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ifosfamida 

 

Bula profissional de saúde 

Pó liofilizado para solução injetável 

1g e 2g 

 

 

 

 

       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 
 

ifosfamida 

Medicamento genérico  Lei nº 9.787, de 1999. 

 
APRESENTAÇÕES 

Pó liofilizado para solução injetável 1 g ou 2 g: Embalagens contendo 1 frasco-ampola. 

 

USO ADULTO E PEDIÁTRICO 
 
VIA ENDOVENOSA 

  
COMPOSIÇÃO 

 

ifosfamida 1 g. Cada frasco-ampola contém: 
Ifosfamida...................................................................................................................................................................................1 g 
Excipientes*q.s.p..................................................................................................................................................1frasco-ampola* 

 

ifosfamida 2 g. Cada frasco-ampola contém: 
Ifosfamida 

......................................................................................................................................................................................2 g 

Excipientes* q.s.p................................................................................................................................................1 frasco-ampola* 
* Manitol. 
 
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
 
 
1. INDICAÇÕES  
A ifosfamida é um medicamento indicado no tratamento de:  
– carcinoma brônquico de células pequenas;  
– carcinoma de ovário;  
– carcinoma de mama;  
– tumores de testículo; (seminoma, teratoma, teratocarcinoma); 
– sarcoma de tecidos moles (leiomiossarcoma, rabdomiossarcoma e condrossarcoma); 
– carcinoma de endométrio;  
– carcinoma de rim hipernefroide;  
– carcinoma de pâncreas;  
– linfomas malignos (linfossarcoma, reticulossarcoma).  
 
Seu emprego é restrito aos oncologistas especializados em quimioterapia e é de uso exclusivo em hospitais. 
 
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA  

Em um estudo na Universidade de Indiana, 50 pacientes totalmente avaliáveis com neoplasia maligna de células germinativas 
de testículo foram tratados com ifosfamida para injeção em combinação com cisplatina e vimblastina ou etoposídeo após falha 
(47 de 50 pacientes) em pelo menos dois regimes quimioterápicos anteriores consistindo de cisplatina/vimblastina/bleomicina, 
(PVB),  cisplatina/vimblastina/actinomicina  D/bleomicina/ciclofosfamida,  (VAB6),  ou  a  combinação  de  cisplatina  e 
etoposídeo.  Os  pacientes  foram  selecionados  para  sensibilidade  remanescente  à  cisplatina,  pois  eles  haviam  respondido 
previamente ao regime contendo cisplatina e não havia progredido enquanto estava sob o regime contendo cisplatina ou dentro 
de 3 semanas de interrupção. Pacientes serviram como seu próprio controle baseado na premissa de que respostas completas a 
longo  prazo  não  poderiam  ser  alcançadas  pelo  retratamento  que  eles  previamente  responderam  e  subsequentemente 
reincidiram.  
Dez dos 50 pacientes totalmente avaliáveis ainda estavam vivos 2 a 5 anos após o tratamento. Quatro dos 10 sobreviventes a 
longo prazo estavam livres do câncer por uma ressecção cirúrgica após o tratamento com o regime de ifosfamida; a sobrevida 
mediana para o grupo inteiro de 50 pacientes totalmente avaliáveis foi de 53 semanas. 
 
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 
A fórmula molecular da ifosfamida é C5H15Cl2N2O2P e seu peso molecular é 261,1. Sua fórmula estrutural é: 
 

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Farmacodinâmica  
A ifosfamida é um agente citostático do grupo da oxazafosforinas. Quimicamente está relacionada com a mostarda nitrogenada 
e é um análogo sintético da ciclofosfamida.A ifosfamida é inativa in vitro e preferencialmente ativada in vivo no fígado pelas 
enzimas microssomais em 4-hidroxi-ifosfamida, que está em equilíbrio com aldofosfamida, seu tautômero. A aldofosfamida 
se desintegra espontaneamente em acroleína e no metabólito alquilante mostarda de isofosfamida. A acroleína é a responsável 
pelo efeito urotóxico da ifosfamida. Uma via alternativa de metabolização é a oxidação e desalquilação das cadeias laterais de 
cloroetila.   
O efeito citotóxico da ifosfamida é devido à interação entre os metabólitos alquilantes e o DNA.  
O ponto de ataque preferido são as pontes de fosfodiéster do DNA. 
A alquilação resulta em fraturas na fita e cross-linking do DNA.  
Durante o ciclo celular, a passagem pela fase G2 é atrasada. Os efeitos citotóxicos não são específicos para a fase do ciclo 
celular; porém ele é específico para o ciclo celular.  
A  resistência  cruzada,  principalmente  com  agentes  citotóxicos  estruturalmente  relacionados  como  a  ciclofosfamida,  mas 
também  com  outros  agentes  alquilantes,  não  pode  ser  excluída.  Por  outro  lado,  verificou-se  que  os  tumores  resistentes  à 
ciclosfosfamida ou aqueles que recorrem após a terapia de ciclofosfamida, geralmente, ainda respondem ao tratamento com 
ifosfamida.  
 
Farmacocinética  
Absorção  
Após a administração intravenosa, a ifosfamida é detectável em órgãos e tecidos após poucos minutos. Há uma relação linear 
entre a concentração plasmática alcançada e a dose administrada de ifosfamida.  
 
Distribuição  
A ifosfamida e seus metabólitos se distribuem no corpo entre os tecidos e órgãos, incluindo o cérebro. O volume de distribuição 
chega a 0,5 - 0,81 L/kg. A meia-vida plasmática de ifosfamida e seus metabolitos é entre 4 a 7 horas.  
A ifosfamida inalterada pode atravessar a barreira hematoencefálica. Em crianças, os metabólitos de ifosfamida foram também 
detectados no líquido cefalorraquidiano, considerando que este ainda está sob discussão controversa para adultos.  
Não há resultados confirmados sobre a passagem da ifosfamida através da placenta ou excreção no leite materno. Devido à 
teratogenicidade da substância que foi confirmada em experimentos animais e a semelhança estrutural com ciclosfosfamida 
deve ser esperado que a ifosfamida também atravesse a placenta e seja excretada no leite materno.  
A ifosfamida se liga em aproximadamente 20% das proteínas plasmáticas.  
 
Metabolismo  
A metabolização da ifosfamida se inicia dentro de poucos minutos. 
 
A ifosfamida é hidroxilada em 4-hidroxi-ifosfamida ativa. O processo é catalisado principalmente pela isoenzima CYP3A4 do 
citocromo P450. Pela reação de abertura de anel, 4-hidroxi-ifosfamida é transformado em aldofosfamida ativa. A decomposição 
da aldofosfamida ocorre pela clivagem da acroleína à mostarda isofosforamida. Além disso, a ifosfamida está sendo desativada 
em 25-60% pela dealquilação das cadeias laterais de cloroetil. Este parece ser catalisado pela CYP2B6. Alternativamente, a 
aldofosfamida pode ser oxidada em carboxifosfamida inativa.  
O metabolismo da ifosfamida é caracterizado por uma ampla variedade interindividual. 
 
Eliminação  
A ifosfamida e seus metabólitos são eliminados principalmente através dos rins. Em uma dose fracionada de 1,6 – 2,4 g/m2 de 
superfície corporal / dia em três dias consecutivos, 57% da dose administrada, e em uma elevada dose única de 3,8 – 5 g/m2 de 
superfície corporal, 80% da dose administrada foi eliminada na forma de metabólitos ou ifosfamida inalterada dentro de 72 
horas. A quantidade não-metabolizada excretada chegou a 15% e 53%, respectivamente, para as doses mencionadas acima.  
clearance renal é 6 – 22 mL/min. 
 
4. CONTRAINDICAÇÕES  
A ifosfamida não deve ser administrada nos casos de intensa depressão de medula óssea, de insuficiência renal (alterações da 
função excretora), de hipotonia vesical, de obstrução das vias urinárias eferentes e de metástases cerebrais.  

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A ifosfamida é contraindicada no primeiro trimestre da gravidez, enquanto que no restante da gestação só deverá ser usado se 
o benefício para a mulher justificar o risco potencial para o feto.  
 
A ifosfamida também é contraindicada para pacientes com hipersensibilidade conhecida à ifosfamida.  
 
A ifosfamida também é contraindicada durante a lactação. 
 
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com intensa depressão de medula óssea, insuficiência renal, 
hipotonia vesical, obstrução das vias urinárias eferentes, metástases cerebrais, cistite e infecções agudas.  
 
Categoria “D” de risco na gravidez.  
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu 
médico em caso de suspeita de gravidez. 
 
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres no primeiro trimestre da gravidez. 
 
Efeitos na Habilidade para dirigir e operar máquinas 
Manifestações  de  toxicidade  do  SNC  podem  prejudicar  a capacidade  do paciente  de  dirigir  um  automóvel  ou  operar outra 
máquina pesada. 
 
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES  

A ifosfamida deve ser administrada por profissionais experientes.  

 
Em pacientes individuais, os fatores de risco para as toxicidades da ifosfamida e as suas sequelas descritas aqui e outras seções 
podem  constituir  contraindicações.  Em  tais  situações,  a  avaliação  individual  do  risco  e  benefícios  esperados  é  necessário. 
Reações adversas, dependendo da gravidade, podem requerer modificação ou descontinuação do tratamento. 
  
ADVERTÊNCIAS  
 
As doses e a duração do tratamento e / ou intervalos de tratamento dependem da indicação terapêutica, do esquema de uma 
terapia  de  combinação,  do  estado  geral  de  saúde  do  paciente  e  da  função  do  órgão  e  dos  resultados  do  monitoramento 
laboratorial (em particular, monitoramento de células sanguíneas).  
  
O uso de agentes estimuladores da hematopoiese (fatores estimuladores de colônias e agentes estimuladores da eritropoiese) 
pode  ser  considerado  para  reduzir  o  risco  de  complicações  mielossupressoras  e  /  ou  ajudar  a  facilitar  a  administração  da 
dosagem pretendida.  
 
Mielossupressão, Imunossupressão e Infecções 
- O tratamento com ifosfamida pode causar mielossupressão e supressão significativa da resposta imunológica, o que pode 
levar a infecções graves, incluindo pneumonias, bem como outras infecções fúngicas, bacterianas, virais e parasitárias, além 
de sépsis e choque séptico. Há relatos de mielossupressão fatal associada à ifosfamida.  
-Mielossupressão induzida por ifosfamida pode causar leucopenia, neutropenia, trombocitopenia (associado a um maior risco 
de eventos hemorrágicos) e anemia. 
-  A  administração  de  ifosfamida  é  normalmente  seguida  por  uma  redução  na  contagem  de  leucócitos.  O  valor  mínimo  de 
leucócitos tende a ser alcançado aproximadamente durante a segunda semana após a administração. 
Posteriormente, a contagem de leucócitos aumenta novamente. 
- É de esperar uma mielossupressão grave, particularmente em doentes tratados previamente e / ou quimioterapia concomitante 
/ agentes hematotóxicos e / ou radioterapia. Uso concomitante de outros imunossupressores pode aumentar a imunossupressão 
induzida pela ifosfamida. 
-  O  risco  de  mielossupressão  é  dependente  da dose  e  aumenta  com  a  administração  em  dose  única  em  comparação  com  a 
administração fraccionada. 
- O risco de mielossupressão está aumentado em doentes com função renal reduzida ou diabetes mellitus. 
- Infecções latentes podem ser reativadas. Nos pacientes tratados com ifosfamida, a reativação foi relatada para várias infecções 
virais. 
- A profilaxia antimicrobiana pode ser indicada em certos casos de neutropenia, a critério do médico gestor. 
- Em caso de febre neutropênica, devem ser administrados antibióticos e / ou antimicóticos. 
- O controle do monitoramento hematológico próximo é recomendado. Contagem de glóbulos brancos, contagem de plaquetas 
e os níveis de hemoglobina devem ser obtidos antes de cada administração e em intervalos apropriados após administração. 
-  A  ifosfamida  deve  ser  usada  com  precaução,  quando  usada  em  pacientes  com  insuficiência  grave  da  medula  óssea, 
imunossupressão grave e na presença de uma infecção.  
 

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Toxicidade do Sistema Nervoso Central, Neurotoxicidade 
A administração de ifosfamida pode causar toxicidade no SNC e outros efeitos neurotóxicos. 
Manifestações da toxicidade do SNC relatadas com o tratamento com ifosfamida incluem: 
- Confusão mental 
- Sonolência 
- Coma 
- Alucinações 
- Visão embaçada 
- Comportamento psicótico 
- Sintomas extrapiramidais 
- Incontinência urinaria 
- Convulsões 
- Também houve relatos de neuropatia periférica associada ao uso de ifosfamida. 
- A neurotoxicidade da ifosfamida pode manifestar-se dentro de algumas horas a alguns dias após a administração e na maioria 
dos casos resolve dentro de 48 a 72 horas após a descontinuação da medicação. 
Os  sintomas  podem persistir  por  longos períodos  de  tempo.  Ocasionalmente, houve  recuperação  incompleta.  Há  relatos  de 
toxicidade fatal do SNC. 
O resultado da toxicidade do SNC tem sido relatado. 
- A recorrência da toxicidade do SNC após vários ciclos de tratamento sem intercorrências foi relatada. 
- A toxicidade do SNC tem sido relatada com muita frequência e parece ser dependente da dose. 
- Outros fatores de risco que foram demonstrados ou discutidos na literatura incluem: 
- Disfunção renal, creatinina sérica elevada 
- Albumina sérica baixa 
- Disfunção hepática 
- Baixos níveis de bilirrubina, hemoglobina, diminuição da contagem de glóbulos brancos 
- Acidose, baixo nível de bicarbonato sérico 
- Desequilíbrio eletrolítico, hiponatremia e secreção inapropriada de ADH (vasopressina), intoxicação por água,           baixa 
ingestão de líquidos 
- Presença de metástases cerebrais, doença prévia do SNC, irradiação cerebral 
- Esclerose cerebral, vasculopatia periférica 
- Presença de tumor no baixo ventre, doença abdominal volumosa 
-Mau estado geral, idade avançada, idade mais jovem 
- Obesidade, sexo feminino, predisposição individual 
- Interações com outros medicamentos (por exemplo, aprepitantes, inibidores do CYP 3A4), álcool, abuso de        drogas ou 
pré-tratamento com cisplatina 
-A neurotoxicidade geralmente se manifesta em pacientes sem fatores de risco identificáveis. 
-O risco de toxicidade do SNC e outros efeitos neurotóxicos exige uma monitorização cuidadosa do paciente. 
- Se ocorrer encefalopatia, a administração de ifosfamida deve ser descontinuada. A possibilidade de reintroduzir a ifosfamida 
deve ser determinada após avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos para a paciente individual. 
- As publicações relatam o uso bem sucedido e mal sucedido do azul de metileno no tratamento e profilaxia da encefalopatia 
associada à ifosfamida. 
-  Devido  ao  potencial  de  efeitos  aditivos,  drogas  que  atuam  no  SNC  (como  antieméticos,  sedativos,  narcóticos,  ou  anti-
histamínicos) devem ser usadas com especial cuidado ou, se necessário, ser descontinuadas no caso de encefalopatia induzida 
por ifosfamida. 
 
Toxicidade Renal e Urotelial 
- A ifosfamida é nefrotóxica e urotóxica. 
- A função renal glomerular e tubular deve ser avaliada e verificada antes do início da terapia, bem como durante e após o 
tratamento. 
- O sedimento urinário deve ser verificado regularmente quanto à presença de eritrócitos e outros sinais de 
uro / nefrotoxicidade. 
- Monitoramento clínico rigoroso das químicas séricas e urinárias, incluindo fósforo, potássio e outros parâmetros laboratoriais 
apropriados para identificar nefrotoxicidade e toxicidade urotelial são recomendados. 
- Terapia de reposição apropriada deve ser administrada conforme indicado. 
 
Efeitos nefrotóxicos 
- Foram notificados necrose renal parenquimatosa e tubular em doentes tratados com ifosfamida. 
- Distúrbios da função  renal (glomerular e tubular) após administração de ifosfamida são muito comuns. As manifestações 
incluem  uma  diminuição  na  taxa  de  filtração  glomerular  e  um  aumento  de  creatinina,  proteinúria,  enzimúria,  cilindrúria, 
aminoacidúria, fosfatúria e glicosúria, bem como acidose tubular renal. Síndrome de Fanconi, raquitismo renal e retardo de 
crescimento em crianças, bem como osteomalácia em adultos também foram relatados. 

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- A disfunção tubular distal prejudica a capacidade do rim de concentrar a urina. 
- Desenvolvimento de uma síndrome semelhante à SIADH (síndrome da secreção inapropriada de hormônio antidiurético) foi 
relatada com ifosfamida. 
- Dano tubular pode tornar-se aparente durante a terapia, meses ou mesmo anos após a cessação do tratamento. 
- A disfunção glomerular ou tubular pode desaparecer com o tempo, permanecer estável ou progredir ao longo de um período 
de meses ou anos, mesmo após a conclusão do tratamento com ifosfamida. Necrose tubular aguda, insuficiência renal aguda e 
crônica secundária à terapêutica com ifosfamida foram notificados. 
O resultado da nefrotoxicidade foi documentado. 
- O risco de desenvolver manifestações clínicas de nefrotoxicidade aumenta com, por exemplo: 
- Grandes doses cumulativas de ifosfamida, 
- Insuficiência renal preexistente, 
- Tratamento prévio ou concorrente com agentes potencialmente nefrotóxicos, 
- Idade mais jovem em crianças (particularmente em crianças até os 5 anos de idade), 
- Redução da reserva de néfrons, como nos doentes com tumores renais e naqueles pós radiação ou nefrectomia unilateral. 
- Os riscos e benefícios esperados da terapêutica com ifosfamida devem ser cuidadosamente ponderados quando se considera 
o uso de ifosfamida em pacientes com compromisso renal preexistente ou com reduzida reserva de néfrons. 
 
Efeitos Uroteliais 
- A administração de ifosfamida está associada a efeitos urotóxicos, que podem ser reduzidos pelo uso profilático de mesna. 
- Cistite hemorrágica que requer transfusão de sangue foi relatada com ifosfamida. 
- O risco de cistite hemorrágica é dose-dependente e aumenta com a administração de doses únicas altas em comparação com 
a administração fracionada. 
- Cistite hemorrágica após uma dose única de ifosfamida foi relatada. 
- Antes de iniciar o tratamento, é necessário excluir ou corrigir quaisquer obstruções do trato urinário. 
- Durante ou imediatamente após a administração, quantidades adequadas de líquido devem ser ingeridas ou infundidas para 
forçar a diurese, a fim de reduzir o risco de toxicidade do trato urinário. Assim recomenda-se que a administração de Holoxane 
(ifosfamida) seja pela manhã.  
- Para a profilaxia da cistite hemorrágica, a ifosfamida deve ser usada em combinação com o mesna. 
- A radiação passada ou concomitante do tratamento da bexiga ou bussulfano pode aumentar o risco de cistite hemorrágica. 
As seguintes manifestações de urotoxicidade da ciclofosfamida, outro agente citotóxico da oxazafosforina foram relatadas: 
-  Desfecho  fatal  de  toxicidade  urotelial,  bem  como  a  necessidade  de  cistectomia  por  fibrose,  sangramento  ou  malignidade 
secundária; 
- Cistite hemorrágica (incluindo formas graves com ulcerações e necrose); 
- Hematúria, que pode ser grave e recorrente; enquanto a hematúria geralmente se resolve em poucos dias após o tratamento 
ser interrompido, pode persistir; 
- Sinais de irritação urotelial (como micção dolorosa, sensação de urina residual, micção frequente, noctúria, incontinência 
urinária), bem como desenvolvimento de fibrose da bexiga, bexiga de pequena capacidade, telangiectasia e sinais de irritação 
crônica da bexiga; 
- Pielite e ureterite. 
 
Cardiotoxicidade, uso em pacientes com doença cardíaca 
Manifestações de cardiotoxicidade notificadas com tratamento com ifosfamida incluem: 
-  Arritmias  supraventriculares  ou  ventriculares,  incluindo  taquicardia  atrial  /  supraventricular,  fibrilação  atrial,  taquicardia 
ventricular sem pulso 
- Diminuição da voltagem do QRS e mudanças no segmento ST ou na onda T 
- Cardiomiopatia tóxica levando à insuficiência cardíaca com congestão e hipotensão 
- Derrame pericárdico, pericardite fibrinosa e fibrose epicárdica 
- Foi reportado um resultado fatal da cardiotoxicidade associada à ifosfamida. 
- O risco de desenvolver efeitos cardiotônicos é dependente da dose. Está aumentada em doentes com tratamento prévio ou 
concomitante com outros agentes cardiotônicos ou radiação da região cardíaca e, possivelmente, compromisso renal. 
- Deve ter-se especial precaução quando a ifosfamida é utilizada em doentes com fatores de risco para cardiotoxicidade e em 
doentes com doença cardíaca preexistente. 
 
Toxicidade Pulmonar 
-  Pneumonite  intersticial  e  fibrose  pulmonar  foram  relatadas  com  tratamento  com  ifosfamida.  Outras  formas  de  toxicidade 
pulmonar também foram relatadas. Toxicidade pulmonar levando a insuficiência respiratória, bem como desfecho fatal foram 
relatados. 
 
Neoplasias Secundárias 
- Tal como acontece com toda terapia citotóxica, o tratamento com ifosfamida envolve o risco de tumores secundários e seus 
precursores. 

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-  O  risco  de  alterações  mielodisplásicas,  algumas  progredindo  para  leucemias  agudas,  está  aumentado.  Outras  neoplasias 
notificadas após o uso de ifosfamida ou regimes com ifosfamida incluem linfoma, câncer de tireoide e sarcomas. 
- A malignidade secundária pode se desenvolver vários anos após a interrupção da quimioterapia. 
- A malignidade também foi relatada após exposição in útero com ciclofosfamida, outro agente citotóxico da oxazafosforina. 
 
Doença Hepática Veno-oclusiva 
- Foi relatada doença hepática veno-oclusiva com quimioterapia que incluiu ifosfamida e também é uma complicação conhecida 
da ciclofosfamida, outro agente citotóxico da oxazafosforina. 
 
Genotoxicidade 
- A ifosfamida é genotóxica e mutagênica em células germinativas masculinas e femininas. Portanto, as mulheres não devem 
engravidar e os homens não devem ter filhos durante a terapia com ifosfamida. 
- Os homens não devem ser pais de uma criança por até 6 meses após o término da terapia. 
- Dados de animais gerados com ciclofosfamida, outro agente citotóxico de oxazafosforina indicam que a exposição de oócitos 
durante  o  desenvolvimento  folicular  pode  resultar  em  uma  taxa  reduzida  de  implantes  e  gravidezes  viáveis  e  em  um  risco 
aumentado  de  malformações.  Este  efeito  deve  ser  considerado  em  caso  de  fertilização  pretendida  ou  gravidez  após  a 
descontinuação da terapêutica com ifosfamida. A duração exata do desenvolvimento folicular em humanos não é conhecida, 
mas pode ser superior a 12 meses. 
-Mulheres e homens sexualmente ativos devem usar métodos contraceptivos eficazes durante esses períodos de tempo. 
 
Pacientes do sexo feminino 
- Amenorreia foi relatada em pacientes tratados com ifosfamida. Além disso, com a ciclofosfamida, outro agente citotóxico da 
oxazafosforina, foi relatada oligomenorreia. 
- O risco de amenorreia permanente induzida por quimioterapia é aumentado em mulheres mais velhas. 
-  As  meninas  tratadas  com  ifosfamida  durante  a  pré-puberdade  podem  desenvolver  características  sexuais  secundárias 
normalmente e menstruar regularmente. 
-Meninas tratadas com ifosfamida durante a pré-puberdade posteriormente engravidaram. 
- As meninas que mantiveram a função ovariana após o término do tratamento têm maior risco de desenvolver menopausa 
prematura. 
 
Pacientes do sexo Masculinos 
- Homens tratados com ifosfamida podem desenvolver oligospermia ou azoospermia. 
- A função sexual e a libido geralmente não são prejudicadas nesses pacientes. 
Meninos  tratados  com  ifosfamida  durante  a  pré-puberdade  podem  desenvolver  características  sexuais  secundárias 
normalmente, mas podem apresentar oligospermia ou azoospermia. 
- Algum grau de atrofia testicular pode ocorrer. 
- A azoospermia pode ser reversível em alguns pacientes, embora a reversibilidade possa não ocorrer por vários anos após o 
término da terapia. 
- Homens tratados com ifosfamida tiveram filhos subsequentes. 
Reações anafiláticas / anafilactóides, sensibilidade cruzada 
- Foram notificadas reações anafiláticas / anafilactóides em associação com ifosfamida. 
- Sensibilidade cruzada entre agentes citotóxicos de oxazafosforina tem sido relatada. Prejuízo da Cura de Feridas 
- A ifosfamida pode interferir com a cicatrização normal da ferida. 
 
PRECAUÇÕES 
 
Alopecia 
- A alopecia é um efeito muito frequente, dependente da dose da administração de ifosfamida. 
- A alopecia induzida por quimioterapia pode evoluir para calvície. 
- O cabelo pode crescer novamente, embora possa ser diferente em textura ou cor. 
 
Náusea e vômito 
- A administração de ifosfamida pode causar náuseas e vômitos. 
- As diretrizes atuais sobre o uso de antieméticos para prevenção e melhora das náuseas e vômitos devem ser consideradas. 
- O consumo de álcool pode aumentar a náusea e o vômito induzidos pela quimioterapia. 
 
Estomatite 
- A administração de ifosfamida pode causar estomatite (mucosite oral). 
- As diretrizes atuais sobre medidas de prevenção e melhoria da estomatite devem ser consideradas. 
 
Administração Paravenosa 

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- O efeito citotóxico da ifosfamida ocorre após a sua ativação, que ocorre principalmente no fígado. 
Portanto, o risco de lesão tecidual por administração paravenosa acidental é baixo. 
- Em caso de administração acidental paravenosa de ifosfamida, a perfusão deve ser interrompida imediatamente, a solução 
extravascular  de  ifosfamida  deve  ser  aspirada  com  a  cânula  no  local  e  outras  medidas  devem  ser  instituídas  conforme 
apropriado. 
 
Uso em pacientes com insuficiência renal 
Em doentes com insuficiência renal, particularmente nos doentes com comprometimento renal grave, a diminuição da excreção 
renal pode resultar no aumento dos níveis plasmáticos da ifosfamida e dos seus metabolitos. Isto pode resultar no aumento da 
toxicidade (por exemplo, neurotoxicidade, nefrotoxicidade, hematotoxicidade) e deve ser considerado quando se determina a 
dosagem nesses pacientes. 
 
Uso em Pacientes com Deficiência Hepática 
A insuficiência hepática, particularmente se grave, pode estar associada à diminuição da ativação da ifosfamida. 
Isto pode alterar a eficácia do tratamento com ifosfamida. A baixa albumina sérica e o comprometimento hepático também são 
considerados  fatores  de  risco  para  o  desenvolvimento  da  toxicidade  do  SNC.  A  insuficiência  hepática  pode  aumentar  a 
formação  de  um  metabolito  que  se  acredita  causar  ou  contribuir  para  a  toxicidade  do  SNC  e  também  contribuir  para  a 
nefrotoxicidade. 
Isso deve ser considerado ao selecionar a dose e interpretar a resposta à dose selecionada. 
 
Gravidez e amamentação 
Mulheres em idade fértil / contracepção em homens e mulheres 
As mulheres não devem engravidar durante o tratamento com ifosfamida. Pacientes sexualmente ativos (mulheres e homens) 
devem  utilizar  métodos  contraceptivos  eficazes  durante  o  tratamento  e  pelo  menos  6  meses  após  o  final  do  mesmo.  Se  a 
gravidez ocorrer durante este período, um médico deve aconselhar sobre o risco e efeitos prejudiciais relacionados à terapia na 
criança. 
Animais tratados com ifosfamida mostraram toxicidade reprodutiva. A administração de ifosfamida durante a organogênese 
demonstrou  ter  um  efeito  fetotóxico  em  camundongos,  ratos  e  coelhos  e,  portanto,  pode  causar  danos  fetais  quando 
administrado a mulheres grávidas. 
Até o momento, há pouca informação sobre o uso de ifosfamida em mulheres grávidas. 
O retardo do crescimento fetal e a anemia neonatal foram relatados após a exposição à administração de ifosfamida nas sessões 
de quimioterapia durante a gravidez. Após o uso no primeiro trimestre da gravidez, vários desvios congênitos foram relatados. 
Foram  notificados  casos de  atraso  e  anemia neonatal  após exposição  a  medicamentos que  contenham  ifosfamida  durante  a 
gravidez. Após o uso no primeiro trimestre de gravidez múltipla desvios congênitos foram relatados. 
Além  disso,  tem  sido  relatado  que  a  exposição  à  ciclofosfamida  e  outro  agente  citotóxico  como  a  oxazafosforina,  pode 
ocasionar  aborto  espontâneo, malformações  (após  a  exposição  durante  o  primeiro  trimestre),  e  efeitos  neonatais,  incluindo 
leucopenia, pancitopenia, hipoplasia de medula óssea grave e gastroenterite. 
Dados  de  animais  tratados  com  ciclofosfamida  e  outro  agente  citotóxico  como  a  oxazafosforina  sugerem  que  há  um  risco 
aumentado de malformações na gravidez e pode persistir após a descontinuação do medicamento, desde que existam ovócitos 
/ folículos que foram expostos ao medicamento durante sua fase de maturação. 
 
Gravidez 
A ifosfamida não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que seja necessário tratamento com ifosfamida devido ao 
estado clínico da paciente. Se a ifosfamida for utilizada durante a gravidez ou se a paciente engravidar enquanto estiver em 
tratamento com este medicamento ou após o término do mesmo deve-se informar sobre o risco potencial para o feto. 
 
Amamentação 
A ifosfamida pode passar para o leite materno. A toxicidade da ifosfamida pode atingir a criança em fase de amamentação e 
mostrou  efeitos  em  neonatos  amamentados  /  crianças  de  mulheres  tratadas.  Estas  toxicidades  incluem  neutropenia, 
trombocitopenia, baixa hemoglobina e diarreia. As mulheres não devem amamentar durante o tratamento com ifosfamida. A 
ifosfamida é contraindicada durante a lactação. 
 
Fertilidade 
A ifosfamida interfere na ovogênese e espermatogênese. Amenorreia, azoospermia e esterilidade em ambos os sexos tem sido 
relatadas. O desenvolvimento da esterilidade parece depender da dose de ifosfamida, da duração da terapia e estado da função 
gonadal  no  momento  do  tratamento.  A  ifosfamida  pode  causar  amenorreia  reversível  ou  irreversível  em  mulheres  e 
azoospermia ou oligospermia em homens. A esterilidade pode ser irreversível em alguns pacientes. Os homens devem procurar 
aconselhamento sobre a preservação do esperma antes de iniciar o tratamento. 
 
 
 

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Categoria D de risco na gravidez.  
Este medicamento não deve ser  utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu 
médico em caso de suspeita de gravidez. 
 
Efeitos na Habilidade para dirigir e operar máquinas  
 
Manifestações  de  toxicidade  do  SNC  podem  prejudicar  a capacidade  do paciente  de  dirigir  um  automóvel  ou  operar outra 
máquina pesada.  
 
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
O  médico  deve  estar  alerta para  a  possibilidade  de  ações  combinadas de  fármacos,  desejáveis  ou  indesejáveis,  envolvendo 
ifosfamida,  mesmo  esta  tendo  sido  usada  com  sucesso  concomitantemente  com  outros  medicamentos,  incluindo  outros 
medicamentos citotóxicos.  
 
A co-administração ou a administração sequencial de outras substâncias ou tratamentos que possam aumentar a probabilidade 
ou gravidade dos efeitos tóxicos (através de interações farmacodinâmicas ou farmacocinéticas) requer uma avaliação individual 
cuidadosa 

do 

benefício 

esperado 

dos 

riscos. 

Os pacientes que recebem tais combinações devem ser acompanhados de perto para detectar sinais de toxicidade, a fim de 
permitir uma intervenção oportuna. 
 
O uso concomitante de sulfonilureias pode potencializar o efeito hipoglicemiante.  
 
Deve ser considerada a potencialização da mielotoxicidade devido à interação com outros agentes citostáticos ou irradiação. A 
administração concomitante de ifosfamida e alopurinol ou hidroclorotiazida pode aumentar o efeito mielossupressor.  
 
Devido aos efeitos imunossupressores da ifosfamida, deve ser esperada uma resposta reduzida às vacinas. Em caso de vacinas 
vivas, pode se desenvolver uma infecção induzida por vacina.  
 
A potencialização da hematotóxica e/ou imunossupressão pode resultar da administração concomitante, por exemplo, com: 
- ACE-Inibidores: estes podem induzir leucopenia e agranulocitose. 
- Carboplatina: isto pode resultar num aumento da nefrotoxicidade. 
- Cisplatina: a perda auditiva induzida pela cisplatina pode piorar durante a terapia concomitante com a ifosfamida. 
- Natalizumab 
 
Derivados da cumarina: O aumento da INR (aumento international normalized ratio) foi relatado em pacientes que recebem 
ifosfamida e varfarina. 
 
O uso concomitante de ifosfamida com varfarina pode aumentar o efeito anticoagulante da varfarina e assim aumentar o risco 
de hemorragia.  
 
Docetaxel: Foi relatado um aumento da toxicidade gastrointestinal quando a ifosfamida foi administrada antes da infusão de 
docetaxel. 
 
Tamoxifen: O uso concomitante de tamoxifen e quimioterapia pode aumentar o risco de complicações tromboembólicas. 
 
A administração prévia ou concomitante de medicamentos nefrotóxicos, tais como a cisplatina, aminoglicosídeos, aciclovir ou 
anfotericina B pode intensificar o efeito nefrotóxico da ifosfamida e, consequentemente, a hematotoxicidade e toxicidade para 
o SNC. 
 
Medicamentos que atuam sobre o SNC (por exemplo, antieméticos, tranquilizantes, narcóticos ou anti-histamínicos) devem 
ser usados com cuidado especial no caso de encefalopatia induzida por ifosfamida ou, se possível, descontinuadas.  
 
Os  resultados  de  experimentos  in  vitro  indicam  que  a  bupropiona  é  principalmente  catabolizada  via  enzima  microssomal 
citocromo  P450  IIB6  (CYP2B6).  Consequentemente,  deve-se  tomar  cuidado  no  caso  de  administração  concomitante  de 
bupropiona e preparações que agem sobre a isoenzima CYP2B6 (tais como a orfenadrina, ciclofosfamida e ifosfamida). Em 
caso  de  tratamento  prévio  ou  concomitante  com  fenobarbital,  fenitoína,  benzodiazepínicos,  primidona,  carbamazepina, 
rifampicina ou hidrato de cloral, existe o risco de induzir isoenzimas microssomais CYP, que estão presentes particularmente 
no fígado.  
 

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O aumento da cardiotoxicidade pode resultar de um efeito combinado da ifosfamida e, por exemplo: 
- Antraciclinas 
- Irradiação da região cardíaca 
 
O aumento da toxicidade pulmonar pode resultar de um efeito combinado da ifosfamida e, por exemplo: 
- Amiodarona 
- G-CSF, GM-CSF (fator estimulante das colônias de granulócitos, fator estimulante das colônias de macrófagos 
granulócitos) 
 
Um maior risco de desenvolver cistite hemorrágica pode resultar de um efeito combinado de ifosfamida e, por exemplo: 
- Busulfan 
- Irradiação da bexiga 
 
As  toranjas  (grapefruits)  contêm  uma  substância  que  leva  a  uma  inibição  de  isoenzimas  CYP  e,  portanto,  pode  reduzir  a 
ativação metabólica de ifosfamida e, consequentemente, sua eficácia. Por esta razão, pacientes tratados com ifosfamida devem 
evitar comer toranjas e/ou o consumo de alimentos ou bebidas que contenham esta fruta.  
 
A ifosfamida pode intensificar a dermatite induzida por radiação (Radiodermatite).  
 
As interações que se seguem são concebíveis em analogia com ciclofosfamida: o efeito terapêutico e a toxicidade de ifosfamida 
podem  ser  aumentados  pela  administração  concomitante  de  clorpromazina,  triiodotironina  ou  inibidores  de  aldeído 
desidrogenase, tais como dissulfiram; potencialização do efeito relaxante muscular de suxametônio. 
 
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 
Conservar sob refrigeração (entre 2°C e 8°C) e em sua embalagem original para proteger da luz.  
 
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data da fabricação. 
 
A solução reconstituída deve ser utilizada o mais rapidamente possível, manter de 15º a 30ºC por até 2 horas. 
 
Após a diluição com solução de Ringer ou solução de glicose a 5% ou solução salina a 0,9%, a solução  diluída permanece 
estável por 24 horas sobre refrigeração de 2°C - 8°C, seguido de 24 horas a temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC).  
 
As condições informadas para o armazenamento das soluções reconstituídas e diluídas garantem somente os aspectos físico 
químicos das preparações.  
Do ponto de vista microbiológico elas devem ser utilizadas imediatamente e só poderão ser armazenadas conforme condições 
descritas, se forem manipuladas com técnicas assépticas controladas e validadas.   
A garantia das condições assépticas é de inteira responsabilidade do profissional de saúde/instituição. 
 
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.  
 
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.  
 
Características:  
Antes da reconstituição: Massa liofilizada branca a amarelo claro. 
Após reconstituição: Solução límpida, incolor a amarelo claro. 
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.  
 
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. 
 
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR  
Preparação da solução: 
 
A ifosfamida geralmente é administrada por infusão endovenosa rápida (infusão curta). É importante que a concentração da 
solução não seja superior a 4%.  
Podem  ocorrer  reações  cutâneas  associadas  com  a  exposição  acidental  a  ifosfamida.  O  uso  de  luvas  é  recomendado.  Se  o 
medicamento entrar em contato com a pele ou mucosas, lave imediatamente a pele com sabão e água em abundância ou enxágue 
a mucosa com grandes quantidades de água.  
 
Dissolver da seguinte maneira:  
– 1000 mg de ifosfamida em 25 mL de água bidestilada.  
– 2000 mg de ifosfamida em 50 mL de água bidestilada.  

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ifosfamida_pó liof sol inj_VPS_V5                                 

 

Estas soluções se destinam ao uso endovenoso. Devem ser utilizadas o mais rapidamente possível. 
 
Para as infusões endovenosas, as soluções preparadas conforme esquema acima, devem ser diluídas em 500 mL de solução 
Ringer ou solução de glicose a 5% ou solução salina a 0,9%. 
 
A substância dissolve-se com facilidade em 1/2 -1 minuto após a introdução do diluente, devendo-se agitar fortemente. Se a 
dissolução não ocorrer de imediato, aguardar durante alguns minutos.  
 
Medicamentos parenterais devem ser inspecionados visualmente para detecção de materiais particulados e descoloração antes 
da administração.  
 
Incompatibilidades:  
As incompatibilidades não são conhecidas até o momento.  
 
POSOLOGIA 
A ifosfamida geralmente é administrado por infusão endovenosa rápida (infusão curta). 
Recomenda-se atingir uma dose total de 250-300 mg/kg por série. Administra-se habitualmente, por via endovenosa, uma dose 
diária de 50-60 mg/kg durante 5 dias consecutivos.  
Duração de infusão: cerca de 30 minutos, eventualmente 1-2 horas.  
Quando for prescrita uma dose diária inferior, a duração de cada série se prolongará por 10 dias, administrando-se 20-30 mg/kg 
por via endovenosa. Nos casos resistentes à terapia, aconselha-se a dose diária de 80 mg/kg durante 2-3 dias consecutivos.  
O  intervalo  entre  as  séries  deverá  ser  no  mínimo  de  4  semanas.  Estes  intervalos  dependem  do  quadro  sanguíneo  e  da 
recuperação dos eventuais efeitos colaterais. 
 
9. REAÇÕES ADVERSAS  
As reações adversas observadas podem ser de diferente intensidade, dependendo da sensibilidade individual, tipo de doença e 
dose administrada; requerem uma medicação prévia e concomitante adequada.  
A terapia com ifosfamida pode causar cistite, inclusive hemorrágica; por esta razão, são necessários controles regulares, mesmo 
diários, do sedimento urinário durante o tratamento. Como medida profilática, recomenda-se a administração abundante de 
líquidos, pelo menos 4 litros/dia, e um diurético pode ser de grande valor. A alcalinização da urina (ex.: complexos de citrato) 
deve ser realizada durante pelo menos 24 horas após a última dose do medicamento. Recomenda-se administração conjunta do 
uroprotetor mesna (Mitexan) na proporção de 20% da dose de ifosfamida, 15 minutos antes e 4 e 8 horas após a administração 
de  ifosfamida,  para  diminuição  da  urotoxicidade  do  citostático,  e  redução  do  risco  de  lesões  do  tipo  hemorrágica  no  trato 
urinário. Estas medidas devem ser seguidas especialmente em pacientes de alto risco, ou seja, aqueles que apresentam história 
de doenças da bexiga, ou que foram submetidos anteriormente a irradiações abdominais baixas. Por esta razão, são necessários 
controles regulares do sedimento urinário, até diários.  
As funções hepáticas e renal não sofrem alterações desde que se apresentem normais no início da terapia. Caso haja alteração 
destas funções, a terapia deverá ser adiada até normalização das mesmas.  
Podem ocorrer distúrbios transitórios de desorientação e confusão mental. A espermatogênese e a ovulação podem ser afetadas.  
Aconselha-se  a  realização  de  controles  periódicos  do  quadro  sanguíneo;  é  recomendado  também  praticar  uma  terapia 
concomitante à base de antibióticos e antimicóticos. Indica-se transfusões sanguíneas e administração de gamaglobulina.  
Nos pacientes que recebem ifosfamida injetável como um único agente, a toxicidade da dose-limitante são mielossupressão e 
urotoxicidade. Fracionamento da dose, hidratação vigorosa e uma proteção como mesna podem reduzir significativamente a 

incidência de hematúria, especialmente hematúria macroscópica, associada com a cistite hemorrágica. Em uma dose de 1,2g/m

por dia durante 5 dias consecutivos, leucopenia, quando ocorre, é geralmente de leve a moderada. Outros efeitos colaterais 
significativos incluem alopecia, náuseas, vômitos e toxicidades do sistema nervoso central.  
 
Reação muito comum (> 1/10):  
- Alopecia  
- Náusea e Vômito  
- Hematúria  
- Hematúria grave  
- Toxicidade Sistema Nervoso Central  
 
Reação comum (> 1/100 e < 1/10):  
- Infecção  
- Insuficiência Renal  
- Disfunção hepática  
- Flebite  
- Febre  
 

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ifosfamida_pó liof sol inj_VPS_V5                                 

 

Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100), Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000) e Reação muito rara (< 1/10.000):  
- Reação alérgica  
- Anorexia  
- Cardiotoxicidade  
- Coagulopatia  
- Constipação  
- Dermatite  
- Diarréia  
- Fadiga  
- Hipertensão  
- Hipotensão  
- Mal-estar  
- Polineuropatia  
- Sintomas pulmonares  
- Salivação  
- Estomatite  
*Baseado em 2.070 pacientes de literatura publicada em 30 estudos de agente único 
 
Toxicidade hematológica  
Mielosupressão  foi  relacionada  à  dose  e  dose  limitante.  Ela  consiste  principalmente  de  leucopenia,  e  em  menor  proporção 
trombocitopenia.  A  contagem  de  leucócitos  <3000/μL  é  esperado  em  50%  dos pacientes  tratados  com  ifosfamida  injetável 
como único agente na dose de 1,2g/m2 por dia durante 5 dias consecutivos. Neste nível de dose, trombocitopenia (plaquetas 
<100.000/μL) ocorreram em cerca de 20% dos pacientes. Em doses maiores, leucopenia foi quase universal, e em dosagens 

totais de 10-12g/m

2

/ciclo, metade dos pacientes tiveram uma contagem de leucócitos abaixo de 1000μL e 8% dos pacientes 

apresentaram contagem de plaquetas inferior a 50.000μL. Mielosupressão foi usualmente reversível e tratamento pode ser dado 
a cada 3 a 4 semanas. Quando a ifosfamida injetável é usada em combinação com outros agentes mielosupressores podem ser 
necessários ajustes na dosagem. Os pacientes que apresentaram mielosupressão grave são suscetíveis ao aumento de risco de 
infecção. Anemia tem sido relatada como parte da vigilância pós-comercialização.  
 
Sistema digestivo  
Náuseas a vômitos ocorreram em 58% dos pacientes que receberam ifosfamida injetável. Eles geralmente eram controlados 
por terapia antiemética padrão. Outros efeitos colaterais gastrintestinais incluem anorexia, diarreia e, em alguns casos, prisão 
de ventre.  
 
Sistema Urinário  
Urotoxicidade consistiu de cistite hemorrágica, disúria, frequência urinária e outros sintomas de irritação da bexiga. Hematúria 
ocorreu em 6% a 92% dos pacientes tratados com ifosfamida injetável. A incidência e severidade de hematúria podem ser 
significativamente reduzidas pelo uso de hidratação vigorosa, um cronograma de dose fracionada e um protetor, como mesna. 
Em doses diárias de 1,2g/m2 por 5 dias consecutivos sem um protetor, hematúria microscópica é esperada em aproximadamente 
metade dos pacientes e hematúria macroscópica em aproximadamente 8%.  
Toxicidade  renal  ocorreu  em  6%  dos  pacientes  tratados  com  ifosfamida  como  único  agente.  Os  sinais  clínicos,  tais  como 
elevação da uréia e da creatinina ou redução do  clearance de creatinina foram geralmente transitórias. Esses  sinais tinham 
maior probabilidade de estar relacionados com os danos nos túbulos. Um episódio de acidose tubular renal que progrediu para 
insuficiência renal crônica foi reportado. Proteinuria e acidose também ocorreram em casos raros. A acidose metabólica foi 
relatada em 31% dos pacientes em um estudo onde a ifosfamida injetável foi administrada em doses de 2,0 a 2,5g/m2/dia por 
4 dias. Acidose tubular renal, síndrome de Falconi, raquitismo renal aguda e insuficiência renal aguda têm sido relatados. Uma 
monitorização clínica de soro e químicas da urina, incluindo fósforo, potássio, fosfatase alcalina e outros estudos de laboratórios 
apropriados. Apropriada terapia de reposição deve ser administrada como indicado.  
 
Sistema Nervoso  
Efeitos colaterais no Sistema Nervoso Central foram observados em 12% dos pacientes tratados com ifosfamida injetável. Os 
mais comumente observados foram sonolência, confusão, depressão, psicose e alucinações. Outros sintomas menos frequentes 
incluem  tontura,  desorientação  e  disfunção  dos  nervos  cranianos.  Convulsões  e  coma  com  morte  foram  relatados 
ocasionalmente.  A  incidência  de  toxicidade  no  Sistema  Nervoso  Central  pode  ser  maior  em  pacientes  com  função  renal 
alterada.  
 
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 
 
10. SUPERDOSE  
Com a administração de doses elevadas podem ocorrer náuseas e vômitos, geralmente controláveis mediante a administração 
prévia de um antiemético do tipo fenotiazínico. Pode ocorrer alopecia, que é reversível após algumas semanas. O uso de doses 

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ifosfamida_pó liof sol inj_VPS_V5                                 

 

elevadas  de  ifosfamida  provoca  leucopenia,  que  é  reversível  dentro  de  5-10  dias.  Pode  ocorrer  também  eritrocitopenia  e 
trombocitopenia.  
Aconselha-se também praticar uma terapia concomitante à base de antibióticos e antimicóticos. Indicam-se também transfusões 
sanguíneas e administração de gamaglobulina.  
 
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 
 
DIZERES LEGAIS 
 
M.S.: 1.0043.0031 
 
Farm. Resp. Subst.: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116 
 
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.  
 
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 22/07/2021.  
 
USO RESTRITO A HOSPITAIS. 

 

Fabricado e Registrado por: 
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 
Rod. Pres. Castello Branco, 3565  
Itapevi – SP 
CNPJ: 61.190.096/0001-92 
Indústria Brasileira  
  

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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ifosfamida_pó liof sol inj_VPS_V5                                 

 

Histórico de Alteração da Bula  

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

N

o do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

N

o do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/VPS) 

Apresentações 

relacionadas 

 

29/07/2013 

 

0615097137 

10459 - 

GENÉRICO - 

Inclusão Inicial 

de Texto de Bula 

– RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

 

VP/VPS 

 

Pó para preparação 

extemporânea 

 

1 g e 2 g 

11/06/2019 

0517475199 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Identificação do 

medicamento 

4. 

Contraindicações 

Dizeres Legais 

5. Advertências e 

precauções 

9. Reações 

adversas 

Dizeres Legais 

VP/VPS 

Pó liofilizado para 

solução injetável 

 

1g e 2g 

05/06/2020 

1780995209 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Identificação do 

medicamento 

7. Cuidados de 

armazenamento do 

medicamento 

Dizeres Legais 

VP/VPS 

Pó liofilizado para 

solução injetável 

 

1g e 2g 

01/04/2021 

1251115213 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

9. Reações 

adversas 

Dizeres Legais 

VP/VPS 

Pó liofilizado para 

solução injetável 

 

1g e 2g 

22/09/2021 

3748260211 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

3. Características 

farmacológicas 

 

4.Contraindicações 

 

5. Advertências e 

precauções 

 

6. Interações 

medicamentosas 

 

Dizeres Legais 

 
 

VPS 

Pó liofilizado para 

solução injetável 

 

1g e 2g 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

25/01/2022 

0319299/22

-7 

11097 RDC 

73/2016 - 

GENÉRIC

O - Inclusão 

De Nova 

Apresentaçã

o Restrita 

Ao 

Número De 

Unidades 

Farmacotéc

nicas 

09/05/2022 

Apresentações 

 

7. Cuidados de 

armazenamento do 

medicamento 

 

Dizeres Legais 

VPS 

Pó liofilizado para 

solução injetável 

 

1g e 2g