).  

  

A  tabela  seguinte  lista  todas  as  reações  adversas  registradas  durante  os  estudos  clínicos  com  cloridrato  de 

memantina  e  desde  que  foi  introduzido  no  mercado.  Os  efeitos  indesejáveis  são  apresentados  por  ordem 
decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.  

As  reações  adversas  são  classificadas  de  acordo  com  as  classes  de  sistemas  de  órgãos,  usando  a  seguinte 

convenção:  muito  comum  (>1/10),  comum  (>1/100  a  <1/10),  incomum  (>1/1000  e  <1/100),  raro  (>1/10000  e 
<1/1000), muito raro (<1/10000), desconhecido (não pode ser estimado com os dados atuais).  

  

Infecções e infestações  

Incomum  

Infecções fúngicas  

Distúrbios do sistema 
imunológico  

Comum  

Hipersensibilidade ao 
medicamento  

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Heimer_com rev_VPS_V08 

  

  

  

 

 

Distúrbios Psiquiátricos  

Comum  

Sonolência  

Incomum  

Confusão/ Alucinações

1

  

Desconhecido  

Reações psicóticas

2

  

Doenças do sistema nervoso  Comum  

Tonturas/ Distúrbios de 
equilíbrio  

Incomum  

Alterações na marcha  

Muito raros  

Convulsões  

Distúrbios cardíacos  

Incomum  

Falência cardíaca  

Vasculopatias  

Comum  

Hipertensão  

Incomum  

Trombose venosa/ 
Tromboembolia  

Distúrbios respiratórios, 
torácicos e mediastinos  

Comum  

Dispneia  

Distúrbios hepatobiliares  

Comum  

Testes de função hepática 
elevados  

Desconhecido  

Hepatite  

Distúrbios gastrointestinais   Comum  

Constipação  

Incomum  

Vômitos  

Desconhecido  

Pancreatite

2

  

Distúrbios gerais e alterações 
no local de administração  

 Comum  

Cefaleia  

Incomum  

Fadiga  

  
1 As alucinações foram essencialmente observadas em pacientes com doença de Alzheimer grave.  
2 Casos isolados notificados no âmbito da experiência pós-comercialização.  
  

A doença de Alzheimer tem sido associada à depressão, pensamentos suicidas e suicídio. Na fase de experiência 

pós-comercialização estes efeitos foram notificados em pacientes tratados com o cloridrato de memantina.  

  

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.  

  

10. SUPERDOSE   
A experiência com superdose obtida a partir dos estudos clínicos e na experiência pós-comercialização é limitada.  

  

Sintomas: superdoses com valores relativamente grandes (200 mg e 105 mg/dia durante 3 dias, respectivamente) 

têm sido associadas a sintomas de cansaço, fraqueza e/ou diarreia ou a nenhum sintoma. Em casos de superdose 
abaixo dos 140 mg ou de dose desconhecida, os pacientes apresentaram sintomas de origem no sistema nervoso 
central (confusão, torpor, sonolência, vertigens, agitação, agressão,  alucinações e distúrbios da marcha) e/ou de 
origem gastrointestinal (vômitos e diarreia).  

No caso mais extremo de superdose, o paciente sobreviveu a uma ingestão de 2000 mg da memantina com 

efeitos no sistema nervoso central (coma durante 10 dias, seguido de diplopia e agitação). O paciente recebeu 
tratamento sintomático e plasmaforese. O paciente foi recuperado sem sequelas permanentes.  

Num outro caso de superdose com valor grande, o paciente também sobreviveu e foi recuperado. O paciente havia 

recebido  400  mg  da  memantina  por  via  oral.  O  paciente  apresentou  sintomas  relacionados  ao  sistema  nervoso 

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Heimer_com rev_VPS_V08 

  

  

  

 

 

central,  tais  como  inquietude,  psicose,  alucinações  visuais,  pró-convulsões,  sonolência,  estupor  e  perda  de 
consciência.  

  

Conduta em caso de superdose  

Tratamento: em caso de superdose, o tratamento deverá ser sintomático. Não existe nenhum antídoto específico 

disponível para intoxicações e superdoses. Devem ser utilizados, sempre que apropriado, os procedimentos clínicos 
padrão  para  a  remoção  da  substância  ativa,  como  por  exemplo,  lavagem  gástrica,  utilização  de  carvão  ativo 
(interrupção da recirculação entero-hepática potencial), acidificação da urina ou diurese forçada.  

Em caso de sinais e sintomas de super estimulação geral do sistema nervoso central (SNC), deverá ser considerado 

um tratamento clínico sintomático cuidadoso.  

  

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.  

  
DIZERES LEGAIS  
 

M.S.: 1.0043.1040  

  

Farm. Resp. subst.: Dra. Ivanete A. Dias Assi  
CRF-SP 41.116  

  

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA  

  

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 04/12/2020.   

  

Fabricado e registrado por:  
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A.  
Rod. Pres. Castello Branco, 3.565- Itapevi - SP  
CNPJ: 61.190.096/0001-92  
Indústria Brasileira  
 

  

  

  

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  

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Heimer_com rev_VPS_V08 

  

  

  

 

 

Histórico de Alteração da Bula  

Dados da submissão eletrônica  

Dados da petição/notificação que altera 

bula  

Dados das alterações de bulas  

Data do 

expediente 

 

N

o do 

expediente 

 

Assunto 

 

Data do 

expediente 

 

N

o do 

expediente 

 

Assunto 

 

Data de 

aprovação 

 

Itens de bula 

 

Versões 

(VP/VPS) 

 

Apresentações 

relacionadas 

 

 

 

14/07/2015 

 

 

 

0617097158 

 

10457 

– 

SIMILAR – 

 

Inclusão Inicial 

de Texto de 

 

Bula – RDC 

 

60/12 

 

 

 

Não 

 

aplicável 

 

 

 

Não 

 

aplicável 

 

 

 

Não 

 

aplicável 

 

 

 

Não 

 

aplicável 

 

 

 

Não aplicável 

 

 

 

VPS 

 

 

 

Comprimido 

revestido 

 

10 mg 

 

 

 

06/08/2015 

 

 

 

0695830153 

 

10450 

– 

SIMILAR – 

 

Notificação de 

 

Alteração de 

 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

 

 

Não 

 

aplicável 

 

 

 

Não 

 

aplicável 

 

 

 

Não 

 

aplicável 

 

 

 

Não 

 

aplicável 

 

 

 

Frase de 

intercambialid 
ade 

 

 

 

VPS 

 

 

 

Comprimido 

revestido 

 

10 mg 

 

21/10/2016 

  2412053167  

10450 

– 

SIMILAR – 

 

Notificação de 

 

Alteração de 

 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

 

aplicável

  

Não 

 

aplicável

  

Não 

 

aplicável

  

Não 

 

aplicável

  

Dizeres na 

descrição do 
produto 

 

acabado de 

‘’logotipo da  

Arrow na face 

oposta’’ para 
‘’logotipo da 
Actavis na face 
oposta’’  

 

 

VPS 

 

 

 

Comprimido 

revestido 

 

10 mg 

 

04/12/2019 

 

3345597/19-

 

 

10450 

– 

SIMILAR – 

 

Notificação de 

 

Alteração de 

 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Dizeres 

Legais 

 

 

 

VPS 

 

 

 

Comprimido 

revestido 

 

10 mg 

 

07/02/2020 

 

0388001/20-

 

 

10450 

– 

SIMILAR – 

 

Notificação de 

 

Alteração de 

 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Prazo de 

validade 

 

 

 

VPS 

 

 

 

Comprimido 

revestido 

 

10 mg 

 

17/06/2020

 

1919313201 

 

10450 

– 

SIMILAR – 

 

Notificação de 

 

Alteração de 

 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

7. Cuidados de 

 

Armazename 

nto do 

 

Medicamento 

 

 

 

VPS 

 

 

 

Comprimido 

revestido 

 

10 mg 

 

21/04/2021

  1524208211 

10450 

– 

SIMILAR – 

 

Notificação de 

 

Alteração de 

 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

Não 

 

aplicável 

 

9. Reações 
Adversas 

 

 

 

VPS 

 

 

 

Comprimido 

revestido 

 

10 mg 

 

Não

 

aplicável 

Não aplicável 

10450 – 

SIMILAR –

 

Notificação de

 

Alteração de

 

Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

Não

 

aplicável 

Não

 

aplicável 

Não

 

aplicável 

Não

 

aplicável 

Forma 

farmacêutica e 

apresentações 

 

7. Cuidados de 

armazenamento 

do 

medicamento 

   

Dizeres legais 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

10 mg