background image

 
 
 

 

 

 

 

 

 

lamotrigina 

 

Bula para profissional da saúde 

Comprimido 

25, 50 e 100 mg 

 

 

        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

 

lamotrigina 

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999. 

  
APRESENTAÇÕES  
Comprimidos 25 mg, 50 mg ou 100 mg: embalagens com 30 comprimidos.   
  
USO ORAL   
  
USO ADULTO E PEDIÁTRICO (ACIMA DE 12 ANOS)  
  
COMPOSIÇÃO  
Cada comprimido de lamotrigina 25 mg contém:  
lamotrigina ....................................................................................................................................................... 25 mg  
excipientes* q.s.p. ................................................................................................................................ 1 comprimido  
  
Cada comprimido de lamotrigina 50 mg contém:  
lamotrigina ....................................................................................................................................................... 50 mg  
excipientes* q.s.p. ................................................................................................................................ 1 comprimido  
  
Cada comprimido de lamotrigina 100 mg contém:  
lamotrigina ..................................................................................................................................................... 100 mg  
excipientes* q.s.p. ................................................................................................................................ 1 comprimido  
  
*Excipientes: celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, lactose, corante laca amarelo, povidona, estearato de 
magnésio. 
 
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 
1. INDICAÇÃO 
A lamotrigina é uma droga antiepilética indicada como adjuvante ou em monoterapia para o tratamento de crises convulsivas parciais 
e crises generalizadas, incluindo crises tônico-clônicas. 
Após o controle epiléptico ter sido alcançado durante terapia combinada, drogas antiepiléticas (DAEs) concomitantes  geralmente 
podem ser retiradas, substituindo-as pela monoterapia com lamotrigina. 
 
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 
Três estudos com nível de evidência A avaliaram a eficácia e tolerabilidade da lamotrigina em pacientes diagnosticados com epilepsia 
generalizada  e  parcial.  O  primeiro  destes  estudos  avaliou  260  pacientes  que  foram  randomizados  para  receber  lamotrigina  ou 
carbamazepina.  O  resultado  obtido  para  epilepsia  parcial,  considerando  pacientes  livres  de  crises  convulsivas  no  período  de  24 
semanas  após  a  titulação  do  tratamento,  foi  de  48%  dos  pacientes  tratados  com  lamotrigina  e  51%  daqueles  tratados  com 
carbamazepina. No grupo com epilepsia generalizada os resultados foram respectivamente, 78% e 76% [1]. O segundo destes estudos 
utilizou desenho semelhante, porém entre pacientes idosos e, à semelhança do estudo anterior, não reportou diferenças de eficácia 
significativas  entre  lamotrigina  e  carbamazepina  [2].  O  terceiro  estudo  comparativo  entre  lamotrigina  e  fenitoína  com  desenho 
semelhante aos anteriores também não demonstrou diferença significativa entre os grupos com relação ao controle das crises, com 
43% dos pacientes no grupo lamotrigina e 36% no grupo fenitoína permanecendo livres de crises nas 24 semanas de acompanhamento 
[3] 
 
[1]  BRODIE,  MJ.  et  al.  Double-blind  comparison  of  lamotrigine  and  carbamazepine  in  newly  diagnosed  epilepsy.  UK 
Lamotrigine/Carbamazepine Monotherapy Trial Group. Lancet, 345(8948): 476-479, 1995. 
[2] BRODIE, MJ. et al. Multicentre, double-blind, randomised comparison between lamotrigine and carbamazepine in elderly 
patients with newly diagnosed epilepsy. The UK Lamotrigine Elderly Study Group, 37(1):81-7, 1999. 
[3]  STEINER  TJ.  et  al.  Lamotrigine  monotherapy  in  newly  diagnosed  untreated  epilepsy:  a  double-blind  comparison  with 
phenytoin. Epilepsia, 40(5):601-7, 1999. 
 
 
 
 
 
 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

 
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 
 
Propriedades farmacodinâmicas 
 
Modo de ação: os resultados de estudos farmacológicos sugerem que a lamotrigina age nos canais de sódio sensíveis à diferença de 
potencial (ddp), estabilizando as membranas neuronais e inibindo a liberação de neurotransmissores, principalmente de glutamato, 
um aminoácido excitatório que desempenha papel-chave no desencadeamento de crises epiléticas. 
 
Farmacodinâmica:  Estudos  in  vitro  mostram  que  a  lamotrigina  exibe  atividade  antiarrítmica  Classe  IB  em  concentrações 
terapeuticamente relevantes. Ela inibe os canais de sódio cardíacos humanos com rápida cinética de abertura e fechamento e alta 
dependência de voltagem consistente com outros agentes antiarrítmicos de Classe IB. Em doses terapêuticas, a lamotrigina não reduziu 
a condução ventricular (ampliação do QRS) em pacientes saudáveis em um estudo QT completo; no entanto, em pacientes com doença 
cardíaca estrutural ou funcional clinicamente importante, a lamotrigina pode retardar a condução ventricular (ampliar o QRS) e induzir 
pró-arritmia.  Em testes destinados  a avaliar os efeitos de drogas  sobre o  sistema nervoso central, usando-se doses de 240 mg de 
lamotrigina administradas a voluntários adultos sadios, os resultados não diferiram daqueles obtidos com o placebo, ao passo que 
1.000 mg de fenitoína e 10 mg de diazepam comprometeram significativamente a boa coordenação motora visual e os movimentos 
oculares, aumentaram a instabilidade corporal e produziram efeitos sedativos subjetivos. 
Em outro estudo, doses orais únicas de 600 mg de carbamazepina comprometeram  significativamente a boa coordenação motora 
visual e os movimentos oculares, ao mesmo tempo em que aumentaram a instabilidade corporal e a frequência cardíaca, enquanto os 
resultados com a lamotrigina, em doses de 150 mg e 300 mg, não diferiram daqueles com o placebo. 
 
Propriedades farmacocinéticas 
 
Absorção:  a  lamotrigina  é  rapidamente  e  completamente  absorvida  pelo  intestino,  sem  metabolismo  significativo  de  primeira 
passagem.  O  pico  de  concentração  plasmática  ocorre  aproximadamente  2,5  horas  após  a  administração  oral  da  droga.  O  tempo 
necessário para que se atinja a concentração máxima é discretamente retardado após alimentação, porém a extensão da absorção não 
é afetada. O perfil farmacocinético é linear até 450 mg, a mais alta dose única testada. Há variação considerável das concentrações 
máximas no estado de equilíbrio entre indivíduos, mas, em um mesmo indivíduo, esta concentração raramente varia. 
 
Distribuição:  a  lamotrigina  apresenta  ligação de  55%  às  proteínas  plasmáticas,  e  é  muito  improvável  que  seu  deslocamento  das 
proteínas resulte em toxicidade. Seu volume de distribuição é de 0,92 a 1,22 l/kg. 
 
Metabolismo: UDP-glicuronil transferases têm sido identificadas como as enzimas responsáveis pelo metabolismo da lamotrigina. 
A  lamotrigina  induz  discretamente  seu  próprio  metabolismo,  dependendo  da  dose.  Entretanto,  não  existem  evidências  de  que  a 
lamotrigina afete a farmacocinética de outras drogas antiepiléticas, e os dados sugerem que são pouco prováveis as interações entre a 
lamotrigina e as drogas metabolizadas pelas enzimas do citocromo P450. 
 
Eliminação: o clearance (depuração) médio em adultos saudáveis, no estado de equilíbrio, é de 39 ± 14 mL/min. O clearance da 
lamotrigina é primariamente metabólico, com eliminação subsequente na urina do material conjugado com glicuronídeo. Menos de 
10% da lamotrigina são excretados pela urina na forma inalterada. Apenas 2% de substâncias relacionadas à droga são excretados nas 
fezes. O clearance e a meia-vida são independentes da dose. A meia-vida de eliminação média em adultos saudáveis é de 24 a 35 
horas. 
Em um estudo com indivíduos afetados pela Síndrome de Gilbert, o clearance médio aparente foi reduzido em 32% quando comparado 
com os controles normais. Porém, os valores estão dentro da faixa da população em geral. 
A  meia-vida  da  lamotrigina  é  significativamente  afetada  por  medicação  concomitante.  A  meia-vida  média  é  reduzida  para 
aproximadamente 14 horas quando a lamotrigina é administrada com drogas indutoras de glicuronidação, tais como carbamazepina e 
fenitoína, e é aumentada para uma média de aproximadamente 70 horas quando coadministrada com valproato (ver as seções Posologia 
e modo de usar e Interações medicamentosas). 
 
Populações de pacientes especiais 
 
Crianças: o clearance ajustado ao peso corporal é maior em crianças do que em adultos, com valores mais altos em crianças abaixo 
de 5 anos. A meia-vida da lamotrigina é, geralmente, menor em crianças do que em adultos, com um valor médio de aproximadamente 
7 horas, quando administrada juntamente com drogas indutoras enzimáticas, tais como carbamazepina e fenitoína. A meia-vida da 
lamotrigina é aumentada para um valor médio de 45 a 50 horas quando coadministrada com valproato (ver Posologia e modo de usar). 
Idosos: resultados da análise farmacocinética de uma população, incluindo pacientes jovens e idosos com epilepsia envolvidos nos 
mesmos testes, indicaram que o clearance da lamotrigina não se altera de modo clinicamente relevante. Após a administração de doses 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

únicas isoladas, o clearance aparente decresceu em 12%, de 35 mL/min em pacientes com 20 anos para 31 mL/min em pacientes com 
70 anos. O decréscimo após 48 semanas de tratamento foi de 10%, de 41 para 37 mL/min entre grupos jovens e idosos. 
Adicionalmente, a farmacocinética da lamotrigina foi estudada em 12 indivíduos idosos saudáveis, após dose única de 150 mg. O 
clearance  médio  nestes  idosos  (0,39  mL/min/kg)  encontrou-se  dentro  da  faixa  dos  valores  médios  de  clearance  (0,31  a  0,65 
mL/min/kg) obtidos em nove estudos com adultos não idosos depois de dose única de 30 a 450 mg. 
 
Insuficiência renal: em estudo com 12 voluntários com insuficiência renal crônica e outros seis indivíduos passando por hemodiálise 
em que cada um fez uso de dose única de lamotrigina de 100 mg, a média do CL/F foi de 0,42 mL/min/kg (insuficiência renal crônica), 
0,33  mL/min/kg  (entre  as  sessões  de  hemodiálise),  e  1,57  mL/min/kg  (durante  a  hemodiálise)  comparada  a  0,58  mL/min/kg  em 
voluntários sadios. 
A média de meia-vida plasmática foi de 42,9 h (insuficiência renal crônica), 57,4 h (entre as sessões de hemodiálise) e 13 h (durante 
a hemodiálise), comparada a 26,2 h em voluntários sadios. Considerando a média, aproximadamente 20% (entre 5,6% e 35,1%) da 
quantidade de lamotrigina presente no corpo foram eliminados durante quatro horas de hemodiálise. Para esta população, doses iniciais 
de lamotrigina devem ser baseadas em pacientes em uso de drogas antiepiléticas. Doses reduzidas de manutenção podem ser efetivas 
para pacientes com significativa falha da função renal 
 
Insuficiência hepática: um estudo farmacocinético com dose única envolveu 24 pacientes  com diferentes  graus de insuficiência 
hepática e 12 indivíduos saudáveis como controle. O clearance mediano aparente da lamotrigina foi 0,31; 0,24 ou 0,10 mL/min/kg 
em pacientes com insuficiência hepática de grau A, B ou C (Classificação Child-Pugh), respectivamente, comparado a 0,34 mL/min/kg 
nos indivíduos-controle saudáveis. As doses iniciais, de escalonamento e manutenção geralmente devem ser reduzidas em 50% em 
pacientes  com  insuficiência  hepática  moderada  (Child-Pugh  B)  e  75%  na  insuficiência  hepática  grave  (Child-Pugh  C).  O 
escalonamento e a manutenção da dose devem ser ajustados de acordo com a resposta clínica do paciente. 
 
4. CONTRAINDICAÇÕES 
Este medicamento é contraindicado em indivíduos com conhecida hipersensibilidade à lamotrigina ou a qualquer outro componente 
da formulação. 
 
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos. 
Este medicamento não deve ser usado por pessoas com síndrome de má-absorção de glicose- galactose. 
 
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 
Exantema 
Existem  relatos  de  reações  adversas  dermatológicas  que,  geralmente,  têm  ocorrido  nas  primeiras  oito  semanas  após  o  início  do 
tratamento  com  a  lamotrigina.  A  maioria  dos  exantemas  (rash)  é  leve  e  autolimitada,  entretanto,    exantemas  de  pele  graves  que 
requerem  hospitalização  e  descontinuação  de  lamotrigina  foram  relatados.  Esses  casos  são  potencialmente  ameaçadores  à  vida  e 
incluem a Síndrome de Stevens Johnson (SJS) e necrólise epidérmica tóxica (NET, Síndrome de Lyell) (ver Reações Adversas) Nos 
adultos participantes dos estudos, utilizando as doses recomendadas, a incidência de exantema de pele grave foi de aproximadamente 
1:500 em pacientes epilépticos. Aproximadamente metade desses casos foi relatada como SJS (1:1000). 
 
O risco de exantema grave em crianças é maior do que nos adultos. 
Dados disponíveis sugerem que a incidência de exantemas associados à hospitalização de crianças é de 1:300 a 1:100. 
Em crianças, a presença inicial de exantema pode ser confundida com uma infecção. Os médicos devem considerar a possibilidade de 
reação medicamentosa em crianças que desenvolvem sintomas de exantema e febre durante as primeiras oito semanas de tratamento 
com lamotrigina. 
Além disso, o risco global de aparecimento de exantema pode estar fortemente associado a: 
- altas doses iniciais de lamotrigina; 
- doses que excedam o escalonamento de doses recomendado; 
- uso concomitante de valproato (ver Posologia e modo de usar). 
Deve-se ter cuidado ao tratar pacientes com história de alergia ou rash cutâneo a outras drogas antiepiléticas, já que a frequência de 
rash  não-grave  após  tratamento  com  lamotrigina  foi  aproximadamente  três  vezes  maior  nestes  pacientes  do  que  nos  que  não 
apresentavam história de alergia e/ou rash. 
Todos  os  pacientes  (adultos  e  crianças)  que  desenvolverem  exantema  devem  ser  rapidamente  avaliados,  e  o  uso  da  lamotrigina, 
descontinuado, a menos que o exantema se mostre claramente não relacionado à droga. É recomendado que lamotrigina não seja 
reiniciado em pacientes que tiveram a terapia suspensa por ter apresentado exantema no tratamento anterior com lamotrigina a menos 
que o benefício se sobreponha ao risco. 
Exantema  também  tem  sido  relatado  como  parte  de  Reações  Medicamentosas  com  eosinofilia  e  sintomas  sistêmicos  (DRESS); 
também conhecida como síndrome de hipersensibilidade. Essa condição é associada a um padrão variável de sintomas sistêmicos – 
incluindo febre, linfadenopatia, edema facial, anormalidades  hematológicas,hepáticas e renais  e meningite asséptica (ver Reações 
adversas). A síndrome exibe um largo espectro de gravidade clínica e pode, raramente, levar à coagulação intravascular disseminada 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

(CID) e à insuficiência de múltiplos órgãos. É importante notar que manifestações de hipersensibilidade precoce (por exemplo: febre, 
linfadenopatia) podem estar presentes mesmo que não ocorra exantema. Se tais sinais e sintomas estiverem presentes, o paciente deve 
ser  avaliado  imediatamente,  e  o  uso  de  lamotrigina  deve  ser  descontinuado,  a  menos  que  possa  ser  estabelecida  uma  etiologia 
alternativa. 
A meningite asséptica foi reversível com a retirada da droga na maioria dos casos, mas reapareceu em alguns casos de reexposição à 
lamotrigina. A reexposição resultou em um retorno rápido dos sintomas, que eram frequentemente mais graves. A lamotrigina não 
deve ser reiniciada em pacientes que tenham interrompido devido à meningite relacionada a tratamento prévio com lamotrigina. 
 
Em pacientes tratados com a lamotrigina, foi demonstrado que o alelo HLA-B*1502 nos indivíduos de origem asiática (principalmente 
chineses Han e tailandeses) está associado ao risco de desenvolver a síndrome de Stevens-Johnson (SJS) e a necrólise epidérmica 
tóxica (NET). Contudo, alguns pacientes com o alelo HLA-B*1502 não desenvolvem SJS/NET, e estas complicações podem ocorrer 
mesmo em pacientes sem este alelo que usam lamotrigina. Os benefícios do tratamento com lamotrigina em pacientes positivos para 
HLA-B*1502 devem ser cuidadosamente avaliados em relação ao risco de desenvolver SJS/NET. 
 

Linfoistiocitose hemofagocítica (HLH)  
A HLH foi observada em pacientes que fazem o uso de lamotrigina (ver Reações Adversas). A HLH é uma síndrome de ativação 
imuno  patológica,  que  pode  ser  fatal,  caracterizada  por  sinais  e  sintomas  clínicos  como  febre,  erupção  cutânea  (rash),  sintomas 
neurológicos,  hepatoesplenomegalia,  linfadenopatia,  citopenias,  ferritina  sérica  elevada,  hipertrigliceridemia  e  anormalidades  da 
função hepática e coagulação. Os sintomas ocorrem geralmente dentro de 4 semanas após o início do tratamento.  

  

Deve-se avaliar imediatamente os pacientes com esses sinais e sintomas e o diagnóstico de HLH deve ser levado em consideração. O 
uso de lamotrigina deve ser descontinuado a menos que uma etiologia alternativa seja estabelecida.   

 
Risco de suicídio 
Sintomas de depressão e/ou transtorno bipolar podem ocorrer em pacientes com epilepsia, e existem evidências de que os pacientes 
com epilepsia e transtorno bipolar apresentam risco elevado para suicidalidade. 
De 25% a 50% dos pacientes com transtorno bipolar tentam suicidar-se pelo menos uma vez e podem apresentar piora dos sintomas 
depressivos e/ou aparecimento de ideias e comportamentos suicidas (suicidalidade), estejam eles tomando ou não medicações para o 
transtorno bipolar, incluindo lamotrigina. 
Ideação e comportamento suicidas foram relatados em pacientes tratados com DAEs em diversas indicações, inclusive epilepsia e 
transtorno bipolar. Uma metanálise de estudos randomizados com DAEs (inclusive lamotrigina) controlados com placebo também 
demonstrou pequeno aumento no risco de ideação e comportamento suicidas. O mecanismo desse risco não é conhecido, e os dados 
disponíveis não descartam a possibilidade de risco aumentado para lamotrigina. 
Portanto, os pacientes devem ser monitorados para detecção de sinais de ideação e comportamentos suicidas. 
Os  pacientes  (e  os  cuidadores  deles)  devem  ser  aconselhados  a  buscar  auxílio  médico  caso  apareçam  sinais  de  ideação  ou 
comportamento suicidas. 
 
Contraceptivos hormonais 
Efeito dos contraceptivos hormonais na eficácia de lamotrigina: 
Foi  demonstrado  que  a  associação  de  etinilestradiol/levonorgestrel  (30  mcg/150  mcg)  aumenta  o  clearance  da  lamotrigina  em 
aproximadamente duas vezes, resultando em redução dos níveis de lamotrigina (ver Interações medicamentosas). Após a titulação, 
doses  de  manutenção  mais  elevadas  de  (lamotrigina  podem  ser  necessárias  (em  até  duas  vezes  ou  mais)  para  atingir  a  resposta 
terapêutica  máxima.  Em  mulheres  que  não  estejam  usando  substâncias  indutoras  de  glicuronidação  da  lamotrigina  e  em  uso  de 
contraceptivos hormonais que incluam uma semana de medicação inativa (por exemplo, uma semana sem pílula), aumentos graduais 
transitórios nos níveis de lamotrigina ocorrerão durante a semana de medicação inativa. Esses aumentos devem ser maiores quando o 
aumento da dose de lamotrigina se der nos dias que antecedem ou durante a semana de medicação inativa. Para instruções de dose, 
ver Posologia e Modo de Usar. 
Os médicos devem fazer acompanhamento clínico apropriado da mulher que comece ou pare de tomar contraceptivos hormonais 
durante o tratamento com lamotrigina, uma vez que ajustes na dosagem de lamotrigina serão necessários na maioria dos casos. 
Outros contraceptivos orais e tratamentos de Terapia de Reposição Hormonal não foram estudados. 
Entretanto, eles podem, de forma similar, afetar os parâmetros farmacocinéticos da lamotrigina. 
Efeito do lamotrigina na eficácia de contraceptivos hormonais: 
Em  um  estudo  de  interação  com  16  voluntárias  saudáveis  demonstrou-se  que  quando  a  lamotrigina  e  o  contraceptivo  hormonal 
(associação  de  etinilestradiol/levonorgestrel)  são  administrados  em  associação  há  um  modesto  aumento  no  clearance  do 
levonorgestrel e alterações nos níveis de FSH e LH séricos (ver Interações Medicamentosas). O impacto dessas alterações na atividade 
ovulatória é desconhecido. Entretanto, não pode ser excluída a possibilidade dessas alterações resultarem numa diminuição da eficácia 
contraceptiva  em  algumas  pacientes  que  estejam  tomando  medicações  hormonais  e  lamotrigina.  Assim,  as  pacientes  devem  ser 
instruídas a relatar imediatamente ao médico qualquer alteração em seu ciclo menstrual, como sangramentos entre os períodos. 
 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

Efeito da lamotrigina nos substratos do transportador catiônico orgânico 2 (OCT2). 
A lamotrigina é um inibidor da secreção tubular renal via proteínas OCT 2 (ver Interações Medicamentosas). 
Isso  pode  resultar  em  aumento  dos  níveis  plasmáticos  de  certas  drogas  que  são  substancialmente  excretadas  por  esta  via.  A 
coadministração  de  lamotrigina  com  os  substratos  OCT  2s  com  um  índice  terapêutico  estreito,  por  exemplo,  a  dofetilida  não  é 
recomendada.  
 
Diidrofolato redutase 
A lamotrigina é um fraco inibidor da diidrofolato-redutase. Portanto, há possibilidade de interferência com o metabolismo do folato 
durante tratamentos prolongados. Entretanto, em períodos de até um ano, a lamotrigina não provocou alterações significativas na 
concentração da hemoglobina, no volume corpuscular médio e nas concentrações de folato em nível sérico ou das hemácias. Em 
períodos de tratamento de até cinco anos não houve alterações significativas na concentração de folato das hemácias. 
 
Insuficiência renal 
Em estudos com dose única em pacientes com insuficiência renal terminal, as concentrações plasmáticas de lamotrigina não foram 
significativamente alteradas. No entanto, como é esperado que haja acúmulo do metabólito glicuronato, deve-se ter cuidado ao tratar 
pacientes com insuficiência renal. 
 
Pacientes sendo tratados com outras formulações contendo lamotrigina 
Este medicamento não deve ser administrado a pacientes que estejam sendo tratados com outras formulações contendo lamotrigina 
sem recomendação médica. 
 
ECG Síndrome de Brugada  
Uma associação muito rara com ECG padrão do tipo Brugada foi observada, embora uma relação causal não tenha sido estabelecida. 
Portanto, deve-se ter cautela com o uso de lamotrigina em pacientes com Síndrome de Brugada.  
  
Ritmo cardíaco e anormalidades de condução  
Testes in vitro mostraram que lamotrigina apresenta atividade antiarrítmica Classe IB em concentrações terapeuticamente relevantes. 
Com base nestes achados in vitro, lamotrigina pode potencialmente retardar a condução ventricular (ampliar o QRS) e induzir pró-
arritmia em pacientes com doença cardíaca estrutural ou funcional clinicamente importante. Portanto, qualquer benefício esperado ou 
observado de lamotrigina para esses pacientes deve ser cuidadosamente avaliado em relação aos riscos potenciais de eventos cardíacos 
graves ou fatais. O uso concomitante de outros bloqueadores de canais de sódio pode aumentar ainda mais o risco de pró-arritmia.   
 
Epilepsia 
Como ocorre com outras drogas antiepiléticas, a suspensão abrupta de lamotrigina pode provocar crises de rebote. A menos que seja 
necessária a interrupção abrupta (em casos de exantema, por exemplo), a dose de lamotrigina deve sofrer redução gradual ao longo 
de duas semanas. 
Há relatos na literatura de que crises convulsivas graves, incluindo estado de mal epiléptico, podem levar à rabdomiólise, disfunção 
de  múltiplos  órgãos  e  coagulação  intravascular  disseminada,  algumas  vezes  levando  à  morte.  Casos  semelhantes  ocorreram  em 
associação ao uso de lamotrigina. 
 
Testes de laboratório 
A lamotrigina tem demonstrado interferir em testes  rápidos  de urina usados  para detecção de drogas, podendo resultar em  falsos 
positivos, particularmente para fenciclidina. Um método químico alternativo mais específico deve ser utilizado para confirmar um 
resultado positivo. 
 
Gravidez e lactação 
A administração de lamotrigina não prejudicou a fertilidade de animais, em estudos de reprodução. Não há experiência do efeito do 
lamotrigina sobre a fertilidade humana. 
Dados pós-comercialização, resultantes de diversos registros prospectivos de gravidezes, documentaram resultados de cerca de 8700 
mulheres expostas à lamotrigina usado em monoterapia durante o primeiro trimestre de gravidez. Globalmente, estes dados não são 
sugestivos de aumento substancial do risco de malformações congênitas maiores, embora os dados de um número limitado de registros 
apresentem relatos de aumento do risco de fendas orais. Um estudo caso-controle completo não demonstrou maior risco de fendas 
orais em comparação a -outras malformações maiores após a exposição à lamotrigina. Os dados relacionados ao uso de lamotrigina 
em associação a outros fármacos são insuficientes para avaliar se o risco de malformações associado a outros agentes é afetado pelo 
uso concomitante de lamotrigina. 
Como a maioria das drogas, lamotrigina não deve ser usado na gravidez, a menos que, a critério clínico, o benefício potencial para a 
mãe justifique qualquer risco possível ao desenvolvimento fetal. 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

As  alterações  fisiológicas  relacionadas  à  gravidez  podem  afetar  os  níveis  e/ou  efeitos  terapêuticos  da  lamotrigina.  Há  relatos  de 
diminuição dos níveis de lamotrigina durante a gravidez. Deve-se assegurar o adequado acompanhamento clínico à mulher grávida 
que esteja em tratamento com lamotrigina. 
Houve relatos de que lamotrigina passa para o leite materno em concentrações altamente variáveis, resultando em níveis totais de 
lamotrigina em bebês de até cerca de 50% dos níveis observados nas mães. Portanto, em alguns bebês amamentados, as concentrações 
séricas de lamotrigina podem atingir níveis nos quais ocorrem efeitos farmacológicos. 
O benefício potencial da amamentação deve ser considerado frente ao risco potencial de efeitos adversos aos bebês. 
 
Teratogenicidade: Estudos de toxicologia reprodutiva com lamotrigina em animais, em doses inferiores as doses de 400 mg/dia para 
seres humanos [em uma área de superfície corporal (mg/m2)], mostraram toxicidade no desenvolvimento (aumento da mortalidade, 
diminuição do peso corporal, aumento das variações estruturais, anormalidades neurocomportamentais), mas não mostraram efeitos 
teratogênicos.  Entretanto,  como  a  lamotrigina  é  um  fraco  inibidor  de  diidrofolato  redutase,  existe  risco  teórico  de  ocorrerem 
malformações fetais humanas, quando a mãe é tratada com um inibidor de folato durante a gravidez. 
 
Categoria C de risco na gravidez. 
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. 
 
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas 
Dois estudos com voluntários demonstraram que o efeito do lamotrigina sobre a coordenação motora visual, movimentos dos olhos, 
movimentos  corporais  e  de  sedação  não  diferiram  do  placebo.  Em  estudos  clínicos  com  lamotrigina,  eventos  adversos  de 
características neurológicas, como vertigem e diplopia, têm sido reportados. Desta forma, os pacientes devem avaliar como serão 
afetados pela terapia com lamotrigina antes de dirigir e operar máquinas. 
Como existe uma variação individual em resposta a todas as terapias com drogas antiepilépticas, o paciente deve consultar seu 
médico especificamente sobre a questão de dirigir e a epilepsia. 
 
Atenção: contém 76,360 mg de lactose/comprimido. 
 
Atenção: Contém o corante amarelo de quinolina que pode, eventualmente, causar reações alérgicas. 
 
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
A uridina 5’-difosfo (UDP)-glicuronil transferase (UGTs) foi identificada como sendo a enzima responsável pelo metabolismo da 
lamotrigina. Fármacos que induzem ou inibem a glicuronidação podem, portanto, afetar o clearance aparente da lamotrigina. Indutores 
fortes  ou  moderados  da  enzima  citocromo  P450  3A4  (CYP3A4),  também  conhecidos  por  induzir  a  UGTs,  podem  aumentar  o 
metabolismo da lamotrigina. Não há evidências de que a lamotrigina cause indução ou inibição clinicamente relevante de enzimas 
citocromo  P450.  A  lamotrigina  pode  induzir  seu  próprio  metabolismo,  mas  o  efeito  é  modesto  e,  provavelmente,  não  apresenta 
consequências clínicas significativas. 
 
Os fármacos que demonstraram ter um impacto clinicamente relevante na concentração da lamotrigina são descritos na Tabela 1. A 
orientação posológica específica para esses fármacos é fornecida na seção Posologia e Modo de Usar. Além disso, a Tabela 1 lista os 
medicamentos  que  demonstraram  ter  pouco  ou  nenhum  efeito  na  concentração  de  lamotrigina.  Geralmente,  não  se  espera  que  a 
administração concomitante de tais medicamentos resulte em nenhum impacto clínico. No entanto, deve-se considerar pacientes cuja 
epilepsia é especialmente sensível a flutuações nas concentrações de lamotrigina. 
 
Tabela 1: Efeito de drogas na concentração da lamotrigina (ver Posologia e Modo de Usar): 

Drogas que aumentam a 
concentração da lamotrigina  

Drogas que reduzem  a 
concentração da lamotrigina  

Drogas que têm pouco ou 
nenhum efeito na concentração 
da lamotrigina   

Valproato   

 carbamazepina   

lítio   

 fenitoína   

bupropiona 

 primidona   

olanzapina 

 fenobarbitona   

oxcarbazepina 

 rifampicina   

felbamato   

 lopinavir/ritonavir   

gabapentina 

 atazanavir/ritonavir*   

levetiracetam 

 Associação de  
 etinilestradiol/levonorgestrel**  

pregabalina 
topiramato 

 

zonisamida 

 

aripiprazol   

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

 

 

lacosamida 

 

 

perampanel 

 

 

paracetamol  

*Para  orientações  de  dosagem,  ver  Posologia  e  Modo  de  Usar  –  Recomendações  gerais  para  populações  de  pacientes  especiais, 
adicionalmente para mulheres tomando contraceptivos orais ver também Advertências e Precauções – Contraceptivos hormonais. 
 
Interações envolvendo drogas antiepilépticas - DAEs (ver Posologia e Modo de Usar) 
O valproato, que inibe a glicuronidação da lamotrigina, reduz o metabolismo e aumenta a meia-vida média da lamotrigina em cerca 
de duas vezes. 
Alguns  DAEs  (como  fenitoína,  carbamazepina,  fenobarbital  e  primidona),  que  induzem  as  enzimas  do  citocromo  P450,  também 
induzem as UGTs e, portanto, aumentam o metabolismo da lamotrigina. 
Há relatos de eventos em nível do sistema nervoso central - incluindo vertigem, ataxia, diplopia, visão turva e náuseas - em pacientes 
recebendo  carbamazepina  após  a  introdução  de  lamotrigina.  Esses  eventos  são  normalmente  resolvidos  quando  a  dose  de 
carbamazepina  é  reduzida.  Efeito  similar  foi  observado  durante  estudo  com  oxcarbazepina  e  lamotrigina  em  voluntários  adultos 
saudáveis, mas a redução da dose não foi investigada. 
Em estudo com voluntários adultos saudáveis, utilizando doses de 200 mg de lamotrigina e 1.200 mg de oxcarbazepina, observou-se 
que a oxcarbazepina não altera o metabolismo da lamotrigina e a lamotrigina não altera o metabolismo da oxcarbazepina. 
Em estudo com voluntários sadios, a coadministração de felbamato (1.200 mg, duas vezes ao dia) e lamotrigina (100 mg, duas vezes 
ao dia, por 10 dias) não demonstrou ter efeitos clínicos relevantes na farmacocinética da lamotrigina. 
Baseado  nas  análises  retrospectivas  dos  níveis  plasmáticos  em  pacientes  que  recebiam  lamotrigina  isolado  ou  juntamente  com 
gabapentina, o clearance da lamotrigina não pareceu ser alterado pela gabapentina. 
Interações potenciais entre levetiracetam e lamotrigina foram pesquisadas avaliando-se as concentrações séricas de ambos agentes 
durante estudo clínico placebo-controlado. Os dados indicaram que a lamotrigina não influencia a farmacocinética do levetiracetam, 
e o levetiracetam não afeta a farmacocinética da lamotrigina. 
O estado de equilíbrio das concentrações plasmáticas de lamotrigina não foi afetado pela administração concomitante com pregabalina 
(200 mg, três vezes ao dia). Não existem interações farmacocinéticas entre lamotrigina e pregabalina. 
O topiramato não alterou as concentrações plasmáticas de lamotrigina enquanto foi observado aumento de 15% nas concentrações 
de topiramato. 
Em estudo com pacientes com epilepsia, a coadministração de zonisamida (200 a 400 mg/dia) com lamotrigina (150 a 500 mg/dia) 
durante 35 dias não teve efeito significativo na farmacocinética da lamotrigina. 

Em estudo placebo-controlado, com pacientes no início de crises convulsivas parciais, a concentração plasmática da lamotrigina não 
foi afetada pelo uso concomitante de lacosomida (200, 400 ou 600 mg/dia).   

Em uma análise conjunta de dados de três estudos clínicos placebo-controlado que investigavam o perampanel em terapia combinada 
em pacientes com início de crises convulsivas parciais e crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas primárias, a maior dose de 
perampanel avaliada (12 mg/dia) aumentou o clearance da lamotrigina em menos de 10%.  Apesar de terem sido reportadas alterações 
nas  concentrações  plasmáticas  com  outras  drogas  antiepiléticas,  estudos  controlados  não  demonstraram  evidências  de  que  a 
lamotrigina  afete  as  concentrações  plasmáticas  de  drogas  antiepiléticas  quando  administradas  concomitantemente.  Evidências  de 
estudos in vitro indicaram que a lamotrigina não altera a ligação de outras drogas antiepiléticas às proteínas. 
 
Interações envolvendo outros agentes psicoativos (ver Posologia e Modo de Usar) 
A farmacocinética do lítio, após a administração de 2 g de gliconato de lítio anidro, duas vezes ao dia, durante seis dias, a 20 indivíduos 
saudáveis, não foi alterada pela administração concomitante de 100 mg/dia de lamotrigina. 
Múltiplas  doses  orais  de  bupropiona  não  tiveram  efeitos  estatisticamente  significativos  na  farmacocinética  de  dose  única  de 
lamotrigina em 12 indivíduos e houve somente um leve aumento na área sob a curva (ASC) do metabólito glicuronídeo de lamotrigina. 
Em estudo com voluntários adultos saudáveis, 15 mg de olanzapina reduziu a área sob a curva (ASC) e a concentração máxima (Cmáx) 
da lamotrigina numa média de 24% e 20%, respectivamente. A lamotrigina, em doses de 200 mg, não afetou a farmacocinética da 
olanzapina. 
Doses múltiplas orais de lamotrigina (400 mg/dia) não tiveram efeito clínico significativo na farmacocinética de uma única dose de 2 
mg de risperidona em 14 voluntários adultos saudáveis. Após a coadministração de risperidona 2 mg com lamotrigina, 12 dos 14 
voluntários  apresentaram  sonolência,  comparado  a  1  (um)  de  20,  quando  tomaram  risperidona  isoladamente,  e  nenhum,  quando 
lamotrigina foi administrado isoladamente. 
Em um estudo com 18 pacientes adultos com transtorno bipolar I, que receberam um esquema estabelecido de lamotrigina (> / = 100 
mg / dia), doses de aripiprazol foram aumentadas de 10 mg / dia para uma dose alvo de 30 mg / dia ao longo de um período de 7 dias 
e continuadas uma vez ao dia por mais 7 dias. Uma redução média de cerca de 10% na Cmáx e AUC da lamotrigina foi observada.  
Experimentos  de  inibição  in  vitro  indicaram  que  a  formação  do  metabólito  primário  da  lamotrigina,  o  2-N-glicuronídeo,  foi 
minimamente  afetada  pela  coincubação  com  amitriptilina,  bupropiona,  clonazepam,  fluoxetina,  haloperidol  ou  lorazepam.  Dados 
sobre o metabolismo do bufuralol, obtidos de microssoma hepático humano, sugeriram que a lamotrigina não reduz o clearance das 
drogas eliminadas predominantemente pelo CYP2D6. Resultados de experimentos in vitro também sugerem que é improvável que o 
clearance da lamotrigina seja afetado pela clozapina, fenelzina, risperidona, sertralina ou trazodona. 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

 
Interações com contraceptivos hormonais 
Efeito de contraceptivos hormonais na farmacocinética da lamotrigina: 
Em  um  estudo  com  16  voluntárias,  verificou-se  que  o  uso  de  contraceptivo  contendo  30  mcg  de  etinilestradiol  e  150  mcg  de 
levonorgestrel  associados  causou  aumento  no  clearance  oral  da  lamotrigina  em  aproximadamente  duas  vezes,  resultando  numa 
redução média de 52% e 39% na área sob a curva (ASC) e Cmáx, respectivamente. As concentrações séricas da lamotrigina aumentaram 
gradualmente durante o curso de uma semana de medicação inativa (por exemplo, uma semana sem contraceptivo), com concentrações 
pré-dose ao final da semana de medicação inativa sendo, em média, aproximadamente duas vezes mais altas que durante a coterapia 
(ver Posologia e modo de usar - Recomendações gerais para populações de pacientes especiais - Mulheres tomando contraceptivos 
hormonais; e Advertências – Contraceptivos hormonais). 
Efeito da lamotrigina na farmacocinética dos contraceptivos hormonais: 
Em  um  estudo  com  16  voluntárias,  a  dose  de  equilíbrio  de  300  mg  de  lamotrigina  não  afetou  a  farmacocinética  do componente 
etinilestradiol  na  medicação  associada.  Um  modesto  aumento  no  clearance  oral  do  componente  levonorgestrel  foi  observado, 
resultando numa redução média de 19% e 12% na área sob a curva (ASC) e Cmáx do levonorgestrel, respectivamente. Medidas das 
concentrações séricas de FSH, LH e estradiol durante o estudo indicaram certa perda da supressão da atividade hormonal ovariana em 
algumas  mulheres,  embora  a  medida  da  progesterona  sérica  tenha  indicado  que  não  houve  evidência  hormonal  de  ovulação  em 
nenhuma das 16 voluntárias. O impacto do modesto aumento do clearance do levonorgestrel e das alterações das concentrações séricas 
de FSH e LH na atividade ovulatória é desconhecido (ver Precauções e Advertências). O efeito de doses diferentes de 300 mg/dia de 
lamotrigina não foi estudado, e estudos com outras formulações hormonais femininas não foram conduzidos. 
 
Interações envolvendo outras medicações: 
Em um estudo com 10 voluntários do sexo masculino, verificou-se que a rifampicina aumentou o clearance e diminuiu a meia-vida 
da lamotrigina pela indução das enzimas hepáticas responsáveis pela glicuronidação. 
Em  pacientes  recebendo  terapia  concomitante  com  rifampicina,  deve-se  empregar  o  regime  de  tratamento  recomendado  para  a 
lamotrigina e indutores de glicuronidação competitivos (ver Posologia e modo de usar). 
Em estudo com voluntários saudáveis, lopinavir/ritonavir reduziu aproximadamente pela metade as concentrações plasmáticas de 
lamotrigina, provavelmente pela indução da glicuronidação. Em pacientes recebendo terapia concomitante com lopinavir/ritonavir, o 
regime de tratamento recomendado para lamotrigina e indutores da glicuronidação deve ser considerado (ver Posologia e modo de 
usar). 
Em um estudo com voluntários adultos sadios, atazanavir/ritonavir (300 mg/100 mg) reduziu a área sob a curva (ASC) e a Cmáx de 
lamotrigina (dose única de 100 mg) em uma média de 32% e 6%, respectivamente (ver Posologia e Modo de Usar – Recomendações 
gerais para populações de pacientes especiais). 
Em um estudo em voluntários adultos saudáveis, paracetamol 1g (quatro vezes ao dia) reduz a área sob a curva (ASC) e a Cmáx de 
lamotrigina  até  uma  média  de  20%  e  25%,  respectivamente.  Os  dados  da  avaliação  in  vitro  do  efeito  da  lamotrigina  no  OCT  2 
demonstram que lamotrigina, mas não o metabólito N (2)-glucuronídeo, é um inibidor de OCT 2 em concentrações potencialmente 
relevantes  clinicamente.  Estes  dados  demonstram  que  a  lamotrigina  é  um  inibidor  de  OCT  2,  com  valor  IC50  de  53,8  µM  (ver 
Advertências e Precauções). 
 
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 
Armazenar em temperatura ambiente (de 15 a 30 ºC). Proteger da luz e da umidade. 
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem do produto. 
 
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 
 
Características do medicamento 
lamotrigina 25 mg, 50 mg e 100 mg comprimido circular amarelo. 
 
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.  
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 
 
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR  
Este medicamento deve ser engolido inteiro, com o auxílio de um copo de água. 
Não tente administrar quantidades parciais dos comprimidos. Os comprimidos não devem ser mastigados nem partidos. Se uma dose 
calculada de lamotrigina (por exemplo: para uso em crianças e pacientes com insuficiência hepática) não puder ser dividida em doses 
menores, a dose a ser administrada será igual à menor dose equivalente a um comprimido inteiro. 
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. 
 
 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

Reintrodução da terapia 
Os  médicos  devem  avaliar  a necessidade  de  escalonamento  de  dose  ao  reintroduzir  a  terapia  com  lamotrigina,  em  pacientes  que 
descontinuaram seu uso por alguma razão, uma vez que há sérios riscos de exantema associados a altas doses iniciais e ao exceder a 
dose recomendada para o escalonamento de lamotrigina (ver Advertências e Precauções). Quanto maior o intervalo entre o uso prévio 
e a reintrodução, maior o cuidado que se deve tomar no escalonamento da dose de manutenção. Quando este intervalo exceder cinco 
meias-vidas  (ver  Propriedades  farmacocinéticas,  em  Características  farmacológicas),  lamotrigina  deve  ser  escalonado  à  dose  de 
manutenção de acordo com um programa apropriado. 
Recomenda-se que lamotrigina não seja reiniciado em pacientes que tenham descontinuado seu uso por causa de exantema associado 
ao tratamento prévio com lamotrigina, a menos que o potencial benefício ultrapasse os possíveis riscos. 
 
Epilepsia 
Quando  drogas  antiepilépticas  de  uso  concomitante  são  retiradas  para  monoterapia  com  lamotrigina  ou  quando  outra  droga 
antiepilética  (DAE)  é  adicionada  ao  regime  de  tratamento  contendo  lamotrigina,  devem-se  considerar  os  efeitos  sobre  a 
farmacocinética da lamotrigina (ver Interações Medicamentosas). 
 
Dose em monoterapia 
Adultos e crianças acima de 12 anos de idade: 
A dose inicial de lamotrigina em monoterapia é de 25 mg, uma vez ao dia, por duas semanas, seguida por 50 mg, uma vez ao dia, por 
duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada em até um máximo de 50-100 mg, a cada uma a duas semanas, até que uma 
resposta ótima seja alcançada. A dose usual de manutenção para se alcançar uma resposta ideal é de 100-200 mg/dia, administrados 
uma vez ao dia ou em duas doses fracionadas. Alguns pacientes podem necessitar de até 500 mg/dia de lamotrigina para alcançar a 
resposta desejada. 
Por  conta  do  risco  de  exantema  (rash),  a  dose  inicial  e  o  escalonamento  de  doses  subsequentes  não  devem  ser  excedidos  (ver 
Advertências e Precauções). 
 
Dose em terapia combinada 
Adultos e crianças acima de 12 anos: 
Nos pacientes recebendo valproato, com ou sem outra droga antiepilética (DAE), a dose inicial de lamotrigina deve ser de 25 mg, em 
dias alternados, por duas semanas, seguida por 25 mg, uma vez ao dia, por duas semanas. Em seguida, a dose deve ser aumentada até 
um máximo de 25-50 mg, a cada uma ou duas semanas, até que uma resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção 
para se obter uma resposta ótima é de 100-200 mg/dia, administrados uma vez ao dia ou fracionados em duas tomadas. 
Nos pacientes tomando DAEs concomitantes ou outras medicações (ver Interações Medicamentosas) que induzam a glicuronidação 
da lamotrigina, com ou sem outras DAEs (exceto valproato), a dose inicial de lamotrigina é de 50 mg, uma vez ao dia, por duas 
semanas, seguidos por 100 mg/dia, administrados em duas doses fracionadas, por duas semanas. 
A partir daí, a dose deve ser aumentada até um máximo de 100 mg a cada uma ou duas semanas, até que uma resposta adequada seja 
alcançada.  A  dose  usual  de  manutenção  para  se  obter  uma  resposta  ótima  é  de  200-400  mg  /dia,  administrados  em  duas  doses 
fracionadas. 
Alguns pacientes podem necessitar de até 700 mg/dia de lamotrigina para alcançar a resposta desejada. 
Em pacientes usando outras drogas que não induzem ou inibem significativamente a glicuronidação da lamotrigina (ver Interações 
medicamentosas), a dose inicial de lamotrigina é 25 mg uma vez ao dia por duas semanas, seguidos por 50 mg, uma vez ao dia, por 
duas semanas. A partir daí, a dose deve ser aumentada até um máximo de 50 a 100 mg a cada uma ou duas semanas, até que uma 
resposta adequada seja alcançada. A dose usual de manutenção para se obter uma resposta ótima é de 100-200 mg /dia, 
administrados uma vez ao dia ou em duas doses fracionadas. 
 
Tabela 2 – Regime de tratamento recomendado em epilepsia para adultos e maiores de 12 anos 

 

Semanas 1 + 2 

Semanas 3 + 4 
 

Dose de manutenção 

Monoterapia 

25 mg (uma vez ao dia) 
 

50 mg (uma vez ao 
dia) 
 

100-200 mg (uma vez ao 
dia ou em duas doses 
fracionadas). 
Para se atingir a dose de 
manutenção, as doses 
podem ser aumentadas até 
50-100 mg a cada 1-2 
semanas. 

Terapia combinada com valproato 
independentemente do uso de 
qualquer outra medicação 
concomitante 

12,5 mg (25 mg 
administrados 
em dias 
alternados) 

25 mg (uma vez ao 
dia) 
 

100-200mg (uma vez ao 
dia ou em duas doses 
fracionadas). 
Para se atingir a dose de 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

 

 

manutenção, as doses 
podem ser aumentadas até 
25-50 mg a cada 1-2 
semanas. 
 

Terapia 
combinada 
sem 
valproato 
 

Este regime de 
doses deve ser 
usado com outras 
drogas que não 
induzem ou 
inibem 
significativament
e a glicuronidação 
da lamotrigina 
(ver Interações 
medicamentosas) 

25 mg 
(uma vez ao 
dia) 
 

50 mg 
(uma vez ao 
dia) 
 

100-200 mg (uma vez ao 
dia ou em duas doses 
fracionadas). 
Para se atingir a dose de 
manutenção, as doses 
podem ser aumentadas até 
50-100 mg a cada 1-2 
semanas. 

Esse regime de 
doses deve ser 
usado com: 
fenitoína 
carbamazepina 
fenobarbitona 
primidona 
ou com outros 
indutores da 
glicuronidação da 
lamotrigina 

50 mg 
(uma vez ao 
dia) 
 

100 mg 
(duas doses 
fracionadas) 
 

200-400 mg 
(duas doses fracionadas) 
Para se atingir a 
manutenção, as doses 
podem ser aumentadas até 
100 mg a cada 1-2 
semanas. 
 

Nota: Em pacientes tomando DAEs cuja interação farmacocinética com a lamotrigina seja desconhecida, deve ser utilizado 
o regime de tratamento recomendado para o uso da associação lamotrigina/valproato. 

Face ao risco de exantema (rash), a dose inicial e o escalonamento de doses subsequentes não devem ser excedidos (ver Advertências 
e Precauções). 
 
Recomendações posológicas gerais para populações de pacientes especiais 
Mulheres tomando contraceptivos hormonais 
- Iniciando o tratamento com lamotrigina em pacientes que já estejam tomando contraceptivos hormonais: 
Embora haja evidências de que os contraceptivos hormonais aumentam o clearance da lamotrigina (ver Advertências e Precauções e 
Interações Medicamentosas), nenhum ajuste no escalonamento de dose de lamotrigina deve ser necessário com base somente no uso 
de contraceptivos hormonais. O escalonamento das doses deve seguir as diretrizes recomendadas, baseando-se no fato de a lamotrigina 
ser adicionada a valproato (um inibidor da glicuronidação da lamotrigina) ou a um indutor da glicuronidação da lamotrigina, ou de 
lamotrigina ser adicionado na ausência de valproato ou de um indutor da glicuronidação da lamotrigina. 
 
- Iniciando o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses de manutenção de lamotrigina e não estejam 
tomando substâncias indutoras da glicuronidação da lamotrigina: 
Na  maioria  dos  casos,  será  necessário  aumentar  a  dose  de  manutenção  de  lamotrigina  para  valores  duas  vezes  maiores  (ver 
Advertências e precauções e Interações medicamentosas). É recomendado que, a partir do momento em que seja iniciado o uso de 
contraceptivos hormonais, a dose de lamotrigina seja aumentada para até 50 a 100 mg/dia a cada semana, de acordo com a resposta 
clínica individual. Os  aumentos de dose não  devem  exceder esse valor, a menos que a resposta clínica indique a necessidade de 
acréscimos maiores.  
 
- Interrompendo o uso de contraceptivos hormonais em pacientes que já estejam tomando doses de manutenção de lamotrigina e não 
estejam tomando substâncias indutoras da glicuronidação da lamotrigina: 
Na maioria dos casos, será necessário reduzir a dose de manutenção de lamotrigina para valores até 50% menores (ver Advertências 
e precauções; Interações medicamentosas). É recomendado que seja feita a redução gradual da dose diária de lamotrigina de até 50 a 
100 mg a cada semana (não excedendo 25% da dose diária total semanal) pelo período de três semanas, a menos que a resposta clínica 
indique o contrário. 
 
Administração com atazanavir/ritonavir 
Apesar  de  atazanavir/ritonavir  ter  mostrado  reduzir  a  concentração  plasmática  de  lamotrigina  (ver  Interações  medicamentosas), 
nenhum ajuste no escalonamento de dose de lamotrigina deve ser necessário com base somente no uso de atazanavir/ritonavir. O 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

escalonamento das doses deve seguir as diretrizes recomendadas, baseando-se no fato de a lamotrigina ser adicionada ao valproato 
(um inibidor da glicuronidação da lamotrigina) ou a um indutor da glicuronidação da lamotrigina, ou de lamotrigina ser adicionado 
na ausência de valproato ou de um indutor da glicuronidação da lamotrigina. 
Em pacientes que já tomam doses de manutenção de lamotrigina e que não utilizam indutores de glicuronidação, pode ser necessário 
aumentar  a  dose  de  lamotrigina  se  atazanavir/ritonavir  forem  utilizados  ou  diminuir  a  dose  se  atazanavir/ritonavir  forem 
descontinuados. 
 
Idosos (acima de 65 anos de idade) 
Nenhum ajuste de dose é necessário. A farmacocinética da lamotrigina nesta faixa etária não difere significativamente da população 
de adultos não idosos. 
 
Insuficiência hepática 
As doses  iniciais de escalonamento e manutenção devem  ser geralmente reduzidas  em aproximadamente 50% em pacientes  com 
insuficiência hepática moderada (Child-Pugh grau B) e em 75% na insuficiência hepática grave (Child-Pugh grau C). As doses de 
escalonamento e manutenção devem ser ajustadas de acordo com a resposta clínica. 
 
Insuficiência renal 
Deve-se ter cautela ao administrar lamotrigina a pacientes com insuficiência renal. Em pacientes em estágio terminal de insuficiência 
renal, as doses iniciais de lamotrigina devem ser baseadas no regime de DAEs dos pacientes. Doses de manutenção reduzidas podem 
ser eficazes para pacientes com insuficiência renal significativa (ver Advertências e Precauções). Para informações farmacocinéticas 
mais detalhadas, ver Propriedades farmacocinéticas, em Características Farmacológicas. 
 
9. REAÇÕES ADVERSAS  
As reações adversas identificadas a partir de dados de estudos clínicos de epilepsia estão descritas abaixo. Reações adversas adicionais 
identificadas a partir de dados de vigilância pós-comercialização estão incluídas na seção Dados Pós-Comercialização. Todas as seções 
devem ser consultadas ao considerar o perfil de segurança global de lamotrigina. Utilizou-se a seguinte convenção para classificar as 
reações adversas: muito comuns (>1/10), comuns (>1/100 e <1/10), incomuns (>1/1.000 e <1/100), raras (> 1/10.000 e <1/1.000), 
muito raras (<1/10.000). 
 
Epilepsia 
As reações adversas a seguir foram identificadas durante estudos clínicos para epilepsia e devem ser considerados junto as 
observadas nos dados de pós-comercialização para um perfil de segurança global de lamotrigina. 
 
Reações muito comuns (>1/10): dor de cabeça, exantema cutâneo1 
 
Reações comuns (>1/100 e <1/10): agressividade, irritabilidade, fadiga, sonolência, insônia, tontura, tremor, náusea, vômito, diarreia. 
 
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): ataxia,  diplopia, visão turva. 
 
Reações incomuns (>1/1.000 e <1/100): fotossensibilidade 
 
Reações raras (> 1/10.000 e <1.000): Eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson1, nistagmo 
 
Reações muito raras (<1/10.000): 
- necrólise epidérmica tóxica1 
- anormalidades hematológicas2 (incluindo neutropenia, leucopenia, anemia, trombocitopenia, pancitopenia, anemia aplástica, 
agranulocitose), linfadenopatia associada ou não à síndrome de hipersensibilidade3 
- Síndrome de hipersensibilidade3 (incluindo sintomas como febre, linfadenopatia, edema facial, anormalidades sanguíneas e do 
fígado, coagulação intravascular disseminada (CID), insuficiência múltipla de órgãos) 
- tiques, alucinações, confusão 
- testes de função hepática aumentados, disfunção hepática4, insuficiência hepática 
- reações semelhantes ao lúpus 
- nefrite tubulointersticial5   
 

1 Em estudos clínicos duplo-cegos em adultos, ocorreram exantemas cutâneos (rashs cutâneos) em até 10% dos pacientes que 
tomavam lamotrigina e em 5% dos pacientes que tomavam placebo. Os exantemas cutâneos levaram à suspensão do tratamento com 
lamotrigina em 2% dos pacientes. O exantema, normalmente de aparência máculo-papular, geralmente aparece dentro de oito 
semanas após o início do tratamento, ocorrendo regressão com a suspensão da droga (ver Advertências e Precauções). 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

Raramente, foram observados exantemas cutâneos graves, incluindo Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica 
(NET, Síndrome de Lyell). Embora na maioria dos casos ocorra pronta recuperação com a suspensão da droga, alguns pacientes 
experimentam déficit de cicatrização irreversível e, em alguns raros casos, evoluem para o óbito (ver Advertências e Precauções). 
O risco de exantema global parece estar associado com: 

altas doses iniciais de lamotrigina; 

-  

doses que excedam o escalonamento de doses recomendado na terapia com lamotrigina (ver Posologia e Modo de Usar); 

-  

uso concomitante de valproato (ver Posologia e Modo de Usar). 

Exantema tem sido relatado como parte de Reações Medicamentosas com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS); também 
conhecida como síndrome de hipersensibilidade. Essa condição é associada a um padrão variável de sintomas sistêmicos³ (ver 
Advertências e Precauções). 2 Anormalidades hematológicas e linfadenopatia pode ou não ser associadas a DRESS/ síndrome de 
hipersensibilidade3 (ver  Advertências e Precauções).  

 
 

3  Além disso, exantema também foi relatado como parte da síndrome de hipersensibilidade associado a um padrão variável de 
sintomas sistêmicos como febre, linfadenopatia, edema facial e anormalidades do sangue e fígado. A síndrome mostra um amplo 
espectro de gravidade clínica e pode, raramente, levar à síndrome de coagulação intravascular disseminada (CID) e insuficiência 
múltipla de órgãos. É importante notar que manifestações de hipersensibilidade prematuras (por exemplo, febre e linfadenopatia) 
podem estar presentes sem que  o  exantema  seja  evidente.  Se  tais  sinais  e  sintomas  estiverem  presentes,  o  paciente  deverá  
ser  avaliado  imediatamente,  e  a lamotrigina, descontinuada, caso uma etiologia alternativa não seja estabelecida. 
4 A disfunção hepática ocorre geralmente associada a reações de hipersensibilidade, mas foram relatados casos isolados sem sinais 
claros de hipersensibilidade. 

5Pode ocorrer em associação com uveite.   
 
Dados pós-comercialização 
Esta seção inclui as reações adversas identificadas durante vigilância pós-comercialização. Estas devem ser consideradas junto às 
observadas nos estudos clínicos para um perfil de segurança global da lamotrigina. 
 
Reações muito comuns (>1/10): sonolência, ataxia, vertigem, dor de cabeça, diplopia, visão turva, náusea, vômito. 
 
Reações comuns (>1/100 e <1/10): nistagmo, tremor, insônia, diarreia 
 
Reações raras (> 1/10.000 e <1/1000): alopecia, meningite asséptica (ver Advertências e Precauções), conjuntivite 
 

Reações muito raras (<1/10.000): agitação, inconstância, distúrbios do movimento, piora da doença de Parkinson5, efeitos 
extrapiramidais5, coreoatetose, aumento na frequência das convulsões, pesadelos, linfoistiocitose hemofagocítica (ver Advertências 
e Precauções), hipogamaglobulinemia.  

 
5Foi relatado que a lamotrigina pode piorar os sintomas parkinsonianos em pacientes com doença de Parkinson pré-existente. Há 
relatos isolados de efeitos extrapiramidais e coreoatetose em pacientes sem esta predisposição. 
 
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed disponível no Portal da Anvisa.  
 
10. SUPERDOSE  
Sinais e sintomas: foi descrita a ingestão aguda de doses de até 10 a 20 vezes a dose terapêutica máxima, incluindo casos fatais. A 
superdose resultou em sintomas que incluem nistagmo, ataxia, alteração no nível de consciência, epilepsia do tipo grande mal e coma. 
Alargamento do QRS (atraso da condução intraventricular) também tem sido observado em pacientes em overdose. 
 
Tratamento: no caso de superdose, o paciente deve ser hospitalizado para receber tratamento sintomático e de suporte apropriados, 
conforme clinicamente indicado ou conforme recomendado pelo Centro de Controle de Intoxicação, onde estiver disponível. 
 
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações 
 
DIZERES LEGAIS  
 

Registro: 1.0043.1139  

 
VENDA SOB PRESCRIÇÃO COM RETENÇÃO DE RECEITA.  
 
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 13/02/2025. 
Registrado e produzido por: 
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

Rod. Pres. Castello Branco, 3.565 - Itapevi - SP 
CNPJ: 61.190.096/0001-92 
Indústria Brasileira 

 
 
  
 
 
 
 
 
 

 

 
 

 

 
 

Histórico de Alteração da Bula  

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versõ

es 

(VP/V

PS) 

Apresentações 

relacionadas 

 

27/07/2015 

 

0658431/15-4 

Inclusão Inicial 

de Texto de 

Bula - RDC 

60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Advertências e 

precauções 

 

Posologia e Modo 

de Usar 

 

VP/V

PS 

Comprimido 

25, 50 e 

100 mg 

04/05/2016 

1667162/16-7 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula –

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

 

Interações 

Medicamentosas 

 

Resultados de 

Eficácia 

 

Posologia e Modo 

de Usar 

 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 

100 mg 

23/10/2017 

2135468/17-

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

 

Interações 

Medicamentosas 

 

Posologia e Modo 

de Usar 

 

Reações Adversas 

 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 

100 mg 

24/07/2018 

0589818/18-

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Advertências e 

Precauções 

 

Reações Adversas 

 

Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

22/03/2019 

0260882/19-

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Advertências e 

Precauções 

 

Reações Adversas 

 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

10/03/2020 

0721967/20-

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Reações adversas 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

20/05/2020 

1583007/20-

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Advertências e 

Precauções 

 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

/storage/bulas_html/207-healthcare-9c1ffa28b54e3bf0e5dcab6d14e1dfe905b2a48b/-html.html
background image

 
 

lamotrigina_com_VPS_V15

 

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Interações 

Medicamentosas 

 

17/09/2020 

3167249/20-

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Posologia e modo 
de usar 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

20/04/2021 

1515660/21-

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Reações adversas 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

09/01/2023 

0018739/23-

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

3. Características 

Farmacológicas 

4. 

Contraindicações 
5. Advertências e 

Precauções 

6. Interações

 

medicamentosas 

9. Reações 

adversas 

Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

29/05/2023 

0543446/23-

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

3. Características 

Farmacológicas 

5. Advertências e 

Precauções 

6. Interações 

medicamentosas 

Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

25/09/2023 

 

1018802/23-

 

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

8. Posologia e 

modo de usar 

 

9. Reações 

Adversas 

 

Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

21/08/2024 

 

1148170/24-

 

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

5. Advertências e 

Precauções 

7. Cuidados de 

Armazenamento 
do medicamento 

8. Posologia e 

modo de usar 

Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg 

Não aplicável 

Não 

aplicável 

10452 –

GENÉRICO – 
Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

3. Características 

farmacológicas 

4. 

Contraindicações 

 

5. Advertências e 

precauções 

 

7. Cuidados de 

armazenamento 

do medicamento 

 

8. Posologia e 

modo de usar 

VPS 

Comprimido 

25, 50 e 100 

mg