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cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado 

 

 

Bula para profissional de saúde 

Solução para diluição para infusão 

20 mg/mL 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado 

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999 

 

APRESENTAÇÕES 

 

Solução para diluição para infusão 20 mg/mL: embalagens contendo 1 frasco-ampola com 5 mL. 

 

USO ADULTO 

 

USO INTRAVENOSO 

 

CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO 

 

Composição: 

Cada 1 mL de solução para diluição para infusão contém: 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . .20 mg* 

excipientes q.s.p. . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 mL 

Excipientes: sorbitol, ácido láctico, hidróxido de sódio e água para injetáveis. 

*Equivalente a 17,33 mg de irinotecano. 

 

 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 

 

1. INDICAÇÕES 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratada solução para diluição para infusão é indicado como agente único ou combinado no 

tratamento de pacientes com: 

-Carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente; 

-Carcinoma metastático do cólon ou reto cuja moléstia tenha recorrido ou progredido após terapia anterior com 5-fluoruracila; 

-Neoplasia pulmonar de células pequenas e não pequenas; 

-Neoplasia de colo de útero; 

-Neoplasia de ovário; 

-Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável. 

 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado está indicado para tratamento como agente único de pacientes com: 

-Neoplasia de mama inoperável ou recorrente; 

-Carcinoma de células escamosas da pele; 

-Linfomas. 

 

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 

Câncer colorretal 

Foram realizados estudos clínicos com a administração de irinotecano em combinação com 5-fluoruracila (5-FU) e leucovorin 

(LV) e como agente único. Quando utilizado como um componente do esquema combinado, o irinotecano foi utilizado com um 

esquema semanal de bolus de 5-FU/LV ou em um esquema a cada 2 semanas de infusão de 5-FU/LV. O esquema semanal e o 

esquema a cada 3 semanas foi utilizado com o irinotecano como agente único. 

Dois estudos Fase III, randomizados, multinacionais, suportam o uso de cloridrato de irinotecano tri-hidratado como tratamento 

de 1a linha em pacientes com carcinoma metastático do cólon e reto. Em cada um dos estudos, a combinação de irinotecano e 5-

FU/LV foi comparada a 5-FU/LV isolado. O estudo 1 comparou a combinação de irinotecano com 5-FU/LV em bolus em 

esquema semanal, com um regime padrão de 5-FU/LV em bolus, administrado por 5 dias a cada 4 semanas. O estudo 2 avaliou 

2 diferentes esquemas de administração de 5-FU/LV infusional, com ou sem irinotecano. Em ambos os estudos, a combinação 

de irinotecano + 5-FU/LV resultou em significativa melhora das taxas de resposta objetivas, tempo para progressão do tumor e 

sobrevida, quando comparado ao braço que utilizou 5-FU/LV isoladamente. Foram incluídos 457 pacientes no estudo 1 e 385 

no estudo 2. A taxa de resposta no grupo com cloridrato de irinotecano tri-hidratado foi de 39 vs 21 no estudo 1 e 35 vs 22 no 

estudo 2. O tempo para progressão do tumor mediano no grupo com cloridrato de irinotecano tri-hidratado foi de 7 meses vs 4,3 

meses no estudo 1 e 6,7 meses vs 4,4 meses no estudo 2. A sobrevida global mediana no grupo com cloridrato de irinotecano tri-

hidratado foi de 14,8 meses vs 12,6 meses no estudo 1 e 17,4 meses vs 14,1 meses no estudo 2. 

Dados de 3 estudos abertos, com agente único, envolvendo 304 pacientes em 59 centros, suportam o uso de cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado no tratamento de pacientes com câncer metastático de cólon e reto que recorreram ou progrediram após 

tratamento com 5-FU/LV. Esses estudos foram desenhados para avaliar a taxa de resposta tumoral. Em todos os estudos, 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado foi administrado em ciclos de 6 semanas, consistindo de 1 infusão semanal durante 90 

minutos (com doses de 100 mg/m2, 125 mg/m2 e 150 mg/m2 por infusão) por 4 semanas, seguidas de 2 semanas de descanso. Na 

análise ITT dos dados agrupados dos 3 estudos, 193 dos 304 pacientes iniciaram a terapia com a dose recomendada de 125 

mg/m2. Entre esses pacientes, a taxa de resposta global foi de 15% (2 respostas completas e 27 respostas parciais). A maioria das 

respostas foi observada nos primeiros 2 ciclos de tratamento e a duração mediana da resposta foi de 5,8 meses. A resposta não 

variou com relação ao sexo, idade (menores e maiores de 65 anos), presença de metástases únicas ou múltiplas, localização do 

tumor primário (cólon vs reto) e irradiação prévia. 

Dois estudos multicêntricos e randomizados suportam o uso de irinotecano no esquema a cada 3 semanas em pacientes com 

câncer colorretal metastático que recorreu ou progrediu após tratamento com 5-FU/LV. No primeiro estudo, o tratamento de 2ª 

linha com irinotecano + Melhores Cuidados de Suporte (MCS) foi comparado com os MCS isoladamente. No segundo estudo, 

o tratamento de 2ª linha com irinotecano foi comparado com 5-FU/LV em infusão. Em ambos os estudos, os pacientes receberam 

o irinotecano em uma dose inicial de 350 mg/m2 em infusão, durante 90 minutos, uma vez a cada 3 semanas. Um total de 535 

pacientes foram randomizados nos 2 estudos. Os estudos demonstram uma vantagem de sobrevida significativa para irinotecano 

quando comparado com os MCS (p = 0,0001) e com a terapia com 5-FU/LV (p = 0,035). No estudo 1, a sobrevida mediana para 

os pacientes tratados com irinotecano foi de 9,2 meses comparado a 6,5 meses para os pacientes que receberam os MCS. No 

estudo 2, a sobrevida mediana para os pacientes tratados com irinotecano foi de 10,8 meses comparado com 8,5 meses para os 

pacientes que receberam 5-FU/LV infusional. Além da sobrevida, a utilização de irinotecano foi positiva em outros aspectos 

como no tempo para aparecimento de dor, tempo para deterioração do PS, tempo para perda de peso > 5% e em alguns itens da 

avaliação de qualidade de vida. 

Bajetta E. et al. avaliaram a atividade e a tolerabilidade do irinotecano com oxaliplatina em pacientes com câncer de colo retal 

resistente a 5- fluoruracila (5-FU). A resistência a 5-FU foi definida como a progressão da doença durante ou dentro de 6 meses 

após a descontinuação da quimioterapia com 5-FU/leucovorin (LV) em primeira linha ou adjuvante. Dos 54 pacientes tratados, 

os 45 pacientes com doença mensurável foram avaliados na análise de eficácia, enquanto que todos os pacientes que receberam 

pelo menos um ciclo foram avaliados na análise de segurança. 22 pacientes (49%) responderam. Doença estável foi observada 

em 35% de todos os pacientes. A duração média da resposta  foi de 6,5 meses (intervalo 3-10), a mediana do tempo até a 

progressão foi de 8 meses (intervalo 6-10), e a sobrevida global foi de 15 meses (10-26+). 

 

Câncer de Pulmão de Células Não Pequenas (CPCNP):  o  irinotecano, particularmente em regimes de combinação (por 

exemplo, cisplatina, cisplatina/vindesida, etoposídeo), mostrou eficácia antitumoral no câncer de pulmão de células não 

pequenas. Taxas de resposta de até 54% foram observadas em pacientes tratados com o regime irinotecano/cisplatina. 

 

Dados em monoterapia: a utilização semanal de irinotecano (100 mg/m2) produziu taxas de resposta de aproximadamente 30% 

(apenas Respostas Parciais-RP) em pacientes previamente não tratados com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP), 

com uma duração mediana de resposta de 15 semanas. 

 

Dados em combinação: uma taxa de resposta de 52% (1 RC; 32 RP) foi obtida com a combinação de irinotecano e cisplatina 

no CPCNP avançado. Nesse estudo de Fase II, 70 pacientes foram incluídos e a posologia utilizada do irinotecano foi de 60 

mg/m2 no d1, d8 e d15, a cada 4 semanas. A dose de cisplatina utilizada foi de 80 mg/m2 no d1, a cada 21 dias. A duração 

mediana de resposta foi de 19 semanas e a sobrevida mediana foi de 44 semanas. O tempo para se alcançar a remissão foi, em 

média, de 28 dias. 

 

Câncer de Pulmão de Células Pequenas (CPCP): 

 

Dados em monoterapia: em estudos pequenos, o tratamento com irinotecano como agente único (100 mg/m2 por semana) 

produziu uma alta taxa de respostas objetivas (33% a 47%) em pacientes com CPCP previamente tratados, recidivados ou 

refratários. Uma taxa de resposta de 50% foi observada nos pacientes previamente não tratados. 

 

Dados em combinação: em um estudo Fase III, o esquema de irinotecano + cisplatina foi comparado ao esquema etoposídeo + 

cisplatina no tratamento de pacientes com CPCP extensivo (n = 154). O esquema contendo irinotecano resultou em uma maior 

sobrevida significativa (12,8 meses vs 9,4 meses, p = 0,002) e uma maior taxa de resposta tumoral global (84,4% vs 67,5%, 

p=0,02). A sobrevida em 1 e 2 anos também foi significativamente maior no regime contendo o irinotecano (sobrevida 1 ano: 

58,4% vs 37,7%; sobrevida em 2 anos: 19,5% vs 5,2%). O tamanho da amostragem proposto inicialmente nesse estudo era de 

230 pacientes, mas o estudo foi interrompido precocemente, pois na análise interina já se demonstrou uma diferença significativa 

na sobrevida global. 

 

Câncer de colo de útero: um estudo de Fase II avaliou o uso do cloridrato de irinotecano tri-hidratado + cisplatina no tratamento 

de 1a linha do câncer de colo de útero avançado. Nesse estudo, foram avaliadas 29 mulheres. A dose de irinotecano utilizada foi 

de 60 mg/m2 no d1, d8 e d15, a cada 4 semanas, enquanto a dose de cisplatina foi de 60 mg/m2 no d1, a cada 4 semanas. A 

resposta global nesse estudo foi de 59% (7% de RC e 52% de RP), com sobrevida mediana de 27,7 meses. 

 

Dados em monoterapia: entre 42 pacientes que receberam previamente radioterapia (88%) e quimioterapia (100%; cisplatina), 

a terapia de resgate com irinotecano resultou em 1 resposta completa e 8 respostas parciais (taxa de resposta geral de 21%). A 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

resposta completa única persistiu durante 12 semanas antes de aparecer metástase novamente. Entre as respondedoras, a duração 

média de sobrevivência foi de 12,6 meses, em comparação com 5,1 meses em não respondedoras. 

 

Câncer de ovário: o cloridrato de irinotecano tri-hidratado foi avaliado no tratamento de 2a linha do câncer recorrente de ovário 

em associação à cisplatina. Em um estudo Fase II, 25 pacientes foram tratados com a associação de cloridrato de irinotecano tri-

hidratado: 50 ou 60 mg/m2 no d1, d8 e d15, a cada 4 semanas e cisplatina: 50 ou 60 mg/m2 no d1, a cada 4 semanas. A resposta 

global de tratamento foi de 40%, com 2 respostas completas e 8 respostas parciais. A sobrevida mediana alcançada nesse estudo 

foi de 12 meses. 

 

Sugiyama et al. avaliaram a eficácia do CPT-11 (irinotecano) no tratamento do carcinoma de ovário recorrente. CDDP foi 

administrado no dia 1 e irinotecano foi administrado 3 vezes nos dias 1,8 e 15. O efeito antitumoral foi avaliado em 12 pacientes 

com carcinoma recorrente: resposta completa (RC) alcançada em 2 pacientes, resposta parcial (RP) em 3 pacientes, nenhuma 

mudança em 6 e progressão da doença em 1 paciente. A taxa de resposta foi de 41,7%. Um efeito antitumoral foi observado em 

2 pacientes com carcinoma seroso e em 1 paciente com carcinoma mucoso, carcinoma de células claras e carcinoma 

endometrioide. 

 

Dados em monoterapia: 31 pacientes com doença mensurável foram incluídos neste estudo. 25 destas pacientes foram tratadas 
com irinotecano a uma dose de 300 mg/m2 por via intravenosa durante 90 minutos a cada 3 semanas; os 6 pacientes restantes 
foram tratados com 250 mg/m2 (idade maior do que 65 anos). A taxa de resposta global foi de 17,2%. 1 paciente (3%) tiveram 

uma resposta completa, 4 (14%) tiveram respostas parciais, 14 (48%) tiveram doença estável, e 10 tiveram (35%) progressão da 

doença. A mediana da sobrevida livre de progressão foi de 2,8 meses (intervalo de 1,1 a 16 meses), duração mediana da resposta 

foi de 1,4 meses (intervalo de 0,7 a 10,1 meses); sobrevida média desde o diagnóstico primário foi de 24,3 meses (variação de 

6,5 a 85,7 meses); e sobrevida mediana de início de irinotecano foi 10,1 meses (intervalo de 2,3 a 34 meses). 

 

Câncer de estômago 

Dados em monoterapia: em pacientes com câncer gástrico avançado previamente tratados ou virgens de tratamento, o uso de 

irinotecano como agente único na dose de 100 mg/m2/semana ou 150 mg/m2 a cada 2 semanas, promoveu 23% de resposta 

parcial (33% em pacientes virgens de tratamento). 

 

Dados em combinação: a utilização combinada de irinotecano e cisplatina produziu taxa de resposta global de 48% (1 RC; 20 

RP) em pacientes com câncer gástrico metastático (n = 44). A dose de irinotecano utilizada foi de 70 mg/m2, administrada no d1 

e d15 a cada 4 semanas; a dose de cisplatina utilizada foi de 80 mg/m2, administrada no d1 a cada 4 semanas. O tempo mediano 

para resposta foi de 40 dias e a duração mediana de resposta foi de 176 dias. A sobrevida mediana dos pacientes foi de 272 dias. 

 

Câncer de mama recorrente ou inoperável 

Dados em monoterapia: a terapia com irinotecano foi avaliada em pacientes com câncer de mama avançado ou recorrente em 

15 institutos no Japão. Esquemas de tratamento: 100 mg/m2  semanalmente (esquema A), 150 mg/m2  a  cada duas semanas 

(esquema B), e 200 mg/m2 a intervalos de 3-4 semanas (regime C). Foram alcançadas 4 respostas parciais (RP), 12 casos sem 

alterações (1 resposta menor) e 9 casos de doença progressiva com uma taxa de resposta de 16% (4/25). 1 em 7 pacientes no 

regime A e 3 pacientes do total de 15 pacientes no regime C alcançaram RP com uma taxa de resposta de 14% e 20%, 

respectivamente. Em três das 4 pacientes com RP, o tratamento quimioterápico, radioterapia ou endocrinoterapia tinham falhado. 

Posteriormente, um estudo de Fase II em 27 instituições avaliou o irinotecano no tratamento do câncer de mama avançado. 79 

pacientes foram inscritas (75 foram elegíveis para o estudo e 65 foram avaliáveis para a eficácia). 1 resposta completa e 14 

respostas parciais foram obtidas, e a taxa de resposta foi de 23%. A taxa de resposta das pacientes com terapia endócrina e 

quimioterapia prévia incluindo adriamicina ou outras drogas como antraciclina foi de 27% (11/41) e 26% (12/46), 

respectivamente. A taxa de resposta das pacientes com tumores negativos para receptores de estrógeno e pacientes na pré-

menopausa foi de 32% (6/19) e 27% (4/15) respectivamente. Foram observadas respostas não apenas para as lesões de tecidos 

moles, tais como gânglios linfáticos (5/17), mas também para metástases à distância nos pulmões (8/28) e ossos (1/18). 

 

Câncer de células escamosas da pele 

 

Ishihara K et al. avaliaram num estudo de Fase II, pacientes com vários tipos de tumores malignos de pele em 6 instituições no 

Japão. Foram utilizados os seguintes esquemas de tratamento: uma dose semanal de 100 mg/m2 (Braço A), uma dose quinzenal 

de 150 mg/m2 (Braço B), 200 mg/m2 a cada 3-4 semanas (Braço C) e 50 mg/m2 uma ou duas vezes por semana (Braço D). Foi 

observado um efeito antitumoral contra carcinoma de células escamosas (CCE), melanoma (MM), doença de Paget (DP) e doença 

de Bowen (DB). As taxas de resposta foram de 36,4% (4/11), 11,1% (1/9), 20,0% (1/5) e 100% (1/1), respectivamente. A taxa 

de resposta foi de 25,0% (3/12) no Braço A, 0% (0/1) no Braço B, 14,3% (2/14) no Braço C e 50% (2/4) no braço D. 

 

Ikeda S et al. avaliaram a atividade antitumoral do irinotecano (CPT-11) e segurança em pacientes com carcinoma epidermoide 
de pele (CEP) e melanoma (MM) em 22 grupos de estudos multi-institucionais no Japão. Os pacientes receberam 100 mg/m2 de 

irinotecano semanalmente. As características dos 41 pacientes elegíveis com CEC foram: mediana de idade de 67 anos (43-86), 

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Homem/Mulher: 31/10, P.S 0-1/2-3:35/6, sem terapia prévia: 27. 13 pacientes, incluindo 2 respostas completas (RCs) 

responderam ao irinotecano. A resposta foi de 39,4% (13/33). 2 RCs foram confirmadas histologicamente. De 11 respostas 

parciais (RPs), 7 foram capazes de ressecar completamente o local do tumor após o tratamento. A atividade antitumoral foi 

observada não apenas no local primário, mas também em metástases à distância, tais como pulmões e gânglios linfáticos. 

 

Linfomas 

 

Dados em monoterapia: um estudo Fase II foi conduzido em pacientes com neoplasias hematológicas usando 4 regimes de 

administração de irinotecano que envolveu 13 institutos no Japão. A taxa de resposta global foi de 23% (7/30) para o linfoma 

não Hodgkin e 33% (1/3) para a doença de Hodgkin. Entre os que responderam, 6 casos eram linfomas (L). As taxas de resposta 
nos casos diagnosticados com L com os regimes B (40 mg/m2 durante 5 dias a cada 3-4 semanas) e C (40 mg/m2 durante 3 dias 
todas as semanas) foram de 31% (5/16) e 33% (3/9), respectivamente. Os outros regimes (Regime A, 200 mg/m2 uma vez por 

dia a cada 3-4 semanas e regime D) não resultaram em qualquer resposta. Posteriormente, em outro estudo clínico Fase II o 

irinotecano foi avaliado em relação à sua eficácia em linfoma e leucemia aguda. Entre os 79 pacientes com linfoma, 66 pacientes 

completaram o tratamento. Estes pacientes tinham todos sido submetidos à quimioterapia prévia. Entre os pacientes com linfoma 

não Hodgkin, a taxa de resposta, incluindo 9 respostas completas (RC), foi de 42% (26/62, 95% IC: 30-54%). A taxa de resposta 

global no linfoma foi de 39% (26/66), e a taxa de resposta, mesmo entre os casos recorrentes foi de 42% (16/38). 

 

Referências

 

 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 

Propriedades Farmacodinâmicas 

Classe terapêutica 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado é um agente antineoplásico da classe dos agentes inibidores da topoisomerase I, 

clinicamente investigado como CPT-11. O irinotecano é um derivado semissintético da camptotecina, um alcaloide extraído de 

vegetais como, por exemplo, a Camptotheca acuminata ou sintetizada quimicamente. 

 

Mecanismo de ação 

O irinotecano e seu metabólito ativo SN-38 se liga ao complexo DNA-topoisomerase I e impede a religação das fitas únicas. 

Pesquisas atuais sugerem que a citotoxicidade do irinotecano é devido ao dano na fita dupla de DNA produzido durante a síntese 

de DNA, quando as enzimas de replicação interagem com o complexo terciário formado pela topoisomerase I, DNA e pelo 

irinotecano ou SN-38. 

 

O irinotecano é um precursor hidrossolúvel do metabólito lipofílico SN-38. O SN-38 é formado a partir do irinotecano, por 

clivagem da ligação carbamato entre a fração camptotecina e a cadeia lateral dipiperidina mediada pela carboxilesterase. Em 

linhagens de células tumorais de humanos e roedores, o SN-38 inibe a topoisomerase I com potência aproximadamente 1.000 

vezes maior do que o irinotecano. Testes de citotoxicidade in vitro mostraram que a potência relativa do SN-38 varia de 2 a 2.000 

vezes a do irinotecano. Entretanto, os valores da área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (ASC) para SN-38 

são de 2% a 8% do irinotecano. Noventa e cinco por cento do SN-38 se liga às proteínas plasmáticas comparado a 

aproximadamente 50% do irinotecano. A contribuição precisa do SN-38 para a atividade do irinotecano é desconhecida. 

 

Ambos, irinotecano e o SN-38, ocorrem sob forma ativa de lactona e sob forma inativa como ânion hidroxiácido. Entre as duas 

formas há um equilíbrio pH-dependente, de tal maneira que um pH ácido promove a formação da lactona, enquanto que um pH 

mais básico resulta na forma aniônica do hidroxiácido. 

 

Propriedades Farmacocinéticas 

 

Absorção e Distribuição 

Após a infusão intravenosa do produto em humanos, as concentrações plasmáticas do irinotecano decaem de forma 

multiexponencial, com uma meia-vida média de eliminação de cerca de 6 horas; sendo que a meia-vida média de eliminação do 

SN-38 é de cerca de 10 horas. A meia-vida da lactona, forma ativa do irinotecano e a do SN-38, é similar àquela observada no 

irinotecano total e no SN-38, conforme a lactona e a forma hidroxiácido estão em equilíbrio. 

 

Sobre a variação da dose recomendada de 50 a 350 mg/m2, a ASC de irinotecano aumenta linearmente com a dose. 

Proporcionalmente, a ASC do SN-38 aumenta menos do que a do irinotecano com a dose. As concentrações máximas do 

metabólito ativo SN-38 são atingidas, geralmente, dentro de 1 hora após o término de uma infusão de 90 minutos do irinotecano. 

 

O irinotecano apresenta ligação moderada às proteínas plasmáticas (de 30 a 68%). O SN-38 é altamente ligado às proteínas 

plasmáticas em humanos (aproximadamente 95%). A principal proteína plasmática de ligação de ambos é a albumina. 

 

Metabolismo e Excreção 

O irinotecano (CPT-11) está sujeito à conversão metabólica extensa por vários sistemas enzimáticos, incluindo esterases, para 

formar o metabólito ativo SN-38, e a UGT1A1 faz a mediação da glucuronidação do SN-38 para formar o metabólito inativo 

glucuronida SN-38G. O irinotecano (CPT-11) pode sofrer também metabolismo oxidativo mediado por CYP3A4 a diversos 

produtos de oxidação farmacologicamente inativos, um dos quais pode ser hidrolisado por carboxilesterase para liberar o SN-

38. A atividade UGT1A1 é reduzida em indivíduos com polimorfismo genético que leva à redução da atividade enzimática tal 

como o polimorfismo UGT1A1*28 (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). O SN-38 glicuronídeo teve 1/50 a 

1/100 a atividade do SN-38 em estudos de citotoxicidade utilizando duas linhas de células in vitro

 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

A eliminação do irinotecano ainda não foi completamente elucidada em humanos. A excreção urinária do irinotecano é 11% a 

20%; SN-38 < 1% e SN-38-glicuronídeo, 3%. A excreção urinária e biliar acumulada de irinotecano e de seus metabólitos (SN-

38 e SN-38-glicuronídeo), por um período de 48 horas após a administração de irinotecano, em  dois pacientes, variou de 

aproximadamente 25% (100 mg/m2) a 50% (300 mg/m2). 

 

Populações Especiais 

Pacientes Idosos: a farmacocinética do irinotecano administrado em esquema posológico semanal foi avaliada em um estudo 

prospectivo com 183 pacientes para avaliar o efeito da idade em relação à toxicidade do irinotecano. Os resultados dos estudos 

indicaram que não há diferença na farmacocinética do irinotecano, SN-38 e SN-38 glicuronídeo em pacientes < 65 anos quando 

comparados com pacientes ≥ 65 anos. Em um estudo não prospectivo com 162 pacientes para avaliar o efeito da idade, foram 

observadas diferenças menores (menos de 18%), mas estatisticamente significativas, nos parâmetros farmacocinéticos dose-

normalizada do  irinotecano em  pacientes <  65  anos quando  comparado  com pacientes  ≥ 65  anos. Embora  a  ASC0-24 dose-

normalizada para o SN-38  em  pacientes  ≥  65  anos  foi  11%  maior  do  que  em  pacientes < 65 anos, essa diferença não foi 

estatisticamente significativa. 

 

Pacientes Pediátricos (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES): a farmacocinética de irinotecano e seus principais 

metabólitos na população pediátrica foi investigada em estudos clínicos conduzidos nos EUA e na Europa. Geralmente, 

resultados e conclusões gerais considerando a farmacocinética do irinotecano foram comparáveis nos estudos americanos e 

europeus. Qualquer diferença nos resultados entre esses estudos são, provavelmente atribuíveis às diferenças nas doses 

investigadas (20 a 200 mg/m2 e 200 a 720 mg/m2 nos estudos americanos e europeus, respectivamente) e na variabilidade dos 

valores interpacientes determinada para os parâmetros farmacocinéticos do irinotecano e do SN-38. 

 

Estudos americanos: parâmetros farmacocinéticos do irinotecano e do SN-38 foram determinados em 2 estudos pediátricos em 

tumores sólidos com doses de 50 mg/m2 (infusão de 60 minutos, n = 48) e 125 mg/m2 (infusão de 90 minutos, n = 6). O clearance 

do irinotecano foi 17,3 ± 6,7 L/h/m2 (média ± desvio padrão) para a dose de 50 mg/m2 e 16,2 ± 4,6 L/h/m2 para a dose de 125 

mg/m2, que é um pouco maior que em adultos. Em crianças que receberam o irinotecano 1 vez/dia por 5 dias, a cada 3 semanas 

ou 1 vez/dia por 5 dias por 2 semanas a cada 3 semanas, observou-se acumulação mínima de irinotecano e SN-38. 

O resultado em que os valores de ASC de SN-38 dose-normalizada foi comparável entre adultos e crianças foi inconsistente com 

o aumento do clearance  de  irinotecano observado na população pediátrica e provavelmente foi reflexo da variabilidade 

interpacientes (% dos valores de CV para ASC de SN-38 foi de 84 a 120%). De fato, a exposição de SN-38 em pacientes 

pediátricos foi aproximadamente 30% menor que em adultos quando uma comparação foi feita sem considerar a variabilidade 

dos dados. 

 

Estudos europeus: a farmacocinética do irinotecano e seus principais metabólitos foi investigada em pacientes pediátricos com 

tumores sólidos em estudo Fase I, nas doses de 200 a 720 mg/m2 (infusão de 2 horas, n  =  77). A exposição sistêmica do 

irinotecano, SN-38, APC (7-etil-10-[4-N-(5-ácido aminopentoico)-1-piperidino]- carboniloxicamptotecina) e NPC [7-etil-10-(4-

amino-1-piperidino)-carboniloxicamptotecina] foi dose-proporcional. Parâmetros farmacocinéticos do irinotecano e seus 

metabólitos demonstraram variabilidade interpacientes com valores (média ± desvio padrão) para clearance  plasmático do 

irinotecano de 18 ± 8 L/h/m² e volume de distribuição no estado de equilíbrio de 104 ± 84 L/m². O clearance de irinotecano foi 

26% menor em adolescentes que em crianças e exposições de SN-38 dose-normalizada e SN-38G foram 52% e 105% maiores 

em adolescentes que em crianças, respectivamente. O clearance de irinotecano foi maior e valores doses-normalizadas para 

exposições de SN-38, SN-38G e APC foram menores na população pediátrica que na de adultos. 

Uma análise farmacocinética de irinotecano na população foi realizada em 83 crianças e adolescentes com rabdomiossarcoma 

refratária ou reincidente, tumor neuroectodérmico primitivo (TNEP) incluindo meduloblastoma ou neuroblastoma recebendo 

600 mg/m2 de irinotecano em infusões de 1 hora 1 vez a cada 3 semanas como parte de um estudo Fase II. Valores médios para 

clearance  e ASC de irinotecano demonstraram uma grande variabilidade inter e intraindividual e foram similares àqueles 

determinados na mesma dose no estudo pediátrico europeu de Fase I. 

 

Sexo: a farmacocinética do irinotecano não parece ser influenciada pelo sexo. 

 

Raça: a influência da raça na farmacocinética do irinotecano não foi avaliada. 

 

Insuficiência hepática: clearance do irinotecano é diminuído em pacientes com disfunção hepática enquanto a exposição 

relativa ao metabólito ativo SN-38 é aumentado. A magnitude destes efeitos é proporcional ao grau de comprometimento do 

fígado, avaliado pelas elevações na concentração sérica de bilirrubina total e transaminases (vide item 8. POSOLOGIA E MODO 

DE USAR). 

 

Insuficiência renal: não foi avaliada a influência da insuficiência renal sobre a farmacocinética do irinotecano (vide item 8. 

POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

Dados de segurança pré-clínicos 

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Toxicologia: a toxicidade aguda intravenosa de irinotecano em animais é mostrada a seguir. Após doses intravenosas únicas de 

aproximadamente 111 mg/kg em camundongos e 73 mg/kg em ratos (aproximadamente 2,6 e 3,4 vezes a dose recomendada para 

humanos de 125 mg/m2, respectivamente) os animais evoluíram para o óbito. As mortes foram precedidas de cianose, tremores, 

angústia respiratória e convulsões. Estudos de toxicidade subaguda mostraram que irinotecano afeta tecidos com rápida 

proliferação celular (medula óssea, epitélio intestinal, timo, baço, nodos linfáticos e testículos). 

 

 

Espécie 

DL50 (mg/kg) 

Camundongo 

132-134 

 

 

Ratos 

84-85 

 

 

Cães 

40-80 

 

 

 

 

Carcinogenicidade e Mutagenicidade: não foram conduzidos estudos de carcinogenicidade em longo prazo com irinotecano. 

Entretanto, foram realizados bioensaios com ratos recebendo por via IV doses de 2 mg/kg ou 25 mg/kg, 1 vez por semana, 

durante 13 semanas, com um período posterior de observação de 91 semanas (em estudos separados, a dose de 25 mg/kg produziu 

uma Cmáx e uma ASC para o irinotecano cerca de 7,0 vezes e 1,3 vezes os valores respectivos em pacientes que receberam 125 

mg/m2). Nessas condições, houve um aumento linear significativo na incidência de sarcoma e pólipos do estroma uterino. 

O irinotecano e o SN-38 foram mutagênicos na análise de Ames in vitro. No entanto, em testes in vitro em células ovarianas de 

hamster chinês, o irinotecano produziu um aumento significativo na incidência de aberrações cromossômicas de maneira dose-

dependente. Adicionalmente, em testes in vivo em camundongo, uma dose única intraperitoneal de irinotecano variando entre 

2,5 a 200 mg/kg, causou um aumento significativo e dose-dependente nos micronúcleos policromáticos eritrocíticos e uma 

diminuição na taxa de reticulocítico/eritrocítico nas células da medula óssea. 

 

Reprodução: não foram observados efeitos adversos significativos sobre a fertilidade e desempenho reprodutivo geral após a 

administração de irinotecano, por via intravenosa, em doses de até 6 mg/kg/dia em ratos. Entretanto, após doses diárias múltiplas 

de irinotecano observou-se atrofia dos órgãos reprodutores dos machos, tanto em roedores na dose de 20 mg/kg (que, em estudos 

separados, produziu uma Cmáx e uma área sob a curva para o irinotecano cerca de 5 vezes e 1 vez, respectivamente, os valores 

correspondentes em pacientes que receberam 125 mg/m2 semanalmente) quanto em cães na dose de 0,4 mg/kg (que, em estudos 

separados, produziu uma Cmáx e uma área sob a curva para o irinotecano cerca de metade e uma vez e meia, respectivamente, os 

valores correspondentes em pacientes que receberam 125 mg/m2 semanalmente). 

Radioatividade relacionada ao 14C-irinotecano atravessa a placenta de ratas após administração intravenosa de 10 mg/kg (que, 

em estudos separados produziu uma Cmáx  e ASC do irinotecano cerca de 3 e 0,5 vezes, respectivamente, aos valores 

correspondentes em pacientes recebendo 125 mg/m2). O irinotecano foi teratogênico em ratos com doses maiores que 1,2 

mg/kg/dia (que, em estudos separados produziu Cmáx e ASC cerca de 2/3 e 1/40, respectivamente, dos valores correspondentes 

em pacientes recebendo 125 mg/m2) e em coelhos a 6 mg/kg/dia (cerca de 1,5 da dose humana recomendada semanalmente na 

base mg/m2). Efeitos teratogênicos incluem uma variedade de anormalidades externas, viscerais e esqueléticas. O irinotecano 

administrado a ratas durante o período após organogênese até desmame em doses de 6 mg/kg/dia causou diminuição da 

habilidade de aprendizado e diminuiu o ganho de peso corporal das ratas da ninhada. 

 

4. CONTRAINDICAÇÕES 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a qualquer 

componente da fórmula (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, 

este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve informar 

imediatamente o médico em caso de suspeita de gravidez. 

 

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 

Administração: o cloridrato de irinotecano tri-hidratado deve ser administrado obrigatoriamente sob a supervisão de um médico 

com experiência no uso de agentes quimioterápicos para neoplasia. O controle apropriado de complicações somente é possível 

quando estiverem disponíveis os recursos adequados para diagnóstico e tratamento.

 

 

O uso de cloridrato de irinotecano tri-hidratado nas situações a seguir deve ser avaliado através da análise dos benefícios e riscos 

esperados, e indicado quando os benefícios superarem os possíveis riscos: 

 

  em pacientes que apresentam um fator de risco (particularmente os com performance status = 2 OMS). 

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  em raros casos, onde os pacientes apresentam recomendações relacionadas ao controle de eventos adversos (necessidade 

de tratamento antidiarreico imediato e prolongado combinado a alto consumo de fluidos no início da diarreia tardia). 

Recomenda-se estrita supervisão hospitalar a tais pacientes. 

 

Sintomas colinérgicos: os pacientes podem apresentar sintomas colinérgicos como rinite, salivação aumentada, miose, 

lacrimejamento, diaforese, rubor (vasodilatação), bradicardia e aumento do peristaltismo intestinal, que pode causar cólicas 

abdominais e diarreia em fase inicial da administração (por ex.: diarreia ocorrendo geralmente durante ou até 8 horas da 

administração de cloridrato de irinotecano tri-hidratado). Esses sintomas podem ser observados durante, ou logo após, a infusão 

de cloridrato de irinotecano tri-hidratado. Possivelmente eles se relacionam à atividade anticolinesterásica do fármaco inalterado 

e são mais frequentes em administração de doses mais altas. Em pacientes com sintomas colinérgicos a administração terapêutica, 

ou profilática, de atropina 0,25 a 1 mg por via intravenosa ou subcutânea deve ser considerada (a não ser que contraindicada 

clinicamente). 

 

Extravasamento: embora cloridrato de irinotecano tri-hidratado não seja, sabidamente, vesicante, deve-se tomar cuidado para 

evitar extravasamento e observar o local da infusão quanto a sinais inflamatórios. Caso ocorra extravasamento, recomenda-se 

infusão para “lavar” o local de acesso (flushing) e aplicação de gelo. 

 

Hepático: em estudos clínicos foram observadas, em menos de 10% dos pacientes, anormalidades das enzimas hepáticas de 

Graus 3 ou 4 de acordo com os Critérios Comuns de Toxicidade do National Cancer Institute (NCI). Esses eventos ocorrem 

tipicamente em pacientes com metástases hepáticas conhecidas e não estão claramente relacionados ao cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado. 

 

Hematológico:  o cloridrato de irinotecano tri-hidratado frequentemente causa neutropenia, leucopenia e anemia, inclusive 

graves, devendo ser evitado em pacientes com insuficiência aguda grave da medula óssea. A trombocitopenia grave é incomum. 

Nos estudos clínicos, a frequência de neutropenia Graus 3 e 4 NCI foi significativamente maior em pacientes que haviam recebido 

previamente irradiação pélvica/abdominal do que naqueles que não haviam recebido tal irradiação. Pacientes com níveis séricos 

basais de bilirrubina total de 1,0 mg/dL ou mais, também tiveram uma probabilidade significativamente maior de ter neutropenia 

Grau 3 ou 4 na primeira dose do que aqueles cujos níveis de bilirrubina eram menores do que 1,0 mg/dL. Não houve diferenças 

significativas na frequência de neutropenia Grau 3 ou 4 por idade ou sexo (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

Neutropenia febril (neutropenia Grau 4 NCI e febre Grau  2) ocorreu em menos de 10% dos pacientes nos estudos clínicos. 

Mortes devido à sepse após neutropenia grave foram relatadas em pacientes tratados com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

Complicações neutropênicas devem ser tratadas prontamente com suporte antibiótico. A terapia com cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado deve ser temporariamente descontinuada caso ocorra neutropenia febril ou se a contagem absoluta de neutrófilos 

cair abaixo de 1.000/mm3. A dose do produto deve ser reduzida no caso de ocorrência de neutropenia não febril clinicamente 

significativa (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

Pacientes com atividade UGT1A1 reduzida: a conversão metabólica de irinotecano ao metabólito ativo SN-38 é mediada pela 

enzima carboxilesterase e ocorre primariamente no fígado. Subsequentemente o SN-38 sofre conjugação para formar o 

metabólito inativo glucuronida SN-38G. Esta reação de glucuronidação é mediada primariamente pela transferase glucuronosil-

difosfato uridina 1A1 (UGT1A1), que é codificada pelo gene UGT1A1 (vide item 3. CARACTERÍSTICAS 

FARMACOLÓGICAS  –  Propriedades Farmacocinéticas). Este gene é altamente polimórfico, resultando em capacidades 

metabólicas variáveis entre indivíduos. Uma variação específica do gene UGT1A1 inclui um polimorfismo na região promotora 

conhecida como alelo variante UGT1A1 28. Esta variação e outras deficiências congênitas na expressão UGT1A1 (tais como 

Crigler-Najjar e síndrome de Gilbert) estão associadas com a redução da atividade enzimática e exposição sistêmica elevada ao 

SN-38. Altas concentrações plasmáticas de SN-38 são observadas em indivíduos homozigóticos para o alelo UGT1A1*28 

(também referente ao genótipo UGT1A1 7/7) versus pacientes que possuam um ou dois alelos tipo selvagem. 

 

Outro polimorfismo específico do gene UGT1A1 (que reduz a atividade dessa enzima) é uma mutação missense conhecida como 

variante UGT1A1*6. 

 

Pacientes com variantes UGT1A1*28 ou *6 (especialmente se homozigóticos) apresentam risco aumentado de apresentar 

eventos adversos, como neutropenia e diarreia. Deve ser considerada uma dose inicial reduzida de irinotecano para pacientes 

homozigóticos (vide item 8. Posologia e Modo de Usar). Além disso, *28 e *6 pacientes homozigóticos e heterozigóticos devem 

ser monitorados de perto para neutropenia e diarreia. 

 

A redução exata da dose inicial nesses pacientes não foi estabelecida e quaisquer modificações de dose subsequente, devem ser 

baseadas na tolerância individual do paciente ao tratamento. 

 

Para identificar pacientes com risco aumentado de neutropenia e diarreia, a genotipagem UGT1A1 pode ser útil. Mais em 

detalhes, a genotipagem UGT1A1*28 pode ser útil em caucasianos, africanos e latinos, UGT1A1*6 em pessoas do leste asiático 

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e UGT1A1*28 e *6 combinadas em chineses e japoneses, uma vez que essas são as populações em que essas variantes são mais 

prevalentes. 

 

Os pacientes devem ser sempre monitorados quanto à toxicidade hematológica. Para maiores detalhes quanto ao início do novo 

ciclo e eventuais ajustes de doses, verificar na Tabela 3. Ajustes Posológicos Recomendados para Esquema com Agente Único 

(vide item 8. Posologia e Modo de Usar). 

Os parâmetros hematológicos mínimos aceitáveis para início de tratamento estão descritos nesta tabela. 

 

Reações de hipersensibilidade: foram relatadas reações de hipersensibilidade, inclusive reações anafilática/anafilactoide 

graves. 

 

Efeitos imunossupressores/Aumento da suscetibilidade a infecções: a administração de vacinas com microrganismos vivos 

ou atenuados em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo cloridrato de irinotecano tri-hidratado, 

pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas contendo microrganismos vivos deve ser evitada em 

pacientes recebendo cloridrato de irinotecano tri-hidratado. As vacinas com microrganismos mortos ou inativados podem ser 

administradas, no entanto, a resposta a esta vacina pode ser diminuída. 

 

Diarreia tardia: a diarreia tardia (aquela que ocorre mais de 8 horas após a administração do produto) pode ser prolongada e 

pode levar à desidratação, desequilíbrio eletrolítico ou sepse, constituindo um risco de morte potencial. Nos estudos clínicos que 

testaram o esquema posológico a cada 3 semanas, a diarreia tardia foi iniciada, em média, após 5 dias da infusão de cloridrato 

de irinotecano tri-hidratado; já nos estudos que avaliaram a posologia semanal, este intervalo médio era de 11 dias. Nos pacientes 

que começaram o tratamento com a dose semanal de 125 mg/m2, o tempo médio de duração de qualquer Grau de diarreia tardia 

foi de 3 dias. Nos pacientes tratados com a dose semanal de 125 mg/m2 que tiveram diarreia Grau 3 ou 4, o tempo médio de 

duração de todo o episódio de diarreia foi de 7 dias. Resultados de um estudo prospectivo de um esquema semanal de tratamento 

não demonstraram diferença na taxa de diarreia tardia em pacientes com 65 anos ou mais em relação a pacientes com menos de 

65 anos. Entretanto, pacientes com 65 anos ou mais, devem ser monitorados de perto devido ao risco aumentado de diarreia 

precoce observada nesta população. Ulceração do cólon, algumas vezes com sangramento, foi observada em associação à diarreia 

induzida pelo irinotecano. 

A diarreia tardia deve ser tratada com loperamida imediatamente após observar-se o primeiro episódio de fezes amolecidas, ou 

malformadas, ou ainda, na ocorrência de evacuações em frequência maior do que a esperada pelo paciente. O regime de dose 

recomendado para a loperamida é de 4 mg à primeira ocorrência de diarreia tardia, seguidos de 2 mg a cada 2 horas até que o 

paciente não apresente diarreia por, pelo menos, 12 horas. Durante a noite, o paciente pode utilizar 4 mg de loperamida a cada 4 

horas. O uso de loperamida nestas doses não é recomendado por mais de 48 horas consecutivas (risco de íleo paralítico) e nem 

por menos de 12 horas. A pré-medicação com loperamida não é recomendada. Pacientes com diarreia devem ser cuidadosamente 

monitorados e em caso de desidratação, devem ser realizadas reposições hídrica e eletrolítica. Se os pacientes apresentarem íleo 

paralítico, febre ou neutropenia grave, tratamento de suporte com antibióticos deve ser administrado. Além do tratamento 

antibiótico, a hospitalização é recomendada para o tratamento de diarreia, nos seguintes casos: 

- diarreia com febre; 

- diarreia grave (requerendo hidratação intravenosa); 

- pacientes com vômito associado à diarreia tardia; 

- diarreia persistindo por cerca de 48 horas após o início da terapia com altas doses de loperamida. 

 

Após o primeiro ciclo de tratamento, os ciclos quimioterápicos semanais subsequentes só devem ser iniciados quando a função 

intestinal do paciente retornar ao padrão pré-tratamento por, pelo menos, 24 horas sem a necessidade de medicação antidiarreica. 

Se ocorrer diarreia tardia Grau 2, 3 ou 4 (NCI), a administração de cloridrato de irinotecano tri-hidratado deve ser descontinuada 

e retomada em dose reduzida assim que o paciente se recuperar (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

Doença inflamatória crônica e/ou obstrução intestinal: em caso de obstrução intestinal os pacientes não devem ser tratados 

com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

Náuseas e vômitos: o cloridrato de irinotecano tri-hidratado é emetogênico, como os quadros de náuseas e vômitos podem ser 

intensos  ocorrendo geralmente, durante ou logo após a infusão do irinotecano, recomenda-se que os pacientes recebam 

antieméticos pelo menos 30 minutos antes da infusão de cloridrato de irinotecano tri-hidratado. O médico também deve 

considerar a utilização subsequente de esquema de tratamento antiemético se necessário. Pacientes com vômito associado à 

diarreia tardia devem ser hospitalizados assim que possível para tratamento. 

 

Neurológico: tontura foi observada e pode, algumas vezes, representar evidência sintomática de hipotensão ortostática em 

pacientes com desidratação. 

 

Renal: elevação dos níveis séricos de creatinina ou ureia foram observados. Ocorreram casos de insuficiência renal aguda. Esses 

eventos foram atribuídos à complicações infecciosas ou à desidratação, relacionada à náusea, vômitos ou diarreia. Há raros 

relatos de disfunção renal decorrente de síndrome de lise tumoral. 

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Respiratório:  observou-se dispneia de Grau 3 ou 4 NCI, mas é desconhecido o quanto patologias preexistentes e/ou 

envolvimento pulmonar maligno contribuem para o sintoma. Em estudos iniciais no Japão, pequena porcentagem dos pacientes 

evoluiu com uma síndrome pulmonar, com potencial risco de morte, que se apresenta através de dispneia, febre e de um padrão 

reticulonodular na radiografia de tórax. Porém, o quanto o cloridrato de irinotecano tri-hidratado contribuiu para estes eventos é 

desconhecido,  pois os pacientes também apresentavam tumores pulmonares,  e alguns, moléstia pulmonar não maligna 

preexistente. 

 

Doença pulmonar intersticial, manifestada através de infiltrado pulmonar, é incomum durante terapia com irinotecano tri-

hidratado, mas quando presente pode ser fatal. 

São fatores de risco para o desenvolvimento desta complicação: doenças pulmonares preexistentes, uso de fármacos 

pneumotóxicos, terapia de radiação e uso de fatores de estimulação de colônias. Na presença de um ou mais destes fatores o 

paciente deve ser cuidadosamente monitorado quanto a sintomas respiratórios antes e durante a terapia com cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado. 

 

Outros: uma vez que este produto contém sorbitol, não é recomendado o uso em pacientes com intolerância hereditária à frutose. 

 

Atenção: Contém sorbitol (tipo de açúcar) 

 

Uso durante a Gravidez: Não existem estudos adequados e bem controlados de irinotecano em mulheres grávidas. O irinotecano 

é teratogênico em ratos e coelhos (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS  –  Dados de Segurança Pré-

Clínicos). O cloridrato de irinotecano tri-hidratado pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas. Mulheres 

com potencial para engravidar não devem iniciar o irinotecano até que a gravidez seja excluída. A gravidez deve ser evitada se 

um dos parceiros estiver recebendo irinotecano. 

Devido ao potencial de genotoxicidade, aconselhe pacientes do sexo feminino com potencial reprodutivo a usar métodos 

anticoncepcionais altamente eficazes durante o tratamento e por 6 meses após a última dose de irinotecano. 

Devido ao potencial de genotoxicidade, aconselhe pacientes do sexo masculino com parceiras do sexo feminino com potencial 

reprodutivo a usar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento e por 3 meses após a última dose de irinotecano. 

 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, 

este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve informar 

imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. 

 

Uso durante a Lactação: Os dados disponíveis são limitados a apenas um paciente. O irinotecano e seu metabólito ativo SN-

38 foram medidos no leite de um paciente em lactação. O efeito em recém-nascidos / bebês é desconhecido. Devido ao potencial 

de reações adversas graves em lactentes, recomenda-se não amamentar ao receber terapia com irinotecano. Cinco minutos após 

a administração IV de irinotecano marcado em ratas, detectou-se radioatividade no leite, com concentrações plasmáticas até 65 

vezes maiores do que as obtidas no plasma 4 horas após a administração. 

 

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas: o efeito de cloridrato de irinotecano tri-hidratado sobre a habilidade de 

dirigir ou operar máquinas não foi avaliado. Entretanto, pacientes devem ser alertados sobre o potencial de tontura ou distúrbios 

visuais, que podem ocorrer dentro de 24 horas após a administração de cloridrato de irinotecano tri-hidratado e aconselhados a 

não dirigir ou operar máquinas se estes sintomas ocorrerem (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

Populações especiais 

Pediátricoa eficácia do cloridrato de irinotecano tri-hidratado em pacientes pediátricos não foi estabelecida (vide item 3. 

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Propriedades Farmacocinéticas). Em 2 estudos abertos, de braço único, cento e 

setenta crianças com tumores sólidos refratários receberam 50 mg/m2 de irinotecano por 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas. 

Destes, 54 pacientes (31,8%) evoluíram com neutropenia de Grau 3-4, 15 (8,8%) com neutropenia febril, 35 (20,6%) com diarreia 

Grau 3-4. Estes resultados são comparáveis aos obtidos em adultos. 

Em outro estudo 21 crianças com rabdomiossarcoma não tratado previamente, receberam 20 mg/m2 de irinotecano por 5 dias 

consecutivos nas semanas 0, 1, 3 e 4; e subsequentemente terapia multimodal. O aumento da fase de agente único do irinotecano 

foi interrompido devido a alta taxa de doença progressiva (28,6%) e de mortes precoces (14%). O perfil de eventos adversos foi 

diferente do observado em adultos. O evento adverso de Grau 3-4 mais significativo foi a desidratação observada em 6 pacientes 

(28,6%); associada à hipocalemia grave, em 5 pacientes (23,8%) e a hiponatremia, em 3 pacientes (14,3%). Além disto, infecções 

de Grau 3-4 foram relatadas em 5 pacientes (23,8%) (durante todos os cursos de terapia e independente da relação causal). 

 

Idosos:  recomendações específicas sobre a dosagem para essa população dependem do esquema utilizado (vide item 8. 

POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

Insuficiência hepática:  em pacientes com hiperbilirrubinemia, o clearance  do irinotecano é diminuído (vide item 3. 

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS  -  Propriedades Farmacocinéticas), e portanto, o risco de hematotoxicidade é 

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aumentado. O uso de irinotecano em pacientes com concentração de bilirrubina sérica total acima de 3,0 vezes o limite superior 

estabelecido pelo laboratório, administrado como agente único em uma a cada 3 semanas previstas, ainda não foi estabelecida 

(vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). A função hepática basal deve ser obtida antes do início do tratamento e 

monitorada mensalmente, com novas coletas se clinicamente indicado. 

 

Radioterapia: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica/abdominal têm maior risco de mielossupressão após a 

administração de irinotecano. Estes casos exigem cautela no tratamento de pacientes com extensa radiação prévia. Dependendo 

do esquema preconizado, doses específicas podem ser necessárias (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

Performance status (ECOG –  Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de performance status 

possuem risco aumentado de desenvolverem eventos adversos relacionados ao irinotecano. Recomendações específicas de 

dosagem para pacientes com ECOG performance status  de 2 podem se aplicar a essa população, dependendo do esquema 

utilizado (vide item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). Pacientes com performance status de 3 ou 4 não devem receber 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado. Em estudos clínicos que compararam pacientes recebendo irinotecano/5-

fluoruracila/folinato de cálcio ou 5-fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas maiores de hospitalização, neutropenia 

febril, tromboembolismo, descontinuação do tratamento no primeiro ciclo e óbitos precoces em pacientes com performance 

status basal de 2, quando comparados a pacientes com performance status basal de 0 ou 1. 

 

Neoplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão mais importante e outras toxicidades 

quando o irinotecano é administrado. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada nesses pacientes (vide item 8. 

POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 

Inibidores do CYP3A4 e/ou UGT1A1 

O irinotecano e o metabólito ativo SN-38 são metabolizados por meio da isoenzima do citocromo humano P450 3A4 (CYP3A4) 

e pela uridina glucuronosil-difosfato transferase 1A1 (UGT1A1) (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – 

Propriedades Farmacocinéticas). A coadministração de irinotecano com inibidores do CYP3A4 e/ou UGT1A1 pode resultar em 

maior exposição sistêmica ao irinotecano e ao metabólito ativo SN-38. Médicos devem levar isso em consideração ao 

administrarem cloridrato de irinotecano tri-hidratado com estes medicamentos. 

 

-  cetoconazol:  o  clearance  do irinotecano é reduzido significativamente em pacientes recebendo concomitantemente 

cetoconazol, aumentando assim a exposição ao SN-38. O cetoconazol deve ser descontinuado pelo menos 1 semana antes de 

iniciar o tratamento com cloridrato de irinotecano tri-hidratado e não deve ser administrado durante a terapia com o irinotecano. 

 

- sulfato de atazanavir: a coadministração do sulfato de atazanavir, um inibidor do CYP3A4 e do UGT1A1, tem o potencial de 

aumentar a exposição sistêmica ao SN-38, o metabólito ativo do irinotecano tri-hidratado. Médicos devem levar isto em 

consideração ao coadministrarem estes medicamentos. 

 

Indutores do CYP3A4 

-  anticonvulsivantes:  a coadministração de anticonvulsivantes indutores enzimáticos do CYP3A (ex. carbamazepina, 

fenobarbital ou fenitoína) resultam em redução da exposição ao metabólito ativo SN-38. Deve-se ter cautela ao iniciar ou 

substituir anticonvulsivantes não indutores enzimáticos pelo menos 1 semana antes do início da terapia com cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado em pacientes que requerem tratamento com anticonvulsivantes. 

 

- erva de São João (Hypericum perforatum): a exposição ao metabólito SN-38 é reduzida em pacientes recebendo a erva de 

São João concomitantemente. A erva de São João deve ser descontinuada pelo menos 1 semana antes do primeiro ciclo de 

irinotecano e não deve ser administrada durante a terapia com o cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

Outras interações 

- bloqueadores neuromusculares: a interação entre cloridrato de irinotecano tri-hidratado e bloqueadores neuromusculares não 

pode ser descartada, uma vez que o irinotecano tem atividade anticolinesterase. Fármacos com esta atividade podem prolongar 

o efeito neuromuscular do suxametônio e o bloqueio neuromuscular de fármacos não despolarizantes podem ser antagonizados. 

 

- agentes antineoplásicos: eventos adversos de cloridrato de irinotecano tri-hidratado, como a mielossupressão e a diarreia, 

podem ser exacerbados pela associação com outros agentes antineoplásicos que causem eventos adversos semelhantes. 

 

-  dexametasona: foi relatada linfocitopenia em pacientes em tratamento com cloridrato de irinotecano tri-hidratado, sendo 

possível que a administração de dexametasona como profilaxia antiemética possa aumentar a probabilidade de ocorrência de 

linfocitopenia. Contudo, não foram observadas infecções oportunistas graves e nenhuma complicação foi especificamente 

atribuída à linfocitopenia. 

Foi também relatada hiperglicemia em pacientes com histórico de diabetes mellitus ou evidência de intolerância à glicose 

previamente à administração de cloridrato de irinotecano tri-hidratado. É provável que a dexametasona, aplicada como profilaxia 

antiemética, possa ter contribuído para o surgimento de hiperglicemia em alguns pacientes. 

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 - laxantes: é esperado que laxantes usados durante a terapia com irinotecano piorem a incidência ou gravidade da diarreia. 

 

- diuréticos: desidratação secundária a vômitos e/ou diarreia pode ser induzida por cloridrato de irinotecano tri-hidratado. O 

médico pode considerar a suspensão do diurético durante o tratamento com o irinotecano e durante períodos ativos de vômitos e 

diarreia. 

 

-  bevacizumabe:  resultados de um estudo específico de interação medicamentosa não demonstraram qualquer efeito 

significativo do bevacizumabe na farmacocinética do irinotecano e seu metabólito ativo SN-38. 

 

- vacinas: a administração de vacinas vivas ou atenuadas em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, 

incluindo irinotecano tri-hidratado, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada 

em pacientes recebendo irinotecano. As vacinas mortas ou inativadas podem ser administradas. Entretanto, a resposta a tais 

vacinas pode ser diminuída. 

 

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 

Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), proteger da luz. O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses 

a partir da data de fabricação. Os frascos contendo o medicamento devem ser protegidos da luz e mantidos dentro do cartucho 

até a utilização. O medicamento não deve ser congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente qualquer solução não 

utilizada. 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

Características do produto: cloridrato de irinotecano tri-hidratado apresenta-se na forma de líquido límpido amarelado. 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

 

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR 

Precauções no Preparo e Administração 

Assim como ocorre com outros agentes antineoplásicos potencialmente tóxicos, deve-se ter cuidado no manuseio e preparo de 

soluções para infusão contendo cloridrato de irinotecano tri-hidratado. Recomenda-se a utilização de luvas. 

Caso a solução de cloridrato de irinotecano tri-hidratado entre em contato com a pele, lave-a imediata e cuidadosamente com 

água e sabão. Caso o produto entre em contato com membranas mucosas, enxágue cuidadosamente com água. 

 

Medicamentos de uso parenteral devem ser inspecionados visualmente quanto à presença de material particulado e descoloração 

sempre que a solução e o recipiente permitirem, antes da administração. Inspecione o conteúdo do recipiente verificando a 

existência de partículas e repita a inspeção no momento da transferência da solução do frasco-ampola para a seringa. 

 

Preparo e Estabilidade da Solução para Infusão 

O produto deve ser diluído, de preferência, em soro glicosado a 5% ou solução injetável de cloreto de sódio a 0,9%, para atingir 

uma concentração final de 0,12 a 2,8 mg/mL. 

 

A solução é física e quimicamente estável por até 24 horas em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e em luz ambiente 

fluorescente. As soluções diluídas em soro glicosado a 5%, mantidas sob refrigeração (aproximadamente entre 2°C e 8°C) e 

protegidas de luz, permanecem física e quimicamente estáveis por 48 horas. Não se recomenda a refrigeração de soluções diluídas 

com cloreto de sódio a 0,9%, devido à baixa e esporádica incidência de material particulado visível. Devido à possível 

contaminação microbiana durante a diluição, recomenda-se a utilização da solução preparada dentro de 24 horas, quando mantida 

sob refrigeração (entre 2°C e 8°C), ou dentro de 6 horas, caso mantida em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Não se 

deve adicionar outros fármacos à solução de infusão. 

 

Posologia 

Todas as doses de cloridrato de irinotecano tri-hidratado devem ser administradas em infusão intravenosa ao longo de 30 a 90 

minutos. 

 

Tratamento da neoplasia colorretal 

 

Esquemas posológicos como agente único 

Esquemas posológicos como agente único foram extensivamente estudados na neoplasia colorretal metastática. Estes regimes 

podem ser usados no tratamento de pacientes com outras indicações de câncer (vide item 1. INDICAÇÕES). 

 

Dose Inicial 

Esquema Posológico Semanal: a dose inicial recomendada de cloridrato de irinotecano tri-hidratado como agente único é de 

125 mg/m2. Uma dose inicial menor pode ser considerada (por ex., 100 mg/m2) para pacientes com uma das seguintes condições: 

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radioterapia extensa anterior, performance status de 2, níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. O tratamento deve 

ser realizado em ciclos repetidos de 6 semanas, compreendendo infusão semanal por 4 semanas, seguido de 2 semanas de 

descanso. Recomenda-se que as doses posteriores sejam ajustadas a um valor máximo de 150 mg/m2 ou mínimo de 50 mg/m2, 

com incrementos de 25 mg/m2 a 50 mg/m2, dependendo da tolerância individual ao tratamento de cada paciente (vide Tabela 3). 

 

Esquema Posológico de 1 Vez a cada 2 Semanas: a dose inicial usual recomendada de cloridrato de irinotecano tri-hidratado 

é de 250 mg/m2 a cada 2 semanas, por infusão intravenosa. Uma dose inicial menor pode ser considerada (por ex., 200 mg/m2) 

para pacientes com qualquer uma das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais, radioterapia extensa anterior, performance 

status de 2, níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. 

 

Esquema Posológico de 1 Vez a cada 3 Semanas: a dose inicial usual recomendada de cloridrato de irinotecano tri-hidratado 

para o esquema posológico de 1 dose a cada 3 semanas é de 350 mg/m2 por infusão intravenosa. Uma dose inicial menor pode 

ser considerada (por ex., 300 mg/m2) para pacientes com qualquer uma das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais, que 

receberam radioterapia extensa anterior, performance status de 2, níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. 

 

Doses subsequentes devem ser ajustadas para 200 mg/m2, com incrementos de 50 mg/m2, dependendo da tolerância individual 

do paciente ao tratamento (vide Tabela 3). 

 

Desde que o paciente não desenvolva um efeito tóxico intolerável, o tratamento com ciclos terapêuticos adicionais de cloridrato 

de irinotecano tri-hidratado pode ser continuado indefinidamente, desde que os pacientes continuem a obter um benefício clínico. 

 

Populações especiais 

 

Pacientes com Disfunção Hepática 

Em pacientes com disfunção hepática, as seguintes doses iniciais são recomendadas (Tabelas 1 e 2):

 

 

Tabela 1 – Dose inicial em pacientes com disfunção hepática: esquema posológico como agente único semanal 

 

Concentração de bilirrubina sérica total 

Concentração sérica TGO/TGP 

Dose inicial (mg/m2) 

1,5-3,0 x PRAN

 

≤5,0 x PRAN 

60 

3,1-5,0 x PRAN

 

≤5,0 x PRAN 

50 

< 1,5 x PRAN

 

5,1-20,0 x PRAN

 

60 

1,5-5,0 x PRAN

 

5,1-20,0 x PRAN

 

40 

* PRAN - Padrão de Referência Acima do Normal.

 

 

Tabela 2 – Dose inicial em pacientes com disfunção hepática: esquema posológico de 1 vez a cada 3 semanas 

 

Concentração de bilirrubina sérica total 

Dose inicial (mg/m2) 

1,5-3,0 x PRAN

 

200

 

> 3,0 x PRAN

 

Não recomendadoa

 

a. A segurança e a farmacocinética do cloridrato de irinotecano tri-hidratado administrado 1 vez a cada 3 semanas não foi definida 

em pacientes com bilirrubina > 3,0 x Padrão de Referência Acima do Normal (PRAN) e este esquema não é recomendado a estes 

pacientes. 

 

Pacientes com Disfunção Renal 

Estudos nesta população não foram conduzidos (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades 

Farmacocinéticas). Portanto, deve-se ter cautela em pacientes com disfunção renal. O irinotecano não é recomendado para o uso 

em pacientes sob diálise. 

 

Esquemas posológicos em combinação 

Dose inicial 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado combinado com 5-fluoruracila (5-FU) e folinato de cálcio a cada 2 semanas: 

para todos os

 esquemas posológicos a dose recomendada para uso em pacientes com neoplasia colorretal metastática. Para 

todos os esquemas posológicos, a dose de folinato de cálcio deve ser administrada imediatamente após cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado com a administração de 5-FU imediatamente após a administração de folinato de cálcio. Os esquemas posológicos 

recomendados estão descritos a seguir: 

 

 

Esquema posológico 1: A dose inicial recomendada é de 125 mg/m² de cloridrato de irinotecano tri-hidratado, 500 mg/m² de 

5-FU, e 20 mg/m2 de folinato de cálcio. O tratamento deve ser dado em ciclos repetidos de 6 semanas, incluindo tratamento 

semanal por 4 semanas, seguido de um repouso de 2 semanas. 

 

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Doses iniciais menores podem ser consideradas para o cloridrato de irinotecano tri-hidratado (por ex., 100 mg/m2) e 5 -FU (por 

ex., 400 mg/m²) para os pacientes com qualquer uma das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais ou que receberam 

radioterapia extensa anterior, performance status de 2 ou que apresentam níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. 

 

Esquema Posológico de cloridrato de irinotecano tri-hidratado em combinação com a cisplatina: o cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado foi estudado em combinação com a cisplatina para a neoplasia de pulmão de células pequenas e não pequenas, 

neoplasia de colo de útero e neoplasia gástrica. Esse esquema pode ser utilizado no tratamento de pacientes com outros tipos 

indicados de neoplasia, exceto para a neoplasia colorretal (vide item 1. INDICAÇÕES). 

A dose recomendada para início de tratamento é de 65 mg/m2 de cloridrato de irinotecano tri-hidratado e 30 mg/m2 de cisplatina. 

Uma dose menor inicial de cloridrato de irinotecano tri-hidratado (por ex., 50 mg/m2) pode ser considerada para pacientes com 

qualquer das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais, radioterapia extensa anterior, performance status de 2, níveis 

aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. O tratamento deve ser dado em ciclos repetidos de 6 semanas, incluindo 

tratamento semanal por 4 semanas, seguido de um repouso de 2 semanas. 

 

Duração do tratamento 

Tanto para o esquema de agente único como para o combinado, o tratamento com ciclos adicionais de cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado pode ser continuado indefinidamente em pacientes que obtenham uma resposta tumoral ou em pacientes  cuja 

neoplasia permaneça estável. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados para toxicidade e devem ser retirados da 

terapia se ocorrer toxicidade inaceitável não responsiva à modificação da dose e cuidados rotineiros de suporte. 

 

Recomendações para ajustes posológicos 

A Tabela 3 descreve as modificações posológicas recomendadas durante um ciclo de tratamento e no início de cada ciclo 

subsequente de tratamento para o esquema posológico como agente único. Essas recomendações baseiam-se nos efeitos tóxicos 

observados comumente com a administração desse produto. Para modificações no início do ciclo subsequente de terapia, a dose 

de irinotecano deve ser diminuída à dose inicial do ciclo anterior. 

As modificações de dose recomendadas durante um ciclo de terapia e no início de cada ciclo subsequente de terapia com 

irinotecano, 5-FU e folinato de cálcio estão descritas na Tabela 4. 

 

As modificações de dose para irinotecano e cisplatina no início de cada ciclo de terapia estão descritos na Tabela 5, enquanto 

recomendações de modificações de dose durante um ciclo de terapia estão descritos na Tabela 6. 

 

Todas as modificações de dose devem ser baseadas na pior toxicidade observada previamente. Um novo ciclo de terapia não 

deve ser iniciado até que o paciente tenha se recuperado para Grau 2 ou menos da toxicidade. Tratamento deve ser adiado por 1 

a 2 semanas para a recuperação da toxicidade relacionada ao tratamento. Se o paciente não se recuperar após um adiamento de 

2 semanas, deve-se considerar a descontinuação do tratamento com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

Tabela 3. Ajustes Posológicos Recomendados para Esquema com Agente Único 

 

Um novo ciclo de tratamento não deve ser iniciado, até que o número de granulócitos tenha aumentado para ≥ 

1.500/mm3, o número de plaquetas tenha aumentado para ≥ 100.000/mm3 e a diarreia relacionada ao tratamento 

tenha se resolvido completamente. O tratamento deve ser adiado por 1 a 2 semanas, para permitir a recuperação 

dos efeitos tóxicos relacionados ao tratamento. Se o paciente não tiver se recuperado após um adiamento de 2 

semanas, deve-se considerar a descontinuação do tratamento com o cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

Grau de toxicidade do NCIb 

(Valor) 

Durante um ciclo de 

tratamento 

No início do ciclo subsequente de 

tratamento (após a recuperação 

adequada), em comparação à dose 

inicial no ciclo de tratamento prévioa 

Semanal 

Semanal 

Uma dose a cada 

2 ou 3 semanas 

Sem toxicidade 

Manter o nível da dose 

25 mg/m2 até a 

dose máxima de 150 

mg/m2 

Manter o nível da 

dose 

Neutropenia 

 

1 (1.500 a 1.999/mm3) 

 

 

Manter o nível da dose 

 

 

Manter o nível da 

dose 

 

 

Manter o nível da 

dose 

2 (1.000 a 1.499/mm3) 

 

25 mg/m2 

 

 

Manter o nível da 

dose 

Manter o nível da 

dose 

3 (500 a 999/mm3) 

 

25 mg/m2 

50 mg/m2 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

Omitir a dose, em seguida 

25 mg/m2, quando for ≤ 

Grau 2 

 

 

4 (< 500/mm3) 

 

 

Omitir a dose, em seguida 

50 mg/m2, quando for ≤ 

Grau 2 

 

 

50 mg/m2 

 

 

50 mg/m2 

 

Febre neutropênica (neutropenia 

de Grau 4 e febre de Grau ≥ 2) 

Omitir a dose, em seguida 

50 mg/m2, quando 

resolvido 

50 mg/m2 

50 mg/m2 

Outras toxicidades hematológicas  As modificações posológicas para leucopenia, trombocitopenia e anemia, 

durante um ciclo de tratamento e no início do ciclo de tratamento 

subsequente, também se baseiam nos critérios de toxicidade do NCI e são 

iguais às recomendadas para a neutropenia acima. 

Diarreia 

1 (2-3 evacuações/dia > pré-trC) 

 

Manter o nível da dose 

 

Manter o nível da 

dose 

 

Manter o nível da 

dose 

 

2 (4-6 evacuações/dia > pré-trC) 

 

25 mg/m2 

 

Manter o nível da 

dose 

 

Manter o nível da 

dose 

 

3 (7-9 evacuações/dia > pré-trC) 

Omitir a dose, em seguida 

25 mg/m2, quando for ≤ 

Grau 2 

25 mg/m2 

50 mg/m2 

 
 

4 (≥ 10 evacuações/dia > pré-trC) 

Omitir a dose, em seguida 

50 mg/m2, quando for ≤ 

Grau 2 

50 mg/m2 

50 mg/m2 

Outros efeitos tóxicos não 

hematológicosd 

 

 

 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da 

dose 

Manter o nível da 

dose 

 

 

 

25 mg/m2 

25 mg/m2 

50 mg/m2 

 

 

 

 

Omitir a dose, em seguida 

25 mg/m2, quando for ≤ 

Grau 2 

25 mg/m2 

50 mg/m2 

 
 

Omitir a dose, em seguida 

50 mg/m2, quando for ≤ 

Grau 2 

50 mg/m2 

50 mg/m2 

Todas as modificações devem se basear no pior efeito tóxico precedente; 

Critérios de Toxicidade Comuns do National Cancer Institute

Antes do tratamento; 

Excluindo alopecia, anorexia, astenia. 

 

Tabela 4: Modificações Recomendadas da Dose para Esquemas Combinados de cloridrato de irinotecano tri-hidratado 

/5-fluoruracila/folinato de cálcio 

 

Pacientes devem retornar à função intestinal pré-tratamento, sem necessidade de medicação antidiarreica pelo menos 24 horas 

antes da administração da quimioterapia. Um novo ciclo de tratamento não deve ser iniciado até que a contagem dos granulócitos 

tenha alcançado ≥ 1.500/mm3, a contagem das plaquetas ≥100.000/mm3 e a diarreia relacionada ao tratamento esteja totalmente 

resolvidas. O tratamento deve ser adiado por 1 a 2 semanas para permitir a recuperação das toxicidades relacionadas ao 

tratamento. Se o paciente não se recuperar depois de 2 semanas, deve-se considerar a interrupção do tratamento com cloridrato 

de irinotecano tri-hidratado. 
 

Grau de Toxicidade do 

NCIb (Valor) 

Durante um Ciclo de Tratamento 

No Início dos Ciclos 

Subsequentes de 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

Tratamento 

Não tóxico

 

Manter o nível da dose

 

Manter o nível da dose

 

Neutropenia 

1 (1.500 a 1.999/mm3)

 

 

2 (1.000 a 1.499/mm3)

 

 

 

3 (500 a 999/mm3)

 

 

 

 

4 (< 500/mm3)

 

 

 

Neutropenia febril 

(neutropenia Grau 4 e 

febre Grau ≥2)

 

 

Manter o nível da dosec 

 
↓1 nível da dosed 

 

 

Omitir a dose, então ↓1 nível da dose quando resolvida para 

Grau ≤2 

 

 

Omitir a dose, então ↓2 níveis da dose quando resolvida para 

Grau ≤2d 

 

Omitir a dose, então ↓2 níveis da dose quando resolvida 

 

Manter o nível da dosec 

 

Manter o nível da dose 

 

 

↓1 nível da dosed 

 

 

 

↓2 níveis da dose 

 

 

↓2 níveis da dose 

Outras toxicidades 

hematológicas 

As modificações da dose para leucopenia ou trombocitopenia durante um ciclo de terapia e 

no início dos ciclos subsequentes de tratamento também têm por base os critérios de 

toxicidade do NCI e são os mesmos recomendados para a neutropenia acima.

 

Diarreia 

1 (2-3 x/dia > pré-trat.e) 

 

 

 

2 (4-6 x/dia > pré-trat.e) 

 

 

3 (7-9 x/dia > pré-trat.e) 

 

 

4 (≥10 x/dia > pré- trat.e) 

 

 

Adiar a dose até resolução da diarreia e depois administrar a 

mesma dose 

 

 

Omitir a dose e após resolução da diarreia ↓1 nível da dose 

 

 

Omitir a dose e após resolução da diarreia ↓1 nível da dose 

 

 

Omitir a dose e após resolução da diarreia ↓2 níveis da dose 

 

Manter o nível da dose 

 

 

 

Manter o nível da dose 

 

 

↓1 nível da dose 

 

 

↓2 níveis da dose 

Outras toxicidades não 

Hematológicasf 

 

 

 

 

 

 

 

 

Manter o nível da dose 

 

Omitir a dose, então ↓1 nível da dose quando resolvida para 

Grau ≤ 1 

 

Omitir a dose, então ↓1 nível da dose quando resolvida para 

Grau ≤ 2  

 

Omitir a dose, então ↓ 2 níveis da dose quando resolvida 

para Grau ≤ 2 

 

 

 

Manter o nível da dose 

 

Manter o nível da dose 

 

 

↓1 nível da dose 

 

 

↓2 níveis da dose 

 

Para mucosite/estomatite diminua somente o 5-FU, não o 

irinotecanog

 

Para mucosite/estomatite 

diminua somente o 5-FU, 

não o irinotecanog

 

a. As modificações da dose referem-se ao 5-fluoracila e cloridrato de irinotecano tri-hidratado; a dose de folinato de cálcio 

permanece fixa em 20 mg/m² (não ajustada); 

b. Critérios de Toxicidade Comuns do National Cancer Institute; 

c. Refere-se à dose inicial utilizada no ciclo anterior;

 

d. Irinotecano: reduções do nível da dose = decréscimos de 25 mg/m2; 5-FU: reduções do nível da dose = decréscimos de 100 

mg/m²; 

e. Pré-tratamento; 

f .Excluir alopecia, anorexia, astenia; 

g. Para mucosite e estomatite diminuída redução apenas de 5-FU, não de irinotecano. 

 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

Tabela 5: Modificações da Dose no Início de Um Novo Ciclo do Esquema Combinado de cisplatina e cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado (mg/m2) - Com Base na Pior Toxicidade Observada no Ciclo Anterior 

 

Um novo ciclo de tratamento não deve ser iniciado até que a contagem dos granulócitos tenha alcançado ≥1.500/mm3 e a 

contagem das plaquetas ≥100.000/mm3 e a diarreia relacionada ao tratamento esteja totalmente resolvida. O tratamento deve ser 

adiado por 1 a 2 semanas para permitir recuperação das toxicidades relacionadas ao tratamento. Se o paciente não se recuperar 

depois de 2 semanas, deve-se considerar a interrupção do tratamento com o cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

Grau de Toxicidade do NCIa 

cisplatinab 

cloridrato de irinotecano 

tri-hidratadoc 

Hematológica 

Grau 0, 1, 2 ou 3 

Grau 4 

Neutropenia febrild, sepse, trombocitopenia 

exigindo transfusão

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

Não Hematológica 

Diarreia 

Grau 0, 1 ou 2 

Grau 3 ou 4  

 

Vômitos 

Grau 0, 1 ou 2 

Grau 3

 

Grau 4 

 

Creatinina Sérica 

< 1,5 mg/dL 

1,5 – 2,0 mg/dL 

> 2,0 mg/dL

 

 

Ototoxicidade 

Grau 0 ou 1  

Grau 2 

Grau 3 ou 4  

 

 

Neurotoxicidade 

Grau 0 ou 1 

Grau 2 

Grau 3 ou 4

 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 2 níveis da dose 

Omitir a dose 

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

Descontinuar a cisplatina 

 

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

Descontinuar a cisplatina

 

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose

 

Outras toxicidades não hematológicas 

Grau 0, 1 ou 2 

Grau 3 ou 4

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

 

Manter o nível da dose 

↓1 nível da dose 

a. Critérios de Toxicidade Comuns do National Cancer Institute

b. cisplatina: reduções do nível da dose = decréscimos de 7,5 mg/m2; 

c. irinotecano: reduções do nível da dose = decréscimos de 10 mg/m2;

 

d. Neutropenia febril é definida como na versão 2 do CTC: temperatura ≥ 38,5oC concomitante com uma CAN < 1,0 x 109/L. 

 

Tabela 6: Modificações da Dose Durante Um Ciclo do Esquema Combinado de cisplatina e cloridrato de irinotecano tri-

hidratado (mg/m2) - Com Base na Pior Toxicidade Observada desde o Ciclo Anterior 

 

Grau de Toxicidade do NCIa 

cisplatinab 

cloridrato de irinotecano tri-

hidratadoc 

Hematológica 

Grau 0 ou 1 

Grau 2 

Grau 3 

Grau 4 

Neutropenia febrild, sepse, 

trombocitopenia exigindo transfusão

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

↓ 2 níveis da dose 

Omitir a dose 

Omitir a dose

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

↓ 2 níveis da dose 

Omitir a dose 

Omitir a dose

 

Não hematológica 

 

 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

Diarreia 

Grau 0 e 1 

Grau 2 

Grau 3 

Grau 4 

 

Vômitos 

Grau 0, 1 ou 2 

Grau 3

 

Grau 4 

 

Creatinina Sérica 

< 1,5 mg/dL 

1,5 – 2,0 mg/dL 

> 2,0 mg/dL

 

 

Ototoxicidade 

Grau 0 ou 1  

Grau 2 

Grau 3 ou 4  

 

Neurotoxicidade 

Grau 0 ou 1  

Grau 2 

Grau 3 ou 4 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

Omitir a dose 

 

 

Manter o nível da dose 

↓1 nível da dose 

↓1 nível da dose 

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 2 níveis da dose 

Omitir a dose 

 

 

Manter o nível da dose 

↓1 nível da dose 

Descontinuar a cisplatina 

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

Descontinuar a cisplatina 

 

 

Manter o nível da dose 

↓ 1 nível da dose 

Omitir a dose 

Omitir a dose

 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

↓1 nível da dose 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

 

 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose 

Manter o nível da dose

 

Outras toxicidades não 

Hematológicas 

Grau 0 ou 1

 

Grau 2, 3 ou 4

 

 

 

Manter o nível da dose 

Omitir a dose

 

 

 

Manter o nível da dose 

Omitir a dose

 

a. Critérios de Toxicidade Comuns do National Cancer Institute; 

b. cisplatina: reduções do nível da dose = decréscimos de 7,5 mg/m2; 

c. cloridrato de irinotecano tri-hidratado = reduções do nível da dose = decréscimos de 10 mg/m2; 

d. Neutropenia febril é definida como na versão 2 do CTC: temperatura ≥38,5ºC concomitante com uma CAN < 1,0 x 109/L. 

 

Dose omitida 

Como esse é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha 

o caso. Caso o paciente falte a uma sessão programada de quimioterapia com esse medicamento, ele deve procurar o seu médico 

para redefinição da programação de tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

 

 

9. REAÇÕES ADVERSAS 

Estudos clínicos 

Dados de reações adversas foram coletados e analisados extensivamente no programa de estudos clínicos de neoplasia colorretal 

metastática recorrente ou que progrediu depois de terapia baseada em 5-FU (segunda linha) e são apresentados a seguir 

(população de pacientes descrita a seguir). Espera-se que as reações adversas ocorridas nas outras indicações sejam semelhantes 

às ocorridas nos casos de tratamento de segunda linha de neoplasia colorretal. 

 

 

Estudos clínicos como agente único, 100 a 125 mg/m2 em esquema de dose semanal 

Em três estudos clínicos, 304 pacientes com carcinoma metastático do cólon ou reto que haviam apresentado recidiva ou avanço 

da doença após terapia baseada em 5-FU foram tratados com cloridrato de irinotecano tri-hidratado em um esquema de dose 

semanal. 

Cinco óbitos (1,6%) foram potencialmente fármaco-dependentes. Os cinco pacientes apresentaram efeitos adversos variados, 

que incluíram efeitos conhecidos do irinotecano (mielossupressão, septicemia neutropênica sem febre, obstrução de intestino 

delgado, acúmulo de fluido, estomatite, náusea, vômitos, diarreia e desidratação). A neutropenia febril, definida como 

neutropenia de Grau 4 pelo NCI e febre de Grau 2 ou maior, ocorreu em outros nove pacientes, tendo esses pacientes se 

recuperado com tratamento de suporte. 

Oitenta e um pacientes (26,6%) foram hospitalizados devido a eventos considerados relacionados ao cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado. As razões principais para a hospitalização fármaco-relacionada foram diarreia, com ou sem náusea e/ou vômitos; 

neutropenia/leucopenia, com ou sem diarreia e/ou febre; e náuseas e/ou vômitos. 

 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

Foram realizados ajustes posológicos durante o ciclo de tratamento e nos ciclos subsequentes, com base na tolerância individual 

do paciente ao irinotecano. As razões mais comuns para a redução de dose foram diarreia tardia, neutropenia e leucopenia. Treze 

pacientes (4,3%) descontinuaram o tratamento com irinotecano devido a eventos adversos. 

 

 

Estudos clínicos como agente único, 300 a 350 mg/m2 em esquema de dose a cada 3 semanas 

Trezentos e dezesseis pacientes com neoplasia colorretal metastática, nos quais a doença progrediu após terapia prévia com 5-

FU, receberam irinotecano em  dois estudos envolvendo administração única a cada 3 semanas. Três óbitos (1%) foram 

potencialmente relacionados ao tratamento com irinotecano, sendo atribuídos à infecção neutropênica, diarreia Grau 4 e astenia, 

respectivamente. Hospitalizações devido a eventos adversos graves, a despeito de estarem relacionadas ou não à administração 

de cloridrato de irinotecano tri-hidratado, ocorreram, pelo menos, uma vez em 60% dos pacientes que receberam cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado e 8% dos pacientes tratados com cloridrato de irinotecano tri-hidratado descontinuaram o tratamento 

devido aos eventos adversos. 

 

Tabela Reações Adversas 

Os eventos adversos (Graus 1-4 NCI) relacionados ao fármaco conforme o julgamento do investigador, que foram relatados em 

mais de 10% dos 304 pacientes incluídos nos três estudos do esquema posológico semanal, estão listados em ordem decrescente 

de frequência na Tabela 7. 

 

Tabela 7: Eventos Adversos Graus 1 a 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos 

Estudos Clínicos 

 

Distúrbios Gastrintestinais 

 

diarreia tardia, náusea, vômitos, diarreia precoce, dor/cólicas abdominais, anorexia, 

estomatite

 

Distúrbios do Sangue e do 

Sistema Linfático 

leucopenia, anemia, neutropenia 

Distúrbios  Gerais e no 

Local da Administração 

astenia, febre 

 

Distúrbios  Metabólico e 

Nutricional 

perda de peso, desidratação 

 

 

Distúrbios na Pele e Tecido 

Subcutâneo 

alopecia 

 

Distúrbios Vasculares 

eventos tromboembólicos* 

*Incluem angina pectoris, trombose arterial, infarto cerebral, acidente vascular cerebral, tromboflebite profunda, embolia de 

extremidade inferior, parada cardíaca, infarto do miocárdio,  isquemia miocárdica, distúrbio vascular periférico, embolia 

pulmonar, morte súbita, tromboflebite, trombose, distúrbio vascular. 

 

Estão listados nas Tabelas 8 a 10, em ordem decrescente de frequência, os eventos adversos Graus 3 ou 4 NCI relatados nos 

estudos clínicos do esquema posológico semanal ou a cada 3 semanas (n = 620). 

 

Tabela 8: Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos 

Estudos Clínicos 

 

Distúrbios Gastrintestinais 

 

diarreia tardia, náusea, dor/cólicas abdominais 

 

Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático 

 

leucopenia, neutropenia 

Distúrbio na Pele e Tecido Subcutâneo 

alopecia 

 

Tabela 9: Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em 1% a 10% dos Pacientes nos 

Estudos Clínicos 

 

Infecções e Infestações 

infecção

 

Distúrbios Gastrintestinais 

vômitos, diarreia precoce, constipação, anorexia, mucosite 

Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático 

anemia, trombocitopenia 

Distúrbios Gerais e no Local da Administração 

astenia, febre, dor 

Distúrbios Metabólico e Nutricional 

desidratação, hipovolemia 

Distúrbios Hepatobiliares 

bilirrubinemia 

Distúrbio Respiratório, Torácico e Mediastinal 

dispneia 

Distúrbios Laboratoriais (investigativo) 

aumento da creatinina 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

 

Tabela 10: Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Menos de 1% dos Pacientes nos 

Estudos Clínicos 

 

Infecções e Infestações 

sepse

 

Distúrbios Gastrintestinais 

distúrbio retal, monilíase GI 

Distúrbios Gerais e no Local da Administração 

calafrios, mal-estar 

Distúrbios Metabólico e Nutricional 

perda de peso, hipocalemia, hipomagnesemia 

Distúrbio na Pele e Tecido Subcutâneo 

eritema (rash), sinais cutâneos 

Distúrbios do Sistema Nervoso 

marcha anormal, confusão, cefaleia 

Distúrbios Cardíacos 

hipotensão, síncope, distúrbios cardiovasculares 

Distúrbio Renal e Urinário 

infecção do trato urinário 

Distúrbio do Sistema Reprodutivo e Mamas 

dor nas mamas 

Distúrbios Laboratoriais (investigativo) 

aumento da fosfatase alcalina, aumento da gama-GT 

 

Os seguintes eventos adicionais relacionados ao fármaco foram relatados nos estudos clínicos com irinotecano, mas não 

preencheram os critérios acima definidos, como ocorrência > 10% de eventos relacionados ao fármaco NCI Graus 1 - 4 ou de 

NCI  Graus 3 ou 4: rinite, salivação aumentada, miose, lacrimejamento, diaforese, rubor facial,  bradicardia, tonturas, 

extravasamento, síndrome da lise tumoral e ulceração do cólon. 

 

Experiência Pós-Comercialização 

Distúrbios Cardíacos: foram observados casos de isquemia miocárdica após terapia com irinotecano predominantemente em 

pacientes com doença cardíaca de base, outros fatores de risco conhecidos para doença cardíaca ou quimioterapia citotóxica 

prévia (vide Tabela 7 – eventos tromboembólicos). 

 

Distúrbios Gastrintestinais:  foram relatados casos infrequentes de obstrução intestinal, íleo paralítico, megacólon ou 

hemorragia gastrintestinal, e raros casos de colite, incluindo tifilite e colite isquêmica ou ulcerativa. Em alguns casos, a colite 

foi complicada por ulceração, sangramento, íleo ou infecção. Casos de íleo sem colite anterior também foram relatados. Casos 

raros de perfuração intestinal foram relatados. 

 

Foram observados raros casos de pancreatite sintomática ou elevação assintomática das enzimas pancreáticas. 

 

Hipovolemia:  foram relatados casos raros de distúrbio renal e insuficiência renal aguda, geralmente em pacientes que se 

tornaram infectados e/ou depletados de volume por toxicidade gastrintestinal grave. 

Foram observados casos infrequentes de insuficiência renal, hipotensão ou distúrbios circulatórios em pacientes que 

apresentaram episódios de desidratação associadas a diarreia e/ou vômito, ou sepse. 

 

Infecções e infestações: foram relatadas infecções bacterianas, fúngicas e virais. 

 

Distúrbios do Sistema Imune:  foram relatadas reações de hipersensibilidade, inclusive reações graves anafiláticas ou 

anafilactoides (vide item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

Distúrbios Músculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo: efeitos precoces tais como contração muscular ou cãibra e parestesia 

foram relatados. 

 

Distúrbios do Sistema Nervoso: distúrbios de fala, geralmente transitórios, têm sido reportados em pacientes tratados com 

irinotecano. Em alguns casos, o evento foi atribuído à síndrome colinérgica observada durante ou logo após a infusão de 

irinotecano. 

 

Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: doença pulmonar intersticial presente como infiltrados pulmonares são 

incomuns durante terapia com irinotecano. Efeitos precoces tais como dispneia foram relatados (vide item 5. ADVERTÊNCIAS 

E PRECAUÇÕES). Soluços também foram relatados. 

 

Investigações:  foram relatados casos raros de hiponatremia geralmente relacionada com diarreia e vômito. Foram  muito 

raramente relatados aumentos dos níveis séricos das transaminases (por ex: TGO e TGP) na ausência de metástase progressiva 

do fígado. 

 

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 

 

10. SUPERDOSE 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

Foram administradas doses únicas de até 750 mg/m2 de irinotecano a pacientes com várias neoplasias. Os eventos adversos 

observados nesses pacientes foram semelhantes aos relatados com as doses e esquemas terapêuticos recomendados. Foram 

relatados casos de superdose com doses de até 2 vezes a dose terapêutica recomendada, que pode ser fatal. As reações adversas 

mais significativamente relatadas foram neutropenia e diarreia severa. Devem-se adotar medidas de suporte máximas para evitar 

a desidratação devido à diarreia e para tratar qualquer complicação infecciosa. Não se conhece um antídoto para a superdose do 

produto. 

 

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

 

DIZERES LEGAIS 

 

Registro: 1.0043.0891 

 

Farm. Resp. Subst.: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP: 41.116 

 

USO RESTRITO A HOSPITAIS 

VENDA SOB PRESCRIÇÃO 

CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO 

 

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 11/01/2024. 

 

Produzido e Registrado por: 

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, 3.565, - Itapevi - SP 

CNPJ: 61.190.096/0001-92 

Indústria Brasileira

 

 

 
 
 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VPS_V10

 

 

HISTÓRICO DE ALTERAÇÃO DA BULA 

 

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera 

bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versõe

(VP/V

PS) 

Aprese

ntações 

relacio

nadas 

 

26/07/2013 

 

0608632/13-2 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

VPS 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

 

04/09/2013 

 

0740897/13-8 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Correção DCB: de 

cloridrato de irinotecano 

para cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado 

 

VPS 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

 

25/07/2016 

 

2112617/16-8 

 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

Resultados de Eficácia 

Características 

Farmacológicas 

Advertências e 

Precauções 

Posologia e Modo de 

Usar 

Reações Adversas 

 

VPS 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

 

10/10/2018 

 

0983800/18-7 

 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

Reações adversas 

Contra-indicações 

Dizeres legais 

 

VPS 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

 

16/12/2019 

3469175/19-8 

 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

Características 

farmacológicas 

Advertências e 

precauções 

Reações Adversas 

 

VPS 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

28/04/2020 

 

1312252/20-5 

 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

7. Cuidados de 

armazenamento do 

medicamento 

Dizeres Legais 

 

VPS 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

27/01/2021 

0349000/21-9 

 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

9.Reações adversas 

 

VPS 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

01/09/2021 

3447292/21-1 

 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

Capa 

Apresentações 

Dizeres Legais 

 

VPS 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

08/04/2022 

1652623/22-1 

 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Apresentações 

Dizeres Legais 

 

VPS 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

 

10452 – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

2. Resultados e Eficácia 

5. Advertências e 

Precauções 

6. Interações 

medicamentosas 

8. Posologia e modo de 

usar 

9. Reações adversas 

 

VPS 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

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Dizeres Legais