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Mamades® 

(desogestrel) 

 

 

Bula para profissional de saúde 

Comprimido revestido 

75 mcg 

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Mamades_com rev_VPS_v04 

VERSÃO 04  – Esta versão altera a versão anterior 

03 

 

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

 

Mamades® 

(desogestrel) 

 

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA 

 

APRESENTAÇÕES 

Comprimido revestido 75 mcg: Embalagem com 28. 

USO  ORAL 
USO ADULTO 
COMPOSIÇÃO 

Cada comprimido revestido contém: 

desogestrel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 mcg 

excipientes* q.s.p . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 comprimido 

* amido, povidona, racealfatocoferol, ácido esteárico, dióxido de silício, lactose, hipromelose, macrogol, dióxido de 

titânio, óxido de ferro vermelho, álcool polivinílico, talco, mica e polissorbato 80. 

 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 

 

 

1. INDICAÇÕES 

Anticoncepção. 

 

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 

Em um estudo durante 2 ciclos, utilizando a definição de ovulação como uma concetração de progesterona acima de 16 

nmol/L durante 5 dias consecutivos, a incidência de ovulação encontrada foi de 1% (1/103) (IC 95% de 0,02% - 5,29%) 

no grupo com intenção de tratar (ITT) (usuária e falhas de método). A inibição da ovulação foi atingida a partir do primeiro 

ciclo de uso. Nesse estudo, quando desogestrel foi descontinuado  após 2  ciclos (56  dias consecutivos), a ovulação ocorreu em 

média após 17 dias (variação de 7 a 30 dias). 

Em um ensaio comparativo de eficácia (que permitiu um tempo máximo de 3 horas para pílulas esquecidas), o índice de 

Pearl total na população com intenção de tratar (ITT) para desogestrel foi de 0,4 (IC 95% de 0,09 – 1,20), comparado a 

1,6 (IC 95% de 0,42 – 3,96) para 30 mcg de levonorgestrel. 

O índice de Pearl para desogestrel é comparável àquele historicamente encontrado para os anticoncepcionais orais 

combinados em populações usando anticoncepcionais orais em geral. O tratamento com desogestrel leva a uma redução 

da concentração de estradiol a níveis correspondentes aos da fase folicular inicial. Não foram observados efeitos 

clinicamente relevantes no metabolismo de carboidratos, metabolismo lipídico e hemostasia. 

 

Referências bibliográficas: 

- Korver T, Klippingb C., Heger-Mahnc D., Duijkersb I., van Ostad G., Diebena T. Maintenance of ovulation inhibition 

with the 75lg desogestrel-only contraceptive pill (CerazetteR) after scheduled 12-h delays in tablet intake. Contraception, 

2005; 71:8 –13.  -  Collaborative Study Group -  Desogestrel-containing Progestogen-only Pil. A double-blind study 

comparing the contraceptive efficacy, acceptability and safety of two progestogen-only pills containing desogestrel 75 

pg/day or levonorgestrel 30 pg/day. Eur. J. 

Contracept. Repr. Health Care, 1998;3:169-178. 

 

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 

Propriedades farmacodinâmicas 

Grupo farmacoterapêutico: anticoncepcionais hormonais de uso sistêmico, código ATC: G03A C09. 

O  desogestrel é uma pílula só de progestagênio, que contém o progestagênio desogestrel. Como outras pílulas só de 

progestagênio, o desogestrel é mais adequado para uso durante a amamentação e para mulheres que não podem ou não 

querem usar estrogênios. Ao contrário das pílulas só de progestagênio tradicionais, o principal efeito anticonceptivo de 

desogestrel é a inibição  da ovulação. Outros efeitos incluem  aumento  da viscosidade do muco cervical. 

 

Propriedades farmacocinéticas

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VERSÃO 04  – Esta versão altera a versão anterior 

03 

 

 

 
 Absorção 

–  após uma dose oral deste medicamento, o desogestrel (DSG) é rapidamente absorvido e convertido em   

etonogestrel (ENG), seu metabólito biologicamente ativo. Em condições de estado de equilíbrio, os picos das concentrações 

séricas são atingidos 1,8 horas após ingestão do comprimido e a biodisponibilidade absoluta do ENG é de cerca de 70%. 

Distribuição 

– 95,5% a 99% do ENG liga-se a proteínas séricas, predominantemente à albumina e em menor extensão à 

SHBG.Metabolismo 

– o DSG é convertido ao metabólito ativo ENG por hidroxilação e desidrogenação e é metabolizado 

por conjugação em sulfato e glicuronídeo. 

Eliminação 

– o ENG é eliminado com uma meia-vida de aproximadamente 30 horas, sem diferença entre dose múltipla 

e única. As concentrações estado de equilíbrio no plasma são atingidas após 4 a 5 dias. A depuração sérica após a 

administração intravenosa (IV) de ENG é de aproximadamente 10 litros por hora. A excreção de ENG e seus metabólitos, 

como esteroide livre ou conjugados, é feita pela urina e fezes (1,5:1). Em lactantes, o ENG é excretado no leite com uma 

relação leite/soro de 0,37 a 0,55. Baseado nesses dados e numa ingestão estimada de leite de 150 mL/kg/dia, 0,01 a 0,05 

mcg de etonogestrel por kilo corpóreo/dia podem ser ingeridos pela criança. 

 

Dados pré-clínicos de segurança 

Estudos  toxicológicos  não  revelaram  quaisquer  efeitos  a  não  ser  aqueles  devidos  às  propriedades  hormonais  do 

desogestrel. 

 

Este medicamento não deve ser usado por pessoas com síndrome de má-absorção de glicosegalactose.     

 

4. CONTRAINDICAÇÕES 

Anticoncepcionais só de progestagênio não devem ser usados na presença de qualquer das condições relacionadas a 

seguir. 

Se alguma dessas condições ocorrer pela primeira vez durante o uso de desogestrel, o produto deve ser descontinuado 

imediatamente. 

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres com: 

• hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer dos excipientes. 

• distúrbio tromboembólico venoso ativo. 

• presença ou história de doença hepática grave, enquanto os valores dos testes de função hepática não retornarem ao 

normal. 

• doença maligna sensível a esteroides sexuais conhecida ou suspeita. 

• sangramento vaginal não diagnosticado. 

 

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou que suspeitam que possam estar grávidas. 

 

Estudos em animais mostraram que doses muito altas de progestagênios podem causar masculinização de fetos femininos. 

Estudos epidemiológicos extensos mostraram que não há um aumento do risco de malformações nas crianças de mães 

que utilizaram anticoncepcionais orais antes da gravidez, nem efeitos teratogênicos quando os anticoncepcionais orais 

foram administrados inadvertidamente no início da gestação. Dados de farmacovigilância coletados com vários AHCOs 

contendo desogestrel também não indicam um aumento do risco. 

 

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 

Se  quaisquer  dos  fatores  de  risco/condições  mencionados  a  seguir  estiverem  presentes,  os  benefícios  do  uso  de 

progestagênios devem ser avaliados individualmente contra possíveis riscos e discutidos com a mulher antes que a mesma 

decida usar o desogestrel. 

No caso de agravamento, exacerbação ou ocorrência pela primeira vez de quaisquer dessas condições, a mulher deve 

contatar o seu médico, que deve então, decidir se o uso de desogestrel deverá ser descontinuado. 

• O risco de câncer de mama aumenta, em geral, com o aumento da idade. Durante o uso de anticoncepcionais hormonais 

orais combinados (AHCOs), o risco de ter câncer de mama diagnosticado aumenta levemente. Esse aumento de risco 

desaparece gradualmente em 10 anos após a descontinuação do uso de um anticoncepcional oral e não está relacionado 

ao tempo de uso, mas à idade da mulher quando utilizava o AHCO. O número esperado de casos diagnosticados por 

10.000 mulheres que usam anticoncepcionais hormonais orais combinados (AHCOs) (até 10 anos após a descontinuação 

do tratamento) em relação às que nunca usaram durante o mesmo período foi calculado para os respectivos grupos etários 

e são apresentados no quadro a seguir. 

 

Faixa etária 

Casos esperados em usuárias de AHCOs 

Casos esperados em não usuárias 

16-19 anos 

4,5 

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03 

 

 

 

20-24 anos 

17,5 

16 

25-29 anos 

48,7 

44 

30-34 anos 

110 

100 

35-39 anos 

180 

160 

40-44 anos 

260 

230 

 

O risco em usuárias de anticoncepcionais só de progestagênio, tais como desogestrel, possivelmente é de magnitude 

semelhante àquele associado com AHCOs. 

 

Entretanto, para esses anticoncepcionais só de progestagênio, a evidência é menos conclusiva. Comparado ao risco de se 

ter câncer de mama em algum momento da vida, o aumento do risco associado ao AHCO é baixo. Os casos de câncer de 

mama diagnosticados em usuárias de AHCO tendem a ser menos avançados do que naquelas que não usaram AHCOs. O 

aumento do risco observado nas usuárias de AHCO pode ser devido ao diagnóstico precoce, a efeitos biológicos da pílula 

ou à combinação dos dois. 

•  Uma  vez que o efeito biológico dos progestagênios no câncer hepático não pode ser excluído, deve-se avaliar 

individualmente a relação risco/benefício na mulher com câncer hepático. 

• Quando ocorrerem distúrbios agudos ou crônicos da função hepática, a mulher deve ser encaminhada a um especialista 

para avaliação e orientação. 

• Se durante o uso de desogestrel ocorrer hipertensão arterial mantida, ou se um aumento significativo da pressão arterial 

não responder adequadamente ao tratamento anti-hipertensivo, a descontinuação do uso de desogestrel  deve  ser 

considerada. 

•  Investigações epidemiológicas associaram o uso de AHCO à maior incidência de tromboembolia venosa (TEV, 

trombose venosa profunda e embolia pulmonar). Embora a relevância clínica desse achado para desogestrel, usado como 

anticoncepcionais na ausência de um componente estrogênico seja desconhecida, o desogestrel deve ser descontinuado 

em caso de trombose. A descontinuação do  desogestrel deve, também, ser considerada em  caso de imobilização 

prolongada devida a cirurgia ou doença. Mulheres com história de distúrbios tromboembólicos devem ser alertadas sobre 

a possibilidade de recorrência. 

• Embora os progestagênios possam apresentar efeito sobre a resistência periférica à insulina e tolerância à glicose, não 

há evidência da necessidade de alterar o regime terapêutico em diabéticas usando anticoncepcionais só de progestagênio. 

Entretanto, pacientes diabéticas devem ser cuidadosamente observadas durante os primeiros meses de uso. 

• O tratamento com desogestrel leva à redução das concentrações séricas de estradiol para um nível correspondente à fase 

folicular inicial. Até o momento, não se sabe se a redução tem algum efeito clinicamente relevante sobre a densidade 

óssea. 

• A proteção contra gravidez ectópica com anticoncepcionais só de progestagênio tradicionais não é tão boa como aquela 

com anticoncepcionais orais combinados, que foi associada à ocorrência frequente de ovulações durante o seu uso. Apesar 

do fato de desogestrel inibir a ovulação de modo consistente, a gravidez ectópica deve ser considerada no diagnóstico 

diferencial se a mulher apresentar amenorreia ou dor abdominal. 

• Cloasma pode ocorrer ocasionalmente, especialmente em mulheres com história de cloasma gravídico. Mulheres com 

tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto usarem o

 desogestrel. 

• As seguintes condições foram relatadas na gravidez e durante uso de esteroide sexual, mas uma associação com o uso 

de progestagênios não foi estabelecida: icterícia e/ou prurido relacionado à colestase; formação de cálculos biliares; 

porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome urêmica-hemolítica; coreia de Sydenham; herpes gestacional; perda da 

audição relacionada à otosclerose; angioedema (hereditário). 

• O desogestrel contém lactose (menos de 0,25 mg), e por essa razão, não deve ser administrado em pacientes com o raro 

problema hereditário de intolerância à galactose, à deficiência de lactase Lapp ou à má absorção de glicose- galactose. 

 

Consultas e exames médicos 

Antes da prescrição, deve ser conhecida a história clínica e recomenda-se um exame ginecológico completo para excluir 

a presença de gravidez. Distúrbios menstruais como oligomenorreia e amenorreia, devem ser investigados antes da 

prescrição. O intervalo entre os exames depende das circunstâncias em cada caso. Se o produto prescrito puder influenciar 

uma doença manifesta ou latente (ver item "5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES"), os exames de controle devem ser 

feitos de modo apropriado. 

Mesmo quando o desogestrel é tomado regularmente, podem ocorrer alterações menstruais. Se o sangramento for muito 

frequente e irregular, deve ser considerado outro método anticonceptivo. Se os sintomas persistirem, deve ser excluída 

causa orgânica. O controle da amenorreia durante o tratamento deve ser considerado se os comprimidos não tiverem sido 

tomados de acordo com as instruções e pode incluir teste de gravidez. O tratamento deve ser descontinuado 

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VERSÃO 04  – Esta versão altera a versão anterior 

03 

 

 

se ocorrer gravidez. As mulheres devem ser informadas de que o desogestrel não protege contra HIV (AIDS) e outras 

doenças sexualmente transmissíveis. 

Redução da eficácia 

A eficácia das pílulas só de progestagênio pode ser reduzida no caso de esquecimento de tomar os comprimidos (ver item 

"8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Procedimento caso a paciente esqueça de tomar o comprimido"), distúrbios 

gastrintestinais  (ver  item  "8.  POSOLOGIA  E  MODO  DE  USAR  –  Recomendações  em  caso  de  distúrbios 

gastrintestinais")  ou  de  utilização  de  medicamentos  concomitantes  que  diminuem  a  concentração  plasmática  de 

etonogestrel, o metabólito ativo de desogestrel (ver item "6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS"). 

 

Alterações no padrão de sangramento vaginal 

Durante o uso de anticoncepcionais só de progestagênio, pode ocorrer sangramento vaginal mais frequente ou de duração 

mais longa em algumas mulheres, enquanto em outras o sangramento pode ser esporádico ou totalmente ausente. Essas 

alterações podem ser uma razão para que a mulher rejeite o método, ou não cumpra a prescrição. O aconselhamento 

cuidadoso às mulheres que optaram pelo uso do desogestrel pode melhorar a aceitação do padrão de sangramento. A 

avaliação do sangramento vaginal deve ser feita quando necessária e pode incluir exame que afaste  malignidade ou 

gravidez. 

 

Desenvolvimento folicular 

Com todos os anticoncepcionais hormonais de baixa dosagem, o desenvolvimento folicular ocorre e, ocasionalmente, o 

folículo pode continuar a se desenvolver além do tamanho que poderia atingir num ciclo normal. Geralmente, esses 

folículos aumentados desaparecem espontaneamente. Frequentemente são assintomáticos e, em alguns casos, estão 

associados à dor abdominal leve. Raramente requerem intervenção cirúrgica. 

 

Lactação 

O desogestrel não influencia a produção ou qualidade do leite materno (concentrações de proteína, lactose ou gordura). 

Entretanto, pequenas quantidades de etonogestrel são excretadas no leite. Consequentemente, 0,01 – 0,05 mcg/dia de 

etonogestrel por kg de peso corpóreo por dia podem ser ingeridos pela criança (considerando uma ingestão diária de leite 

de 150 mL/kg/dia). 

Dispõe-se de dados limitados de acompanhamento de longo prazo de crianças cujas mães iniciaram o uso de desogestrel 

durante a 4ª a 8ª semana pós-parto. Os lactentes foram amamentados durante 7 meses e acompanhados até 1,5 ano (n = 

32) ou até 2,5 anos de idade (n = 14). A avaliação do crescimento e desenvolvimento físico e psicomotor não indicou 

nenhuma diferença em comparação com lactentes cujas mães utilizaram dispositivo intrauterino de cobre. Com base nos 

dados disponíveis, desogestrel pode ser administrado durante a lactação. O desenvolvimento e crescimento de lactentes 

cujas mães usam desogestrel, devem, no entanto, ser cuidadosamente observados. 

 

Uso compatível com o aleitamento ou doação de leite humano: o uso desse medicamento não interfere no 

aleitamento do bebê. 
 

Pacientes idosas 

O desogestrel é medicamento de uso exclusivo por pacientes em idade reprodutiva. Não se destina a uso por pacientes com 

idade ≥ 60 anos. 

 

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas 

Considerando o perfil farmacodinâmico de desogestrel, não é previsto que o produto apresente influência sobre a 

habilidade de dirigir e operar máquinas. 

 

 Atenção: Contém lactose abaixo de 0,25g / comprimido revestido. 
Atenção: Contém os corantes dióxido de titânio e óxido de ferro vermelho. 
Informe ao paciente que este medicamento não protege contra infecções sexualmente transmissíveis, recomendando 

o uso de preservativo sempre que for necessário. 

 

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 

Nota: As bulas dos medicamentos de uso concomitante devem ser consultadas para identificação de interações potenciais. 

Interações entre anticoncepcionais orais e outros medicamentos podem ocasionar sangramentos inesperados e/ou falha na 

anticoncepção. As interações a seguir foram relatadas na literatura (principalmente, com anticoncepcionais combinados, 

mas ocasionalmente também com anticoncepcionais só de progestagênio). 

 

Metabolismo hepático: podem ocorrer interações com medicamentos ou produtos fitoterápicos indutores de enzimas 

microssomais,  especificamente enzimas do citocromo P450 (CYP), que podem resultar em aumento da depuração, 

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VERSÃO 04  – Esta versão altera a versão anterior 

03 

 

 

reduzindo as concentrações plasmáticas dos hormônios sexuais e podem diminuir a eficácia de anticoncepcionais orais, 

incluindo Mamades®. Esses produtos incluem fenitoína, fenobarbital, primidona, bosentana, carbamazepina, rifampicina; 

e possivelmente também oxcarbazepina, rifabutina, topiramato, felbamato, griseofulvina, alguns inibidores da protease 

do  HIV  (por  exemplo,  ritonavir,  nelfinavir)  e inibidores  não-nucleosídeos  da  transcriptase  reversa  (por  exemplo, 

efavirenz), e o produto fitoterápico erva de São João ou St. John's wort

A indução enzimática pode ocorrer após alguns dias de tratamento. A indução enzimática máxima é geralmente observada 

em algumas semanas. Após descontinuação da terapia, a indução enzimática pode durar por até 28 dias. Quando co- 

administradas  com  hormônios  anticonceptivos,  muitas  combinações  de  inibidores  de  protease  do  HIV  (por 

exemplo,nelfinavir) e inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa (por exemplo, nevirapina), e/ou combinações 

com  medicamentos utilizados no tratamento de hepatite C (por exemplo, boceprevir, telaprevir), podem aumentar ou 

diminuir as concentrações plasmáticas dos progestagênios, incluindo o etonogestrel, o metabólito ativo de desogestrel. O 

efeito líquido dessas alterações pode ser clinicamente relevante em alguns casos. 

Mulheres que estejam recebendo qualquer um dos medicamentos indutores de enzimas hepáticas ou produtos fitoterápicos 

anteriormente mencionados devem ser informadas que a eficácia de desogestrel

  pode estar reduzida. Um método 

anticoncepcional de barreira deve ser utilizado em adição ao desogestrel durante a administração do medicamento indutor 

de enzimas hepáticas e por 28 dias após a descontinuação do medicamento indutor de enzimas hepáticas. Para mulheres 

em  tratamento  prolongado  com  medicamentos  indutores de  enzimas, deve ser  considerado  o  uso  de  um  método 

anticonceptivo alternativo não afetado por medicamentos indutores de enzimas. 

A administração concomitante de inibidores fortes (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, claritromicina) ou moderados 

(por  exemplo,  fluconazol,  diltiazem,  eritromicina)  da  CYP3A4  podem  aumentar  as  concentrações  séricas  dos 

progestagênios, incluindo o etonogestrel, o metabólito ativo do desogestrel. 

Durante o tratamento com carvão medicinal, a absorção do esteroide do comprimido pode ser reduzida e assim, também, 

a eficácia anticonceptiva. Nessas circunstâncias, as orientações devem ser iguais àquelas para esquecimento da ingestão 

de comprimidos (ver item “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Procedimento caso a paciente esqueça de tomar os 

comprimidos”). 

 

Anticoncepcionais  hormonais  podem  interferir  no  metabolismo  de  outras  substâncias.  Consequentemente,  as 

concentrações plasmáticas e tissulares podem tanto aumentar (por exemplo, ciclosporina) quanto diminuir (por exemplo, 

lamotrigina). 

 

Testes laboratoriais 

Dados obtidos com AHCOs mostraram que os esteroides anticonceptivos podem influenciar os resultados de certos testes 

laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos hepáticos, tireoide, função adrenal e renal, concentrações séricas de 

proteínas (transportadoras), por exemplo, globulina transportadora de corticosteroides e frações de lípide/lipoproteína, 

parâmetros  do  metabolismo  de  carboidratos  e  parâmetros  da  coagulação  e  fibrinólise.  As  alterações  geralmente 

permanecem dentro dos limites de normalidade. Não se sabe em que extensão isso também se aplica aos anticoncepcionais 

só de progestagênio. 

 

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO? 

Armazenar temperatura ambiente (de15°C a 30°C). Proteger da luz e umidade. 

O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem do produto. 

 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

 

Mamades®

 (desogestrel) apresenta-se como comprimido revestido circular, biconvexo, rosa, sem vinco. 

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

 

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR 

Os comprimidos devem ser tomados oralmente diariamente com um pouco de líquido, preferencialmente no mesmo 

horário, na ordem indicada pelas setas impressas na cartela. Deve-se tomar um comprimido ao dia durante 28 dias 

consecutivos. Cada cartela subsequente deve ser iniciada imediatamente após o término da anterior. 

 

Como iniciar o Mamades® (desogestrel) 

• 

Sem ter utilizado nenhum anticoncepcional hormonal (no último mês) 

Tomar o comprimido no 1º dia do ciclo menstrual natural (isto é, no primeiro dia da menstruação). Também é permitido 

iniciar entre o 2º e o 5º dia, mas durante o primeiro ciclo, recomenda-se utilizar também um método de barreira nos 

primeiros 7 dias de tratamento. 

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Mamades_com rev_VPS_v04 

VERSÃO 04  – Esta versão altera a versão anterior 

03 

 

 

 

• 

Troca de um anticoncepcional hormonal combinado [anticoncepcional hormonal oral combinado (AHCO), anel 

ou adesivo transdérmico] 

A mulher deve iniciar Mamades®

 (desogestrel), preferencialmente, no dia seguinte da tomada do último comprimido ativo 

(último comprimido com a substância ativa), ou no dia de retirada do anel ou do adesivo. Nesses casos, não é necessária 

a utilização de um anticoncepcional adicional. A mulher também pode iniciar, no mais tardar, no dia que procede ao 

período sem tomar os comprimidos, ou sem adesivo, ou sem o anel, ou no intervalo do placebo do anticoncepcional 

hormonal combinado anterior, mas, durante os primeiros 7 dias de uso do Mamades®

 (desogestrel), deve ser recomendado 

o uso de um método anticonceptivo adicional. 

 

• Troca de um medicamento só de progestagênio (minipílula, injeção, implante ou sistema intrauterino que libera 

progestagênio - SIU) 

A mulher pode trocar a minipílula por Mamades®

 (desogestrel) em qualquer dia. No caso de implante ou SIU a troca deve 

ser feita no dia da retirada deste, e no caso de medicamento injetável, no dia em que seria administrada a próxima injeção. 

Nesses casos, não é necessária a utilização de um método anticonceptivo adicional. 

 

• Após aborto no primeiro trimestre de gestação 

Após aborto no primeiro trimestre de gestação, recomenda-se iniciar imediatamente. Nesse caso, não há necessidade da 

utilização de um método anticonceptivo adicional. 

 

• Após o parto ou pós-aborto no segundo trimestre de gestação 

Para lactantes, ver item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Lactação”. 

A mulher deve ser orientada a iniciar Mamades®

 (desogestrel) nos dias 21 a 28 após o parto ou aborto no segundo trimestre 

de gestação. Quando iniciar depois desse período, a mulher deve ser orientada a utilizar também um método de barreira 

durante os primeiros 7 dias de tratamento para evitar a gravidez. No entanto, se a mulher já tiver tido alguma relação 

sexual antes de iniciar o tratamento, deve-se afastar a possibilidade de gravidez antes de iniciar Mamades®

 (desogestrel), 

ou então, esperar que ocorra a primeira menstruação para se iniciar o tratamento anticoncepcional. 

 

Procedimento caso a paciente esqueça de tomar o comprimido 

A proteção anticonceptiva pode ser reduzida se houver um intervalo maior que 36 horas entre dois comprimidos. Se a 

mulher estiver menos de 12 horas atrasada para tomar qualquer comprimido, o esquecido deve ser tomado assim que 

lembrado e o próximo comprimido deve ser tomado no horário habitual. Caso a mulher esteja atrasada mais de 12 horas, 

deverá seguir a orientação anterior e também utilizar um método anticonceptivo adicional durante os próximos 7 dias. 

Caso sejam esquecidos comprimidos na primeira semana de uso de Mamades®

 (desogestrel) e a mulher tiver tido relações 

sexuais na semana anterior ao esquecimento, deve ser considerada a possibilidade de gravidez. 

 

Recomendações em caso de distúrbios gastrintestinais 

Caso  ocorram  distúrbios  gastrintestinais  graves,  a  absorção  pode  não  ser  completa,  sendo  necessárias  medidas 

anticonceptivas adicionais. Se ocorrerem vômitos 3-4 horas após a administração dos comprimidos, a absorção pode não 

ser  completa.  Nesse  caso,  aconselha-se  seguir  as  recomendações  relativas  a  comprimidos  esquecidos  discutidas 

anteriormente (ver item "8. POSOLOGIA E MODO DE USAR" - Procedimento caso a paciente esqueça de tomar o 

comprimido"). 

 

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. 

 

9. REAÇÕES ADVERSAS 

As reações adversas mais comumente relatadas nos estudos clínicos com desogestrel (> 2,5%) foram: sangramento 

irregular, acne, alterações de humor, dor nas mamas, náusea e aumento de peso. As reações adversas mencionadas a seguir 

foram consideradas pelos pesquisadores como tendo uma relação estabelecida, provável ou possível com o tratamento. 

 

Classe de Órgãos e Sistema 

(MedDRA)* 

Frequência das reações adversas 

Comum 

≥ 1/100 

Incomum 

≥ 1/1000 e < 1/100 

Rara 

< 1/1000 

Infecções e infestações 

 

infecção vaginal 

 

Distúrbios psiquiátricos 

alteração de humor, 

diminuição da libido 

 

 

Distúrbios do sistema nervoso 

cefaleia 

 

 

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Mamades_com rev_VPS_v04 

VERSÃO 04  – Esta versão altera a versão anterior 

03 

 

 

Distúrbios dos olhos 

 

intolerância a lentes de 

contato 

 

Distúrbios gastrintestinais 

náusea 

vômitos 

 

Distúrbios da pele e tecidos 

subcutâneos 

acne 

alopecia 

exantema, urticária, 

eritema nodoso 

Distúrbios do sistema 

reprodutor e distúrbios 

mamários 

dor nas mamas, 

menstruação irregular, 

amenorreia 

dismenorreia, cistos 

ovarianos 

 

Distúrbios gerais e condições 

no local de administração 

 

fadiga 

 

Investigações 

aumento de peso 

 

 

* MedDRA versão 9.0. 

 

Foram relatadas secreções mamárias e, raramente, gestações ectópicas com o uso de desogestrel durante a 

farmacovigilância pós-comercialização (ver item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”). Adicionalmente, foram 

relatadas reações de hipersensibilidade (incluindo angioedema e anafilaxia) durante a farmacovigilância pós- 

comercialização. 

 

Em mulheres utilizando anticoncepcionais orais (combinados) foram relatados alguns efeitos indesejáveis (graves). Esses 

incluem distúrbios tromboembólicos venosos e arteriais, tumores dependentes de hormônio (por ex., câncer de mama) e 

cloasma, alguns dos quais são discutidos no item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”. 

 

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 

 

10. SUPERDOSE 

Não há relatos de reações adversas graves em decorrência de superdose. Nessa situação, os sintomas que podem ocorrer 

são: náuseas, vômitos, e em meninas e adolescentes, discreto sangramento vaginal. Não há antídotos e o tratamento deve 

ser sintomático. 

 

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de maiores orientações. 

DIZERES LEGAIS 

Registro: 1.0043.1280 

 

VENDA SOB PRESCRIÇÃO. 

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 25/06/2025. 

 
Registrado e produzido por: 

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, 3565 – Itapevi – SP 
CNPJ: 61.190.096/0001-92 
Indústria Brasileira 

 

 

 

 

 

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Mamades_com rev_VPS_v04 

VERSÃO 04  – Esta versão altera a versão anterior 

03 

 

 

Histórico de Alterações da Bula 

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição / notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

N° 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

N° expediente  Assunto 

Data da 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/VPS) 

Apresentações 

relacionadas 

19/12/2019  3509017/19-1 

10457 – 

SIMILAR - 

Inclusão Inicial 

de Texto de 

Bula - RDC 

60/12 

 

 

 

 

 

 

 

 

VPS 

Comprimido 

revestido 75 mcg 

 

 

02/07/2020 

 

2117868/20-2 

10450 - 

SIMILAR - 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula - 

RDC 60/12 

 

 

 

 

 

 

 

 

7. CUIDADOS DE 

ARMAZENAMEN 

TO DO 

MEDICAMENTO 

VPS 

Comprimido 

revestido 75 mcg 

 

 

 

08/03/2021 

 

 

 

0906976/21-3 

10450 - 

SIMILAR - 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula - 

RDC 60/12 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

9. REAÇÕES 

ADVERSAS 

 

 

VPS 

Comprimido 

revestido 75 mcg 

 

 

13/06/2023 

 

 

4299424/22-1 

10450 - 

SIMILAR - 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula - 

RDC 60/12 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DIZERES 

LEGAIS 

 

 

VPS 

Comprimido 

revestido 75 mcg 

           

 

        - 

 

 

         - 

10450 - 

SIMILAR - 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula - 

RDC 60/12 

          

 

          - 

        

 

            - 

    

 

          - 

 

 

            - 

3. CARACTERÍSTICAS 

FARMACOLÓGICAS 

 

5. ADVERTÊNCIAS E 

PRECAUÇÕES 

 

DIZERES LEGAIS 

 

 

   VPS 

Comprimido 

revestido 75 mcg