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mesilato de imatinibe 

 

 

 

 

 

Bula para o profissional de saúde 

Comprimido Revestido 

100 mg e 400 mg 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

 

mesilato de imatinibe 

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999 

 
APRESENTAÇÕES 
Comprimido revestido 100 mg: embalagem com 60 comprimidos. 
Comprimido revestido 400 mg: embalagem com 30 comprimidos. 
 
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 1 ANO (vide indicações) 
USO ORAL  
 
COMPOSIÇÃO 
 
Cada comprimido revestido de mesilato de imatinibe 100 mg contém:  
mesilato de imatinibe* ................................................................................................... ........................................ 119,50 mg 
excipientes** q.s.p. ...........................................................................................................................................1 comprimido 
*119,50 mg de mesilato de imatinibe, que equivalem a 100 mg de imatinibe base. 
**Excipientes: celulose microcristalina, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, copovidona, talco, 
hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, óxido de ferro marrom, óxido de ferro amarelo. 
 
Cada comprimido revestido de mesilato de imatinibe 400 mg contém:  
mesilato de imatinibe* ........................................................................................... ................................................. 478,00 mg 
excipientes** q.s.p. ......................................................................................................................................... 1 comprimido 
*478,00 mg de mesilato de imatinibe, que equivalem a 400 mg de imatinibe base. 
**Excipientes: celulose microcristalina, crospovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, copovidona, talco, 
hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, óxido de ferro marrom, óxido de ferro amarelo. 
 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 

 
1. INDICAÇÕES 
O mesilato de imatinibe é indicado para: 
- pacientes adultos e pediátricos (acima de 2 anos) com Leucemia Mieloide Crônica (LMC) cromossomo Philadelphia 
positivo (Ph+) recém diagnosticada e sem tratamento anterior; 
- pacientes adultos com  Leucemia Mieloide Crônica  (LMC) cromossomo Philadelphia positivo em crise blástica, fase 
acelerada ou fase crônica após falha ou intolerância à terapia com alfainterferona.  
-  tratamento  de  pacientes  adultos  e  pediátricos  (acima  de  1  ano)  com  Leucemia  Linfoblástica  Aguda  (LLA  Ph+) 
cromossomo Philadelphia positivo, recentemente diagnosticada, integrados com quimioterapia. 
 
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 
- Estudos Clínicos em LMC 
A eficácia do mesilato de imatinibe baseia-se nas taxas globais de resposta hematológica e citogenética e na sobrevida 
livre de progressão. Foram conduzidos três grandes estudos internacionais, abertos, não controlados, de Fase II incluindo 
pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC) cromossomo Philadelphia positivo (Ph+) na doença em fase avançada, 
blástica  ou  acelerada,  outras  leucemias  Ph+  ou  em  LMC  em  fase  crônica  com  falha  à  terapêutica  anterior  com  alfa-
interferona (IFN)1,2,3. 
 
Foi conduzido um estudo extenso, aberto, multicêntrico, internacional, randomizado, de Fase III em pacientes com LMC 
Ph+ recentemente diagnosticada4. Adicionalmente, crianças foram tratadas em dois estudos clínicos Fase I e um estudo 
clínico de Fase II aberto, multicêntrico de braço único. 
 
Em todos os estudos clínicos, 38-40% dos pacientes tinham idade superior ou igual a 60 anos e 10-12% dos pacientes 
tinham 70 anos ou mais. 
 
Fase  crônica,  recentemente  diagnosticada4,5,6,7:  
este  estudo  de  Fase  III  comparou  o  tratamento  com  mesilato  de 
imatinibe  em  monoterapia  ou  uma  combinação  de  alfa-interferona  (IFN)  mais  Citosina  Arabinosídeo  (Ara-C).  Foi 
permitido aos pacientes não apresentando resposta (sem resposta hematológica completa - RHC aos 6 meses, leucócitos 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

em aumento, sem resposta citogenética  Maior (RCM) aos 24 meses), ou com perda da resposta (perda de RHC ou de 
RCM) ou intolerância severa ao tratamento, serem transferidos para o braço de tratamento alternativo. No braço recebendo 
mesilato de imatinibe, os pacientes foram tratados com 400 mg diariamente. No braço recebendo IFN, os pacientes foram 
tratados com uma dose alvo de IFN de 5 MUI/m2/dia por via subcutânea em combinação com Ara-C 20 mg/m2/dia por 
via subcutânea por 10 dias/mês. 
 
Um total de 1.106 pacientes foram randomizados em 177 centros de 16 países, 553 para cada braço. As características 
basais foram bem balanceadas entre os dois braços. A idade mediana foi 51 anos (faixa entre 18-70 anos), 21,9% dos 
pacientes  com  idade  ≥  60  anos.  Cinquenta  e  nove  por  cento  dos  pacientes  eram  do  sexo  masculino  e  41%  do  sexo 
feminino; 89,9% caucasianos e 4,7% de raça negra. Por ocasião da data de corte desta análise (7 anos após o recrutamento 
do último paciente), a duração média do tratamento de primeira linha foi 82 meses e 8 meses nos braços de mesilato de 
imatinibe e IFN, respectivamente. A duração média do tratamento de segunda linha com mesilato de imatinibe foi de 64 
meses. Sessenta por cento dos pacientes randomizados para mesilato de imatinibe ainda estão recebendo tratamento de 
primeira  linha.  Nestes  pacientes,  a  dose  média  de  mesilato de  imatinibe  foi de  403  ±  57 mg.  Em  geral,  em  pacientes 
recebendo mesilato de imatinibe como primeira linha de tratamento, a dose média diária administrada foi de 406  ± 76 
mg.  Como  consequência  de  uma  taxa  mais  elevada  tanto  de  descontinuações  como  de  transferências  para  o  braço 
alternativo  de  tratamento,  somente  2%  dos  pacientes  randomizados  para  IFN  ainda  estão  recebendo  tratamento  de 
primeira linha. No braço de IFN, a retirada do consentimento (14%) foi a razão mais frequente para descontinuação da 
terapia  de  primeira  linha,  e  a  razão  mais  frequente  para  a  transferência  para  o  braço  de  mesilato  de  imatinibe  foi 
intolerância grave ao tratamento (26%) e progressão da doença (14%)8,9. O objetivo primário de avaliação de eficácia do 
estudo  foi  a  sobrevida  livre  de  progressão.  Define-se  como  progressão  da  doença,  a  ocorrência  de  qualquer  um  dos 
seguintes eventos: progressão para a fase acelerada ou crise blástica (FA/CB), óbito, perda de RHC, ou RCM ou, em 
pacientes  que  não  conseguiram  atingir  RHC,  o  aumento  de  leucócitos,  apesar  do  tratamento  terapêutico  apropriado. 
Resposta citogenética Maior, resposta hematológica, resposta molecular (avaliação da doença residual mínima), tempo 
até a fase acelerada ou crise blástica e sobrevida foram os principais objetivos secundários de avaliação de eficácia. Os 
dados de resposta são apresentados na Tabela 
 16,7,10. 
 
Tabela 1. Estudo da resposta em LMC recentemente diagnosticada6,7,8,10 (dados de 84 meses) 
 

(Melhores taxas de resposta) 

mesilato de imatinibe 

IFN + Ara-C 

  

n = 553 

n = 553 

Resposta hematológica 

  

  

Taxa de RHC n (%)   

534 (96,6%)* 

313 (56,6%)* 

[IC de 95%] 

[94,7%; 97,9%] 

[52,4%; 60,8%] 

 

 

 

Resposta citogenética 

 

 

Maior n (%) 

490 (88,6%)  

129 (23,3%) 

[IC de 95%] 

[85,7%; 91,1%]  

[19,9%; 27,1%] 

completa n (%)  

456 (82,5%)  

64 (11,6) 

parcial n (%) [1]  

34 (6,1%) 

65 (11,8%) 

 

 

 

Resposta molecular 

 

 

Maior aos 12 meses (%) 

40%* 

 2%* 

Maior aos 24 meses (%) 

54% 

 NA** 

* < 0,001, teste exato de Fischer
**dados insuficientes, somente dois pacientes com amostras disponíveis. 
Critérios de resposta hematológica (todas as respostas devem ser confirmadas após ≥ 4 semanas): leucócitos < 10 
x 109/L, plaquetas < 450 x 109/L, mielócito + metamielócito < 5% no sangue, ausência de blastos e promielócitos no 
sangue, basófilos < 20%, ausência de comprometimento extramedular. 
Critérios de resposta citogenética: completa (0% metáfases Ph+), parcial (1-35%), Menor (36- 65%) ou mínima (66-
95%). A reposta citogenética Maior (0-35%) combina ambas as respostas completa e parcial [1]. 
Critérios de resposta molecular Maior: no sangue periférico, redução de ≥ 3 logaritmos na quantidade de transcritos 
de Bcr-Abl (medidos por ensaio de PCR por transcriptase reversa quantitativo em tempo real) comparado em relação a 
um valor basal padronizado. 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

As taxas de resposta hematológica completa (RHC), resposta citogenética Maior (RCM) e resposta citogenética completa 
(RCC) no tratamento de primeira linha foram estimadas usando o método de Kaplan-Meier, para os quais as não respostas 
foram  censuradas  na  data  do  último  exame.  Usando  este  método,  as  taxas  de  resposta  acumulativa  estimada  para  o 
tratamento de primeira linha com mesilato de imatinibe são mostradas na Tabela 2. 
 
Tabela 2. Resposta acumulativa estimada para tratamento de primeira linha com mesilato de imatinibe 

Meses em terapia  

RHC (%) 

RCM (%) 

 RCC (%) 

12 meses  

96,4% 

84,6% 

69,5% 

24 meses  

97,2% 

89,5% 

79,7% 

36 meses 

97,2% 

91,1% 

83,6% 

48 meses  

98,2% 

91,9% 

85,2% 

60 meses  

98,4% 

91,9% 

86,7% 

84 meses 

98,4% 

91,9% 

87,2% 

 
Para  análise  dos  resultados  de  longa  duração,  os  pacientes  randomizados  para  receber  mesilato  de  imatinibe  foram 
comparados  aos  pacientes  randomizados  para  receber  IFN.  Os  pacientes  transferidos  antes  da  progressão  não  foram 
censurados  no  momento  da  transferência,  e  os  eventos  que  ocorreram  nestes  pacientes  após  a  transferência  foram 
atribuídos ao tratamento randomizado inicial. 
 
Em  sete  anos  de  acompanhamento,  havia  93  (16,8%)  eventos  com  progressão  no  braço  de  mesilato  de  imatinibe:  37 
(6,7%) envolvendo progressão para FA/CB, 31 (5,6%) envolvendo perda de RCM, 15 (2,7%) envolvendo perda de RHC 
ou aumento em leucócitos e 10 (1,8%) envolvendo óbitos não relacionados a LMC. Em contraste, houve 165 (29,8%) 
eventos no braço recebendo IFN + Ara-C dos quais 130 ocorreram durante o tratamento de primeira linha com IFN + 
Ara-C. 
 
A taxa estimada para sobrevida livre de progressão aos 84 meses é 81,2% com IC de 95% (78,85) no braço de mesilato 
de imatinibe e 60,6% (56,5) no braço controle (p < 0,001) (Figura 1). As taxas anuais de progressão para mesilato de 
imatinibe foram 3,3% no primeiro ano após início do estudo, 7,5% no segundo ano e 4,8%, 1,7%, 0,8%, 0,3% e 2,0% no 
terceiro, quarto, quinto, sexto e sétimo ano, respectivamente. 
 
A  taxa  estimada  de  pacientes  livres  de  progressão  para  a  fase  acelerada  ou  crise  blástica  aos  84  meses  foi 
significativamente  mais  alta  no  braço  de  mesilato  de  imatinibe  comparado  ao  braço  de  IFN6,7,10,11  (92,5%12,13  versus 
85,1%, p < 0,00114,15) (Figura 2). A taxa anual de progressão diminuiu com o tempo de terapia: taxas anuais de progressão 
da doença para fase acelerada ou crise blástica foram 1,5%, 2,8%, 1,6%, 0,9%, 0,5%, 0% e 0,4% do primeiro ao sétimo 
ano, respectivamente. 
 
Figura 1. Tempo até a progressão (princípio ITT) 
 

 

mesilato de imatinibe 

IFN+Ara-C 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

Figura 2. Tempo até a progressão para Fase Acelerada ou Crise Blástica (princípio ITT) 
 

 

 
Um  total  de  71  (12,8%)  e  85  (15,4%) pacientes  foram  a  óbito  nos  grupos  de  mesilato  de  imatinibe  e  IFN  +  Ara-C, 
respectivamente. Aos 84 meses, a sobrevida global estimada é 86,4% (83,90) vs 83,3% (80,87) nos grupos randomizados 
de mesilato de imatinibe e IFN + Ara-C, respectivamente (p = 0,073, teste log  rank). Este objetivo de tempo para o 
evento  foi  fortemente  afetado  pela  alta  taxa  de  transferência  do  grupo  IFN  +  Ara-C  para  o  grupo  de  mesilato  de 
imatinibe.  Além  disso,  um  grande  número  de  pacientes  recebeu  transplante  de  medula  óssea  (TMO)  após  a 
descontinuação do tratamento de estudo no grupo IFN + Ara-C (n = 66, 38 após transferência para mesilato de imatinibe) 
comparado com o grupo de mesilato de imatinibe (n = 50, 8 após transferência para IFN) na atualização de 84 meses. 
Quando censurados os 48 óbitos que ocorreram após o transplante de medula óssea, as taxas de sobrevida aos 84 meses 
foram 89,6 vs 88,1 (p=0,200, teste log rank). Apenas 31 óbitos (antes do TMO) do grupo de pacientes do mesilato de 
imatinibe  (5,6%)  foram  atribuídos  a  LMC,  comparado  à  40  pacientes  do  grupo  IFN  +  Ara-C  (7,2%).  Quando 
considerado apenas os óbitos relacionados à LMC e desconsiderando quaisquer óbitos após TMO ou devido a quaisquer 
outras razões, as taxas estimadas de sobrevida aos 84 meses foram 93,6% vs 91,1% (p = 0, 1, teste log rank). O efeito 
do  tratamento  com  mesilato  de  imatinibe  na  sobrevida  da  fase  crônica,  em  LMC  recentemente  diagnosticada,  foi 
examinado em uma análise retrospectiva dos dados de mesilato de imatinibe4 reportados acima com os dados primários 
em um outro estudo de Fase III usando IFN + Ara-C (n = 325) em um esquema terapêutico idêntico16. Nesta publicação, 
a superioridade de mesilato de imatinibe sobre IFN + Ara-C em relação a sobrevida global foi comprovada (p < 0,001): 
dentro de 42 meses, 47 (8,5%) pacientes de mesilato de imatinibe e 63 (19,4%) pacientes de IFN + Ara-C foram a óbito. 
 
O grau de resposta citogenética afetou claramente nos resultados de longa duração em pacientes sendo tratados com 
mesilato  de  imatinibe.  Visto  que  uma  estimativa  de  96%  dos  pacientes  com  RCC  e  93%  dos  pacientes  com  RCP 
(resposta citogenética parcial) aos 12 meses estavam livres de progressão para FA/CB aos 84 meses. Somente 81% dos 
pacientes sem RCaos 12 meses estavam livres de progressão para LMC avançada aos 84 meses (p < 0,001 total, p = 
0,25 entre RCC e RCP). Com base no marco de 18 meses, as estimativas foram 99%, 90% e 83% respectivamente, 
incluindo também uma diferença estatisticamente significante entre RCC e RCP (p < 0,001)17.  
 
O monitoramento molecular representou uma informação prognóstica adicional importante. Para pacientes com RCC e 
redução  de  transcritos  Bcr-Abl  de  pelo  menos  3  logaritmos  aos  12  meses,  a  probabilidade  de  permanecer  livre  de 
progressão de doença aos 60 meses foi numericamente maior quando comparados a pacientes que tiveram RCC e uma 
redução menor do que 3 log (95% vs 89%, p = 0,068), e significantemente maior quando comparados ao pacientes que 
não alcançaram RCC aos 12 meses (70%, p < 0,001). Considerando somente a progressão para FA/CB, as taxas estimadas 
sem evento foram 100%, 95% e 88%, respectivamente (p < 0,001 total, p = 0,007 entre RCC com e sem RM– reposta 
molecular Maior). Considerando o marco de 18 meses, as taxas estimadas sem FA/CB aos 60 meses foram 100% para 
pacientes com RCC e RMM, 98% para pacientes com RCC, mas sem RMM e apenas 87% para pacientes sem RCC (p < 
0,001 total, p = 0,105 entre RCC com e sem RMM)6,10. 
 

mesilato de imatinibe 

IFN+Ara-C 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

Neste estudo, foram permitidos escalonamentos de dose de 400 mg ao dia para 600 mg ao dia, e depois, de 600 mg ao dia 
para 800 mg ao dia. Após 42 meses de acompanhamento, 11 pacientes que atingiram uma resposta hematológica completa 
aos 3 meses e uma resposta citogenética Maior aos 12 meses, enquanto em uso de dose de 400 mg ao dia, tiveram perda 
confirmada (dentro de 4 semanas) de suas respostas citogenéticas. Entre estes 11 pacientes, 4 pacientes foram escalonados 
até 800 mg ao dia, 2 dos quais recuperaram resposta citogenética (1 parcial e 1 completa, o último também atingiu resposta 
molecular), enquanto que dos 7 pacientes nos quais a dose não foi escalonada, somente um recuperou resposta citogenética 
completa. A porcentagem de algumas reações adversas ao medicamento foi mais alta nos 40 pacientes nos quais a dose 
foi escalonada para 800 mg ao dia comparada com a população de pacientes antes do aumento da dose (n = 551). As 
reações  adversas  ao  medicamento  mais  frequentes  incluíram  hemorragias  gastrintestinais,  conjuntivite  e  elevação  de 
transaminases ou bilirrubina. Outras reações adversas ao medicamento foram reportadas com frequência menor ou igual18. 
 
A Qualidade de Vida (QdV) foi medida utilizando-se o instrumento validado FACT-BRM. Todos os domínios foram 
avaliados e revelaram escores significativamente mais elevados para o braço de mesilato de imatinibe comparado ao braço 
de IFN. Os dados de QdV mostraram que os pacientes mantêm seu bem-estar enquanto estão sendo tratados com mesilato 
de imatinibe19.  
 
Fase  crônica,  pós-falha  à  interferona:  532 pacientes  foram  tratados  com uma dose  inicial  de  400  mg.  Os  pacientes 
foram distribuídos em três categorias principais: falha hematológica (29%), falha citogenética (35%) ou intolerância à 
interferona (36%). Os pacientes haviam recebido previamente uma média de 14 meses de tratamento com interferona em 
doses ≥ 25 x 106 UI/semana e encontravam-se todos em fase crônica tardia, com um tempo médio de diagnóstico de 32 
meses. A variável primária de eficácia foi a taxa de resposta citogenética Maior (resposta citogenética completa + resposta 
citogenética parcial, ou seja, 0 a 35% de metáfases Ph+ na medula óssea).  
Neste estudo, 65% dos pacientes atingiram resposta citogenética Maior que foi completa em 53% dos pacientes (Tabela 
2). Foi atingida resposta hematológica completa em 95% dos pacientes 3,20,21. 
Fase  acelerada:  foram  admitidos  235  pacientes  com  doença  em  fase  acelerada.  Os  primeiros  77  pacientes  iniciaram 
tratamento  com  400  mg,  o  protocolo  foi  emendado  subsequentemente  para  permitir  a  administração  de  doses  mais 
elevadas e os 158 pacientes remanescentes iniciaram com 600 mg. 
A variável primária de eficácia foi a taxa de resposta hematológica, relatada como resposta hematológica completa, sem 
evidência  de  leucemia  (isto  é,  clareamento  de  blastos  da  medula  e  do  sangue,  mas  sem  recuperação  total  do  sangue 
periférico como nas respostas completas), ou retorno à fase crônica da LMC. Foi atingida uma resposta hematológica 
confirmada em 71,5% dos pacientes (Tabela 3). Importante referir que, 27,7% dos pacientes também atingiram resposta 
citogenética Maior, a qual foi completa em 20,4% dos pacientes. Para os pacientes tratados com 600 mg, a estimativa 
atual  para  as  medianas  de  sobrevida  livre  de  progressão  de  doença  e  de  sobrevida  global  foi  de  22,9  e  42,5  meses, 
respectivamente. Em uma análise multivariada, a dose de 600 mg foi associada com a melhora do tempo para a progressão 
de doença, independente da contagem de plaquetas, blastos sanguíneos e hemoglobina ≥ 10 g/L2,20,22. 
 
Crise blástica mieloide: foram admitidos 260 pacientes com crise blástica mieloide. Noventa e cinco pacientes (37%) 
haviam recebido quimioterapia prévia para tratamento de fase acelerada ou de crise blástica (“pacientes pré-tratados”) 
enquanto que 165 (63%) não haviam recebido quimioterapia prévia (“pacientes não tratados”). Os primeiros 37 pacientes 
iniciaram o tratamento com a dose de 400 mg, o protocolo foi emendado subsequentemente para permitir a administração 
de doses mais elevadas e os 223 pacientes remanescentes iniciaram o tratamento com 600 mg. 
A variável primária de eficácia foi a taxa de resposta hematológica relatada como uma resposta hematológica completa, 
sem evidência de leucemia, ou retorno à fase crônica da LMC utilizando os mesmos critérios usados para o estudo em 
fase  acelerada.  Neste  estudo,  31%  dos  pacientes  atingiram  resposta  hematológica  (36%  em  pacientes  não  tratados 
previamente e 22% tratados previamente). A taxa de resposta também foi mais elevada nos pacientes tratados com 600 
mg (33%), quando comparados aos pacientes tratados com 400 mg (16%, p = 0,0220). A estimativa atual de sobrevida 
mediana dos pacientes não tratados e dos tratados previamente foi de 7,7 e 4,7 meses, respectivamente1, 20,11. 
 
Tabela 3. Resposta em LMC 

 

Estudo 0110   

 Dados de 37 meses 

Estudo 0109   

 Dados de 40,5 meses 

Estudo 0102   

 Dados de 38 meses 

 

Fase crônica, 

 Falha ao IFN 

Fase acelerada 

Crise blástica   

 mieloide 

 

(n = 532) 

(n = 235) 

(n = 260) 

 

% de pacientes (IC95%)  

Resposta hematológica1 

95% (92,3-96,3) 

71% (65,3-77,2) 

31% (25,2-36,8) 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

Resposta hematológica completa 
(RHC) 

95% 

42% 

8% 

Sem evidência de leucemia (SEL) 

Não aplicável 

12% 

5% 

Retorno à fase crônica (RFC) 

Não aplicável 

17% 

18% 

 

 

 

 

Resposta citogenética Maior2 

65% (61,2-69,5) 

28% (22,0-33,9) 

15% (11,2-20,4) 

Completa 

53% 

20% 

7% 

Parcial 

12% 

7% 

8% 

1Critérios de resposta hematológica (todas as respostas devem ser confirmadas após 4 semanas): 
RHC: estudo 0110 [leucócitos < 10 x 109/L, plaquetas < 450 x 109/L, mielócito + metamielócito < 5% no sangue, ausência 
de blastos e promielócitos no sangue, basófilos < 20%, ausência de comprometimento extramedular] e nos estudos 0102 
e 0109 [CAN ≥ 1,5 x 109/L, plaquetas ≥ 100 x 109/L, ausência de blastos no sangue, blastos na medula óssea < 5% e 
ausência de doença extramedular]. 
SEL: mesmos critérios utilizados para a RHC, mas CAN ≥ 1 x 109/L e plaquetas ≥ 20 x 109/L (somente 0102 e 0109). 
RFC: < 15% blastos na medula óssea e sangue periférico, < 30% blastos + promielócitos na medula óssea e no sangue 
periférico, < 20% basófilos no sangue periférico, ausência de doença extramedular exceto no baço e no fígado (somente 
0102 e 0109). 
2Critérios de resposta citogenética: 
Uma  resposta  citogenética  Maior  combina  ambas  as  respostas  citogenéticas  completas  e  parciais:  completas  (0% 
metáfases Ph+) e parciais (1-35%). 
 
Pacientes pediátricos26,27
: um total de 51 pacientes pediátricos com LMC recém diagnosticada e não previamente tratada 
em  fase  crônica participaram do  estudo  clínico  de  Fase  II, aberto, multicêntrico  de braço  único  e foram  tratados  com 
mesilato de imatinibe 340 mg/m2/dia. O tratamento com mesilato de imatinibe levou a uma resposta rápida em pacientes 
pediátricos com LMC recém diagnosticada com RHC de 78% após 8 semanas de terapia e uma resposta citogenética 
completa (RCC) de 65%, (comparável aos resultados em adultos) após 3 a 10 meses de tratamento. 
Um  total  de  31  pacientes  pediátricos,  intensamente  tratados  previamente,  (45%  com  TMO  prévio  e  68%  recebendo 
múltiplos  agentes  quimioterápicos  previamente)  com LMC  em  fase  crônica  (n=  15)  ou  em  crise  blástica  ou  leucemia 
linfoblástica aguda Ph+ LLA (n=16) participaram de um estudo clínico Fase I de escalonamento de dose. Os pacientes 
foram tratados com mesilato de imatinibe com doses variando de 260 mg/m2/dia, e 570 mg/m2/dia. Dentre os 13 pacientes 
com LMC e dados de citogenética disponíveis, 7 (54%) e 4 (31%) alcançaram resposta citogenética completa e parcial, 
respectivamente, com taxa de RCM de 85%28. 
 
Estudos Clínicos em LLA Ph+23, 29-33 
Um total de 851 pacientes com LLA Ph+ recentemente diagnosticada ou com doença recidivada/refratária foram incluídos 
em 11 estudos clínicos, dos quais dez foram estudos não controlados e um estudo foi randomizado. Dos 851 pacientes, 
93 eram pacientes pediátricos (incluindo 4 pacientes com mais de 18 e menos de 22 anos de idade) tratados em um estudo 
de Fase III, aberto, multicêntrico e não randomizado29. 
LLA Ph+ pacientes adultos recentemente diagnosticada 
Em  um  estudo  controlado  (ADE10)  de  mesilato  de  imatinibe  versus  quimioterapia  de  indução  em  55  pacientes 
recentemente diagnosticados com idade de 55 anos ou mais, mesilato de imatinibe foi usado como agente único e induziu 
uma  taxa  significantemente  maior  de  resposta  hematológica  completa  do  que  de  quimioterapia  (96,3%  vs.  50%;  p  = 
0,0001). 
Quando a terapia de resgate com mesilato de imatinibe foi administrada em pacientes que não responderam ou que tiveram 
resposta pobre à quimioterapia, 9 (81,8%) de 11 pacientes atingiram uma resposta hematológica completa. Este efeito 
clínico foi associado com uma redução em transcritos BCR-ABL maior nos pacientes tratados com mesilato de imatinibe 
do  que  no  braço  de  quimioterapia  após  2  semanas  de  terapia  (p  =  0,02).  Todos  os  pacientes  receberam  mesilato  de 
imatinibe e quimioterapia de consolidação após indução e os níveis de transcritos  BCR-ABL foram idênticos nos dois 
braços nas 8 semanas. Como esperado com base no desenho do estudo, nenhuma diferença foi observada na duração da 
remissão,  sobrevida  livre  de  doença  ou  sobrevida  global,  embora  pacientes  com  resposta  molecular  completa  e  que 
permaneceram com doença residual mínima tiveram um resultado melhor em termos de duração da remissão (p = 0,01) 
e sobrevida livre de doença (p = 0,02). 
Os  resultados  observados  em  uma  população  de  211  pacientes  com  LLA  Ph+  recentemente  diagnosticada  em  quatro 
estudos clínicos não controlados (AAU02, ADE04, AJP01 e AUS01) são consistentes com os resultados descritos acima, 
conforme demonstrado na Tabela 4. O mesilato de imatinibe, em combinação com quimioterapia de indução, resultou em 
uma  taxa  de  resposta  hematológica  completa  de  93%  (147  de  158  pacientes  avaliáveis)  e  em  uma  taxa  de  resposta 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

citogenética Maior de 90% (19 de 21 pacientes avaliáveis). A taxa de resposta molecular completa foi 48% (49 de 102 
pacientes avaliáveis). 
Similarmente,  em  dois  estudos  clínicos  não  controlados  (AFR09  e  AIT04)  nos  quais  49  pacientes  com  LLA  Ph+ 
recentemente diagnosticada com idade de 55 anos ou mais receberam mesilato de imatinibe combinado com esteroides 
com ou sem quimioterapia, houve uma taxa de resposta hematológica completa de 89% nessa população e uma taxa de 
resposta molecular completa de 26% em 39 pacientes avaliáveis. A sobrevida livre de doença (SLD) e a sobrevida global 
(SG) excederam um ano e foram superiores ao controle histórico (SLD p < 0,001; SG p < 0,01) em três estudos (AJP01, 
AUS01 e AFR09).  
 
Tabela 4. Efeito de mesilato de imatinibe em pacientes adultos com LLA Phrecentemente diagnosticada 
 

Estudo  

  AAU02   

 ADE04   

 AJP01   

 AUS01   

 AFR09   

 AIT04   

 ADE10§ 

  

 mesilato 

de 

imatinibe e 

Qt 

 mesilato 

de 

imatinibe e 

Qt 

 mesilato de 

imatinibe e Qt 

 mesilato 

de 

imatinibe 

e Qt 

 mesilato de 

imatinibe e 

Qt / 

esteroides 

 mesilato 

de 

imatinibe 

esteroides 

mesilato 

 de 

imatinibe 

 Qt   

  

  

Coorte 2 

  

  

  

  

  

  

 n 
(avaliável  
para Qt) 

 12   

 45   

 80   

 21  

  29   

 18  

  27   

 26   

 RHC (%)   

 58   

 95   

 96   

 95   

 72   

 100   

 96   

 50*   

 IC 95%   

 28 - 85   

 85 - 99   

 89 - 99   

 76 -100   

 53 -87   

 82 - 100     81 - 100     30 – 70   

 Controles  
históricos  
de RHC 
[Qt]  

  

  

 51 

(p < 0,0001)   

 61 – 94   

 (p < 0,01)   

 29 

 (p = 0,003)   

  

  

  

 n (geral)   

 24   

 47   

 80   

 20  

  30   

 19  

  28   

 27   

 1 ano de 
 SLD (%)   

 ND   

 ND   

 61 + 6   

 87  

  60   

 -  

 54   

média de 
 SLD (m)   

 -  

 -  

 -  

 -  

 -  

 15   

 -  

1 ano de 
SG (%)   

 61 + 13&   

 ND   

 76 + 5   

 -  

 68   

 -  

 54   

2 ano de 
SG (%)   

 -  

 ND   

 -  

 75**   

 -  

 -  

 -  

média de  
SG (m)   

 -  

 -  

 -  

 -  

 -  

 20   

 -  

 
 

RHC = resposta hematológica completa 

 

 

 

 

  

Qt = quimioterapia 

 

 

 

 

 

 

  

m = meses   

 

 

 

 

 

 

  

ND = não disponível 

 

 

 

 

 

 

  

* p < 0,01   

 

 

 

 

 

 

  

§ após indução 

 

 

 

 

 

 

  

** nos 20 primeiros pacientes recentemente diagnosticados e recidivados/refratários 

 

  

& em todos pacientes, incluindo recentemente diagnosticados, pacientes recidivados e com 
LMC em crise blástica 

  

  

 
LLA Ph+ pacientes pediátricos29-33: No estudo I2301, um total de 93 pacientes pediátricos, adolescentes e adultos jovens 
(incluindo 4 pacientes com mais de 18 e menos de 22 anos de idade) com LLA Ph+ foram incluídos no estudo de Fase III, 
aberto,  multicêntrico,  em  coortes  sequenciais  (coorte  1  a  5)  e  não  randomizado,  e  foram  tratados  com  mesilato  de 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

imatinibe (340 mg/m2/dia) em combinação com quimioterapia intensiva após terapia de indução. O mesilato de imatinibe 
foi  administrado  intermitentemente  nos  grupos  de  1  a  5,  com  aumento  da  duração  e  diferença  no  tempo  de  início  do 
tratamento com mesilato de imatinibe de grupo para grupo; grupo 1 recebeu a intensidade mais baixa e grupo 5 recebeu 
a intensidade mais alta de mesilato de imatinibe (duração mais longa em dias com uso continuo diário de mesilato de 
imatinibe durante o primeiro curso do tratamento quimioterápico). Exposição diária contínua  ao mesilato de imatinibe, 
iniciada  precocemente  no  curso  do  tratamento,  em  combinação  com  quimioterapia  nos  pacientes  do  grupo  5  (n=50) 
melhorou  a  sobrevida  livre  de  eventos  (SLE)  de  4  anos  comparado  aos  controles  históricos  (n=120),  que  receberam 
quimioterapia padrão sem mesilato de imatinibe (69,9% vs. 31,6%, respectivamente). A sobrevida global estimada de 4 
anos nos pacientes do grupo 5 foi 83,6% comparado a 44,8% nos controles históricos. 
 
 
Estudos clínicos em insuficiência hepática 
Em um estudo de pacientes com graus variados de insuficiência hepática (leve, moderada e grave - vide Tabela 5 abaixo, 
para  classificação  da  função  hepática),  a  exposição  média  ao  imatinibe  (ASC  normalizada  por  dose)  não  aumentou 
comparada aos pacientes com função hepática normal. Neste estudo, 500 mg ao dia foi usado com segurança em pacientes 
com insuficiência hepática leve e 300 mg ao dia foi usado em outros pacientes. Embora tenha-se utilizado somente a dose 
de 300 mg ao dia em pacientes com insuficiência hepática moderada e grave, a análise farmacocinética projeta que 400 
mg  pode  ser  usado  com  segurança24  (vide  itens  8.  POSOLOGIA  E  MODO  DE  USAR,  5.  ADVERTÊNCIAS  E 
PRECAUÇÕES, 9. REAÇÕES ADVERSAS, 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). 
 
Tabela 5: Classificação da função hepática 

Insuficiência hepática   

 Testes de função hepática   

 Leve   

 Bilirrubina total: = 1,5 LSN   
 SGOT: > LSN (pode ser normal ou < LSN se 
bilirrubina total for > LSN) 

 Moderada   

 Bilirrubina total: > 1,5–3,0 LSN   
 SGOT: qualquer   

 Grave   

 Bilirrubina total: > 3-10 LSN   
 SGOT: qualquer   

LSN = limite superior da normalidade para a instituição 
SGOT = transferase oxaloacética glutâmica sérica 
 
Estudos clínicos em insuficiência renal 
Em um estudo de pacientes com graus variáveis de disfunção renal (leve, moderada e grave – vide Tabela 6 abaixo para 
classificação  da  função  renal),  a  exposição  significativa  a  imatinibe  (dose  normalizada  pela  área  sob  a  curva  -  ASC) 
aumentou 1,5 a 2,0 vezes comparada a pacientes com função renal normal, os quais apresentaram um nível elevado de 
glicoproteína-alfa  ácida  plasmática,  uma  proteína  na  qual  o  imatinibe  se  liga  fortemente.  Nenhuma  relação  entre  a 
exposição de imatinibe e a gravidade da deficiência renal foi observada. Neste estudo, 800 mg por dia foram usados com 
segurança em pacientes com disfunção renal leve e 600 mg por dia foram usados em disfunção renal moderada. As doses 
de  800  mg  não  foram  testadas  em  pacientes  com  disfunção  renal  moderada  devido  ao  número  limitado  de  pacientes 
admitidos. Da mesma maneira, apenas dois pacientes com disfunção renal grave foram admitidos nas doses baixas (100 
mg) e as doses maiores não foram testadas. Nenhum dos pacientes em hemodiálise foi admitido neste estudo. Dados de 
literatura mostraram que uma dose diária de 400 mg foi bem tolerada em um paciente em hemodiálise com doença renal 
em  estágio  terminal.  A  farmacocinética  de  exposição  plasmática  neste  paciente  caiu  dentro  da  faixa  de  valores  de 
imatinibe e seus metabólitos CGP74588 observados em pacientes com função renal normal. A diálise não mostrou intervir 
na cinética plasmática do imatinibe. Como a excreção renal representa a menor via de eliminação do imatinibe, pacientes 
com insuficiência renal grave e em diálise poderiam receber tratamento de dose inicial de 400 mg. Entretanto, recomenda-
se  cautela  com  estes  pacientes.  A  dose  pode  ser  reduzida  se  houver  intolerância,  ou  aumentada  em  caso  de  falta  de 
eficácia25  (vide  itens  8.  POSOLOGIA  E  MODO  DE  USAR,  5.  ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES  e  3. 
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). 
 
Tabela 6. Classificação da função renal 

Disfunção renal   

 Testes de função renal   

 Leve   

 CCr = 40-59 mL/min   

 Moderada   

 CCr = 20-39 mL/min   

 Grave   

 CCr = < 20 mL/min   

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

CCr = Clearance (depuração) de creatinina 
 
Referências Bibliográficas 
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Philadelphia chromosome positive leukemia including acute lymphoblastic leukemia, acute myeloid leukemia, lymphoid 
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IV, Volume 23, Page No.276.  
4. A phase III study of STI571 versus Interferon-α (IFN-α) combined with Cytarabine (Ara-C) in patients with newly 
diagnosed previously untreated Philadelphia chromosome positive (Ph+) chronic myelogenous leukemia in chronic phase 
(CML-CP). Study No. CSTI571 0106. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 28 May 02, Part IV1, Volume 1, Page 
No.111.   
5.  Study  CSTI571  0106  Amendment  3,  A  phase  III  of  STI571  versus  Interferon-alpha  (IFN-alpha)  combined  with 
Cytarabine  (Ara-  C)  in  patients  with  Newly  diagnosed  previously  untreated  Ph+  chronic  myelogeneous  leukemia  in 
chronic phase. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 23 Jan 02.  
6.  Clinical  Overview  to  update  GLIVEC/Gleevec  labeling  for  the  treatment  of  chronic  myeloid  leukaemia.  Novartis 
Pharma AG. Basel, Switzerland. 18 Jul 06.   
7. Study No. CSTI571 0106 A phase III of STI571 versus Interferon-alpha (IFN-alpha) combined with Cytarabine (Ara-
C) in patients with newly diagnosed previously untreated Ph+ chronic myelogeneous leukemia in chronic phase  - Data 
update (cut-off 31-Jan-08): 84-month data. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 20 Jun 08.    
8. Study No. CSTI571 0106, A phase III of STI571 versus Interferon-alpha (IFN-alpha) combined with Cytarabine (Ara-
C) in patients with Newly diagnosed previously untreated Ph+ chronic myelogeneous leukemia in chronic phase - Data 
update (cut-off-31-Jul-03): 30-months data. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 18 Dec 03, Module 5, Volume 6, 
Section 5.3.5.1, Page No.1.  
9. [Study No. CSTI571 0106] A phase III of STI571 versus Interferon-alpha (IFN-alpha) combined with Cytarabine (Ara-
C) in patients with newly diagnosed previously untreated Ph+ chronic myelogeneous leukemia in chronic phase  - Data 
update (cut-off 31-Jan-06): 60-month data. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 03 Jul 06.  
10. Study No. CSTI571 0106, A phase III of STI571 versus Interferon-alpha (IFN-alpha) combined with Cytarabine (Ara-
C)  in  patients  with  Newly  diagnosed  previously  untreated  Ph+  chronic  myelogeneous  leukemia  in  chronic  phase- 
Quantitative PCR analysis of Minimal Residual Disease (cut-off 31-Jul-03). Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 27 
Jul 04, Module 5, Volume 8, Section 5.3.5.1, Page No.7236.  
11. Clinical Study Report Study No. CSTI571 0102: A Phase II open-label study to determine the safety and anti-leukemic 
effects of STI571 in patients with Philadelphia chromosome-positive chronic myeloid leukemia in myeloid blast crisis. 
Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 16 Dec 02.   
12. [Carroll M, Ohno-Jones S, Tamura S, et al. (1997)] CGP 57148, a tyrosine kinase inhibitor, inhibits the growth of 
cells expressing BCR-ABL, TEL-ABL, and TEL-PDGFR fusion proteins. Blood 90:4947-52.  
13. Clinical Overview - GLIVEC® in the treatment of life threatening diseases known to be associated with one or more 
imatinib sensitive tyrosine kinases - Systemic Mastocytosis (SM) without the D816V c-Kit mutation. Novartis Pharma 
AG. Basel, Switzerland. 07 Feb 06.  
14. Clinical Overview - GLIVEC® in the treatment of life threatening diseases known to be associated with one or more 
imatinib  sensitive  tyrosine  kinases  -  Myelodisplastic/Myeloproliferative  Diseases  associated  with  PDGFR  gene  re-
arrangement. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 23 Nov 05.  
15.  [Pardanani  A,  Reeder  T,  Porrata  LF,  et  al.  (2003)]  Imatinib  therapy  for  hypereosinophilic  syndrome  and  other 
eosinophilic disorders. Blood; 101(9):3391-7. 
16. [Roy L, Guilhot J, Krahnke T, et al (2006)] Survival advantage from imatinib compared to the combination interferon-
alpha plus cytarabine in chronic phase CML: historical comparison between two phase III trials. Blood; 108(5):1478-84.  
17. Addendum  - Study No. CSTI571 0106 A phase III of STI571 versus Interferon-alpha (IFN-alpha) combined with 
Cytarabine (Ara-C) in patients with newly diagnosed previously untreated Ph+ chronic myelogeneous leukemia in chronic 
phase - Data update (cut-off 31-Jan-08): 84-month data, Additional analysis for BPI update. Novartis Pharma AG. Basel, 
Switzerland. 24 Nov 08.   
18. Clinical Study Report Study No. CSTI571 0106: A phase III study of STI571 versus Interferon-α (IFN-α) combined 
with Cytarabine (Ara-C) in patients with newly diagnosed previously untreated Ph+ chronic myelogeneous leukemia in 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

chronic phase- Evaluation of the efficacy and safety of dose increase of STI571 up to 800 mg daily (data cut-off 31-Jul-
04). Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 25 Nov 04, Module 5, Volume 10, Section 5.3.5.1, Page No.8207.  
19. A phase III study of STI571 versus Interferon-α (IFN- α) combined with Cytarabine (Ara-C) in patients with newly 
diagnosed previously untreated Philadelphia chromosome positive (Ph+) chronic myelogenous leukemia in chronic phase 
(CML-CP): A quality of life report. Study No. CSTI571 0106. Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 14 Jun 02, Part 
IV1, Volume 14, Page No. 385.  
20. Integrated summary of efficacy (studies 03001, 102, 109 110). Update (data cut-off 31 Jul 01). Novartis Pharma AG. 
Basle, Switzerland. 29 Apr 02, Part IV1, Volume 15, Page No. 271. 
21. Clinical Study Report Study No. CSTI571 0110: A Phase II study to determine the efficacy and safety of STI571 in 
patients  with  chronic  myeloid  leukemia  who  are  refractory  to  or  intolerant  of  interferon-alpha.  Novartis  Pharma  AG. 
Basel, Switzerland. 13 Dec 02.  
22. Clinical Study Report Study No. CSTI571 0109: A phase II study to determine the safety and anti-leukemic effects 
of STI571 in adults patients with Philadelphia chromosome positive leukemia including acute lymphoblastic leukemia, 
acute myeloid leukemia, lymphoid blast crisis chronic myeloid leukemia and accelerated phase chronic myeloid leukemia. 
Novartis Pharma AG.Basel, Switzerland. 16 Dec 02.   
23. Clinical Overview - GLIVEC® in the treatment of Ph+ acute lymphoblastic leukemia. Novartis Pharma AG. Basel, 
Switzerland. 28 Nov 05.  
  
24.A  Phase  I  pharmacokinetic  study  of  STI571  in  patients  with  advanced  malignancies  and  varying  levels  of  liver 
dysfunction. NCI study number 5331. 29 October 2004, Module 5, Volume 2, Section 5.3.3.2, Page No.1.   
25.  Clinical  Overview for  Clinical  Pharmacology update  of  the  labelling  for  patients  with  renal  impairment.  Novartis 
Pharma AG. Basel, Switzerland. 28 Jul 06.  
26. A Phase I, dose-finding study to determine the safety, tolerability, pharmacokinetic and pharmacodynamic profiles 
and to evaluate for anti-leukemic effects of STI571A in pediatric patients with Ph+ Leukemia. Study No. CSTI571A0103. 
Novartis Pharma AG. Basel, Switzerland. 10 Jun 02. 
27. Clinical Overview for Pediatric Patients with Newly Diagnosed Ph+ Chronic Myeloid Leukemia. Novartis Pharma 
AG. Basel, Switzerland. 09 Mar 06. 
28. 2.5 Clinical Overview – Rationale for changes to Basic Prescribing Information/Product Information – 5-year review. 
Novartis. 23 May 11. 
29.  Study  CSTI571I2301.  A  Children’s  Oncology  Group  pilot  study  for  the  treatment  of  very  high  risk  acute 
lymphoblastic leukemia in children and adolescents. Novartis. Switzerland. 9 Jan 12. 
30. Study CSTI571AIT07. An open-label, randomized phase II/III-study to compare the safety and efficacy of imatinib 
with  chemotherapy  in  pediatric  patients  with  Ph+/BCR-ABL+  acute  lymphoblastic  leukemia  (Ph+ALL).  Novartis. 
Switzerland. 31 Oct 11. 
31. 2.7.3 Summary of Clinical Efficacy in Philadelphia chromosome positive acute lymphoblastic leukemia in pediatric 
patients. Novartis. Switzerland. Apr 12. 
32.  2.7.4  Summary  of  Clinical  Safety  in  Pediatric  Philadelphia  chromosome  positive  acute  lymphoblastic  leukemia. 
Novartis. Switzerland. Apr 12. 
33.  Schultz  K,  Bowman  P,  Aledo  A,  et  al  (2009)  Improved  Early  Event-Free  Survival  with  Imatinib  in  Philadelphia 
Chromosome Positive Acute Lymphoblastic Leukemia: A Children’s Oncology Group Study.  J Clin Oncol; 27:5175-
5181. 
 
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 
Grupo farmacoterapêutico
; inibidor da proteína tirosinoquinase (código ATC: L01XE01). 
 
Mecanismo de ação 
O  imatinibe  é  uma  pequena  molécula  inibidora  da  proteína  tirosinoquinase  que  inibe  fortemente  a  atividade  da 
tirosinoquinase (TK) BCR-ABL, bem como em diversos receptores TKs: KIT, o receptor do fator de célula tronco (SCF), 
codificado  pelo  proto-oncogene  KIT,  os  receptores  do  domínio  de  discoidina  (DDR1  e  DDR2),  o  receptor  do  fator 
estimulante de colônia (CSF-1R) e os receptores alfa e beta do fator de crescimento derivado de plaqueta (PDGFR-alfa e 
PDGFR-beta). Imatinibe também pode inibir eventos celulares mediados pela ativação desses receptores quinases.  
 
Farmacodinâmica 
O imatinibe inibe fortemente o ponto de quebra da região Abelson (BCR-ABL) da proteína tirosinoquinase, seja in vitro, 
em nível celular ou  in vivo. O composto inibe seletivamente a proliferação e induz a apoptose em linhagens celulares 
BCR-ABL  positivas  bem  como  em  células  leucêmicas  novas  de  pacientes  com  LMC  cromossomo  Philadelphia  (Ph) 
positivo e leucemia linfoblástica aguda (LLA). Em ensaios de transformação de colônias celulares utilizando amostras ex 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

vivo  de  sangue  periférico  e  medula  óssea,  o  imatinibe  induz  a  inibição  seletiva  de  colônias  BCR-ABL  positivas  de 
pacientes com LMC. 
In vivo, o composto demonstra atividade antitumoral como agente único em modelos animais utilizando células tumorais 
BCR-ABL positivas.  
Adicionalmente, o imatinibe é um inibidor potente dos receptores da tirosinoquinase para o fator de crescimento derivado 
das plaquetas (PDGF) e fator estimulante das células germinativas pluripotentes (SCF), o KIT, e inibe os eventos celulares 
mediados  pelos  PDGF  e  SCF.  O  imatinibe  inibe  a  sinalização  e  a  proliferação  de  células  guiadas  pelo  PDGFR 
desregulado, KIT e pela atividade da ABL quinase. 
 
Farmacocinética 
A farmacocinética do mesilato de imatinibe foi avaliada ao longo de um intervalo posológico de 25 a 1.000 mg. Os perfis 
farmacocinéticos plasmáticos foram analisados no dia 1 e no dia 7 ou 28, quando as concentrações plasmáticas atingiram 
o estado de equilíbrio. 
 
- Absorção 
A biodisponibilidade absoluta média para o imatinibe é 98%. O coeficiente de variação para a ASC (área sob a curva) 
plasmática do imatinibe está no intervalo de 40-60% após uma dose oral. Quando administrado com uma refeição rica 
em gorduras, a taxa de absorção do imatinibe foi minimamente reduzida (redução de 11% na C máx e prolongamento do t 

máx em 1,5 h), com uma pequena redução na ASC (7,4%) quando comparada com as condições de jejum.  
 
- Distribuição  
Em concentrações de imatinibe clinicamente relevantes, a ligação às proteínas plasmáticas foi aproximadamente 95% 
com base em experimentos in vitro, principalmente à albumina e à alfa-glicoproteína ácida, com uma baixa ligação às 
lipoproteínas.  
 
- Biotransformação/metabolismo 
O principal metabólito circulante em humanos é o derivado piperazínico N-desmetilado (CGP71588), o qual apresenta in 
vitro uma potência similar ao do composto original. A ASC (área sob a curva) plasmática para este metabólito foi de 
somente 16% da ASC do imatinibe. A ligação da proteína plasmática do metabólito N-desmetilado é similar àquela do 
composto original. 
 
- Eliminação 
Com base na recuperação do(s) composto(s) após uma dose oral de imatinibe marcado com 14C, aproximadamente 81% 
da dose foi eliminada pelas fezes (68% da dose) e pela urina (13% da dose), no período de 7 dias. O imatinibe inalterado 
respondeu por 25% da dose (5% na urina, 20% nas fezes), sendo o restante metabólitos.  
A meia-vida de eliminação aparente média estimada a partir do estudo PK de dose única foi de 13,5 horas. A meia-vida 
de todos os componentes marcados com 14C no plasma foi de 41-72 horas. 
 
- Farmacocinética plasmática 
Após a administração oral em voluntários sadios, o t1/2 foi de aproximadamente 18 h, sugerindo que uma dose diária é 
adequada.  O  aumento  na  ASC  (área  sob  a  curva)  média  com  o  aumento  da  dose  foi  linear  e  proporcional  à  dose  no 
intervalo  de 25-1.000  mg de imatinibe,  após  administração  oral.  Não  houve  alteração  da  cinética  do  imatinibe  com  a 
administração repetida e o acúmulo foi de 1,5-2,5 vezes, no estado de equilíbrio, quando administrado uma vez por dia.  
 
- Farmacocinética em populações 
Com base na análise da farmacocinética em populações, houve um pequeno efeito da idade sobre o volume de distribuição 
(aumento de 12% em pacientes com idade > 65 anos). É improvável que esta mudança seja clinicamente significativa. O 
efeito do peso corporal não clearance (depuração) do imatinibe é tal que, para um paciente pesando 50 kg, espera-se que 
clearance (depuração) médio seja de 8,5 L/h, enquanto que para um paciente pesando 100 kg o clearance (depuração) 
irá aumentar para 11,8 L/h. Estas alterações não são consideradas suficientes para justificar um ajuste da dose com base 
no peso corporal. Não há diferenças entre homens e mulheres com relação à cinética de imatinibe. 
A análise farmacocinética da população de pacientes do estudo de Fase III (LMC recentemente diagnosticada) demonstrou 
que o efeito de covariante e medicação concomitante tanto no clearance (depuração) quanto no volume de distribuição, 
parecem ser menores e não suficientemente pronunciado para justificar ajuste de dose. 
 
- Farmacocinética em pacientes pediátricos (abaixo de 18 anos) 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

Como em pacientes adultos, o imatinibe foi rapidamente absorvido após administração oral em pacientes pediátricos tanto 
nos  estudos  de  Fase  I  quanto  de  Fase  II.  Doses  de  260  e  340  mg/m2  em  crianças  alcançaram  a  mesma  exposição, 
respectivamente, às doses de 400 mg e 600 mg em pacientes adultos. A comparação de ASC(0-24) no Dia 8 e no Dia 1 no 
nível de dose de 340 mg/m2 revelou um acúmulo do medicamento de 1,7 vezes após repetições das doses únicas diárias. 
Com  base  na  análise  farmacocinética  de  uma  amostragem  populacional  em  pacientes  pediátricos  com  desordens 
hematológicas (LMC, LLA Ph+, ou outras desordens hematológicas tratadas com imatinibe), a eliminação (clearance) 
de imatinibe aumenta com o aumento da área da superfície corporal. Após corrigir para o efeito da área da superfície 
corporal,  outros  dados  demográficos  tais  como  idade,  peso  corporal  e  índice  de  massa  corporal  não  tiveram  efeitos 
clinicamente significativos na exposição de imatinibe. A análise confirmou que a exposição de imatinibe em pacientes 
pediátricos recebendo 260 mg/m2 uma vez ao dia (não excedendo 400 mg uma vez ao dia) ou 340 mg/m2 uma vez ao dia 
(não excedendo 600 mg uma vez ao dia) foram similares àquela em pacientes adultos que receberam imatinibe 400 mg 
ou 600 mg uma vez ao dia. 
 
- Insuficiência funcional orgânica 
O  imatinibe  e  os  seus  metabólitos  não  são  excretados  através  dos  rins  numa  extensão  significativa.  Pacientes  com 
insuficiência renal leve e moderada parecem apresentar uma exposição plasmática maior do que em pacientes com função 
renal  normal.  O  aumento  é  aproximadamente  de  1,5  a  2,0  vezes,  correspondente  a  uma  elevação  de  1,5  vezes  da 
glicoproteína  alfa-ácida  plasmática,  à  qual  o  imatinibe  se  liga  fortemente.  O  clearance  (depuração)  do  imatinibe  é 
provavelmente similar entre pacientes com insuficiência renal e aqueles com função renal normal, uma vez que a excreção 
renal  representa  a  menor  via  de  eliminação  do  imatinibe  (vide  itens  8.  POSOLOGIA  E  MODO  DE  USAR,  5. 
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Farmacodinâmica).  
 
Embora  os  resultados  da  análise  farmacocinética  tenham  mostrado  que  há  variações  consideráveis  entre  sujeitos,  a 
exposição média ao imatinibe não aumentou em pacientes com graus variados de insuficiência hepática comparados a 
pacientes  com  função  hepática  normal  (vide  8.  POSOLOGIA  E  MODO  DE  USAR,  5.  ADVERTÊNCIAS  E 
PRECAUÇÕES,  9.  REAÇÕES  ADVERSAS,  3.  CARACTERÍSTICAS  FARMACOLÓGICAS  -  Farmacodinâmica  e 
Farmacocinética).  
 
Dados de segurança pré-clínicos 
O  imatinibe  foi  avaliado  em  estudos  de  farmacologia  de  segurança,  toxicidade  de  doses  repetidas,  genotoxicidade, 
cardiogenicidade e toxicidade juvenil. Os órgãos-alvo associados à ação farmacológica do imatinibe incluem a medula 
óssea, o sangue periférico, os tecidos linfoides, as gônadas e o trato gastrintestinal. Outros órgãos-alvo incluem o fígado 
e os rins. 
Nenhum órgão alvo novo foi identificado no desenvolvimento do estudo de toxicidade em ratos juvenis (dia 10 ao 70 
pós-parto). No estudo de toxicidade juvenil, efeitos transitórios no crescimento e atraso na abertura vaginal e separação 
prepucial foram observados em aproximadamente 0,3 a 2 vezes na exposição pediátrica média na maior dose recomendada 
de  340  mg/m2.  Mortalidade,  também  foi  observada  em  animais  juvenis  (em  torno  da  fase  de  desmame)  em 
aproximadamente 2 vezes na exposição pediátrica média na maior dose recomendada de 340 mg/m2. 
 
Os resultados encontrados em um estudo de carcinogenicidade de dois anos em ratos recebendo 15, 30 e 60 mg/kg/dia de 
imatinibe demonstraram uma redução estatisticamente significativa na longevidade de machos que recebiam 60 mg/kg/dia 
e  de  fêmeas  que  recebiam  doses  maiores  que  30  mg/kg/dia.  Exames  histopatológicos  dos  descendentes  revelaram 
cardiomiopatia (em ambos os sexos), nefropatia progressiva crônica (fêmeas) e papiloma de glândula prepucial como 
causas principais das mortes ou razões para o sacrifício do animal. Os órgãos-alvo com lesões neoplásicas foram rins, 
bexiga  urinária,  uretra,  glândulas  prepucial  e  clitorial,  intestino  delgado, glândulas  paratireoides,  glândulas  adrenais  e 
estômago não glandular. Os níveis de efeitos não observados para os vários órgãos-alvo com lesões neoplásicas foram 30 
mg/kg/dia para os rins, bexiga urinária, uretra, intestino delgado, glândulas paratireoides, glândulas adrenais e estômago 
não glandular e 15 mg/kg/dia para as glândulas prepucial e clitorial. 
 
O  papiloma/carcinoma  de  glândula  prepucial/clitorial  foi  reportado  com  30  e  60  mg/kg/dia,  representando 
aproximadamente 0,5 a 4 ou 0,3 a 2,4 vezes a exposição humana diária (baseado na ASC) após uma dose de 400 mg/dia 
ou 800 mg/dia, respectivamente, e 0,4 a 3,0 vezes a  exposição diária em crianças (baseado na ASC) a 340 mg/m2. O 
adenoma/carcinoma renal, papiloma de bexiga urinária e uretra, adenocarcinomas do intestino delgado, adenomas das 
glândulas  paratireoides,  tumores  medulares  benignos  e  malignos  das  glândulas  adrenais  e  papilomas/carcinomas  do 
estômago não glandular foram observados a uma dose de 60 mg/kg/dia. 
A relevância destes achados nos estudos de carcinogenicidade em ratos para humanos não é conhecida. Uma análise dos 
dados de segurança de estudos clínicos e relatos espontâneos de reações adversas não fornecem evidências de um aumento 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

na incidência geral de malignidades em pacientes tratados com mesilato de imatinibe comparado com a incidência na 
população em geral. 
As  lesões  não  neoplásicas  não  identificadas  na  fase  inicial  dos  estudos  pré-clínicos  foram  no  sistema  cardiovascular, 
pâncreas,  órgãos  endócrinos  e  dentes.  As  alterações  mais  importantes  incluíram  hipertrofia  e  dilatação  cardíaca, 
desenvolvendo sinais de insuficiência cardíaca em alguns animais. 
 
4. CONTRAINDICAÇÕES 
O uso em pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes é contraindicado.  
 
Categoria  de  risco  na  gravidez:  D
.  Este  medicamento  não  deve  ser  utilizado  por  mulheres  grávidas  sem 
orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. 
 
 
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 
Quando  mesilato  de  imatinibe  for  administrado  concomitantemente  com  outros  medicamentos,  há  potencial  para 
interações medicamentosas. Tome cuidado ao utilizar mesilato de imatinibe com rifampicina ou outros indutores potentes 
de CYP3A4, cetoconazol ou outros inibidores potentes de CYP3A4, substratos de CYP3A4 com uma janela terapêutica 
estreita  (por  exemplo,  ciclosporina  ou  pimozida)  ou  substratos  de  CYP2C9  com  uma  janela  terapêutica  estreita  (por 
exemplo, varfarina e outros derivados cumarínicos) (vide item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). 
 
Hipotireoidismo 
Casos  clínicos  de  hipotireoidismo  foram  relatados  em  pacientes  submetidos  à  tireoidectomia  e  que  estão  recebendo 
reposição  com  levotiroxina  durante  tratamento  com  mesilato  de  imatinibe.  Os  níveis  de  Hormônio  Estimulante  da 
Tireoide devem ser monitorados nesses pacientes. 
 
Hepatotoxicidade 
Em pacientes com insuficiência hepática (leve, moderada e grave) recomenda-se monitoração  cuidadosa da contagem 
sanguínea  periférica  e  das  enzimas  hepáticas  (vide  itens  8.  POSOLOGIA  E  MODO  DE  USAR,  9.  REAÇÕES 
ADVERSAS e 3.CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). 
Quando mesilato de imatinibe é combinado com esquemas de quimioterapia de alta dose, tem sido observada toxicidade 
hepática transitória na forma de elevação de transaminase e hiperbilirrubinemia. Adicionalmente, relatos incomuns de 
insuficiência hepática aguda têm sido observados. A monitoração da função hepática é recomendada em circunstâncias 
que o mesilato de imatinibe é combinado com esquemas de quimioterapia também conhecido por serem associados com 
disfunção hepática (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). 
 
Retenção de líquidos 
Foram  relatadas  ocorrências  de  retenção  hídrica  grave  (derrame  pleural,  edema,  edema  pulmonar,  ascite  e  edema 
superficial) em aproximadamente 2,5% dos pacientes com leucemia mieloide crônica recém-diagnosticada que tomaram 
mesilato de imatinibe. Portanto, recomenda-se monitoração regular do peso corporal dos pacientes. Um aumento rápido 
e inesperado do peso deve ser cuidadosamente investigado e, se necessário, devem ser tomados os cuidados de suporte e 
as medidas terapêuticas apropriadas. Em estudos clínicos, houve um aumento na incidência destes eventos em pacientes 
idosos e naqueles com história prévia de doença cardíaca.  
 
Pacientes com doença cardíaca ou insuficiência renal 
Pacientes com doença cardíaca, fatores de risco para insuficiência cardíaca ou histórico de insuficiência renal devem ser 
cuidadosamente monitorados e qualquer paciente com sinais ou sintomas consistentes de insuficiência cardíaca ou renal 
deve ser avaliado e tratado. 
 
Hemorragia gastrintestinal 
Ectasia vascular do antro gástrico (GAVE), uma causa rara de hemorragia gastrintestinal, foi relatada na experiência 
pós-comercialização em pacientes com LMC, LLA e outras doenças. Os pacientes devem ser monitorados para 
sintomas gastrintestinais no início e durante a terapia com mesilato de imatinibe. Quando necessário, deve-se considerar 
a descontinuação da terapia com mesilato de imatinibe (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). 
 
Síndrome da lise tumoral 
Casos de síndrome de lise tumoral (SLT) foram relatados em pacientes tratados com mesilato de imatinibe. Devido à 
possível  ocorrência  de  SLT, correção  de desidratação  clinicamente  significativa  e  tratamento  de  altos  níveis  de  ácido 
úrico são recomendados antes do início do tratamento com mesilato de imatinibe (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). 

Reativação da hepatite B 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

 
A reativação da hepatite B pode ocorrer em pacientes que são portadores crônicos do vírus após receberem um inibidor 
da tirosina quinase BCR-ABL (ITQ), tal como o imatinibe. Alguns casos envolvendo medicamentos da classe dos ITQ 
BCR-ABL  resultaram  em  insuficiência  hepática  aguda  ou  hepatite  fulminante,  acarretando  transplante  de  fígado  ou 
desfecho fatal (vide item 9. REAÇÕES ADVERSAS). 
 
Os pacientes devem ser testados para infecção da hepatite B antes de iniciar o tratamento com mesilato de imatinibe. Os 
pacientes atualmente em uso de mesilato de imatinibe devem realizar o teste de valor basal para infecção da hepatite B, 
a fim de identificar portadores crônicos do vírus. Especialistas em doenças do fígado e no tratamento da hepatite B 
devem ser consultados antes do tratamento ser iniciado em pacientes com sorologia positiva para hepatite B (incluindo 
àqueles com doença ativa) e para pacientes cujo teste foi positivo para infecção da hepatite B durante o tratamento. 
Portadores do vírus da hepatite B que requerem tratamento com mesilato de imatinibe devem ser cuidadosamente 
monitorados para sinais e sintomas de infecção ativa da hepatite B durante o tratamento e por vários meses após a 
descontinuação do tratamento. 
 
Exames laboratoriais 
Durante  a  terapia  com  mesilato  de  imatinibe,  devem  ser  realizadas  regularmente  contagens  sanguíneas  completas.  O 
tratamento de pacientes com LMC com mesilato de imatinibe foi associado à neutropenia ou trombocitopenia. Contudo, 
a  ocorrência  destas  citopenias  é  dependente  do  estágio  em que  a  doença  está  sendo  tratada  e  são  mais  frequentes  em 
pacientes com LMC em fase acelerada ou crise blástica, quando comparadas com pacientes com LMC em fase crônica. 
Como recomendado no item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR, o tratamento com mesilato de imatinibe pode ser 
interrompido ou a dose pode ser reduzida. 
 
Função hepática 
A função hepática (transaminases, bilirrubina, fosfatase alcalina) deve ser monitorada regularmente nos pacientes que 
recebem  mesilato  de  imatinibe.  Como  recomendado nos  itens  8.  POSOLOGIA  E  MODO  DE  USAR  e  9.  REAÇÕES 
ADVERSAS ao medicamento não hematológicas, estas anomalias laboratoriais devem ser controladas com redução da 
dose de mesilato de imatinibe e/ou interrupção do tratamento. 
 
Função renal 
Não há excreção renal significativa de mesilato de imatinibe e de seus metabólitos. Sabe-se que o clearance (depuração) 
da  creatinina  diminui  com  a  idade,  e  a  idade  não  afetou  significativamente  a  cinética  do  mesilato  de  imatinibe.  Em 
pacientes com disfunção renal, a exposição plasmática de imatinibe parece ser maior que em pacientes com função renal 
normal, provavelmente devido ao aumento do nível plasmático de glicoproteína-alfa ácida, uma proteína que se liga ao 
imatinibe nestes pacientes. Não há nenhuma correlação entre a exposição de imatinibe e o grau de insuficiência renal, o 
qual é determinado pela medida do clearance (depuração) de creatinina (CCr), entre pacientes com insuficiência renal 
leve  (CCr:  40  a  59  mL/min)  e  grave  (CCr:  <20  mL/min).  Entretanto,  como  recomendado  no  item  9.  REAÇÕES 
ADVERSAS, a dose inicial de mesilato de imatinibe pode ser reduzida se houver intolerância. 
 
O tratamento a longo prazo com mesilato de imatinibe pode estar associado a um declínio clinicamente significativo da 
função renal. A função renal deve, portanto, ser avaliada antes do início da terapia com mesilato de imatinibe e monitorada 
de perto durante a terapia, com especial atenção para aqueles pacientes que apresentam fatores de risco para disfunção 
renal. Se a disfunção renal for observada, a conduta apropriada e o tratamento devem ser iniciados de acordo com as 
diretrizes de tratamento padrão. 
 
Pacientes pediátricos (abaixo de 18 anos) 
Foram relatados casos de retardamento do crescimento em crianças e pré-adolescentes tomando mesilato de imatinibe. 
Os efeitos a longo prazo do tratamento prolongado com mesilato de imatinibe no crescimento em crianças é desconhecido. 
Portanto, é recomendado um monitoramento cauteloso do crescimento de crianças tratadas com imatinibe  (vide item 9. 
REAÇÕES ADVERSAS). 
 
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou utilizar máquinas 
Relatos de acidentes com veículos motorizados com pacientes recebendo mesilato de imatinibe foram recebidos. Embora 
a maioria destes relatos não sejam suspeitos de terem sido causados por mesilato de imatinibe, os pacientes devem ser 
alertados que podem ocorrer efeitos indesejáveis como tontura, turvação visual ou sonolência durante o tratamento com 
mesilato de imatinibe. Portanto, recomenda-se cautela para dirigir veículos ou operar máquinas. 
 
Gravidez, lactação, mulheres e homens com potencial reprodutivo 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

 
Gravidez 
Resumo de risco 
O mesilato de imatinibe pode causar danos fetais quando administrado a uma mulher grávida, com base nos resultados 
de estudos de reprodução animal. Não há estudos clínicos sobre o uso de mesilato de imatinibe em mulheres grávidas. 
Há relatos de pós-comercialização de abortos espontâneos e anomalias congênitas infantis de mulheres que utilizaram 
mesilato  de  imatinibe.  Estudos  de  reprodução  em  ratos  demonstraram  que  o  mesilato  de  imatinibe  induziu 
teratogenicidade (aumento da incidência de anomalias congênitas) após exposição pré-natal ao mesilato de imatinibe 
em  doses  iguais  à  dose  humana  máxima  recomendada de 800  mg/dia  com  base  na  área  da  superfície  corporal.  Este 
medicamento deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício esperado ultrapassar o potencial risco para o 
feto. Se usado durante a gravidez, a paciente deve ser informada sobre o potencial risco ao feto.  
O  mesilato  de  imatinibe  enquadra-se  na  categoria  D  de  risco  na  gravidez;  logo,  este  medicamento  não  deve  ser 
utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita 
de gravidez.  
 
Dados 
Em estudos de desenvolvimento embrio-fetal em ratos e coelhos, as fêmeas grávidas receberam doses orais de mesilato 
de imatinibe até 100 mg/kg/dia e 60 mg/kg/dia, respectivamente, durante o período de organogênese. 
Em ratos, o mesilato de imatinibe foi teratogênico a 100 mg/kg/dia (aproximadamente igual à dose máxima humana 
de 800 mg/dia com base na área de superfície corporal), o número de fetos com encefalocele e exencefalia foi maior 
do  que  os  valores  de  controle  e  estes  achados  foram  associados  a  ossos  cranianos  ausentes  ou  subdesenvolvidos. 
Menores pesos corporais médios fetais foram associados com ossificação esquelética retardada. 
Em coelhos, em doses 1,5 vezes superiores à dose máxima humana de 800 mg/dia com base na superfície corporal, 
não foram observados efeitos nos parâmetros reprodutivos em relação aos locais de implantação, número de fetos 
vivos, razão sexual ou peso fetal. Os exames dos fetos não revelaram quaisquer alterações morfológicas relacionadas 
com o fármaco. 
Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, as ratas grávidas receberam doses orais de mesilato de 
imatinibe  durante  a  gestação  (organogênese)  e  lactação  até  45  mg/kg/dia.  Cinco  animais  desenvolveram  um 
corrimento  vaginal  vermelho  no  grupo  de  45  mg/kg/dia  nos  dias  14  ou  15  de  gestação,  cuja  significância  é 
desconhecida, uma vez que todas as fêmeas produziram ninhadas viáveis e nenhuma delas aumentou a perda pós-
implantação. Outros efeitos maternos observados apenas na dose de 45 mg/kg/dia (aproximadamente metade da dose 
máxima em humanos de 800 mg/dia com base na área de superfície corporal) incluiu aumento no número de filhotes 
natimortos  e  filhotes  morrendo  entre  os  dias  0  e  4.  Na  descendência  F1  com  este  mesmo  nível  de  dose,  os  pesos 
corporais médios foram reduzidos desde o nascimento até o sacrifício terminal e o número de leitos que atingiram o 
critério para separação prepucial foi ligeiramente diminuído. Não houve outros efeitos significativos em parâmetros 
de desenvolvimento ou testes comportamentais. A fertilidade de F1 não foi afetada, mas os efeitos reprodutivos foram 
observados em 45 mg/kg/dia, incluindo um aumento no número de reabsorções e uma diminuição no número de fetos 
viáveis. O NOEL para ambos os animais maternos e a geração F1 foi de 15 mg/kg/dia. 
 
Lactação 
Resumo de risco 
Tanto o imatinibe quanto seu metabólito ativo podem ser transferidos para o leite humano. Entretanto, como os efeitos da 
exposição de bebês a doses baixas de imatinibe são desconhecidas devido ao potencial para reações adversas graves a 
medicamentos na criança amamentada, a amamentação não é recomendada durante o tratamento e durante pelo menos 15 
dias após a interrupção do tratamento com mesilato de imatinibe. 
 
Dados humanos 
 A razão leite/plasma foi determinada sendo 0,5 para imatinibe e 0,9 para o metabólito, sugerindo uma maior distribuição 
do metabólito no leite. Considerando a concentração combinada de imatinibe e do metabólito e a dose diária máxima de 
leite ingerida pelo bebê, seria esperada uma exposição total (aproximadamente 10% de uma dose terapêutica).  
 
Mulheres e homens com potencial reprodutivo 
Mulheres 
As mulheres com potencial de engravidar devem ser aconselhadas a usar um contraceptivo altamente efetivo durante o 
tratamento (métodos que resultam em taxas de gravidez inferiores a 1%) e durante pelo menos 15 dias após interrupção 
do tratamento com mesilato de imatinibe. 
Infertilidade 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

Estudos em humanos do sexo masculino recebendo mesilato de imatinibe e seus efeitos na fertilidade e espermatogênese 
masculina não foram realizados. Pacientes do sexo masculino preocupados com sua fertilidade durante o tratamento 
com mesilato de imatinibe devem consultar o seu médico (vide item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 
-  Dados  de  segurança  pré-clínicos).  A  fertilidade  não  foi  afetada  no  estudo  de  fertilidade  pré-clínico  e  de 
desenvolvimento embrionário inicial, embora testículos menores e peso do epidídimo, bem como um reduzido número 
de espermatozóides móveis foram observados em ratos machos tratados com doses elevadas. No estudo pré e pós-natal 
em ratos a fertilidade nos descendentes de primeira geração também não foi afetada pelo mesilato de imatinibe. 
 
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
 
Interações observadas resultando em uso concomitante não recomendado  
 
Medicamentos que podem diminuir as concentrações plasmáticas de imatinibe: 
As substâncias que são indutoras da atividade do CYP3A4 (ex.: dexametasona, fenitoína, carbamazepina, rifampicina, 
fenobarbital ou Hypericum perforatum, também conhecido como Erva de São João) podem reduzir significativamente a 
exposição ao mesilato de imatinibe. O pré-tratamento de 14 voluntários sadios com doses múltiplas de rifampicina, 600 
mg diariamente por 8 dias, seguido por dose única de 400 mg de mesilato de imatinibe, aumentou 3,8 vezes o clearance 
(depuração)  da  dose  oral  de  mesilato  de  imatinibe  (intervalo  de  confiança  de  90%  =  3,5  a  4,3  vezes),  que  representa 
redução  média  na  Cmáx,  ASC  (0-24)  e  AUC  (0-inf)  de  54%,  68%  e  74%  dos  respectivos  valores  sem  tratamento  com 
rifampicina.  Resultados  similares  foram  observados  em  pacientes  com  gliomas  malignos  tratados  com  mesilato  de 
imatinibe enquanto recebiam  medicamentos antiepilépticas indutores de enzimas (DAEIEs) tais como carbamazepina, 
oxcarbazepina, fenitoína, fosfenitoína, fenobarbital e primidona. A ASC plasmática para imatinibe foi reduzida em 73% 
se  comparada  a  pacientes  que  não  recebiam  DAEIEs.  Em  dois  estudos  publicados,  a  administração  concomitante  de 
imatinibe e um produto contendo erva de São João levou a uma redução de 30 a 32% na ASC de mesilato de imatinibe. 
Em  pacientes  para  os  quais  rifampicina  ou  outros  indutores  da  CYP3A4  são  indicados,  deve-se  considerar  agentes 
terapêuticos alternativos com menor potencial de indução enzimática. 
 
Outras interações que podem afetar a exposição ao mesilato de imatinibe ou outros medicamentos 
 
Medicamentos que podem aumentar as concentrações plasmáticas de imatinibe: 
As  substâncias  que  inibem  a  atividade  da  isoenzima  CYP3A4  do  citocromo  P450  (ex.:  cetoconazol,  itraconazol, 
eritromicina,  claritromicina)  poderiam  diminuir  o  metabolismo  e  aumentar  as  concentrações  de  imatinibe.  Houve  um 
aumento  significativo  na  exposição  ao  imatinibe  (a  Cmáx  e  a  ASC  médias  do  imatinibe  aumentaram  em  26%  e  40%, 
respectivamente) em indivíduos sadios, quando administrado concomitantemente com uma dose única de cetoconazol 
(um inibidor do CYP3A4). Deve-se ter cautela, quando administrar mesilato de imatinibe com inibidores da família do 
CYP3A4. 
 
Medicamentos cuja concentração plasmática pode ser alterada pelo mesilato de imatinibe: 
O  mesilato  de  imatinibe  aumenta  a  Cmáx  e  a  ASC  média  da  sinvastatina  (substrato  da  CYP3A4)  em  2  e  3,5  vezes, 
respectivamente, indicando uma inibição de CYP3A4 pelo mesilato de imatinibe. Portanto, recomenda-se cautela quando 
administrar mesilato de imatinibe concomitantemente com substratos de CYP3A4 com uma janela terapêutica estreita 
(ex.: ciclosporina ou pimozida).  
O mesilato de imatinibe pode aumentar a concentração plasmática de outros medicamentos metabolizados pela CYP3A4 
(ex.:  triazolo-benzodiazepinas,  di-hidropiridina,  bloqueadores  dos  canais  de  cálcio, determinados  inibidores da  HMG-
CoA redutase, como as estatinas, etc).  
O  mesilato  de  imatinibe  também  inibe  a  atividade  in  vitro  da  CYP2C9  e  CYP2C19.  O  prolongamento  do  tempo  de 
protrombina foi observado após a administração concomitante com varfarina. Portanto, quando administradas cumarinas, 
é  necessária  a  monitoração  do  tempo  de  protrombina  de  curto  prazo,  no  início  e  no  fim  da  terapia  com  mesilato  de 
imatinibe  e  por  ocasião  da  alteração  da  dose.  Alternativamente,  o  uso  de  heparina  de  baixo  peso  molecular  deve  ser 
considerado. 
 
In  vitro,  o  mesilato  de  imatinibe  inibe  a  atividade  da  isoenzima  CYP2D6  do  citocromo  P450  em  concentrações 
semelhantes às que afetam a atividade do CYP3A4. O imatinibe na dose de 400 mg duas vezes ao dia teve um efeito 
inibitório  fraco  no  metabolismo  do  metoprolol  mediado  pela  CYP2D6,  com  a  Cmáx  e  ASC  de  metoprolol  sendo 
aumentadas  em  aproximadamente  23%.  A  coadministração  de  imatinibe  com  substratos  da  CYP2D6,  tais  como 
metoprolol, não parece ser um fator de risco para interações  medicamento-medicamento e um ajuste de dose pode ser 
desnecessário. 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

 
In vitro, o mesilato de imatinibe inibe a via do acetaminofeno o-glicuronídeo (Ki 58,5 microM).  
A coadministração de mesilato de imatinibe (400 mg/dia, durante oito dias) com acetaminofeno/paracetamol (1000 mg 
em  dose  única  no  dia  oito)  em  pacientes  com  LMC  não  resultou  em  qualquer  alteração  na  farmacocinética  do 
acetaminofeno/paracetamol.  
A farmacocinética do mesilato de imatinibe não foi alterada na presença de dose única de acetaminofeno/paracetamol. 
Não existem dados de farmacocinética ou de segurança sobre o uso concomitante de mesilato de imatinibe em doses > 
400 mg/dia ou sobre o uso crônico concomitante de acetaminofeno/paracetamol e mesilato de imatinibe. 
 
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 
Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Protegido da umidade. 
 O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data da fabricação. 
 
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 
 
Características do produto: 
Comprimido de 100 mg: Comprimido revestido circular, marrom.  
Comprimido de 400 mg: Comprimido revestido oblongo, marrom. 
 
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. 
 
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR 
A  terapêutica  deve  ser  iniciada  por  um  médico  experiente  no  tratamento  de  pacientes  com  doenças  hematológicas  e 
sarcomas, conforme apropriado. 
A dose prescrita deve ser administrada  oralmente, durante uma refeição e um copo grande de água para minimizar os 
riscos de distúrbios gastrintestinais. Doses de 400 mg ou 600 mg devem ser administradas uma vez ao dia,  enquanto a 
dose diária de 800 mg deve ser administrada em 400 mg duas vezes ao dia, de manhã e à noite. O limite máximo diário 
de administração do medicamento não deve exceder a dose diária recomendada de acordo com indicações específicas. 
Por exemplo, se houver administração concomitante de medicamentos indutores da enzima CYP3A4, um aumento da 
dose de mesilato de imatinibe de pelo menos 50% é permitido. 
 
Para pacientes que não conseguem deglutir os comprimidos revestidos, você pode dissolvê-los em um copo de água ou 
suco  de  maçã.  O  número  de  comprimidos  necessários  deverá  ser  colocado  num  volume  apropriado  de  bebida 
(aproximadamente 50 mL para um comprimido de 100 mg, e 200 mL para um comprimido de 400 mg) e misturado com 
uma colher. A suspensão deve ser administrada imediatamente após a dissolução completa do(s) comprimido(s).  
O tratamento deve prosseguir desde que o paciente continue a ser beneficiado. 
O  monitoramento  da  resposta  ao  tratamento  com  mesilato  de  imatinibe

 

em  pacientes  com  LMC  Ph+  deve  ser 

rotineiramente  realizado e quando o tratamento  for  modificado,  para  identificar  resposta  subótima,  perda  de  resposta 
ao  tratamento,  baixa  adesão  do  paciente,  ou possível  interação  medicamentosa.  Os  resultados  do  monitoramento 
devem orientar a conduta adequada do paciente com LMC. 
 
População alvo geral 
 
Posologia para LMC em pacientes adultos 
A  dose  recomendada  de mesilato  de  imatinibe  é  400  mg/dia  para  pacientes  adultos  com LMC  em  fase  crônica  e  600 
mg/dia  para  pacientes  em  fase  acelerada  ou  em  crise  blástica  (independente  de  ser  primeira  ou  segunda  linha  de 
tratamento).  
Um aumento na dose, de 400 mg para 600 mg ou 800 mg em pacientes com a doença em fase crônica, ou de 600 mg para 
um máximo de 800 mg ao dia em pacientes em fase acelerada ou em crise blástica, pode ser considerado na ausência de 
reações adversas graves ao medicamento e de trombocitopenia ou neutropenia grave não relacionadas à leucemia, nas 
seguintes circunstâncias: progressão da doença (a qualquer tempo), falha em atingir resposta hematológica satisfatória 
após pelo menos 3 meses de tratamento, falha em atingir resposta citogenética após 12 meses de tratamento, ou perda da 
resposta hematológica e/ou citogenética previamente atingidas. 
Posologia para LMC em pacientes pediátricos (>2 anos de idade) 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

A dose para pacientes pediátricos deve ser feita com base na área de superfície corporal (mg/m²). A dose de 340 mg/m2 
por dia é recomendada para pacientes pediátricos com LMC em fase crônica e LMC em fase avançada (não excedendo a 
dose total de 800 mg). O tratamento pode ser administrado como uma dose diária ou, alternativamente, a dose diária pode 
ser dividida em duas administrações - uma pela manhã e uma pela noite. A recomendação de dose é atualmente baseada 
em um pequeno número de pacientes pediátricos (ver itens 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA e 3. CARACTERÍSTICAS 
FARMACOLÓGICAS). Não há experiência com o tratamento de pacientes pediátricos com menos de 2 anos de idade. 
O  aumento  de  dose  de  340  mg/m2  por  dia  para  570  mg/m2  por  dia  (não  exceder  a  dose  total  de  800  mg)  pode  ser 
considerada em crianças na ausência de reações adversas severas e neutropenia ou trombocitopenia severa não relacionada 
com a leucemia nas seguintes circunstâncias: progressão da doença (a qualquer momento); falha para atingir resposta 
hematológica satisfatória após pelo menos 3 meses de tratamento; falha na obtenção de uma resposta citogenética após 
12 meses de tratamento; ou perda de uma resposta hematológica e/ou citogenética previamente alcançada. Os pacientes 
devem ser monitorados durante o escalonamento de dose, dado o potencial para uma maior incidência de reações adversas 
em dosagens mais altas. 
 
Posologia para LLA Ph+ em pacientes adultos 
A dose recomendada de mesilato de imatinibe é 600 mg/dia para pacientes adultos com LLA Ph+
 
Posologia para LLA Ph+ em pacientes pediátricos (>1 anos de idade) 
A dose para pacientes pediátricos deve ser feita com base na área de superfície corporal (mg/m2). A dose de 340 mg/m2 
por dia é recomendada para pacientes pediátricos com LLA Ph+ (não excedendo a dose total de 600 mg). 
 
Ajustes de dose em decorrência de reações adversas ao medicamento 
Reações adversas ao medicamento não hematológicas 
Caso  se  desenvolva  uma  reação  adversa  ao  medicamento  não  hematológica  grave  com  a  utilização  de  mesilato  de 
imatinibe, o tratamento deve ser interrompido até o evento ser resolvido. Depois disso, o tratamento pode ser reiniciado 
conforme apropriado, dependendo da gravidade inicial da reação.  
Caso  ocorra  aumento  dos  níveis  de  bilirrubina  >  3  x  o  limite  superior  da  normalidade  (LSN)  ou  dos  níveis  de 
transaminases hepáticas > 5 x LSN, o tratamento com mesilato de imatinibe deve ser descontinuado até que os níveis 
de bilirrubina retornem a valores < 1,5 x LSN e os níveis de transaminases a valores < 2,5 x LSN. O tratamento com 
mesilato de imatinibe poderá então continuar em uma dose diária menor. Em adultos, a dose deve ser reduzida de 400 
mg para 300 mg ou a dose de 600 mg para 400 mg ou a dose de 800 mg para 600 mg e, em crianças, de 340 para 260 
mg/m2 por dia.  
 
Reações adversas ao medicamento hematológicas 
A redução da dose ou a interrupção do tratamento para neutropenia e trombocitopenia graves são recomendadas tal como 
indicado na tabela abaixo. 
 
Ajustes da dose em decorrência de neutropenia e trombocitopenia 

LMC em fase 
crônica  

CAN < 1,0 x 
109 /L e/ou 
plaquetas < 
50 x 109/L 

1. Suspender o mesilato de imatinibe até CAN ≥ 1,5 x 109/L e as plaquetas ≥ 75 x 
109/L. 
2. Reiniciar o tratamento com o mesilato de imatinibe na dose anterior (de antes da 
reação adversa grave ao medicamento). 
3. Se houver recorrência de CAN < 1,0 x 109/L e/ou plaquetas < 50 x 109/L, repetir a 
etapa 1 e reiniciar mesilato de imatinibe em dose reduzida de 300 mg. 

LMC 
pediátrico em 
fase crônica 
(dose de 340 
mg/m2) 

CAN < 1,0 x 
109 /L e/ou 
plaquetas < 
50 x 109/L 

1. Suspender o mesilato de imatinibe até CAN ≥ 1,5 x 109/L e as plaquetas ≥ 75 x 
109/L. 
2. Reiniciar o tratamento com o mesilato de imatinibe na dose anterior (de antes da 
reação adversa grave ao medicamento). 
3. Se houver recorrência de CAN < 1,0 x 109/L e/ou plaquetas < 50 x 109/L, repetir a 
etapa 1 e reiniciar o mesilato de imatinibe em dose reduzida de 260 mg/m2. 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

LMC em fase 
acelerada e 
em crise 
blástica e 
LLA Ph+ 
(dose inicial 
600 mgc) 

aCAN < 0,5 x 
109/L e/ou 
plaquetas < 
10 x 109/L 

1. Verificar se a citopenia está relacionada à leucemia (por aspirado ou por biópsia de 
medula óssea). 
2. Se a citopenia não estiver relacionada à leucemia, reduzir a dose de mesilato de 
imatinibe para 400 mgb. 
3. Se a citopenia persistir por 2 semanas, reduzir para 300 mgd. 
4. Se a citopenia persistir por 4 semanas e ainda assim não estiver relacionada à 
leucemia, suspender o mesilato de imatinibe até CAN ≥ 1 x 109/L e plaquetas ≥ 20 x 
109/L, depois, reiniciar o tratamento com dose de 300 mgd. 

CAN = contagem absoluta de neutrófilos 
a ocorrendo após pelo menos 1 mês de tratamento 
b ou 260 mg/m2 em pacientes pediátricos 
c ou 340 mg/m2 em pacientes pediátricos 
dou 200 mg/m2 em pacientes pediátricos 

 
Populações especiais 
 
Uso pediátrico (Menores de 18 anos) 
Não há experiência com o uso de mesilato de imatinibe em crianças com LMC menores de 2 anos e com LLA Ph+ abaixo 
de 1 ano. Há pouca ou nenhuma experiência com o uso de mesilato de imatinibe em crianças em outras indicações.  
 
Insuficiência hepática 
Imatinibe é metabolizado principalmente por via hepática. Pacientes com disfunção hepática leve, moderada ou grave 
devem receber a dose mínima recomendada de 400 mg ao dia. A dose pode ser reduzida se houver intolerância (vide  itens 
3.  CARACTERÍSTICAS  FARMACOLÓGICAS,  5.  ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES  e  9.  REAÇÕES 
ADVERSAS). 
 
Insuficiência renal 
Imatinibe e seus metabólitos não são significantemente excretados pela via renal. Para pacientes com disfunção renal ou 
em  diálise  pode  ser  administrada  a  dose  mínima  recomendada  de  400  mg  por  dia  como  dose  inicial  (vide  item  3. 
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS). Entretanto, recomenda-se cautela com estes pacientes. A dose pode ser 
reduzida  se  houver  intolerância.  Se  tolerada  a  dose  pode  ser  aumentada  em  caso  de  falta  de  eficácia  (vide  item  5. 
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 
 
Pacientes idosos (65 anos ou mais) 
Nenhuma  diferença  farmacocinética  significante  relacionada  à  idade  foi  observada  em  pacientes  adultos,  em  estudos 
clínicos que incluíram mais de 20% de pacientes com idade igual ou superior a 65 anos. Nenhuma recomendação relativa 
à dose é necessária para pacientes idosos. 
 
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. 
 
9. REAÇÕES ADVERSAS 
Resumo do perfil de segurança 
O perfil de segurança geral de mesilato de imatinibe de uso clínico em humanos foi bem caracterizado durante mais de 
12 anos de experiência com mesilato de imatinibe. Durante o desenvolvimento clínico, a maioria dos pacientes apresentou 
eventos adversos em algum momento. As RAMs (reações adversas ao medicamento) relatadas com mais frequência (> 
10%) foram neutropenia, trombocitopenia, anemia, cefaleia, dispepsia, edema, aumento de peso, náusea, vômito, cãibras 
musculares, dor musculoesquelética, diarreia, erupção cutânea, fadiga e dor abdominal. Os eventos foram de grau leve a 
moderado, e somente 2 a 5% dos pacientes descontinuaram permanentemente a terapia em decorrência de um evento 
relacionado ao medicamento. 
O perfil se segurança de mesilato de imatinibe em pacientes adultos e pediátricos com leucemias Ph+ é similar.  
As diferenças no perfil de segurança entre leucemias Ph+ e tumores sólidos são a incidência e a intensidade mais altas de 
mielossupressão  em  leucemias  Ph+,  ocorrem  provavelmente  em  decorrência  de  fatores  relacionados  à  doença. 
Mielossupressão, eventos adversos GI, edema e erupções cutâneas são comuns entre estas duas populações de pacientes. 
Outras  condições  GI,  como  obstrução  gastrintestinal,  perfuração  e  ulceração,  são  aparentemente  mais  específicas  da 
indicação. Outros eventos adversos mais notáveis que foram observados após a exposição a mesilato de imatinibe e que 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

podem  ter  relação  causal  incluem  hepatotoxicidade,  insuficiência  renal  aguda,  hipofosfatemia,  reações  adversas 
respiratórias graves e síndrome da lise tumoral e retardo do crescimento em crianças. 
Dependendo da gravidade dos eventos, pode haver a necessidade de ajuste de dose. Em pouquíssimos casos, a medicação 
terá que ser descontinuada com base nas RAMs. 
 
As  reações  adversas  (tabela  7  e  8)  são  listadas  pela  classe  de  sistema  de  órgãos  MedDRA.  Dentro  de  cada  classe  de 
sistema de órgão, as reações adversas são classificadas por ordem de frequência, as reações mais frequentes primeiro. 
Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade. Além 
disso,  a  categoria  de  frequência  correspondente  para  cada  reação  adversa  ao  medicamento  baseia-se  na  seguinte 
convenção (CIOMS III): muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100, < 1/10), incomum (≥ 1/1000, < 1/100), rara (≥ 1/10000, 
< 1/1000), muito rara (< 1/10000). As reações adversas e suas frequências relatadas na Tabela 7 são baseadas em estudos 
registrados para LMC.  
 
Tabela 7 – Reações adversas a medicamentos nos estudos clínicos para LMC 
 

Infecções e infestações 

Incomuns 

Herpes zosterherpes simplex, nasofaringite, pneumonia1, sinusite, celulite, infecção do trato 
respiratório superior, gripe, infecção do trato urinário, gastroenterite, sepse. 

Rara 

 Infecção fúngica 

Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo 

Muito 
comuns 

Neutropenia, trombocitopenia, anemia 

Comuns 

Pancitopenia, neutropenia febril 

Incomuns 

Trombocitemia, linfopenia, depressão da medula óssea, eosinofilia, linfadenopatia 

Rara 

Anemia hemolítica 

Distúrbios do metabolismo e da nutrição 
Comum 

Anorexia 

Incomuns 

Hipocalemia, aumento do apetite, hipofosfatemia, diminuição do apetite, desidratação, gota, 
hiperuricemia, hipercalcemia, hiperglicemia, hiponatremia 

Raras 

Hipercalemia, hipomagnesemia 

Distúrbios psiquiátricos 
Comum 

Insônia 

Incomuns 

Depressão, diminuição da libido, ansiedade 

Rara 

Confusão mental 

Distúrbios do sistema nervoso 
Muito 
Comum 

Cefaleia 

Comuns 

Tontura, parestesia, alterações no paladar, hipoestesia 

Incomuns 

Enxaqueca, sonolência, síncope, neuropatia periférica, comprometimento da memória, dor ciática, 
síndrome da perna agitada, tremor, hemorragia cerebral 

Raras 

Aumento da pressão intracraniana, convulsões, neurite óptica 

Distúrbios oculares 

Comuns 

Edema da pálpebra, hiperlacrimação, hemorragia conjuntival, conjuntivite, ressecamento ocular, 
visão turva 

Incomuns 

Irritação ocular, dor ocular, edema orbital, hemorragia escleral, hemorragia retiniana, blefarite, 
edema macular 

Raras 

Catarata, glaucoma, papiledema 

Distúrbios auditivos e labirínticos 
Incomuns 

Vertigem, zumbido, perda da audição 

Distúrbios cardíacos 
Incomuns 

Palpitações, taquicardia, insuficiência cardíaca congestiva2, edema pulmonar 

Raras 

Arritmia, fibrilação atrial, parada cardíaca, infarto do miocárdio, angina pectoris, efusão 
pericárdica 

Distúrbios vasculares3 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

Comuns 

Rubor, hemorragia 

Incomuns 

Hipertensão, hematoma, hematoma subdural, extremidades frias, hipotensão, fenômeno de 
Raynaud 

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais 
Comuns 

Dispneia, epistaxe, tosse 

Incomuns 

Efusão pleural4, dor faringo-laringeana, faringite 

Raras 

Dor pleurítica, fibrose pulmonar, hipertensão pulmonar, hemorragia pulmonar 

Distúrbios gastrintestinais 
Muito 
comuns 

Náusea, diarreia, vômito, dispepsia, dor abdominal 

Comuns 

Flatulência, distensão abdominal, refluxo gastroesofágico, constipação, boca seca, gastrite 

Incomuns 

Estomatite, ulceração na boca, hemorragia gastrintestinal, eructação, melena, esofagite, ascite, 
úlcera gástrica, hematêmese, queilite, disfagia, pancreatite 

Raras 

Colite, obstrução intestinal, doença inflamatória intestinal 

Distúrbios hepatobiliares 
Comum 

Aumento das enzimas hepáticas 

Incomuns 

Hiperbilirrubinemia, hepatite, icterícia 

Raras 

Insuficiência hepática5, necrose hepática5 

Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos 
Muito comuns  Edema periorbitário, dermatite/eczema/erupção cutânea 

Comuns 

Prurido, edema facial, pele seca, eritema, alopecia, sudorese noturna, reação de 
fotossensibilidade 

Incomuns 

 Erupção cutânea pustular, contusão, aumento da sudorese, urticária, equimose, maior tendência 
de contusão, hipotricose, hipopigmentação da pele, dermatite esfoliativa, onicoclase, foliculite, 
petéquia, psoríase, púrpura, hiperpigmentação da pele, erupções bolhosas 

Raras 

Dermatose neutrofílica febril aguda (síndrome de Sweet), descoloração das unhas, edema 
angioneurótico, erupção cutânea vesicular, eritema multiforme, vasculite leucocitoclástica, 
síndrome de Stevens-Johnson, pustulosis exantemática aguda generalizada (PEAG) 

Distúrbios músculoesqueléticos e do tecido conjuntivo 

Muito comuns 

Espasmos e cãibras musculares, dor músculoesquelética incluindo mialgia, artralgia, dor no 
osso6 

Comum 

Edema articular 

Incomum 

Rigidez articular e muscular 

Raras 

Fraqueza muscular, artrite 

Distúrbios renais e do sistema urinário 
Incomuns 

Dor renal, hematúria, insuficiência renal aguda, frequência urinária aumentada 

Distúrbios do aparelho reprodutor e das mamas 

Incomuns 

Ginecomastia, disfunção erétil, menorragia, menstruação irregular, disfunção sexual, dor no 
mamilo, aumento das mamas, edema escrotal 

Distúrbios do estado geral e reações locais ao tratamento 
Muito comuns 

Retenção hídrica e edema, fadiga 

Comuns 

Fraqueza, pirexia, anasarca, calafrios, rigidez 

Incomuns 

Dor no peito, mal-estar 

Investigações 
Muito comum 

Aumento de peso 

Comum 

Perda de peso 

Incomuns 

Creatinina sanguínea aumentada, creatina fosfoquinase sanguínea aumentada, lactato 
desidrogenase sanguínea aumentada, fosfatase alcalina sanguínea aumentada 

Rara 

Amilase sanguínea aumentada 

1 Pneumonia foi relatada mais comumente em pacientes com LMC em transformação.  
2 Em uma base de pacientes-ano, eventos cardíacos incluindo insuficiência cardíaca congestiva foram mais comumente 
observados em pacientes com LMC em transformação do que em pacientes com LMC crônica. 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

3 Sangramento (hematoma, hemorragia) foi mais comumente encontrado em pacientes com LMC em transformação 
(LMC-FA e LMC-CB). 
4 Efusão pleural foi mais comumente relatada em pacientes com LMC em transformação (LMC-FA e LMC-CB) do que 
em pacientes com LMC crônica. 
5 Foram relatados alguns casos fatais de insuficiência e necrose hepática. 
6 Dor músculoesquelética e eventos relacionados foram mais comumente observados em pacientes com LMC.  
 
As  seguintes  reações  adversas  ao  medicamento  foram  relatadas  a  partir  da  pós-comercialização  e  de  estudos  clínicos 
adicionais com mesilato de imatinibe. Estão inclusos relatos espontâneos de casos bem como reações adversas graves ao 
medicamento de estudos clínicos menores ou em andamento e dos de programas de acesso expandido. Devido a essas 
reações adversas ao medicamento serem relatadas de uma população de tamanho desconhecido, nem sempre é possível 
estimar com segurança suas frequências ou estabelecer uma relação causal da exposição ao mesilato de imatinibe. 
 
Tabela 8 – Reações adversas a medicamentos em relatos pós-comercialização 

Infecções e infestações 

Desconhecida 

Reativação da hepatite B 

Distúrbios do sistema nervoso 

Incomum  

Edema cerebral 

Distúrbios oculares 

Rara  

Hemorragia vítrea 

Distúrbios cardíacos 

Raras  

Pericardite, tamponamento cardíaco 

Distúrbios vasculares 

Incomuns  

Trombose/embolismo 

Muito rara  

Choque anafilático 

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais 

Incomuns  

Insuficiência respiratória aguda1, doença pulmonar intersticial 

Distúrbios gastrintestinais 

Incomuns 

Obstrução intestinal/íleo, hemorragia/necrose tumoral, perfuração gastrintestinal 

Rara  

Diverticulite, ectasia vascular do antro gástrico (GAVE) 

Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos 

Incomuns 

Síndrome da eritrodisestesia palmar-plantar 

Raras  

Ceratose liquenoide, líquen plano 

Muito rara  

Necrose epidérmica tóxica 

Desconhecida 

Rash devido ao medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos, pseudoporfiria 

Distúrbios músculoesqueléticos e do tecido conjuntivo 

Muito comum 

Dor musculoesquelética após a descontinuação do tratamento (incluindo mialgia, dor 
em extremidades, artralgia, dor óssea, dor na coluna) 

Rara 

Necrose avascular/osteonecrose de quadril, rabdomiólise/miopatia 

Desconhecida  

Retardo de crescimento em crianças 

Distúrbios reprodutivos 

Muito raro  

Corpo lúteo hemorrágico/cisto ovariano hemorrágico 

Neoplasia benigna, maligna ou inespecífica (incluindo cistos e pólipos) 

Raro  

Síndrome de lise tumoral 

1  Casos  fatais  foram  relatados  em  pacientes  com  doença  avançada,  infecções  graves,  neutropenia  grave  e  outras 
condições graves concomitantes. 
 
Descrição de Reações Adversas ao Medicamento selecionadas 
Mielossupressão 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

A  mielossupressão  é  muito  comum  em  pacientes  com  câncer  tratados  com  mesilato  de  imatinibe.  Mielossupressão, 
trombocitopenia, neutropenia e anemia foram as anormalidades laboratoriais Grau 3 e 4 relatadas com mais frequência. 
Em geral, a mielossupressão apresentada em pacientes com LMC [leucemia mieloide crônica] tratados com mesilato de 
imatinibe foi geralmente reversível e, na maioria dos pacientes, não resultou em interrupção ou redução da dose. Poucos 
pacientes  precisaram  descontinuar o medicamento.  Outros eventos  de  pancitopenia,  linfopenia  e  depressão  da  medula 
óssea também foram relatados. 
A depressão hematológica apareceu, na maior parte dos casos, com as doses mais altas e, aparentemente, também foi 
dependente do estágio da doença de LMC, com neutropenia e trombocitopenia Grau 3 ou 4 entre 4 a 6 vezes mais altas 
em fase blástica e acelerada (44% e 63%, respectivamente), em comparação a pacientes recém-diagnosticados com LMC 
FC [fase crônica] (16,7% e 8,9%, respectivamente). Esses eventos podem geralmente ser controlados com redução ou 
interrupção da dose, mas raramente exigem descontinuação do tratamento com mesilato de imatinibe.  
Hemorragia 
Hemorragias no SNC e hemorragias GI não são incomuns em pacientes com LMC com  comprometimento da função 
medular basal. Hemorragias são uma parte bem conhecida das complicações da doença em uma população com doença 
aguda  de  leucemia,  e  podem  ser  resultado  de  trombocitopenia  ou,  menos  comumente,  de  disfunção  plaquetária.  No 
entanto,  nem  todos  os  pacientes  que  apresentam  hemorragias  no  SNC  ou  hemorragias  GI  durante  o  tratamento  com 
imatinibe apresentam trombocitopenia. 
A  manifestação  mais  comum  de  sangramento  clinicamente  significativo  foi  hemorragia  GI,  que  ocorreu  mais 
comumente em pacientes com LMC avançada. No contexto de LMC de primeira linha, as frequências observadas de 
hemorragia  GI  foram  geralmente  as  mais  baixas.  Ectasia  vascular  do  antro  gástrico  (GAVE)  também  foi  raramente 
relatada com o uso de mesilato de imantinibe na pós-comercialização. 
 
Edema e Retenção de Líquidos 
Edema  é  uma  toxicidade  comum  de  imatinibe,  que  aparece  em  mais  de  50%  de  todos  os  pacientes  em  todas  as 
indicações.  O  edema  está  relacionado  à  dose  e,  aparentemente,  há  uma  correlação  de  sua  ocorrência  com  os  níveis 
plasmáticos. A manifestação mais comum é o edema periorbital e a manifestação um pouco menos comum é o edema 
de membros inferiores. Em geral, não há necessidade de tratamento específico. Outros eventos de retenção de líquidos 
ocorrem  de  forma  muito  menos  comum,  porém,  em  decorrência  da  localização  do  local  anatômico,  podem  ser 
potencialmente graves. O evento de retenção de líquidos mais frequente foi derrame pleural, observado mais comumente 
em pacientes com LMC avançada. A frequência da insuficiência cardíaca foi, em geral, baixa em pacientes com edema 
e retenção de líquidos. A frequência foi mais alta em LMC avançada do que em outros grupos. Isto poderia ser explicado 
pela condição médica pior de pacientes com LMC avançada. A mesma tendência foi observada para insuficiência renal 
em pacientes com edema e retenção de líquidos.  
Em  um  estudo  clínico,  a  frequência  de  eventos  que  sugeriam  insuficiência  cardíaca  congestiva  foi  de  1,5%  com 
imatinibe vs. 1,1% com IFN-alfa em pacientes com LMC recém-diagnosticada. A frequência foi sensivelmente mais 
alta em pacientes com LMC transformada (fase acelerada ou crise blástica), idade mais avançada ou com hemoglobina 
basal de menos de 8 g/dL. Entre todas as indicações, uma frequência mais alta de eventos de ICC observada em pacientes 
com LMC. 
 
Erupções Cutâneas e Reações Adversas Cutâneas Graves 
Uma erupção cutânea generalizada eritematosa, maculopapular, prurítica,  foi relatada  que pode desaparecer apesar da 
continuação do tratamento. Alguns pacientes podem apresentar prurido sem erupção cutânea e, algumas vezes, existe um 
componente esfoliativo. A nova exposição em alguns pacientes resultou em novo aparecimento da erupção cutânea, mas 
não em todos os pacientes. Estas erupções geralmente respondem a anti-histamínicos e a esteroides tópicos. Algumas 
vezes, há necessidade de esteroides sistêmicos.  
Erupções cutâneas foram observadas em até um terço dos pacientes tratados com imatinibe em todas as indicações. Essas 
erupções frequentemente são pruríticas e aparecem mais comumente na forma de lesões eritematosas, maculopapulares 
ou exfoliativa do antebraço, do tronco ou da face ou generalizada com expressão sistêmica. Biópsias cutâneas revelaram 
uma reação tóxica ao medicamento com um infiltrado celular misto. Embora a maioria das erupções cutâneas seja leve e 
auto-limitante, casos raros mais graves tais como necrólise epidérmica tóxica  Stevens-Johnson, eritema multiforme ou 
rash devido ao medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos podem exigir a interrupção ou a descontinuação do 
tratamento.  
 
Hepatotoxicidade 
Pode ocorrer hepatotoxicidade, ocasionalmente grave, e foi observada no período pré-clínico e no período clínico. 
Anormalidades no TFH (teste de função hepática) geralmente consistiram em elevações leves em transaminases, embora 
uma minoria dos pacientes tenha apresentado níveis elevados de bilirrubina. O aparecimento ocorre geralmente nos dois 

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VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

primeiros  meses  do  tratamento,  mas  já  ocorreu  em  até  6  a  12  meses  após  o  início  do  tratamento.  Os  níveis  em  geral 
normalizam após a suspensão do tratamento por 1 a 4 semanas. 
 
Hipofosfatemia 
Fosfato sérico baixo e hipofosfatemia (até Grau 3 ou 4) foram observados de forma relativamente comum entre todas as 
indicações; no entanto, a origem e a significância clínica deste achado não foram estabelecidas. Demonstrou-se que o 
imatinibe inibe a diferenciação de monócitos humanos em osteoclastos. A redução foi acompanhada por uma redução na 
capacidade de reabsorção destas células. Uma redução dependente da dose de RANK-L foi observada em osteoclastos na 
presença  de  imatinibe.  Uma  inibição  mantida  da  atividade  osteoclástica  pode  levar  à  resposta  contrarregulatória, 
resultando em níveis elevados de PTH. A relevância clínica dos achados  pré-clínicos ainda é incerta e uma associação 
com EAs esqueléticos, tais como fraturas ósseas, ainda não foi demonstrada.  
No programa de desenvolvimento clínico, não houve medição de rotina de fosfato sérico em todos os estudos. Embora a 
hipótese inicial seja de que a hipofosfatemia possa ser dependente da dose, resultados interpretáveis de 24 meses do estudo 
TOPS de Fase III, desenhado para investigar a dependência da dose de desfechos de segurança em pacientes com LMC 
recém-diagnosticada, demonstraram que 19,1% vs. 15,5% e 5,1% vs. 0,9% dos pacientes que receberam 400 mg e 800 
mg, respectivamente, apresentaram redução de fosfato sérico ou cálcio sérico Grau 3 ou 4.  
 
Obstrução, Perfuração ou Ulceração Gastrintestinal 
Ulceração GI, que em casos extremos pode representar irritação local por imatinibe, foi observada em uma pequena 
porção de pacientes entre todas as indicações.  
 
Síndrome da lise tumoral 
Uma relação causal entre a síndrome da lise tumoral e o tratamento com mesilato de imatinibe é considerada possível, 
embora alguns casos tenham sido confundidos por medicações concomitantes e outros riscos independentes (vide item 5. 
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 
 
Retardo do crescimento em pacientes pediátricos 
Aparentemente, mesilato de imatinibe afeta a estatura de crianças, especialmente crianças que estão na pré-puberdade. 
Uma relação causal entre o retardo do crescimento em  pacientes pediátricos e o tratamento com mesilato de imatinibe 
não pôde ser descartada, embora para alguns casos de retardo do crescimento em LMC haja informações limitadas. (vide 
item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).  
 
Reação adversa respiratória grave ao medicamento 
Eventos  respiratórios  graves,  algumas  vezes  fatais,  foram  observados  com  o  tratamento  com  mesilato  de  imatinibe, 
incluindo  insuficiência  respiratória  aguda,  hipertensão  pulmonar,  doença  pulmonar  intersticial  e  fibrose  pulmonar. 
Condições  cardíacas  ou  pulmonares  preexistentes  que  podem  estar  associadas  a  eventos  respiratórios  graves  foram 
relatadas em muitos destes casos. 
 
Alterações nos testes laboratoriais 
- Hematológicas 
Em  pacientes  com  citopenias  relacionadas  à  LMC  particularmente  neutropenia  e  trombocitopenia  foram  um  achado 
consistente em todos os estudos, sugerindo frequência mais elevada com doses ≥ 750 mg (estudo de Fase I). No entanto, 
a ocorrência de citopenias também foi claramente dependente do estágio da doença. Em pacientes com LMC recentemente 
diagnosticada, as citopenias foram menos frequentes que nos outros pacientes com LMC. A frequência de neutropenias 
de Grau 3 ou 4 (CAN < 1,0 x 109 /L) e trombocitopenias (contagem de plaquetas < 50 x 109 /L) sendo entre 4 e 6 vezes 
mais  elevadas  em  crises  blásticas  e  em  fase  acelerada  (59  –  64%  e  44  –  63%  para  neutropenia  e  trombocitopenia, 
respectivamente), quando comparadas com paciente recentemente diagnosticados com LMC em fase crônica (16,7% de 
neutropenia e 8,9% de trombocitopenia). Em pacientes recentemente diagnosticados com LMC em fase crônica, foram 
observadas neutropenia de Grau 4 (CAN < 0,5 x 109/L) e trombocitopenia (contagem de plaquetas < 10 x 109 /L) em 
3,6%  e  <  1%  dos  pacientes,  respectivamente.  A  duração  média  dos  episódios  neutropênicos  e  trombocitopênicos 
geralmente limitou-se por 2 a 3 semanas e por 3 a 4 semanas, respectivamente. Estes efeitos podem ser habitualmente 
tratados quer com uma redução da dose, quer com uma interrupção do tratamento com mesilato de imatinibe, mas podem, 
em casos raros, levar a uma interrupção permanente do tratamento. Em pacientes pediátricos com LMC, a toxicidade 
observada mais frequente foi citopenias de graus 3 ou 4 envolvendo neutropenia, trombocitopenia e anemia. Geralmente 
ocorreram nos primeiros meses de terapia.  
 
- Parâmetros bioquímicos 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

A elevação grave das transaminases (< 5%) ou bilirrubina (< 1%) tem sido vista em pacientes com LMC e foi geralmente 
controlada  com  uma  redução ou  interrupção  da  dose (a  duração  média  destes  episódios  foi  de  aproximadamente  uma 
semana)  de  mesilato  de  imantinibe.  O  tratamento  foi  interrompido  permanentemente,  devido  a  anormalidades 
laboratoriais hepáticas, em menos de 1% dos pacientes com LMC.  
 
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 
 
10. SUPERDOSE 
Experiência com doses maiores que a dose terapêutica é limitada. Casos isolados de superdose de mesilato de imatinibe 
foram relatados  espontaneamente  e  em  literatura.  Geralmente,  os  resultados  relatados nestes  casos,  foram  melhora ou 
recuperação. Em caso de superdose, o paciente deve ser observado e deve receber um tratamento sintomático adequado.  
 
Os eventos relatados em diferentes doses foram: 
 
Superdose em adultos: 
1.200 a 1.600 mg (duração variando entre 1 a 10 dias): náusea, vômito, diarreia,  rash, eritema, edema, inchaço, fadiga, 
espasmos musculares, trombocitopenia, pancitopenia, dor abdominal, dor de cabeça, redução do apetite. 
1.800 a 3.200 mg (até 3.200 mg diariamente por 6 dias): fraqueza, mialgia, aumento de creatina fosfoquinase, aumento 
de bilirrubina, dor gastrintestinal. 
6.400  mg  (dose  única):  um  caso  em  literatura  relatou  um  paciente  que  apresentou  náusea,  vômito,  dor  abdominal, 
pirexia, inchaço facial, redução da contagem de neutrófilos, aumento das transaminases.  
8 a 10 g (dose única): foram relatados vômito e dor gastrintestinal  
 
Superdose em crianças: 
Uma criança do sexo masculino, de 3 anos de idade, foi exposta a uma dose única de 400 mg e apresentou vômito, diarreia 
e anorexia. Outra criança do sexo masculino, de 3 anos de idade, exposta a uma dose única de 980 mg apresentou redução 
do número de leucócitos e diarreia. 
 
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 
 
 
DIZERES LEGAIS 
 
M.S.: 1.0043.1056 
Farm. Resp. Subst.: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116 
 
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.  
 
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 02/07/2019. 
 
Fabricado por: 
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 
Rod. Pres. Castello Branco, km 35,6 - Itapevi - SP 
 
Registrado por: 
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 
Av. Vereador José Diniz, 3.465 - São Paulo - SP  
CNPJ: 61.190.096/0001-92 
Indústria Brasileira 
 

 

      

 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07 

Histórico de Alteração da Bula 

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera 

bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

N

o do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

N

o do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/VPS) 

Apresentações 

relacionadas 

25/07/2013 

0605530133 

10459 - 

GENÉRICO - 

Inclusão 

Inicial de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Inclusão Inicial de 

Texto de Bula 

VPS 

Comprimido 

revestido 

100 e 400 mg 

22/04/2015 

0345745151 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

3. Características 
Farmacológicas 
5. Advertências e 
Precauções 
9. Reações 
adversas  

 

VPS 

Comprimido 

revestido 

100 e 400 mg 

 
 

03/06/2016 

1863381161 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

- Interações 
Medicamentosas 
 
- Reações 
Adversas 
 
- Dizeres Legais 

VPS 

Comprimido 

revestido 

100 e 400 mg 

 

19/06/2017 

1226183171 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

6. Interações 
Medicamentosas 
 
9. Reações 
Adversas 

 

VPS 

Comprimido 

revestido 

100 e 400 mg 

 

08/11/2017 

2185511171 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

1. Indicações 
2. Resultados de 
eficácia 
3. Características 
farmacológicas 
8. Posologia e 
modo de usar 
9. Reações 
adversas 

VPS 

Comprimido 

revestido 

100 e 400 mg 

 

23/08/2019 

2037337196 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

2. Resultados de 
eficácia 
3. Características 
farmacológicas 
5. Advertências e 
Precauções 
6. Interações 
Medicamentosas 
8. Posologia e 
modo de usar 
9. Reações 
adversas 

VPS 

Comprimido 

revestido 

100 e 400 mg 

 

19/06/2020 

1949823/20-3 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

1. Indicações 
2. Resultados de 
eficácia 
3. Características 
farmacológicas 
5. Advertências e 
Precauções 
8. Posologia e 
modo de usar 
9. Reações 
adversas 

VPS 

Comprimido 

revestido 

100 e 400 mg 

 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

9. Reações 
adversas 

VPS 

Comprimido 

revestido 

100 e 400 mg 

 

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mesilato de imatinibe_Bula_VPS_V8 

 

 

 

 

VERSÃO 08 – Esta versão altera a VERSÃO 07