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(drospirenona + etinilestradiol) 

Bula para o profissional de saúde 

Comprimido revestido 

3 mg + 0,03 mg 

 

 

        

 

 

 

 

 

 

 

 

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                                VERSÃO 09 - Esta versão altera a VERSÃO anterior08 

 

 

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

 

Molièri® 30  

(drospirenona + etinilestradiol)  

  

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO REFERÊNCIA  

  

APRESENTAÇÕES:  
Comprimido revestido 3 mg de drospirenona + 0,03 mg de etinilestradiol: embalagem com 1 ou 3 blísteres de 21 
comprimidos.  

   

USO ORAL  

  

USO ADULTO  

  

COMPOSIÇÃO:  
Cada comprimido revestido contém:  
drospirenona................................................................................................................. .....................................3 mg 
etinilestradiol................................................................................................................................................0,03 mg 
excipientes*................................................................................................................. ...............q.s.p 1 comprimido  
*Excipientes: lactose monoidratada, amido, crospovidona, povidona, estearato de magnésio, dióxido de titânio, macrogol, 
talco, óxido de ferro amarelo, álcool polivinílico.  
 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 
1. INDICAÇÃO 

Contraceptivo oral, com efeitos antimineralocorticoide e antiandrogênico que beneficiam tanto as mulheres que apresentam 
retenção de líquido de origem hormonal e seus sintomas, como as que apresentam acne e seborreia.   

  
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 

Os contraceptivos orais combinados (COCs) são utilizados para prevenir a gravidez. Quando usados corretamente, o índice 
de  falha  é  de  aproximadamente  1%  ao  ano.  O  índice  de  falha  pode  aumentar  quando  há  esquecimento  de  tomada  dos 
comprimidos ou quando estes são tomados incorretamente, ou ainda em casos de vômitos dentro de 3 a 4 horas após a 
ingestão de um comprimido ou diarreia intensa, bem como na vigência de interações medicamentosas.  

 
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 

Farmacodinâmica  
O efeito contraceptivo dos contraceptivos orais combinados (COCs) baseia-se na interação de diversos fatores, sendo que 
os mais importantes são inibição da ovulação e alterações na secreção cervical.  
Estudos  de  segurança  de  pós-comercialização  (PASS)  demonstraram  que  a  frequência  de  diagnóstico  de  TEV 
(Tromboembolismo  Venoso)  varia  entre  7  e  10  por  10.000  mulheres  por  ano  que  utilizam  COC  com  baixa  dose  de 
estrogênio  (<  0,05  mg  de  etinilestradiol).  Dados  mais  recentes  sugerem  que  a  frequência  de  diagnóstico  de  TEV  é  de 
aproximadamente 4 por 10.000 mulheres por ano não usuárias de COCs e não grávidas. Essa faixa está entre 20 a 30 por 
10.000 mulheres grávidas ou no pós-parto.  
O risco aumentado de TEV associado ao uso de COC é atribuído ao componente estrogênico.  
Ainda há discussões científicas referentes a qualquer efeito modulador do componente progestogênico dos COCs sob o 
risco de TEV. Estudos epidemiológicos que compararam o risco de TEV associado ao uso de COCs contendo etinilestradiol 
/  drospirenona  ao  risco  com  o  uso  de  COCs  contendo  levonorgestrel  relataram  resultados  que  variam  desde  nenhuma 
diferença no risco ao aumento de três vezes no risco. A maioria dos estudos avaliou etinilestradiol 0,03 mg / drospirenona 
3 mg.  

 

Dois estudos pós-aprovação foram concluídos especificamente para etinilestradiol 0,03 mg / drospirenona 3 mg. Em um 
deles, estudo prospectivo de vigilância ativa, verificou-se que a incidência de TEV em mulheres com ou sem outros fatores 
de risco para TEV, que usaram etinilestradiol 0,03 mg / drospirenona 3 mg, está na mesma faixa de usuárias de COCs com 
o  componente  levonorgestrel  ou  de  outros  COCs  (de  várias  outras  marcas).  O  outro  estudo  prospectivo  e  controlado, 

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comparando usuárias de etinilestradiol 0,03 mg / drospirenona 3 mg a usuárias de outros COCs, também confirmou que 
incidência similar de TEV entre todas as coortes.  
Além  da  ação  contraceptiva,  os  COCs  apresentam  diversas  propriedades  positivas  que  são  próximas  das  propriedades 
negativas  (veja  os  itens:  5.  ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES  E  9.  REAÇÕES  ADVERSAS)  e  podem  ser  úteis  na 
decisão  do  melhor  método  contraceptivo.  O  ciclo  menstrual  torna-se  mais  regular,  a  menstruação  apresenta-se 
frequentemente menos dolorosa e o sangramento menos intenso, o que, neste último caso, pode reduzir a possibilidade de 
ocorrência de deficiência de ferro.  
Além  da  ação  contraceptiva,  a  drospirenona  apresenta  outras  propriedades:  atividade  antimineralocorticoide,  que  pode 
prevenir o ganho de peso e outros sintomas causados pela retenção de líquido; neutraliza a retenção de sódio relacionada 
ao estrogênio, proporcionando tolerabilidade muito boa e efeitos positivos na síndrome prémenstrual. Em combinação com 
o  etinilestradiol,  a  drospirenona  exibe  um  perfil  lipídico  favorável  caracterizado  pelo  aumento  do  HDL.  Sua  atividade 
antiandrogênica  produz  efeito  positivo  sobre  a  pele,  reduzindo  as  lesões  acneicas  e  a  produção  sebácea.  Além  disso,  a 
drospirenona  não  se  contrapõe  ao  aumento  das  globulinas  de  ligação  aos  hormônios  sexuais  (SHBG)  induzido  pelo 
etinilestradiol, o que auxilia a ligação e a inativação dos andrógenos endógenos.  
A drospirenona é desprovida de qualquer atividade androgênica, estrogênica, glicocorticoide e antiglicocorticoide. Isto, em 
conjunto  com  suas  propriedades  antimineralocorticoide  e  antiandrogênica,  lhe  confere  um  perfil  bioquímico  e 
farmacológico  muito  similar  ao  do  hormônio  natural  progesterona.  Além  disso,  há  evidência  da  redução  do  risco  de 
ocorrência  de  câncer  de  endométrio  e  de  ovário.  Os  COCs  de  dose  mais  elevada  (0,05  mg  de  etinilestradiol)  também 
diminuem a incidência de cistos ovarianos, doença inflamatória pélvica, doenças benignas de mama e gravidez ectópica. 
Ainda não existe confirmação de que isto também se aplique aos contraceptivos orais de dose mais baixa.  

  
Farmacocinética 

drospirenona Absorção:  

A drospirenona é rápida e quase que totalmente absorvida quando administrada por via oral.  
Os níveis séricos máximos do fármaco, de aproximadamente 37 ng/mL, são alcançados 1 a 2 horas após a ingestão de uma 
dose única. Sua biodisponibilidade está compreendida entre 76 e 85% e não sofre influência da ingestão concomitante de 
alimentos.  

  

Distribuição:  
A  drospirenona  liga-se  à  albumina  sérica  e  não  à  globulina  de  ligação  aos  hormônios  sexuais  (SHBG)  ou  à  globulina 
transportadora de corticosteroides (CBG). Somente 3 a 5% das concentrações séricas totais do fármaco estão presentes na 
forma de  esteroides  livres,  sendo  que  95  a  97%  encontram-se  ligadas  à  albumina de  forma  inespecífica.  O  aumento da 
SHBG  induzido  pelo  etinilestradiol  não  afeta  a  ligação  da  drospirenona  às  proteínas  séricas.  O  volume  aparente  de 
distribuição da drospirenona é de 3,7 a 4,2 L/kg.  

  

Metabolismo:  
A drospirenona é extensivamente metabolizada após a administração oral. No plasma, seus principais metabólitos são a 
forma ácida da drospirenona, formada pela abertura do anel de lactona e o 4,5-diidrodrospirenona-3-sulfato, formado pela 
redução e subsequente sulfatação.  
A drospirenona está também sujeita ao metabolismo oxidativo catalisado pelo CYP 3A4. A taxa de depuração sérica da 
drospirenona é de 1,2 a 1,5 ml/min/kg.  

  

Eliminação:  
Os níveis séricos da drospirenona diminuem em duas fases. A fase de disposição terminal é caracterizada por uma meia-
vida de aproximadamente 31 horas. A drospirenona não é eliminada na forma inalterada. Seus metabólitos são eliminados 
pelas vias biliar e urinária em uma proporção de aproximadamente 1,2 a 1,4. A meiavida de eliminação dos metabólitos 
pela urina e fezes é de cerca de 1,7 dias.  

  

Condições no estado de equilíbrio:  
A farmacocinética da drospirenona não é influenciada pelos níveis de SHBG. Durante a ingestão diária, os níveis séricos 
do fármaco  aumentam  cerca de  2  a  3  vezes,  atingindo o  estado  de  equilíbrio durante  a segunda  metade  de  um  ciclo de 
utilização.  

  
  
  

Populações especiais:  

Efeito  na  insuficiência  renal:  os  níveis  séricos  da  drospirenona  no  estado  de  equilíbrio,  em  mulheres  com 

insuficiência renal leve (depuração de creatinina CLcr, 50 a 80 mL/min), foram comparáveis àquelas mulheres com função 
renal normal (CLcr, > 80 mL/min). Os níveis séricos da drospirenona foram em média 37% mais elevados em mulheres 
com  insuficiência  renal  moderada  (CLcr,  30  a  50  ml/min)  comparado  àquelas  mulheres  com  função  renal  normal.  O 

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tratamento com drospirenona foi bem tolerado em todos os grupos e não mostrou qualquer efeito clinicamente significativo 
na concentração sérica de potássio.  

Efeito na insuficiência hepática: em mulheres com função hepática moderada, (Child-Pugh B) os perfis de tempo 

da concentração sérica média da drospirenona foram comparáveis àquelas mulheres com função hepática normal, durante 
as  fases  de  absorção/distribuição,  com valores  similares  de  Cmax.  A  meia-vida  terminal  média  da drospirenona  foi  1,8 
vezes maior nas voluntárias com insuficiência hepática moderada do que nas voluntárias com função hepática normal.   

Uma  diminuição  de  aproximadamente  50%  na  depuração  oral  aparente  (CL/f)  foi  verificada  nas  voluntárias  com 
insuficiência  hepática  moderada  quando  comparada  àquelas  com  função  hepática  normal.  A  diminuição  observada  na 
depuração da drospirenona em voluntárias com insuficiência hepática moderada, comparada às voluntárias normais, não 
foi traduzida em qualquer diferença aparente nas concentrações séricas de potássio entre os dois grupos de voluntárias. 
Mesmo na presença de diabetes e tratamento concomitante com espironolactona (dois fatores que podem predispor a uma 
usuária a hipercalemia), não foi observado aumento nas concentrações séricas de potássio, acima do limite permitido da 
variação  normal.  Pode-se  concluir  que  a  drospirenona  é  bem  tolerada  em  pacientes  com  insuficiência  hepática  leve  ou 
moderada (Child-Pugh B).  

Grupos étnicos: o impacto de fatores étnicos na farmacocinética da drospirenona e do etinilestradiol foi avaliado 

após administração de doses orais únicas e repetidas a mulheres jovens e saudáveis, caucasianas e japonesas. Os resultados 
mostraram que as diferenças étnicas entre mulheres japonesas e caucasianas não tiveram influência clinicamente relevante 
na farmacocinética da drospirenona e do etinilestradiol.  

  

etinilestradiol Absorção:  

O etinilestradiol administrado por via oral é rápida e completamente absorvido. Os níveis séricos máximos de 54 a 100 
pg/mL  são  alcançados  em  1  a  2  horas.  Durante  a  absorção  e  metabolismo  de  primeira  passagem,  o  etinilestradiol  é 
metabolizado extensivamente, resultando em biodisponibilidade oral média de aproximadamente 45%, com ampla variação 
interindividual de cerca de 20 a 65%. A ingestão concomitante de alimentos reduziu a biodisponibilidade do etinilestradiol 
em cerca de 25% dos indivíduos estudados, enquanto nenhuma alteração foi observada nos outros indivíduos.  
Distribuição:  
O  etinilestradiol  liga-se  alta  e  inespecificamente  à  albumina  sérica  (aproximadamente  98%)  e  induz  aumento  das 
concentrações séricas de SHBG. Foi determinado o volume aparente de distribuição de cerca de 2,8 a 8,6 L/kg.  
Metabolismo:  
O etinilestradiol está sujeito a um significativo metabolismo de primeira passagem no intestino e fígado. O etinilestradiol e 
seus metabólitos oxidativos são conjugados primariamente com glicuronídios ou sulfato. A taxa de depuração metabólica 
do etinilestradiol é de cerca de 2,3 a 7 mL/min/kg.  
Eliminação:  
Os níveis séricos de etinilestradiol diminuem em duas fases de disposição, caracterizadas por meias-vidas de cerca de 1 
hora  e  10  a  20  horas,  respectivamente.  O  etinilestradiol  não  é  eliminado  na  forma  inalterada;  seus  metabólitos  são 
eliminados com meia-vida de aproximadamente um dia. A proporção de excreção é de 4 (urina): 6 (bile).  

  

Condições no estado de equilíbrio:  
As condições no estado de equilíbrio são alcançadas durante a segunda metade de um ciclo de utilização, quando os níveis 
séricos de etinilestradiol elevam-se em 40 a 110%, quando comparados com dose única.  

  

- Dados de segurança pré-clínica  
Os dados pré-clínicos obtidos através de estudos convencionais de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial 
carcinogênico e toxicidade para a reprodução mostraram que não há risco especialmente relevante para humanos.  
No entanto, deve-se ter em mente que esteroides sexuais podem estimular o crescimento de determinados tecidos e tumores 
dependentes de hormônio.  

  
  

4. CONTRAINDICAÇÕES   
Os contraceptivos orais combinados (COCs) não devem ser utilizados na presença de qualquer uma das seguintes 
condições: - 
Presença ou história de processos trombóticos/tromboembólicos (arteriais ou venosos) como, por exemplo, 
trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio; ou de acidente vascular cerebral;  

- Presença  ou  história  de  sintomas  e/ou  sinais  prodrômicos  de  trombose  (p.ex.,  episódio  isquêmico  transitório,  angina 

pectoris);  

- Alto risco de trombose arterial ou venosa (veja item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES);  
- História de enxaqueca com sintomas neurológicos focais;   
Diabetes mellitus com alterações vasculares;  
- Doença hepática grave, enquanto os valores da função hepática não retornarem ao normal;  
- Uso de medicamentos antivirais de ação direta contendo ombitasvir, paritaprevir ou dasabuvir e combinações  

destes medicamentos (veja item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS);  

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- Insuficiência renal grave ou insuficiência renal aguda;  
- Presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos);  
- Diagnóstico  ou  suspeita  de  neoplasias  malignas  dependentes  de  esteroides  sexuais  (p.ex.,  dos  órgãos  genitais  ou  das 

mamas);   

- Sangramento vaginal não diagnosticado;   
- Suspeita ou diagnóstico de gravidez;   
- Hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos componentes do produto.   
  

Se  qualquer  uma  das  condições  citadas  anteriormente  ocorrer  pela  primeira  vez  durante  o  uso  de  COCs,  a  sua 
utilização deve ser descontinuada imediatamente. 
 

  

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES   
Em caso de ocorrência de qualquer uma das condições ou fatores de risco mencionados a seguir, os benefícios da utilização 
de COCs devem ser avaliados frente aos possíveis riscos para cada usuária individualmente e discutidos com a mesma antes 
de optar pelo início de sua utilização. Em casos de agravamento, exacerbação ou aparecimento pela primeira vez de qualquer 
uma dessas condições ou fatores de risco, a usuária deve entrar em contato com seu médico. Nesses casos, a continuação 
do uso do produto deve ficar a critério médico.  

  

Distúrbios circulatórios   
Estudos  epidemiológicos  sugerem  associação  entre  a  utilização  de  COCs  e  um  aumento  do  risco  de  distúrbios 
tromboembólicos  e  trombóticos  arteriais  e  venosos,  como  infarto  do  miocárdio,  trombose  venosa  profunda,  embolia 
pulmonar e acidentes vasculares cerebrais. A ocorrência destes eventos é rara.  
O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV) é mais elevado durante o primeiro ano de uso do contraceptivo 
hormonal. Este risco aumentado está presente após iniciar pela primeira vez o uso de COC ou ao reiniciar o uso (após um 
intervalo de 4 semanas ou mais sem uso de pílula) do mesmo COC ou de outro COC. Dados de um grande estudo coorte 
prospectivo, de 3 braços, sugerem que este risco aumentado está presente principalmente durante os 3 primeiros meses. O 
risco geral de TEV em usuárias de contraceptivos orais contendo estrogênio em baixa dose (< 0,05 mg de etinilestradiol) é 
duas a três vezes maior que em não usuárias de COCs que não estejam grávidas e continua a ser menor do que o risco 
associado à gravidez e ao parto.  
O TEV pode provocar risco para a vida da usuária ou pode ser fatal (em 1 a 2% dos casos).  
O tromboembolismo venoso (TEV) se manifesta como trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar, e pode ocorrer 
durante o uso de qualquer COC.  
Em casos extremamente raros, tem sido relatada a ocorrência de trombose em outros vasos sanguíneos como, por exemplo, 
em veias e artérias hepáticas, mesentéricas, renais, cerebrais ou retinianas em usuárias de COCs.  
Sintomas de trombose venosa profunda (TVP) podem incluir: inchaço unilateral em membro inferior ou ao longo da veia 
da perna, dor ou sensibilidade na perna que pode ser sentida apenas quando se está em pé ou andando, calor aumentado na 
perna afetada, descoloração ou hiperemia da pele da perna.  
Sintomas de embolia pulmonar (EP) podem incluir: início súbito e inexplicável de dispneia ou taquipneia, tosse de início 
abrupto que pode levar a hemoptise, angina aguda que pode aumentar com a respiração profunda; ansiedade; tontura severa 
ou vertigem; taquicardia ou arritmia cardíaca. Alguns destes sintomas (p.ex., dispneia, tosse) não são específicos e podem 
ser erroneamente interpretados como eventos mais comuns ou menos graves (p.ex., infecções do trato respiratório).  
Um evento tromboembólico arterial pode incluir acidente vascular cerebral, oclusão vascular ou infarto do miocárdio (IM). 
Sintomas de um acidente vascular cerebral podem incluir: diminuição da sensibilidade ou da força motora afetando, de 
forma  súbita  a  face,  braço  ou  perna,  especialmente  em  um  lado  do  corpo;  confusão  súbita,  dificuldade  para  falar  ou 
compreender; dificuldade repentina para enxergar com um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para caminhar, tontura, 
perda de equilíbrio ou de coordenação, cefaleia repentina, intensa ou prolongada, sem causa conhecida, perda de consciência 
ou desmaio, com ou sem convulsão. Outros sinais de oclusão vascular podem incluir: dor súbita, inchaço e cianose de uma 
extremidade; abdome agudo.  
Sintomas de infarto do miocárdio (IM) podem incluir: dor, desconforto, pressão, peso, sensação de aperto ou estufamento 
no peito, braço ou abaixo do esterno; desconforto que se irradia para as costas, mandíbula, garganta, braços, estômago; 
saciedade,  indigestão  ou  sensação  de  asfixia,  sudorese,  náuseas,  vômitos  ou  tontura,  fraqueza  extrema,  ansiedade  ou 
dispneia, taquicardia ou arritmia cardíaca.  
Eventos tromboembólicos arteriais podem provocar risco para a vida da usuária ou podem ser fatais 
O  potencial  para  um  risco  sinérgico  aumentado  de  trombose  deve  ser  considerado  em  mulheres  que  possuem  uma 
combinação de fatores de risco ou apresentem um fator de risco individual mais grave. Este risco aumentado pode ser maior 
que um simples risco cumulativo de fatores. Um COC não deve ser prescrito em caso de uma avaliação risco-benefício 
negativa (veja item 4. CONTRAINDICAÇÕES).  

  

O risco de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, ou de acidente vascular cerebral, aumenta 
com: 
 

- Idade;  

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- Obesidade (índice de massa corpórea superior a 30 kg/m2);  
- História  familiar  positiva  (isto  é,  tromboembolismo  venoso  ou  arterial  detectado  em  um(a)  irmão(ã)  ou  em  um  dos 

progenitores em idade relativamente jovem). Se há suspeita ou conhecimento de predisposição hereditária, a usuária deve 
ser encaminhada a um especialista antes de decidir pelo uso de qualquer COC;  

- Imobilização  prolongada,  cirurgia  de  grande  porte,  qualquer  intervenção  cirúrgica  em  membros  inferiores  ou  trauma 

extenso. Nestes casos, é aconselhável descontinuar o uso do COC (em casos de cirurgia programada com pelo menos 4 
semanas de antecedência) e não reiniciá-lo até duas semanas após o total restabelecimento;  

- Tabagismo  (com  consumo  elevado  de  cigarros  e  aumento  da  idade,  o  risco  torna-se  ainda  maior,  especialmente  em 

mulheres com idade superior a 35 anos);  

- Dislipoproteinemia;  
- Hipertensão;  
- Enxaqueca; - Valvopatia; - Fibrilação atrial.  
  

Não  há  consenso  quanto  à  possível  influência  de  veias  varicosas  e  de  tromboflebite  superficial  na  gênese  do 
tromboembolismo venoso.  
Deve-se considerar o aumento do risco de tromboembolismo no puerpério (para informações sobre gravidez e lactação veja 
também  item  Gravidez  e  Lactação).  Outras  condições  clínicas  que  também  têm  sido  associadas  aos  eventos  adversos 
circulatórios  são:  diabetes  mellitus,  lupus  eritematoso  sistêmico,  síndrome  hemolítico-urêmica,  patologia  intestinal 
inflamatória crônica (doença de Crohn ou colite ulcerativa) e anemia falciforme.  
O  aumento  da  frequência  ou  da  intensidade  de  enxaquecas  durante  o  uso  de  COCs  pode  ser  motivo  para  a  suspensão 
imediata do mesmo, dada a possibilidade deste quadro representar o início de um evento vascular cerebral.  
Os fatores bioquímicos que podem indicar predisposição hereditária ou adquirida para trombose arterial ou venosa incluem: 
resistência à proteína C ativada (PCA), hiper-homocisteinemia, deficiências de antitrombina III, de proteína C e de proteína 
S, anticorpos antifosfolipídios (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico). Na avaliação da relação risco-benefício, 
o médico deve considerar que o tratamento adequado de uma condição clínica pode reduzir o risco associado de trombose 
e que o risco associado à gestação é mais elevado do que aquele associado ao uso de COCs de baixa dose (menor que 0,05 
mg de etinilestradiol).  

  

Tumores   
O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a infecção persistente por HPV (papilomavírus humano). Alguns 
estudos epidemiológicos indicaram que o uso de COCs por período prolongado pode contribuir para este risco aumentado, 
mas continua existindo controvérsia sobre a extensão em que esta ocorrência possa ser atribuída aos efeitos concorrentes, 
por exemplo, da realização de citologia cervical e do comportamento sexual, incluindo a utilização de contraceptivos de 
barreira.  
Uma metanálise de 54 estudos epidemiológicos demonstrou que existe pequeno aumento do risco relativo (RR = 1,24) para 
câncer de  mama diagnosticado em mulheres que estejam usando COCs. Este aumento desaparece gradualmente nos 10 
anos subsequentes à suspensão do uso do COC. Uma vez que o câncer de mama é raro em mulheres com idade inferior a 
40 anos, o aumento no número de diagnósticos de câncer de mama em usuárias atuais e recentes de COCs é pequeno, se 
comparado ao risco total de câncer de mama. Estes estudos não fornecem evidências de causalidade. O padrão observado 
de aumento do risco pode ser devido ao diagnóstico precoce de câncer de mama em usuárias de COCs, aos efeitos biológicos 
dos COCs ou à combinação de ambos. Os casos de câncer de mama diagnosticados em usuárias que já utilizaram alguma 
vez os COCs tendem a ser clinicamente menos avançados do que os diagnosticados em mulheres que nunca utilizaram 
COCs.  
Foram relatados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente, malignos em usuárias de COCs. Em casos 
isolados, estes tumores provocaram hemorragias intra-abdominais com risco para a vida da paciente. A possibilidade de 
tumor  hepático  deve  ser  considerada  no  diagnóstico  diferencial  de  usuárias  de  COCs  que  apresentarem  dor  intensa  em 
abdome superior, aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal.  
Tumores malignos podem provocar risco para a vida da usuária ou podem ser fatais.  

  

Outras condições   
A capacidade de excretar potássio pode estar limitada em pacientes com insuficiência renal. Em estudo clínico, a ingestão 
de drospirenona não apresentou efeito sobre a concentração sérica de potássio em pacientes com insuficiência renal leve ou 
moderada.  Pode  ser  assumido  risco  teórico  de  hipercalemia  apenas  em  pacientes  com  insuficiência  renal,  cujo nível  de 
potássio sérico, antes do início do uso do COC, encontre-se no limite superior da normalidade e naquelas pacientes que 
estejam utilizando medicamentos poupadores de potássio.  
Mulheres com hipertrigliceridemia, ou com história familiar da mesma, podem apresentar risco aumentado de desenvolver 
pancreatite durante o uso de COCs. Embora tenham sido relatados discretos aumentos da pressão arterial em muitas usuárias 
de  COCs,  os  casos  de  relevância  clínica  são  raros.  O  efeito  antimineralocorticoide  da  drospirenona  pode  neutralizar  o 
aumento da pressão arterial induzido pelo etinilestradiol, observado em mulheres normotensas que utilizam outros COCs. 
Entretanto, no caso de desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa, durante o uso de COC, é 

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prudente que o médico descontinue o uso do produto e trate a hipertensão. Se for considerado apropriado, o uso do COC 
pode ser reiniciado, caso os níveis pressóricos se normalizem com o uso de terapia anti-hipertensiva.  
Foi descrita a ocorrência ou agravamento das seguintes condições, tanto durante a gestação quanto durante o uso de COC, 
no entanto, a evidência de uma associação com o uso de COC é inconclusiva: icterícia e/ou prurido relacionados à colestase; 
formação de cálculos biliares; porfiria; lupus  eritematoso sistêmico; síndrome hemolítico-urêmica; coreia de Sydenham
herpes gestacional; perda da audição relacionada com a otosclerose. Em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios 
exógenos podem induzir ou intensificar os sintomas de angioedema. Os distúrbios agudos ou crônicos da função hepática 
podem requerer a descontinuação do uso de COC, até que os marcadores da função hepática retornem aos valores normais. 
A recorrência de icterícia colestática que tenha ocorrido pela primeira vez durante a gestação, ou durante o uso anterior de 
esteroides sexuais, requer a descontinuação do uso de COCs.  
Embora  os  COCs  possam  exercer  efeito  sobre  a  resistência  periférica  à  insulina  e  sobre  a  tolerância  à  glicose,  não  há 
qualquer evidência da necessidade de alteração do regime terapêutico em usuárias de COCs de baixa dose (menor que 0,05 
mg  de  etinilestradiol)  que  sejam  diabéticas.  Entretanto,  deve-se  manter  cuidadosa  vigilância  enquanto  estas  pacientes 
estiverem utilizando COCs.  
O uso de COCs tem sido associado à doença de Crohn e a colite ulcerativa.   
Ocasionalmente pode ocorrer cloasma, sobretudo em usuárias com história de cloasma gravídico. Mulheres predispostas 
ao desenvolvimento de cloasma devem evitar exposição ao Sol ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem usando COCs.  

  

Consultas/exames médicos   
Antes de iniciar ou retomar o uso do COC, é necessário obter história clínica detalhada e realizar exame clínico completo, 
considerando  os  itens  descritos  nos  itens  4.  CONTRAINDICAÇÕES  e  5.  ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES;  estes 
acompanhamentos devem ser repetidos periodicamente durante o uso de COCs. A avaliação médica periódica é igualmente 
importante porque as contraindicações (p.ex., episódio isquêmico transitório, etc.) ou fatores de risco (p.ex., história familiar 
de trombose arterial ou venosa) podem aparecer pela primeira vez durante a utilização do COC. A frequência e a natureza 
destas avaliações devem ser baseadas nas condutas médicas estabelecidas e adaptadas a cada usuária, mas, devem, em geral, 
incluir atenção especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical.  
As usuárias devem ser informadas de que os contraceptivos orais não protegem contra infecções causadas pelo HIV (AIDS) 
e outras doenças sexualmente transmissíveis.  

  

Redução da eficácia  
A eficácia dos COCs pode ser reduzida nos casos de esquecimento de tomada dos comprimidos (veja item 8. POSOLOGIA 
E  MODO  DE  USAR  -  Comprimidos  esquecidos),  distúrbios  gastrintestinais  (veja  item  8.  POSOLOGIA  E  MODO  DE 
USAR  -  Procedimento  em  caso  de  distúrbios  gastrintestinais)  durante  a  tomada  dos  comprimidos  ou  tratamento 
concomitante com outros medicamentos (veja itens 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS e 8. POSOLOGIA E MODO 
DE USAR).  

  

Redução do controle do ciclo  
Como  ocorre  com  todos  os  COCs,  pode  surgir  sangramento  irregular  (gotejamento  ou  sangramento  de  escape), 
especialmente durante os primeiros meses de uso. Portanto, a avaliação de qualquer sangramento irregular somente será 
significativa após um intervalo de adaptação de cerca de três ciclos.  
Se o sangramento irregular persistir ou ocorrer após ciclos anteriormente regulares, devem ser consideradas causas não 
hormonais e, nestes casos, são indicados procedimentos diagnósticos apropriados para exclusão de neoplasia ou gestação. 
Estas medidas podem incluir a realização de curetagem.  
É  possível  que  em  algumas  usuárias  não  ocorra  o  sangramento  por  privação  durante  o  intervalo de  pausa.  Se  a usuária 
ingeriu os comprimidos segundo as instruções descritas no item 8. POSOLOGIA E MODOS DE USAR, é pouco provável 
que esteja grávida. Porém, se o COC não tiver sido ingerido corretamente no ciclo em que houve ausência de sangramento 
por privação ou se não ocorrer sangramento por privação em dois ciclos consecutivos, deve-se excluir a possibilidade de 
gestação antes de continuar a utilização do COC.  

  

Gravidez e lactação   
Gravidez  
Molièri® 30 (drospirenona + etinilestradiol) é contraindicado durante a gravidez. Caso a paciente engravide durante o uso 
de  Molièri®  30  (drospirenona  +  etinilestradiol),  deve-se  descontinuar  o  seu  uso.  Entretanto,  estudos  epidemiológicos 
abrangentes não revelaram risco aumentado de malformações congênitas em crianças nascidas de mulheres que tenham 
utilizado COC antes da gestação. Também não foram verificados efeitos teratogênicos decorrentes da ingestão acidental de 
COCs no início da gestação.  
Os  dados  disponíveis  sobre  o  uso  de  drospirenona  +  etinilestradiol  durante  a  gravidez  são  muito  limitados  para  extrair 
conclusões  sobre  efeitos  negativos  do  produto  na  gravidez,  saúde  do  feto  ou  do  neonato.  Ainda  não  existem  dados 
epidemiológicos relevantes.  
Categoria  X  (em  estudos  em  animais  e  mulheres  grávidas,  o  fármaco  provocou  anomalias  fetais,  havendo  clara 
evidência de risco para o feto que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente)  

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–  Este  medicamento  não  deve  ser  utilizado  por  mulheres  grávidas  ou  que  possam  ficar  grávidas  durante  o 
tratamento.  
 
Lactação 
 
Os  COCs  podem  afetar  a  lactação,  uma  vez  que  podem  reduzir  a  quantidade  e  alterar  a  composição  do  leite  materno. 
Portanto, em geral, não é recomendável o uso de COCs até que a lactante tenha suspendido completamente a amamentação 
do seu filho. Pequenas quantidades dos esteroides contraceptivos e/ou de seus metabólitos podem ser excretadas no leite.  

  

Alterações em exames laboratoriais   
O uso de esteroides presentes nos contraceptivos pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo 
parâmetros bioquímicos das funções hepática, tireoidiana, adrenal e renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), 
por  exemplo,  globulina  de  ligação  a  corticosteroides  e  frações  lipídicas/lipoproteicas;  parâmetros  do  metabolismo  de 
carboidratos  e  parâmetros  da  coagulação  e  fibrinólise.  As  alterações  geralmente  permanecem  dentro  do  intervalo 
laboratorial  considerado  normal.  A  drospirenona  provoca  aumento  na  aldosterona  plasmática  e  na  atividade  da  renina 
plasmática, induzidos pela sua leve atividade antimineralocorticoide.  

  

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas  
Não foram conduzidos estudos e não foram observados efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas 
em usuárias de COCs.  

  

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS   
Efeitos de outros medicamentos sobre Molièri® 30 (drospirenona + etinilestradiol).  
As interações medicamentosas podem ocorrer com fármacos indutores das enzimas microssomais o que pode resultar em 
aumento  da  depuração  dos  hormônios  sexuais  e  pode  produzir  sangramento  de  escape  e/ou  diminuição  da  eficácia  do 
contraceptivo oral.   
A indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de tratamento.  
Geralmente, a indução enzimática máxima é observada dentro de poucas semanas. Após a interrupção da administração do 
medicamento a indução enzimática pode ser mantida por cerca de 4 semanas.  
Usuárias sob tratamento com qualquer uma das substâncias acima citadas devem utilizar temporária e adicionalmente um 
método  contraceptivo  de  barreira  ou  escolher  um  outro  método  contraceptivo.  O  método  de  barreira  deve  ser  usado 
concomitantemente, assim como nos 28 dias posteriores à sua descontinuação. Se o período de utilização do método de 
barreira  estender-se  além  do  final  da  cartela  do  COC,  a  usuária  deverá  iniciar  a  cartela  seguinte  imediatamente  após  o 
término da cartela em uso, sem proceder ao intervalo de pausa habitual.  

  

Substâncias  que  aumentam  a  depuração  dos  COCs  (eficácia  dos  COCs  diminuída  por  indução  enzimática),  por 
exemplo:  
 
A fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e também possivelmente com oxcarbazepina, topiramato, 
felbamato, griseofulvina e produtos contendo Erva de São João.  

  

Substâncias com efeito variável na depuração dos COCs, por exemplo:   
Quando  coadministrados  com  COCs,  muitos  inibidores  das  HIV/HCV  proteases  e  inibidores  não  nucleosídios  da 
transcriptase reversa podem aumentar ou diminuir as concentrações plasmáticas de estrogênios ou progestógenos. Essas 
alterações podem ser clinicamente relevantes em alguns casos.  

  

Substâncias que diminuem a depuração dos COCs (inibidores enzimáticos)   
Inibidores potentes e moderados do CYP 3A4 tais como antifúngicos azólicos (como por exemplo, itraconazol, voriconazol, 
fluconazol),  verapamil,  antibióticos  macrolídeos  (como  por  exemplo,  claritromicina,  eritromicina),  diltiazem  e  suco  de 
toronja (grapefruit) podem aumentar as concentrações plasmáticas do estrogênio ou progestógeno ou de ambos.  
Em  um  estudo  de  múltiplas  doses  com  uma  combinação  de  drospirenona  (3  mg/dia)  /  etinilestradiol  (0,02  mg/dia), 
coadministrada com cetoconazol, um potente inibidor do CYP 3A4, por 10 dias, resultou em um aumento da ASC (0 – 24h) 
de 2,68 vezes (90%IC: 2,44 – 2,95) para drospirenona e 1,40 vezes (90%IC: 1,31 – 1,49) para o etinilestradiol.   
Doses de 60 a 120 mg/dia de etoricoxibe têm demonstrado aumento na concentração plasmática do etinilestradiol de 1,4 – 
1,6 vezes, respectivamente, quando administrado concomitantemente com um contraceptivo hormonal combinado contendo 
0,035 mg de etinilestradiol.  

  

Efeitos dos COCs sobre outros medicamentos:   
COCs podem afetar o metabolismo de alguns outros fármacos. Consequentemente, as concentrações plasmática e tecidual 
podem aumentar (p.ex., ciclosporina) ou diminuir (p.ex., lamotrigina). A drospirenona, in vitro, é capaz de inibir fraca a 
moderadamente  enzimas  do  citocromo  P450,  CYP1A1,  CYP2C9,  CYP2C19  e  CYP3A4.  Observou-se  em  estudo  de 
interações in vivo, em voluntárias que utilizavam omeprazol, sinvastatina ou midazolam como substratos marcadores, que 

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é pouco provável uma interação clinicamente relevante da drospirenona, em doses de 3 mg, com o metabolismo de outros 
fármacos mediados pelo citocromo P450.   
O etinilestradiol, in vitro, é um inibidor reversível do CYP2C19, CYP1A1 e CYP1A2, bem como um inibidor, baseado no 
mecanismo  do  CYP3A4/5,  CYP2C8  e  CYP2J2.  Em  estudos  clínicos,  a  administração  de  contraceptivos  hormonais 
contendo etinilestradiol não levou a qualquer aumento ou somente um discreto aumento das concentrações plasmáticas dos 
substratos do CYP3A4 (por exemplo, midazolam) enquanto que as concentrações plasmáticas dos substratos do CYP1A2 
podem aumentar discretamente (por exemplo, teofilina) ou moderadamente (por exemplo, melatonina e tizanidina).  

  

Interações farmacodinâmicas  
A coadministração de medicamentos contendo etinilestradiol com medicamentos antivirais de ação direta, como ombitasvir, 
paritaprevir ou dasabuvir e combinações destes medicamentos, tem demonstrado o aumento dos níveis de ALT maiores 
que 20 vezes o limite superior, considerado normal para mulheres saudáveis e mulheres infectadas por HCV (veja item 4. 
CONTRAINDICAÇÕES).  

  

Outras interações:  
Potássio sérico:   
Existe  um  potencial  teórico  para  aumento  no  potássio  sérico  em  usuárias  de  drospirenona  +  etinilestradiol  que  estejam 
tomando outros medicamentos que podem aumentar os níveis séricos de potássio. Tais medicamentos incluem antagonistas 
do  receptor  de  angiotensina  II,  diuréticos  poupadores  de  potássio  e  antagonistas  da  aldosterona.  Entretanto,  em  estudos 
avaliando a interação da drospirenona (combinada com estradiol) com um inibidor da enzima conversora de angiotensina 
ou indometacina, nenhuma diferença clínica ou estatística significativa nas concentrações séricas de potássio foi observada.  
Deve-se avaliar também as informações contidas na bula do medicamento utilizado concomitantemente a fim de identificar 
interações em potencial.  

  

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO   
Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).   
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses.  

  

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.  
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.  

  

Características do produto: Comprimido revestido, circular, biconvexo, amarelo, sem vinco.  

  

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.   
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.  

  

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR   
Os  comprimidos  revestidos  devem  ser  ingeridos  na  ordem  indicada  na  cartela,  por  21  dias  consecutivos,  mantendo-se 
aproximadamente o mesmo horário e, se necessário, com pequena quantidade de líquido. Cada nova cartela é iniciada após 
um intervalo de pausa de 7 dias sem a ingestão de comprimidos, durante o qual deve ocorrer sangramento por privação 
hormonal (em 2-3 dias após a ingestão do último comprimido). Este sangramento pode não haver cessado antes do início 
de uma nova cartela.  

  

Início do uso de Molièri® 30 (drospirenona + etinilestradiol)  

Quando  nenhum  outro  contraceptivo  hormonal  foi  utilizado  no  mês  anterior  ao  uso  de  Molièri®  30 

(drospirenona + etinilestradiol)  

No caso da usuária não ter utilizado contraceptivo hormonal no mês anterior, a ingestão deve ser iniciada no 1º dia do ciclo 
(1º dia de sangramento menstrual).  

  

Mudando  de  outro  contraceptivo  oral  combinado,  anel  vaginal  ou  adesivo  transdérmico  (contraceptivo) 

para Molièri® 30 (drospirenona + etinilestradiol)  

A usuária deve começar preferencialmente no dia posterior a ingestão do último comprimido ativo (último comprimido 
contendo hormônio) do contraceptivo usado anteriormente ou, no máximo, no dia seguinte ao último dia de pausa ou de 
tomada  de  comprimidos  inativos  (sem  hormônio).  Se  estiver  mudando  de  anel  vaginal  ou  adesivo  transdérmico,  deve 
começar preferencialmente no dia da retirada do último anel ou adesivo do ciclo ou, no máximo, no dia previsto para a 
próxima aplicação.  

  

- Mudando de um método contraceptivo contendo somente progestógeno (minipílula, injeção, implante) ou Sistema 
Intrauterino (SIU) com liberação de progestógeno para Molièri
® 30 (drospirenona + etinilestradiol)  

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                                VERSÃO 09 - Esta versão altera a VERSÃO anterior08 

 

A usuária poderá iniciar o COC em qualquer dia no caso da minipílula, ou no dia da retirada do implante ou do SIU, ou no 
dia  previsto  para  a  próxima  injeção.  Em  todos  esses  casos  (uso  anterior  de  minipílula,  injeção,  implante  ou  Sistema 
Intrauterino com liberação de progestógeno), recomenda-se usar adicionalmente um método de barreira nos 7 primeiros 
dias de ingestão de Molièri® 30 (drospirenona + etinilestradiol).  

  
- Após abortamento de primeiro trimestre  

Pode-se iniciar o uso de Molièri® 30 (drospirenona + etinilestradiol) imediatamente, sem necessidade de adotar medidas 
contraceptivas adicionais.  

  
- Após parto ou abortamento no segundo trimestre  

Após parto ou abortamento de segundo trimestre, é recomendável iniciar o COC no período entre o 21º e o 28º dia após o 
procedimento. Se começar em período posterior, deve-se aconselhar o uso adicional de um método de barreira nos 7 dias 
iniciais de ingestão. Se já tiver ocorrido relação sexual, deve certificar-se de que a mulher não esteja grávida antes de iniciar 
o uso do COC ou, então, aguardar a primeira menstruação.  
Para amamentação, veja o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Gravidez e Lactação.  

  

Comprimidos esquecidos   
Se houver transcorrido menos de 12 horas do horário habitual de ingestão, a proteção contraceptiva não será reduzida. A 
usuária deve tomar imediatamente o comprimido esquecido e continuar o restante da cartela no horário habitual.  
Se houver transcorrido mais de 12 horas, a proteção contraceptiva pode estar reduzida neste ciclo. Nesse caso, deve-se ter 
em  mente  duas  regras  básicas:  1)  a  ingestão  dos  comprimidos  nunca  deve  ser  interrompida  por  mais  de  7  dias;  2)  são 
necessários 7 dias de ingestão contínua dos comprimidos para conseguir supressão adequada do eixo hipotálamo-hipófise-
ovário. Consequentemente, na prática diária, pode-se usar a seguinte orientação:  

  

- Esquecimento na 1ª semana  
A usuária deve ingerir imediatamente o último comprimido esquecido, mesmo que isto signifique a ingestão simultânea de 
2 comprimidos. Os comprimidos restantes devem ser tomados no horário habitual. Além disso, deve-se adotar um método 
de barreira (p.ex., preservativo) durante os 7 dias subsequentes. Se tiver ocorrido relação sexual nos 7 dias anteriores, deve-
se considerar a possibilidade de gravidez. Quanto mais comprimidos forem esquecidos e mais perto estiverem do intervalo 
normal sem tomada de comprimidos (pausa), maior será o risco de gravidez.  

  

- Esquecimento na 2ª semana  
A usuária deve tomar imediatamente o último comprimido esquecido, mesmo que isto signifique a ingestão simultânea de 
dois comprimidos e deve continuar tomando o restante da cartela no horário habitual. Se, nos 7 dias precedentes ao primeiro 
comprimido  esquecido,  todos  os  comprimidos  tiverem  sido  tomados  conforme  as  instruções,  não  é  necessária  qualquer 
medida contraceptiva adicional. Porém, se isto não tiver ocorrido, ou se mais do que um comprimido tiver sido esquecido, 
deve-se aconselhar a adoção de precauções adicionais por 7 dias.  

  

- Esquecimento na 3ª semana  
O risco de redução da eficácia é iminente pela proximidade do intervalo sem ingestão de comprimidos (pausa). No entanto, 
ainda se pode minimizar a redução da proteção contraceptiva ajustando o esquema de ingestão dos comprimidos. Se nos 7 
dias anteriores ao primeiro comprimido esquecido a ingestão foi feita corretamente, a usuária poderá seguir qualquer uma 
das  duas opções  abaixo,  sem precisar  usar  métodos  contraceptivos  adicionais.  Se  não for  este  o  caso,  ela  deve  seguir a 
primeira opção e usar medidas contraceptivas adicionais durante os 7 dias seguintes.  

1) 

Tomar o último comprimido esquecido imediatamente, mesmo que isto signifique a ingestão simultânea de dois 

comprimidos e continuar tomando os comprimidos seguintes no horário habitual. A nova cartela deve ser iniciada assim 
que acabar a cartela atual, isto é, sem o intervalo de pausa habitual entre elas. É pouco provável que ocorra sangramento 
por privação até o final da segunda cartela, mas pode ocorrer gotejamento ou sangramento de escape durante os dias de 
ingestão dos comprimidos.  

2) 

Suspender a ingestão dos comprimidos da cartela atual, fazer um intervalo de pausa de até 7 dias sem ingestão de 

comprimidos (incluindo os dias em que esqueceu de tomá-los) e, a seguir, iniciar uma nova cartela. 

Se  não  ocorrer  sangramento  por  privação  no  primeiro  intervalo  normal  sem  ingestão  de  comprimido  (pausa),  deve-se 
considerar a possibilidade de gravidez.  

  

Procedimento em caso de distúrbios gastrintestinais   
No caso de distúrbios gastrintestinais graves, a absorção pode não ser completa e medidas contraceptivas adicionais devem 
ser tomadas.  
Se ocorrerem vômitos dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido, deve-se seguir o mesmo procedimento 
usado no item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR - Comprimidos esquecidos. Se a usuária não quiser alterar seu esquema 
habitual de ingestão, deve retirar o (s) comprimido (s) adicional (is) de outra cartela.  

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Informações adicionais para populações especiais   

- Crianças e adolescentes  

Molièri®  30  (drospirenona  +  etinilestradiol)  é  indicado  apenas  para  uso  após  a  menarca.  Não  há  dados  que  sugerem  a 
necessidade de ajuste de dose.  

  
- Pacientes idosas  

Não aplicável. Molièri® 30 (drospirenona + etinilestradiol) não é indicado para uso após a menopausa.  

  
- Pacientes com insuficiência hepática  

Molièri® 30  (drospirenona  + etinilestradiol)  é  contraindicado  em  mulheres  com  doença hepática  grave.  Veja  os  itens  3. 
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS e 4. CONTRAINDICAÇÕES.  

  
- Pacientes com insuficiência renal  

Molièri®  30  (drospirenona  +  etinilestradiol)  é  contraindicado  em  mulheres  com  insuficiência  renal  grave  ou  com 
insuficiência renal aguda. Veja os itens 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS e 4. CONTRAINDICAÇÕES  

  

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.  

  

9. REAÇÕES ADVERSAS   

- Resumo do perfil de segurança:  

As reações adversas relatadas mais frequentemente com drospirenona + etinilestradiol são náuseas e dor nas mamas. Estas 
reações ocorrem em mais de 6% das usuárias.  

  

As reações adversas graves são tromboembolismo venoso e arterial.  

  
- Resumo tabulado das reações adversas:  

A  frequência  das  reações  adversas  relatadas  nos  estudos  clínicos  com  drospirenona  +  etinilestradiol  (n  =  4.897)  está 
resumida na tabela abaixo. As reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade, de acordo com cada 
grupo de frequência. As frequências são definidas como comum (≥1/100 a < 1/10) e rara (≥1/10.000 a <1/1.000). Reações 
adversas  adicionais  identificadas  somente  após  a  comercialização,  e  para  as  quais,  portanto  não  se  pode  estimar  uma 
frequência, estão descritas na coluna “frequência desconhecida”.  

    

  

Comum  

Rara  

Frequência  

Classificação por 

sistema corpóreo  

(MedRA)  

  

  

  

  

  

  

desconhecida  

  

  

Distúrbios  

Instabilidade  

  

  

psiquiátricos  

  

  

  

  

  

emocional,  

depressão / estados  

depressivos,  

diminuição e perda 

da libido  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

Distúrbios no sistema 

nervoso  

Enxaqueca  

  

  

  

  

  

Distúrbios  

  

Eventos  

  

vasculares  

  

  

  

  

  

tromboembólicos  

arteriais e 

venosos*  

  

  

  

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                                VERSÃO 09 - Esta versão altera a VERSÃO anterior08 

 

Distúrbios 

gastrintestinais  

Náuseas  

  

  

  

  

  

Distúrbios cutâneos 

e nos tecidos  

subcutâneos  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

Eritema multiforme  

  

  

  

  

Distúrbios no  

Dor nas mamas,  

  

  

sistema  

sangramento  

  

  

reprodutivo e nas  

uterino  

  

  

mamas  

  

  

  

inesperado,  

sangramento não  

específico do trato 

genital  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

As reações adversas provenientes de estudos clínicos foram descritas utilizando termo MedDRA (versão 12.1). Diferentes 
termos MedDRA que representem o mesmo fenômeno foram agrupados como uma única reação adversa para evitar diluir 
ou ocultar o verdadeiro efeito.  
*  -  frequência  estimada,  a  partir  de  estudos  epidemiológicos  envolvendo  um  grupo  de  usuárias  de  contraceptivo  oral 
combinado. A frequência foi limítrofe a muito rara.   

-  “Eventos  tromboembólicos  arteriais  e  venosos”  resumem  as  seguintes  entidades  médicas:  oclusão  venosa 
periférica  profunda,  trombose  e  embolia/  oclusão  vascular  pulmonar,  trombose,  embolia  e  infarto/  infarto  do 
miocárdio/ infarto cerebral/ e acidente vascular cerebral não especificado como hemorrágico.  

  

Para os eventos tromboembólicos arteriais e venosos e enxaqueca veja os itens 4. CONTRAINDICAÇÕES e 5.  
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES.  

  

O termo MedDRA preferencial é usado para determinadas reações e seus sinônimos e condições relacionadas. As reações 
adversas foram baseadas na versão 12.1 do MedDRA.  

  
  

Descrição das reações adversas selecionadas:  
As  reações  adversas  com  frequência  muito  baixa  ou  com  início  tardio  dos  sintomas  relatadas  no  grupo  de  usuárias  de 
contraceptivo  oral  combinado  estão  listadas  abaixo,  veja  também  itens  os  itens  4.  CONTRAINDICAÇÕES  e  5. 
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES.  

  

Tumores:  

- A frequência de diagnóstico de câncer de mama é ligeiramente maior em usuárias de CO. Como o câncer de mama é raro 

em mulheres abaixo de 40 anos o aumento do risco é pequeno em relação ao risco geral de câncer de mama. A causalidade 
com uso de COC é desconhecida.   

- Tumores hepáticos (benignos e malignos)  
  

Outras condições: - Eritema 
nodoso;   

- Mulheres com hipertrigliceridemia (aumento do risco de pancreatite em usuárias de COCs);  - Hipertensão;   
- Ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com o uso de COC não é conclusiva: icterícia e/ou prurido 

relacionado à colestase; formação de cálculos biliares, porfiria, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome hemolítico urêmica, 
Coreia de Sydenham, herpes gestacional, otosclerose – relacionada à perda de audição;  - Em mulheres com angioedema 
hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar sintomas de angioedema;   

- Distúrbios das funções hepáticas;   
- Alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a resistência periférica a insulina;  - Doença de Crohn, colite ulcerativa;   
- Cloasma;   

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- Hipersensibilidade (incluindo sintomas como rash, urticária).   
  

Interações:  
Sangramento de escape e/ou diminuição da eficácia contraceptiva podem ser resultado de interações medicamentosas entre 
contraceptivos orais e outros fármacos (indutores enzimáticos), veja item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS.  

  

Em caso de eventos adversos, notifique pelo sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.    

  

10. SUPERDOSE   
Não existe ainda experiência clínica de superdose com drospirenona + etinilestradiol. Baseando-se na experiência geral 
com contraceptivos orais combinados, os sintomas que podem ocorrer nestes casos são: náuseas, vômitos e sangramento 
por privação, que pode ocorrer até em meninas antes da menarca, se elas ingerirem acidentalmente o medicamento. Não 
existe antídoto e o tratamento deve ser sintomático.  

  

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.  

  

DIZERES LEGAIS  

  

M.S.: 1.0043.1079  

  

Farm. Resp. Subst.: Dra. Ivanete A. Dias Assi CRF-SP 41.116  

  

Fabricado por:   
Eurofarma Laboratórios S.A.  
Rod. Pres. Castello Branco, km 35,6   
Itapevi - SP  

  

Registrado por:   
Eurofarma Laboratórios S.A.  
Av. Vereador José Diniz, 3.465   
São Paulo - SP   
CNPJ: 61.190.096/0001-92  
Indústria Brasileira  

  

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.  

  

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 30/06/2021.  

 

 

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Histórico de Alteração da Bula   

 

Dados da submissão 

eletrônica  

Dados da petição/notificação que 

altera bula  

Dados das alterações de bulas  

Data 

do 
expedie
nte  

No do 

expedient

e  

Assunto   Data do 

expedie

nte  

No do 

expedie

nte  

Assun

to  

Data de 

aprova

ção  

Itens de bula  

Versõe

(VP/V

PS)  

Apresenta

ções 
relaciona
das  

  

07/07/2
015  

  

0598343

156  

10457 – 

SIMILA

R –  

Inclusão 

Inicial 

de Texto 

de  

Bula – 

RDC  

60/12  

  

Não  

aplicáv

el  

  

Não  

aplicáv

el  

  

Não  

aplicá

vel  

  

Não  

aplicáv

el  

  

Não aplicável  

  

VPS  

  

Comprimid

o revestido   

  

3 mg +   

0,03 mg  

  

15/12/2
015  

  

1086925

155  

10450 - 

SIMILA

R – 

Notifica

ção de 

Alteraçã

o de 

Texto 

de Bula 

publicaç

ão no 

Bulário 

RDC 

60/12 

  

Não  

aplicáv

el  

  

Não  

aplicáv

el  

  

Não  

aplicá

vel  

  

Não  

aplicáv

el  

  

3. características  

farmacológicas   

  

Dizeres legais  

  

VPS  

  

Comprimid

o revestido   

  

3 mg +   

0,03 mg  

  

23/06/2
016  

  

1969950

166  

10450 - 

SIMILA

R – 

Notifica

ção de 

Alteraçã

o de 

Texto 

de Bula 

publicaç

ão no 

Bulário 

RDC 

60/12 

  

Não  

aplicáv

el  

  

Não  

aplicáv

el  

  

Não  

aplicá

vel  

  

Não  

aplicáv

el  

  

Layout da marca  

  

VPS  

  

Comprimid

o revestido   

  

3 mg +   

0,03 mg  

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Molieri_Bula_Profissional   

                                VERSÃO 09 - Esta versão altera a VERSÃO anterior08 

 

  

06/11/2

020  

  

3895117

207 

10450 - 

SIMILA

R – 

Notifica

ção de 

Alteraçã

o de 

Texto 

de Bula 

publicaç

ão no 

Bulário 

RDC 

60/12 

  

Não  

aplicáv

el  

  

Não  

aplicáv

el  

  

Não  

aplicá

vel  

  

Não  

aplicáv

el  

Composição  

3. Características 

Farmacológicas  

4.  

Contraindicações  

5. 

Advertênci

as e Precauções  

6. 

Interações 

medicamentosas 7. 

Cuidados de 

Armazenamento do 

medicamento  

8. 

Posologia 

e modo de usar  

9. 

Reações 

adversas  

10. 

Superdose  

Dizeres Legais  

  

  

VPS  

  

Comprimid

o revestido   

  

3 mg +   

0,03 mg  

  

Não  

aplicáve

l  

  

Não 

aplicável  

10450 - 

SIMILA

R – 

Notifica

ção de 

Alteraçã

o de 

Texto 

de Bula 

publicaç

ão no 

Bulário 

RDC 

60/12 

  

Não  

aplicáv

el  

  

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aplicáv

el  

  

Não  

aplicá

vel  

  

Não  

aplicáv

el  

3. Características 
farmacológicas  
 

1. 

Contraindi

cações 

2. 

Advertênc

ias e precauções 

3. 

Interações 

medicamentosas   
 

8. Posologia e 
modo de usar 
  

Dizeres legais  

  

VPS  

  

Comprimid

o revestido   

  

3 mg +   

0,03 mg  

 

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(drospirenona + etinilestradiol) 

 

 

Bula para profissional de saúde 

Comprimido revestido 

3 mg + 0,02 mg 

 

 

 

 

 

 

 

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Bula_Profissional_Molièri_20_V0_Rev00 

 

                                                                                                                      

VERSÃO 00 

 

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 
 
Molièri 20® 
(drospirenona + etinilestradiol) 
 
Comprimido    Revestido  3  mg  de  drospirenona  +  0,02  mg  de  etinilestradiol:  Embalagens  contendo  24  ou  72 
comprimidos 
 
USO ORAL 
 
USO ADULTO  
 
COMPOSIÇÃO: 
Cada comprimido revestido contém: 
drospirenona............................................................................................................................. .........................................3 mg 
etinilestradiol................................................................................................................................................................0,02 mg 
excipientes* q.s.p........................................................................................................... ......................................1 comprimido  
*lactose, amido, estearato de magnésio, crospovidona, povidona, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio e 
óxido de ferro vermelho. 
 
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 
1. INDICAÇÕES 
 
Contraceptivo  oral,  com  efeitos  antimineralocorticoide  e  antiandrogênico  que  beneficiam  também  as  mulheres  que 
apresentam retenção de líquido de origem hormonal e seus sintomas. 
Tratamento de acne vulgaris moderada em mulheres que buscam adicionalmente proteção contraceptiva. 
 
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 
 
Os contraceptivos orais combinados (COCs) são utilizados para prevenir a gravidez. 
Quando usados corretamente, o índice de falha é de aproximadamente 1% ao ano. O índice de falha pode aumentar quando 
há esquecimento de tomada dos comprimidos ou quando estes são tomados incorretamente, ou ainda em casos de vômito 
dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido ou diarreia intensa, bem como interações medicamentosas. 
 
Estudos Clínicos para Contracepção: 
No estudo preliminar de eficácia contraceptiva de drospirenona 3mg/etinilestradiol 0,02 mg, de até um ano de duração, 
foram recrutadas 1.027 pacientes, entre 17 e 36 anos, e 11.480 ciclos de 28 dias de uso foram completados. Destas, 87,8% 
eram  caucasianas,  4,6%  hispânicas,  4,3%  negras,  1,2%  asiáticas  e  2,1%  outras.  Mulheres  com  IMC  (Índice  de  Massa 
Corporal) maior que 35 foram excluídas do estudo. A taxa de gestações (índice de  Pearl) foi de 1,41% mulheres/ano de 
uso  baseado  em  12  gestações  que  ocorreram  após  o  início  do  tratamento  e  dentro  dos  14  dias  após  a  última  dose  de 
drospirenona + etinilestradiol em mulheres com 35 anos de idade ou menos durante os ciclos nos quais nenhuma outra 
forma de contracepção foi utilizada. 
 
Estudos Clínicos para Acne: 
Em dois estudos multicêntricos, duplo-cego, radomizados, controlados com placebo, 889 pacientes com idade entre 14 e 
45 anos, com acne moderada receberam drospirenona + etinilestradiol ou placebo durante 6 ciclos de 28 dias. Os endpoints 
primários de eficácia foram a porcentagem de alteração das lesões inflamatórias, das lesões não inflamatórias, do total de 
lesões  e  a  porcentagem  de  pacientes  com  índice de  regressão  total  ou  quase  total na  avaliação  global  estabelecida pelo 
investigador (ISGA) no 15º dia do 6º ciclo, como apresentado na tabela a seguir: 

 

 

Estudo 1 

Estudo 2 

 

drospirenona (3 mg) 

+ etinilestradiol 

(0,02 mg) 

n=228 

 

Placebo 

n=230 

 

drospirenona (3 

mg) + 

etinilestradiol (0,02 

mg) 

n=218 

Placebo 

n=213 

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Bula_Profissional_Molièri_20_V0_Rev00 

 

                                                                                                                      

VERSÃO 00 

 

 

ISGA Porcentagem de Sucesso 

35 (15%) 

10 (4%) 

46 (21%) 

19(9%) 

Lesões Inflamatórias 

média basal 

média absoluta de redução (%) 

 

33 

15 (48%) 

 

33 

11 (32%) 

 

32 

16 (51%) 

 

32 

11 (34%) 

Lesões não inflamatórias 

média basal 

média absoluta de redução (%) 

 

47 

18(39%) 

 

47 

10(18%) 

 

44 

17(42%) 

 

44 

11(26%) 

Total de Lesões 

média basal 

média absoluta de redução (%) 

 

80 

33(42%) 

 

80 

21(25%) 

 

76 

33(46%) 

 

76 

22 (31%) 

 
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 
 
Farmacodinâmica 
O efeito anticoncepcional dos contraceptivos orais combinados (COCs) baseia-se na interação de diversos fatores, sendo 
que os mais importantes são inibição da ovulação e alterações na secreção cervical. 
Em um estudo de inibição da ovulação de 3 ciclos comparando drospirenona 3 mg + etinilestradiol 0,02 mg com um COC 
contendo 3 mg de drospirenona/0,020 mg de etinilestradiol em um regime convencional de 21 dias, o regime de 24 dias de 
drospirenona  3  mg  +  etinilestradiol  0,02  mg  foi  associado  a  maior  supressão  do  desenvolvimento  folicular.  Após  a 
introdução intencional de erros de dosagem durante o terceiro ciclo de tratamento, uma maior proporção de mulheres no 
regime  de 21  dias  apresentou  atividade  ovariana,  incluindo  ovulações  de  escape,  em  comparação  com  as  mulheres  que 
tomaram drospirenona 3 mg + etinilestradiol 0,02 mg. 
Estudos  de  segurança  de  pós-comercialização  (PASS)  demonstraram  que  a  frequência  de  diagnóstico  de  TEV 
(Tromboembolismo  Venoso)  varia  entre  7  e  10  por  10.000  mulheres  por  ano  que  utilizam  COC  com  baixa  dose  de 
estrogênio (< 0,05 mg de etinilestradiol). 
Dados mais recentes sugerem que a frequência de diagnóstico de TEV é de aproximadamente 4 por 10.000 mulheres por 
ano em não usuárias de COCs e não grávidas. Essa faixa está entre 20 a 30 por 10.000 mulheres grávidas ou no pós-parto. 
O  risco  aumentado  de  TEV  associado  ao  uso  de  COC  é  atribuído  ao  componente  estrogênico.  Ainda  há  discussões 
científicas referentes a qualquer efeito modulador do componente progestogênico dos COCs sob o risco de TEV. Estudos 
epidemiológicos que compararam o risco de TEV associado ao uso de etinilestradiol /drospirenona ao risco do uso de COCs 
contendo levonorgestrel relataram resultados que variam de sem diferença no risco a aumento de três vezes no risco. A 
maioria dos estudos avaliaram 3 mg drospirenona + 0,03 mg etinilestradiol. 
Dois  estudos  pós-aprovação  foram  concluídos  especificamente  para  etinilestradiol  0,03  mg/drospirenona  3mg.  Em  um 
deles, estudo prospectivo de vigilância ativa, verificou-se que a incidência de TEV em mulheres com ou sem outros fatores 
de risco para TEV, que usaram etinilestradiol 0,03 mg/drospirenona 3mg, está na mesma faixa de usuárias de COCs com o 
componente  levonorgestrel  ou  de  outros  COCs  (de  várias  outras  marcas).  O  outro  estudo  prospectivo  e  controlado, 
comparando  usuárias  de  etinilestradiol  0,03  mg/drospirenona  3mg  a  usuárias  de  outros  COCS,  também  confirmou 
incidência similar de TEV entre todas as coortes. 
Além da ação contraceptiva, os COCs apresentam diversas propriedades positivas. O ciclo menstrual torna-se mais regular, 
a menstruação apresenta-se frequentemente menos dolorosa e o sangramento menos intenso, o que, neste último caso, pode 
reduzir a possibilidade de ocorrência de deficiência de ferro. 
Além da ação contraceptiva, a drospirenona apresenta outras propriedades benéficas: atividade antimineralocorticoide, que 
pode  prevenir  o  ganho  de  peso  e  outros  sintomas  causados  pela  retenção  de  líquido;  contrapõe-se  à  retenção  de  sódio 
relacionada ao estrogênio, proporcionando tolerabilidade muito boa e efeitos positivos na síndrome pré-menstrual (SPM). 
Em combinação com o etinilestradiol, a drospirenona exibe um perfil lipídico favorável, caracterizado pelo aumento do 
HDL.  A  drospirenona  exerce  atividade  antiandrogênica  produzindo  efeito  positivo  sobre  a  pele,  reduzindo  as  lesões 
acneicas e a produção sebácea. Além disso, a drospirenona não se contrapõe ao aumento das globulinas de ligação aos 
hormônios sexuais (SHBG) induzido pelo etinilestradiol, o que auxilia a ligação e a inativação dos andrógenos endógenos. 
Em dois estudos multicêntricos, duplo-cego, randomizados, controlados com placebo sobre eficácia clínica e segurança de 
drospirenona 3 mg + etinilestradiol 0,02 mg como terapia para lesões acneicas em mulheres com acne vulgaris moderada, 
observaram-se efeitos antiacneicos clínica e estatisticamente significativos sobre todas as variáveis primárias de eficácia 
(lesão inflamatória, lesão não inflamatória, contagem total de lesões, número e porcentagem de pacientes com índice de 
regressão total ou quase total na avaliação global estabelecida pelo investigador (Investigator´s Stated Global Assessment 
- ISGA), bem como sobre a maioria das variáveis secundárias de eficácia. 
A drospirenona é desprovida de qualquer atividade androgênica, estrogênica, glicocorticoide e antiglicocorticoide. Isto, em 
conjunto  com  suas  propriedades  antimineralocorticoide  e  antiandrogênica,  lhe  confere  um  perfil  bioquímico  e 
farmacológico  muito  similar  ao  do  hormônio  natural  progesterona.  Além  disso,  há  evidência  da  redução  do  risco  de 
ocorrência  de  câncer  de  endométrio  e  de  ovário.  Os  COCs  de  dose  mais  elevada  (0,05  mg  de  etinilestradiol)  têm 

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Bula_Profissional_Molièri_20_V0_Rev00 

 

                                                                                                                      

VERSÃO 00 

 

demonstrado diminuir a incidência de cistos ovarianos, doença inflamatória pélvica, doença benigna da mama, e gravidez 
ectópica. Ainda não existe confirmação de que isto também se aplique aos contraceptivos orais combinados de dose mais 
baixa. 
 
Farmacocinética 
 
- Drospirenona 
Absorção

A drospirenona é rápida e quase que totalmente absorvida quando administrada por via oral. Os níveis séricos máximos do 
fármaco,  de  aproximadamente  35  ng/mL,  são  alcançados  cerca  de  1  a  2  horas  após  a  ingestão  de  dose  única.  Sua 
biodisponibilidade  está  compreendida  entre  76  e  85%.  A  ingestão  de  alimentos  não  influiu  na  biodisponibilidade  da 
drospirenona quando comparada com a ingestão do fármaco com estômago vazio. 
 
Distribuição: 
Após administração oral, os níveis séricos de drospirenona diminuem em duas fases que são caracterizadas por tempos de 
meias-vida de 1,6 ± 0,7 horas e 27,0 ± 7,5 horas, respectivamente. A drospirenona liga-se à albumina sérica e não à globulina 
de ligação aos hormônios sexuais (SHBG) ou à globulina transportadora de corticosteroides (CBG). 
Somente 3 a 5% das concentrações séricas totais do fármaco estão presentes na forma de esteroides livres. O aumento da 
SHBG induzido pelo etinilestradiol não afeta a ligação da drospirenona às proteínas séricas. A média do volume aparente 
de distribuição da drospirenona é de 3,7 ± 1,2 L/kg. 
 
Metabolismo: 
A drospirenona é extensivamente metabolizada após administração oral. No plasma, seus principais metabólitos são a forma 
ácida  da  drospirenona,  formada  pela  abertura  do  anel  de  lactona,  e  o  4,5-di-hidro-drospirenona-3-sulfato, formado  pela 
redução e subsequente sulfatação. A drospirenona está também sujeita ao metabolismo oxidativo catalisado pelo CYP 3A4.  
 
Eliminação: 
A taxa de depuração metabólica da drospirenona no soro é de 1,5 ± 0,2mL/min/kg. A drospirenona  é excretada somente 
em  pequenas  quantidades  na  forma  inalterada.  Seus  metabólitos  são  eliminados  com  as  fezes  e  urina  na  proporção  de 
aproximadamente 1,2 a 1,4. A meia-vida de eliminação dos metabólitos pela urina e fezes é de cerca de 40 horas. 
 
Condições no estado de equilíbrio: 
Durante um ciclo de tratamento, a concentração sérica máxima da drospirenona no estado de equilíbrio de cerca de 60ng/mL 
é alcançada após aproximadamente 7 a 14 dias de uso.  
Como consequência da razão entre o tempo de meia-vida terminal e o intervalo de dose, os níveis séricos de drospirenona 
acumulam-se em um fator de aproximadamente 2 a 3.  
Acúmulos adicionais nos níveis de drospirenona foram observados entre os ciclos 1 e 6 e, posteriormente, não foram mais 
observados. 
 
Populações especiais: 
- Efeito na disfunção renal: os níveis séricos da drospirenona no estado de equilíbrio, em mulheres com alteração renal leve 
(depuração de creatinina CLcr, 50 a 80 mL/min), foram comparáveis aos níveis em mulheres com função renal normal (CLcr, 
> 80 mL/min). Os níveis séricos da drospirenona foram em média 37% mais elevados em mulheres com alteração renal 
moderada (CLcr, 30 a 50 mL/min) comparado aos níveis em mulheres com função renal normal. O uso de drospirenona foi 
bem  tolerado  em  todos  os  grupos  e  não  mostrou  qualquer  efeito  clinicamente  significativo  na  concentração  sérica  de 
potássio. 
 
-  Efeito  na  disfunção  hepática:  em  mulheres  com  alteração  hepática  moderada,  (Child-  Pugh  B)  os  perfis  de  tempo/ 
concentração sérica média da drospirenona foram comparáveis aqueles em mulheres com função hepática normal, durante 
as fases de absorção/distribuição, com valores similares de Cmax. A meia-vida terminal média da drospirenona foi 1,8 vezes 
maior  nas  voluntárias  com  alteração  hepática  moderada  do  que  nas  voluntárias  com  função  hepática  normal.  Uma 
diminuição  de  aproximadamente  50%  na  depuração  oral  aparente  (CL/f)  foi  verificada  nas  voluntárias  com  alteração 
hepática  moderada  quando  comparada  àquelas  com  função  hepática  normal.  A  diminuição  observada  na  depuração  da 
drospirenona  em  voluntárias  com  alteração  hepática  moderada,  comparada  às  voluntárias  normais,  não  se  traduziu  em 
qualquer diferença aparente nas concentrações séricas de potássio entre os dois grupos de voluntárias. 
Mesmo na presença de diabetes e tratamento concomitante com espironolactona (dois fatores que podem predispor uma 
usuária  à  hipercalemia),  não  foi  observado  aumento nas  concentrações  séricas  de  potássio,  acima  do  limite  superior  da 
variação normal. Pode-se concluir que a drospirenona é bem tolerada em pacientes com alteração hepática leve ou moderada 
(Child-Pugh B). 
 

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Bula_Profissional_Molièri_20_V0_Rev00 

 

                                                                                                                      

VERSÃO 00 

 

- Grupos étnicos: o impacto de fatores étnicos na farmacocinética da drospirenona e do etinilestradiol foi avaliado após 
administração  de  doses  orais  únicas  e  repetidas  a  mulheres  jovens  e  saudáveis,  caucasianas  e  japonesas.  Os  resultados 
mostraram que as diferenças étnicas entre mulheres japonesas e caucasianas não tiveram influência clinicamente relevante 
na farmacocinética da drospirenona e do etinilestradiol. 
- Etinilestradiol 
Absorção: 
O  etinilestradiol  administrado  por  via  oral  é  rápida  e  completamente  absorvido.  Picos  de  concentração  sérica  de 
aproximadamente 33 pg/mL são alcançados em 1 a 2 horas após administração oral única. A biodisponibilidade absoluta, 
como resultado da conjugação pré-sistêmica e metabolismo de primeira passagem, é de aproximadamente 60%. A ingestão 
concomitante  de  alimentos  reduziu  a  biodisponibilidade  do  etinilestradiol  em  cerca  de  25%  dos  indivíduos  estudados, 
enquanto nenhuma alteração foi observada nos outros indivíduos. 
 
Distribuição: 
Os níveis séricos de etinilestradiol diminuem em duas fases; a fase de disposição terminal é caracterizada por um tempo de 
meia-vida  de  aproximadamente  24  horas.  O  etinilestradiol  liga-se  alta  e  inespecificamente  à  albumina  sérica 
(aproximadamente 98,5%) e induz um aumento das concentrações séricas de SHBG. Foi determinado um volume aparente 
de distribuição de cerca de 5 L/kg. 
 
Metabolismo: 
O etinilestradiol está sujeito a um significativo metabolismo de primeira passagem no intestino e no fígado. O etinilestradiol 
e seus metabólitos oxidativos são conjugados primariamente com glicuronídeos ou sulfato. A taxa de depuração metabólica 
do etinilestradiol é de cerca de 5 mL/min/kg. 
 
Eliminação: 
O etinilestradiol não é significativamente eliminado na forma inalterada. Os metabólitos do etinilestradiol são eliminados 
na urina e bile na razão de 4:6. O tempo de meia-vida de eliminação do metabólito é de aproximadamente um dia. 
 
Condições no estado de equilíbrio: 
As condições no estado de equilíbrio são alcançadas durante a segunda metade de um ciclo de utilização e os níveis séricos 
de etinilestradiol acumulam-se por um fator de cerca de 1,4 a 2,1. 
 
Dados de segurança pré-clínica 
Os dados pré-clínicos obtidos através de estudos convencionais de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial 
carcinogênico e toxicidade para a reprodução mostraram que não há risco especialmente relevante para humanos. 
No entanto, deve-se ter em mente que esteroides sexuais podem estimular o crescimento de determinados tecidos e tumores 
dependentes de hormônio. 
 
4. CONTRAINDICAÇÕES 
Contraceptivos orais combinados (COCs) não devem ser utilizados na presença das condições listadas abaixo. Se qualquer 
uma  destas  condições  ocorrer  pela  primeira  vez  durante  o  uso  de  COCs,  a  sua  utilização  deve  ser  descontinuada 
imediatamente. 
- presença ou história de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos como, por exemplo, trombose venosa 
profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio; ou de acidente vascular cerebral; 
-  presença  ou  história  de  sintomas  e/ou  sinais  prodrômicos  de  trombose  (p.  ex.:  episódio  isquêmico  transitório,  angina 
pectoris
); 
- um alto risco de trombose arterial ou venosa (veja item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES); 
- história de enxaqueca com sintomas neurológicos focais; 
diabetes mellitus com alterações vasculares; 
- doença hepática grave, enquanto os valores da função hepática não retornarem ao normal; 
- insuficiência renal grave ou insuficiência renal aguda; 
-  uso  de  medicamentos  antivirais  de  ação  direta  contendo  ombitasvir,  paritaprevir  ou  dasabuvir  e  associações  destes 
medicamentos (veja item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS); 
- presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos); 
-  diagnóstico  ou  suspeita  de  neoplasias  malignas  dependentes  de  esteroides  sexuais  (p.  ex.,  dos  órgãos  genitais  ou  das 
mamas); 
- sangramento vaginal não diagnosticado; 
- suspeita ou diagnóstico de gravidez; 
- hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos componentes do produto. 
 
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 

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Em caso de ocorrência de qualquer uma das condições ou fatores de risco mencionados a seguir, os benefícios da 
utilização de COCs devem ser avaliados frente aos possíveis riscos para cada usuária individualmente e discutidos 
com a mesma antes de optar pelo início de sua utilização. Em casos de agravamento, exacerbação ou aparecimento 
pela primeira vez de qualquer uma dessas condições ou fatores de risco, a usuária deve entrar em contato com seu 
médico. Nestes casos, a continuação do uso do produto deve ficar a critério médico. 
 
Distúrbios circulatórios 
Estudos  epidemiológicos  sugerem  associação  entre  a  utilização  de  COCs  e  um  aumento  do  risco  de  distúrbios 
tromboembólicos  e  trombóicos  arteriais  e  venosos,  como  infarto  do  miocárdio,  trombose  venosa  profunda,  embolia 
pulmonar e acidentes vasculares cerebrais. A ocorrência destes eventos é rara. 
O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV) é mais elevado durante o primeiro ano de uso do contraceptivo 
hormonal. Este risco aumentado está presente após iniciar pela primeira vez o uso de COC ou ao reiniciar o uso (após um 
intervalo de 4 semanas ou mais sem uso de pílula) do mesmo COC ou de outro COC. Dados de um grande estudo coorte, 
prospectivo, de 3 braços sugerem que este risco aumentado está presente principalmente durante os 3 primeiros meses. O 
risco geral de TEV em usuárias de contraceptivos orais contendo estrogênio em baixa dose (< 0,05 mg de etinilestradiol) é 
duas a três vezes maior que em não usuárias de COCs que não estejam grávidas e continua a ser menor do que o risco 
associado à gravidez e ao parto. 
O TEV pode provocar risco para a vida da usuária ou pode ser fatal (em 1 a 2% dos casos). 
O tromboembolismo venoso (TEV) se manifesta como trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar, e pode ocorrer 
durante o uso de qualquer COC. 
Em  casos  extremamente  raros,  tem  sido  observada  a  ocorrência  de  trombose  em  outros  vasos  sanguíneos  como,  por 
exemplo, em veias e artérias hepáticas, mesentéricas, renais, cerebrais ou retinianas, em usuárias de COCs.  
 
Sintomas de trombose venosa profunda (TVP) podem incluir: 
inchaço unilateral em membro inferior ou ao longo da 
veia da perna, dor ou sensibilidade na perna que pode ser sentida apenas quando se está em pé ou andando, calor aumentado 
na perna afetada, descoloração ou vermelhidão da pele da perna. 
 
Sintomas de embolia pulmonar (EP) podem incluir: 
início súbito inexplicável de dispneia ou taquipneia; tosse de início 
abrupto que pode levar a hemoptise; angina aguda que pode aumentar com a respiração profunda; ansiedade; tontura severa 
ou  vertigem;  batimento  cardíaco  rápido  ou  irregular.  Alguns  destes  sintomas  (por  exemplo,  dispneia,  tosse)  não  são 
específicos e podem ser erroneamente interpretados como eventos mais comuns ou menos graves (por exemplo, infecções 
do trato respiratório). 
 
Um  evento  tromboembólico  arterial  pode  incluir  acidente  vascular  cerebral,  oclusão  vascular  ou  infarto  do 
miocárdio (IM). Sintomas de um acidente vascular cerebral podem incluir:  
diminuição da sensibilidade ou da força 
motora afetando, de forma súbita a face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão súbita, dificuldade 
para  falar  ou  compreender;  dificuldade  repentina  para  enxergar  com  um  ou  ambos  os  olhos;  súbita  dificuldade  para 
caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou de coordenação, cefaleia repentina, intensa ou prolongada, sem causa conhecida, 
perda  de  consciência  ou  desmaio,  com  ou  sem  convulsão.  Outros  sinais  de  oclusão  vascular  podem  incluir:  dor  súbita, 
inchaço e cianose de uma extremidade, abdome agudo. 
 
Sintomas de IM podem incluir: 
dor, desconforto, pressão, peso, sensação de aperto ou estufamento no peito, braço ou 
abaixo do esterno; desconforto que se irradia para as costas, mandíbula, garganta, braços, estômago; sensação de saciedade, 
indigestão  ou  sensação  de  asfixia,  sudorese,  náuseas,  vômitos  ou  tontura,  fraqueza  extrema,  ansiedade  ou  dispneia, 
batimentos cardíacos rápidos ou irregulares. 
 
Eventos tromboembólicos arteriais podem provocar risco para a vida da usuária ou podem ser fatais. 
 
O  potencial  para  um  risco  sinérgico  aumentado  de  trombose  deve  ser  considerado  em  mulheres  que  possuem  uma 
combinação de fatores de risco ou apresentem um fator de risco individual mais grave. Este risco aumentado pode ser maior 
que um simples risco cumulativo de fatores. Um COC não deve ser prescrito em caso de uma avaliação risco-benefício 
negativa (veja item 4. CONTRAINDICAÇÕES). 
 
O risco de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, ou de acidente vascular cerebral, aumenta 
com: 
- idade; 
- obesidade (índice de massa corpórea superior a 30 kg/m2); 
-  história  familiar  positiva  (isto  é,  tromboembolismo  venoso  ou  arterial  detectado  em  um(a)  irmão(ã)  ou  em  um  dos 
progenitores em idade relativamente jovem). Se há suspeita ou conhecimento de predisposição hereditária, a usuária deve 
ser encaminhada a um especialista antes de decidir pelo uso de qualquer COC; 

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-  imobilização  prolongada,  cirurgia  de  grande  porte,  qualquer  intervenção  cirúrgica  em  membros  inferiores  ou  trauma 
extenso. Nestes casos, é aconselhável descontinuar o uso do COC (em casos de cirurgia programada com pelo menos 4 
semanas de antecedência) e não o reiniciá-lo até duas semanas após o total restabelecimento; 
-  tabagismo  (com  consumo  elevado  de  cigarros  e  aumento  da  idade,  o  risco  torna-se  ainda  maior,  especialmente  em 
mulheres com idade superior a 35 anos); 
- dislipoproteinemia; 
- hipertensão; 
- enxaqueca; 
- valvopatia; 
- fibrilação atrial. 
 
Não  há  consenso  quanto  à  possível  influência  de  veias  varicosas  e  de  tromboflebite  superficial  na  gênese  do 
tromboembolismo venoso. 
Deve-se considerar o aumento do risco de tromboembolismo no puerpério (para informações sobre gravidez e lactação veja 
o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Gravidez e lactação). 
Outras condições clínicas que também têm sido associadas aos eventos adversos circulatórios são: diabetes mellitus, lúpus 
eritematoso sistêmico, síndrome hemolítico-urêmica, patologia intestinal inflamatória crônica (doença de Crohn ou colite 
ulcerativa) e anemia falciforme. 
Um  aumento  da  frequência  ou  da  intensidade  de  enxaqueca  durante  o  uso  de  COCs  pode  ser  motivo  para  a  suspensão 
imediata do mesmo, dada a possibilidade deste quadro representar o início de um evento vascular cerebral. 
Os fatores bioquímicos que podem indicar predisposição hereditária ou adquirida para trombose arterial ou venosa incluem: 
resistência à proteína C ativada (PCA), hiper-homocisteinemia, deficiências de antitrombina III, de proteína C e de proteína 
S, anticorpos antifosfolipídios (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico). 
Na avaliação da relação risco-benefício, o médico deve considerar que o tratamento adequado de uma condição clínica 
pode reduzir o risco associado de trombose e que o risco associado à gestação é mais elevado do que aquele associado ao 
uso de COCs de baixa dose (menor que 0,05 mg de etinilestradiol). 
 
Tumores 
O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a infecção persistente por HPV (Papiloma Vírus Humano). Alguns 
estudos epidemiológicos indicaram que o uso de COCs por período prolongado pode contribuir para este risco aumentado, 
mas continua existindo a controvérsia sobre a extensão em que esta ocorrência possa ser atribuída aos fatores confundidores 
(viéses),  por  exemplo,  da  realização  de  citologia  cervical  e  do  comportamento  sexual,  incluindo  a  utilização  de 
contraceptivos de barreira. Uma metanálise de 54 estudos epidemiológicos demonstrou que existe pequeno aumento do 
risco  relativo  (RR  =  1,24)  para  câncer  de  mama  diagnosticado  em  mulheres  que  estejam  usando  COCs.  Este  aumento 
desaparece gradualmente nos 10 anos subsequentes à suspensão do uso do COC. 
Uma vez que o câncer de mama é raro em mulheres com idade inferior a 40 anos, o aumento no número de diagnósticos de 
câncer de mama em usuárias atuais e recentes de COCs é pequeno, se comparado ao risco total de câncer de mama. Estes 
estudos não fornecem evidências de causalidade. O padrão observado de aumento do risco pode ser devido ao diagnóstico 
precoce de câncer de mama em usuárias de COCs, aos efeitos biológicos dos COCs ou à combinação de ambos. Os casos 
de câncer de mama diagnosticados em usuárias de que já utilizaram alguma vez os COCs tendem a ser clinicamente menos 
avançados do que os diagnosticados em mulheres que nunca utilizaram COCs. 
Foram relatados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente, malignos em usuárias de COCs. Em casos 
isolados,  estes  tumores  provocaram  hemorragias  intra-abdominais  com  risco  para  a  vida da  usuária.  A  possibilidade  de 
tumor  hepático  deve  ser  considerada  no  diagnóstico  diferencial  de  usuárias  de  COCs  que  apresentarem  dor  intensa  em 
abdome  superior,  aumento  do  tamanho  do  fígado  ou  sinais  de  hemorragia  intra-abdominal.  Tumores  malignos  podem 
provocar risco para a vida da usuária ou podem ser fatais. 
 
Outras condições 
A capacidade de excretar potássio pode estar limitada em usuárias com insuficiência renal. Em um estudo clínico, a ingestão 
de drospirenona não apresentou efeito sobre a concentração sérica de potássio em usuárias com insuficiência renal leve ou 
moderada. Pode existir risco teórico de hipercalemia apenas em usuárias com insuficiência renal, cujo nível de potássio 
sérico,  antes  do  início  do  uso  do  COC,  encontre-se  no  limite  superior  da  normalidade  e  que  adicionalmente  estejam 
utilizando medicamentos poupadores de potássio. 
Mulheres com hipertrigliceridemia, ou com história familiar, podem apresentar risco aumentado de desenvolver pancreatite 
durante o uso de COCs. 
Embora tenham sido relatados discretos aumentos da pressão arterial em muitas usuárias de COCs, os casos de relevância 
clínica são raros. O efeito antimineralocorticoide da drospirenona pode neutralizar o aumento da pressão arterial induzido 
pelo  etinilestradiol,  observado  em  mulheres  normotensas  que  utilizam  outros  COCs.  Entretanto,  no  caso  de 
desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa, durante o uso de COC, é prudente que o médico 

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descontinue o uso do produto e trate a hipertensão. Se for considerado apropriado, o uso do COC pode ser reiniciado, caso 
os níveis pressóricos se normalizem com o uso de terapia anti-hipertensiva. 
Foi descrita a ocorrência ou agravamento das seguintes condições, tanto durante a gestação quanto durante o uso de COC, 
no entanto, a evidência de uma associação com o uso de COC é inconclusiva: icterícia e/ou prurido relacionados à colestase; 
formação de cálculos biliares; porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome hemolítico-urêmica; coreia de Sydenham
herpes gestacional; perda da audição relacionada com a otosclerose. Em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios 
exógenos podem induzir ou intensificar os sintomas de angioedema. Os distúrbios agudos ou crônicos da função hepática 
podem requerer a descontinuação do uso de COC, até que os marcadores da função hepática retornem aos valores normais. 
A recorrência de icterícia colestática que tenha ocorrido pela primeira vez durante a gestação, ou durante o uso anterior de 
esteroides sexuais, requer a descontinuação do uso de COCs. 
Embora  os  COCs  possam  exercer  efeito  sobre  a  resistência  periférica  à  insulina  e  sobre  a  tolerância  à  glicose,  não  há 
qualquer evidência da necessidade de alteração do regime terapêutico em usuárias de COCs de baixa dose (menor que 0,05 
mg de etinilestradiol) que sejam diabéticas. Entretanto, deve-se manter monitoramento cuidadoso enquanto estas usuárias 
estiverem utilizando COCs.  
O uso de COCs foi associado à doença de Crohn e a colite ulcerativa. 
Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, sobretudo em usuárias com história de cloasma gravídico. Mulheres predispostas 
ao desenvolvimento de cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem usando COCs. 
 
Consultas/exames médicos 
Antes de iniciar ou retomar o uso do COC, é necessário obter história clínica detalhada e realizar exame clínico completo, 
considerando  os  itens  descritos  nos  itens  4.  CONTRAINDICAÇÕES  e  5.  ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES;  estes 
acompanhamentos devem ser repetidos periodicamente durante o uso de COCs. A avaliação médica periódica é igualmente 
importante porque as contraindicações (p.ex., um episódio isquêmico transitório, etc.) ou fatores de risco (p.ex., história 
familiar de trombose arterial ou venosa) podem aparecer pela primeira vez durante a utilização do COC. A frequência e a 
natureza destas avaliações devem ser baseadas nas condutas médicas estabelecidas e adaptadas a cada usuária, mas devem, 
em geral, incluir atenção especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical. 
As usuárias devem ser informadas de que os contraceptivos orais não protegem contra infecções causadas pelo HIV (AIDS) 
e outras doenças sexualmente transmissíveis. 
 
Redução da eficácia 
A eficácia dos COCs pode ser reduzida nos casos de esquecimento de tomada dos comprimidos (veja item 8. POSOLOGIA 
E  MODO  DE  USAR  -  Comprimidos  esquecidos),  distúrbios  gastrintestinais  (veja  item  8.  POSOLOGIA  E  MODO  DE 
USAR - Procedimento em caso de distúrbios gastrintestinais) ou tratamento concomitante com outros medicamentos (veja 
itens 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR e 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). 
 
Redução do controle de ciclo 
Como  ocorre  com  todos  os  COCs,  pode  surgir  sangramento  irregular  (gotejamento  ou  sangramento  de  escape), 
especialmente durante os primeiros meses de uso. 
Portanto, a avaliação de qualquer sangramento irregular somente será significativa após um intervalo de adaptação de cerca 
de três ciclos. 
Se o sangramento irregular persistir ou ocorrer após ciclos anteriormente regulares, devem ser consideradas causas não 
hormonais e, nestes casos, são indicados procedimentos diagnósticos apropriados para exclusão de neoplasia ou gestação. 
Estas medidas podem incluir a realização de curetagem. 
É  possível  que  em  algumas usuárias  não ocorra  o  sangramento  por privação  durante  o  intervalo de pausa.  Se  a  usuária 
ingeriu os comprimidos segundo as instruções descritas no item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR, é pouco provável 
que esteja grávida. 
Porém, se o COC não tiver sido ingerido corretamente no ciclo em que houve ausência de sangramento por privação ou se 
não ocorrer sangramento por privação em dois ciclos consecutivos, deve-se excluir a possibilidade de gestação antes de 
continuar a utilização do COC. 
 
Gravidez e lactação 
- Gravidez 
Molièri® 20 (drospirenona + etinilestradiol) é contraindicado durante a gravidez. Caso a usuária engravide durante o uso de 
Molièri  20  (drospirenona  +  etinilestradiol),  deve-se  descontinuar  o  seu  uso.  Entretanto,  estudos  epidemiológicos 
abrangentes não revelaram risco aumentado de malformações congênitas em crianças nascidas de mulheres que tenham 
utilizado COCs antes da gestação. 
Também não foram verificados efeitos teratogênicos decorrentes da ingestão acidental de COCs no início da gestação. 
Os dados disponíveis sobre o uso de drospirenona 3 mg + etinilestradiol 0,02 mg durante a gravidez são muito limitados 
para extrair conclusões sobre efeitos negativos do produto na gravidez, saúde do feto ou do neonato. Ainda não existem 
dados epidemiológicos relevantes. 

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VERSÃO 00 

 

“Categoria X (Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara evidência 
de  risco  para  o  feto  que  é  maior  do que  qualquer  benefício  possível  para  a  paciente)  –  Este  medicamento  não  deve  ser 
utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.” 
- Lactação 
Os  COCs  podem  afetar  a  lactação,  uma  vez  que  podem  reduzir  a  quantidade  e  alterar  a  composição  do  leite  materno. 
Portanto, em geral, não é recomendável o uso de COCs até que a lactante tenha suspendido completamente a amamentação 
do seu filho. Pequenas quantidades dos esteroides contraceptivos e/ou de seus metabólitos podem ser excretadas com o 
leite materno. 
 
- Alterações em exames laboratoriais 
O uso de esteroides presentes nos contraceptivos pode influenciar os resultados de certos exames laboratoriais, incluindo 
parâmetros bioquímicos das funções hepática, tireoidiana, adrenal e renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), 
por  exemplo,  globulina  de  ligação  a  corticosteroides  e  frações  lipídicas/lipoprotéicas;  parâmetros  do  metabolismo  de 
carboidratos  e  parâmetros  da  coagulação  e  fibrinólise.  As  alterações  geralmente  permanecem  dentro  do  intervalo 
laboratorial  considerado  normal.  A  drospirenona  provoca  aumento  na  aldosterona  plasmática  e  na  atividade  da  renina 
plasmática, induzidos pela sua leve atividade antimineralocorticoide. 
 
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas 
Não foram conduzidos estudos sobre os efeitos na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Não foram 
observados efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas em usuárias de COCs. 
 
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
 
Efeitos de outros medicamentos sobre Molièri
® 20 (drospirenona + etinilestradiol)  
As interações medicamentosas podem ocorrer com fármacos indutores das enzimas microssomais, o que pode resultar em 
aumento  da  depuração  dos  hormônios  sexuais  e  pode  produzir  sangramento  de  escape  e/ou  diminuição  da  eficácia  do 
contraceptivo oral.  
A indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de tratamento. Geralmente, a indução enzimática máxima é 
verificada dentro de poucas semanas. Após a interrupção da administração do medicamento a indução enzimática pode ser 
mantida por cerca de 4 semanas. 
Usuárias sob tratamento com qualquer uma destas substâncias devem utilizar, temporária  e adicionalmente, um método 
contraceptivo  de  barreira  ou  escolher  um  outro  método  contraceptivo.  O  método  de  barreira  deve  ser  usado 
concomitantemente, assim como nos 28 dias posteriores à sua descontinuação. Se a necessidade de utilização do método 
de barreira estender-se além do final da cartela do COC, a usuária deverá iniciar a cartela seguinte imediatamente após o 
término da cartela em uso, sem proceder ao intervalo de pausa habitual. 
 
Substâncias que aumentam a depuração dos COCs (eficácia dos COCs  diminuída por indução enzimática), por 
exemplo: 
fenitoína,  barbitúricos,  primidona,  carbamazepina,  rifampicina  e  também,  possivelmente,  oxcarbazepina,  topiramato, 
felbamato, griseofulvina e produtos contendo Erva de São João. 
 
Substâncias com efeito variável na depuração dos COCs, por exemplo: 
Quando  coadministrados  com  COCs,  muitos  inibidores  das  HIV/HCV  proteases  e  inibidores  não  nucleosídeos  da 
transcriptase  reversa  podem  aumentar  ou  diminuir  as  concentrações  plasmáticas  de  estrogênios  e  progestógenos.  Essas 
alterações podem ser clinicamente relevantes em alguns casos. 
 
Substâncias que diminuem a depuração dos COCs (inibidores enzimáticos) 
Inibidores potentes e moderados do CYP3A4 tais como antifúngicos azólicos (como por exemplo, itraconazol, voriconazol, 
fluconazol),  verapamil,  antibióticos  macrolídeos  (como  por  exemplo,  claritromicina,  eritromicina),  diltiazem  e  suco  de 
toranja (grapefruit) podem aumentar as concentrações plasmáticas de estrogênio ou progestógeno ou de ambos. 
Em  um  estudo  de  múltiplas  doses  com  uma  combinação  de  drospirenona  (3  mg/dia)/etinilestradiol  (0,02  mg/dia)  , 
coadministrada com cetoconazol, um potente inibidor do CYP 3A4, por 10 dias, resultou em um aumento da ASC (0 – 24h) 
de 2,68 vezes (90% IC: 2,44 – 2,95) para drospirenona e 1,40 vezes (90% IC: 1,31 – 1,49) para o etinilestradiol. 
Doses de 60 a 120 mg/dia de etoricoxibe têm demonstrado aumento na concentração plasmática de etinilestradiol de 1,4 a 
1,6  vezes,  respectivamente,  quando  administradas  concomitantemente  com  um  contraceptivo  hormonal  combinado 
contendo 0,035 mg de etinilestradiol.  
 
Efeitos dos contraceptivos sobre outros medicamentos: 
COCs  podem  interferir  no  metabolismo  de  outros  fármacos;  consequentemente,  as  concentrações  plasmática  e  tecidual 
podem aumentar (p.ex.: ciclosporina) ou diminuir (p.ex.: lamotrigina). 

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VERSÃO 00 

 

A  drospirenona,  in  vitro,  é  capaz  de  inibir  fraca  a  moderadamente  enzimas  do  citocromo  P450,  CYP1A1,  CYP2C9, 
CYP2C19 e CYP3A4.  
 
Observou-se em estudos de interações in vivo, em voluntárias que utilizavam omeprazol, sinvastatina ou midazolam como 
substratos marcadores, que  é pouco provável uma interação clinicamente relevante da drospirenona, em doses de 3 mg, 
com o metabolismo de outros fármacos mediados pelo citocromo P450. 
O etinilestradiol, in vitro, é um inibidor reversível do CYP2C19, CYP1A1 e CYP1A2, bem como um inibidor, baseado no 
mecanismo, do CYP3A4/5, CYP2C8 e CYP2J2. 
Em estudos clínicos, a administração de contraceptivos hormonais contendo etinilestradiol não levou a qualquer aumento 
ou  somente um  discreto  aumento  das  concentrações  plasmáticas  dos  substratos  do  CYP3A4  (por  exemplo,  midazolam) 
enquanto  que  as  concentrações  plasmáticas  dos  substratos  do  CYP1A2  podem  aumentar  discretamente  (por  exemplo, 
teofilina) ou moderadamente (por exemplo, melatonina e tizanidina). 
 
Interações farmacodinâmicas: 
A coadministração de medicamentos contendo etinilestradiol com medicamentos antivirais de ação direta, como ombitasvir, 
paritaprevir ou dasabuvir e combinações destes medicamentos, tem demonstrado aumento dos níveis de ALT maiores que 
20  vezes  o  limite  superior,  considerado  normal  para  mulheres  saudáveis  e  mulheres  infectadas  por  HCV  (veja  item  4. 
CONTRAINDICAÇÕES). 
 
Outras Interações: 
Potássio sérico: 
Existe um potencial teórico para aumento no potássio sérico em usuárias de drospirenona 3 mg + etinilestradiol 0,02 mg 
que estejam tomando outros medicamentos que podem aumentar os níveis séricos de potássio. Tais medicamentos incluem 
antagonistas do receptor de angiotensina II, diuréticos poupadores de potássio e antagonistas da aldosterona. Entretanto, 
em estudos avaliando a interação da drospirenona (combinada com estradiol) com um inibidor da enzima conversora de 
angiotensina  ou  indometacina,  nenhuma  diferença  clínica  ou  estatisticamente  significativa  nas  concentrações  séricas  de 
potássio foi observada. 
Deve-se avaliar também as informações contidas na bula do medicamento utilizado concomitantemente a fim de identificar 
interações em potencial.  
 
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 
 
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). 
 
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem do produto. 
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 
 
Características Organolépticas 
Comprimido revestido, circular, biconvexo, rosa, sem vinco. 
 
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.  
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 
 
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR  
 
- Como usar Molièri
® 20 (drospirenona + etinilestradiol) 
Uso oral 
A cartela de Molière 20 (drospirenona + etinilestradiol) contém 24 comprimidos revestidos. No verso da cartela encontram-
se    números  ordinais,  na  sequência  em  que  devem  ser  tomados,  do  1º  ao  24º.  A  usuária  deve  ingerir  um  comprimido 
revestido por dia, aproximadamente à mesma hora, com auxílio de um pouco de líquido, se necessário. A sequência de 
tomada dos comprimidos deve seguir a direção das flechas, do 1º ao 24º comprimido, até que a usuária tenha tomado todos 
os 24 comprimidos. Cada nova cartela é iniciada após pausa de 4 dias sem a ingestão de comprimidos, durante a qual deve 
ocorrer  sangramento  por  privação  hormonal  (geralmente,  em  2-3  dias  após  a  ingestão  do  último  comprimido).  Este 
sangramento pode não haver cessado antes do início de uma nova cartela. 
Sugere-se anotar a data de início do uso da cartela (dia do mês e da semana) no porta cartela, presente na embalagem do 
produto, a fim de evitar esquecimento de tomada. 
 
Início do uso de Molièri® 20 (drospirenona + etinilestradiol)  

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VERSÃO 00 

 

- Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado no mês anterior ao uso de Molièri 20 (drospirenona + 
etinilestradiol)
 
No caso de a usuária não ter utilizado contraceptivo hormonal no mês anterior, a ingestão deve ser iniciada no 1º dia do 
ciclo (1º dia de sangramento menstrual). 
 
-  Mudando  de  outro  contraceptivo  oral  combinado,  anel  vaginal  ou  adesivo  transdérmico  (contraceptivo)  para 
Molièri
® 20 (drospirenona + etinilestradiol) 
Se a usuária estiver mudando de um outro COC, deve começar preferencialmente no dia posterior à ingestão do último 
comprimido ativo (contendo hormônio) do contraceptivo usado anteriormente ou, no máximo, no dia seguinte ao último 
dia  de pausa ou de  tomada de  comprimidos  inativos  (sem hormônio).  Se  a usuária  estiver  mudando  de  anel  vaginal  ou 
adesivo transdérmico, deve começar preferencialmente no dia da retirada do último anel ou adesivo do ciclo ou, no máximo, 
no dia previsto para a próxima aplicação. 
 
- Mudando de um método contraceptivo contendo somente progestógeno (minipílula, injeção, implante ou Sistema 
Intrauterino com liberação de progestógeno) 
Se a usuária estiver mudando de um método contraceptivo contendo somente progestógeno [minipílula, injeção, implante 
ou sistema intrauterino (SIU) com liberação de progestógeno], poderá iniciar o COC em qualquer dia no caso da minipílula, 
ou  no dia  da  retirada  do  implante  ou  do  SIU,  ou no  dia previsto  para  a  próxima  injeção.  Nestes  casos  (uso  anterior  de 
minipílula, injeção, implante ou sistema intrauterino com liberação de progestógeno), recomenda-se usar adicionalmente 
um método de barreira nos 7 primeiros dias de ingestão. 
 
- Após abortamento de primeiro trimestre: 
Após  abortamento  de  primeiro  trimestre,  pode-se  iniciar  o  uso  de  Molièri®  20  (drospirenona  +  etinilestradiol) 
imediatamente, sem necessidade de adotar medidas contraceptivas adicionais. 
 
- Após parto ou abortamento de segundo trimestre: 
Após parto ou abortamento de segundo trimestre, é recomendável iniciar o COC no período entre o 21º e o 28º dia após o 
procedimento. Se começar em período posterior, deve-se aconselhar o uso adicional de um método de barreira nos 7 dias 
iniciais de ingestão. Se já tiver ocorrido relação sexual, deve se certificar de que a mulher não esteja grávida antes de iniciar 
o uso do COC ou, então, aguardar a primeira menstruação. 
Para amamentação, veja o item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Gravidez e lactação. 
 
Comprimidos esquecidos 
Se houver transcorrido menos de 12 horas do horário habitual de ingestão, a proteção contraceptiva não será reduzida. A 
usuária deve tomar imediatamente o comprimido esquecido e continuar o restante da cartela no horário habitual. 
Se houver transcorrido  mais de 12 horas  do horário habitual de ingestão, a proteção contraceptiva pode estar reduzida 
neste  ciclo.  Neste  caso,  deve-se  ter  em  mente  duas  regras  básicas:  1)  a  ingestão  dos  comprimidos  nunca  deve  ser 
interrompida por mais de 4 dias; 2) são necessários 7 dias de ingestão contínua dos comprimidos para conseguir supressão 
adequada do eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Consequentemente, na prática diária, pode-se usar a seguinte orientação: se 
o esquecimento ocorreu entre o 1° e 7° dia, a usuária deve ingerir imediatamente o último comprimido esquecido, mesmo 
que  isto  signifique  a  ingestão  simultânea  de  2  comprimidos.  Os  comprimidos  restantes  devem  ser  tomados  no  horário 
habitual. Além disso, deve-se adotar um método de barreira (p.ex., preservativo) durante os 7 dias subsequentes. Se tiver 
ocorrido relação sexual nos 7 dias anteriores, deve-se considerar a possibilidade de gravidez. Quanto mais comprimidos 
forem  esquecidos  e  mais  perto  estiver  do  intervalo  normal  sem  tomada  de  comprimidos  (pausa),  maior  será  o  risco  de 
gravidez.  Se  o  esquecimento  ocorreu  entre  o  8°  e  14°  dia,  a  usuária  deve  tomar  imediatamente  o  último  comprimido 
esquecido, mesmo que isto signifique a ingestão simultânea de dois comprimidos e deve continuar tomando o restante da 
cartela no horário habitual. Se, nos 7 dias precedentes ao primeiro comprimido esquecido, todos os comprimidos tiverem 
sido tomados conforme as instruções, não é necessária qualquer medida contraceptiva adicional. Porém, se isto não tiver 
ocorrido, ou se mais do que um comprimido tiver sido esquecido, deve-se aconselhar a adoção de precauções adicionais 
por 7 dias. Se o esquecimento ocorreu entre o 15° e 24° dia, o risco de redução da eficácia é iminente pela proximidade do 
intervalo  sem  ingestão  de  comprimidos  (pausa).  No  entanto,  ainda  se  pode  evitar  a  redução  da  proteção  contraceptiva 
ajustando o esquema de ingestão dos comprimidos. Se, nos 7 dias anteriores ao primeiro comprimido esquecido, a ingestão 
foi  feita  corretamente,  a  usuária  poderá  seguir  qualquer  uma  das  duas  opções  abaixo,  sem  precisar  usar  método 
contraceptivo adicional. Se não for este o caso, ela deve seguir a primeira opção e usar medida contraceptiva adicional 
durante os 7 dias seguintes. 
1)  Tomar  o  último  comprimido  esquecido  imediatamente,  mesmo  que  isto  signifique  a  ingestão  simultânea  de  dois 
comprimidos e continuar tomando os comprimidos seguintes no horário habitual. A nova cartela deve ser iniciada assim 
que acabar a cartela atual, isto é, sem o intervalo de pausa habitual entre elas. É pouco provável que ocorra sangramento 
por privação até o final da segunda cartela, mas pode ocorrer gotejamento ou sangramento de escape. 

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VERSÃO 00 

 

2)  Suspender  a  ingestão  dos  comprimidos  da  cartela  atual,  fazer  um  intervalo  de  pausa  de  até  4  dias  sem  ingestão  de 
comprimidos (incluindo os dias em que esqueceu de tomá-los) e, a seguir, iniciar uma nova cartela. 
Se  não  ocorrer  sangramento  por  privação  no  primeiro  intervalo  normal  sem  ingestão  de  comprimido  (pausa),  deve-se 
considerar a possibilidade de gravidez. 
 
Procedimento em caso de distúrbios gastrintestinais 
No caso de distúrbios gastrintestinais graves, a absorção pode não ser completa e medidas contraceptivas adicionais devem 
ser tomadas. 
Se ocorrer vômito dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido, deve-se seguir o mesmo procedimento usado 
no item acima “Comprimidos esquecidos”. Se a usuária não quiser alterar seu esquema habitual de ingestão, deve retirar 
o(s) comprimido(s) adicional(is) de outra cartela. 
 
Informações adicionais para populações especiais 
- Usuárias pediátricas - Crianças e adolescentes 
Molièri®  20  (drospirenona  +  etinilestradiol)  é  indicado  apenas  para  uso  após  a  menarca.  Não  há  dados  que  sugerem  a 
necessidade de ajuste de dose. 
 
- Pacientes idosas 
Não aplicável. Molièri® 20 (drospirenona + etinilestradiol) não é indicado para uso após a menopausa. 
 
- Pacientes com insuficiência hepática 
Molièri®  20  (drospirenona  +  etinilestradiol)  é  contraindicado  em  mulheres  com  doença  hepática  grave.  Veja  itens  4. 
CONTRAINDICAÇÕES e 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS. 
 
- Pacientes com insuficiência renal 
Este  medicamento  é  contraindicado  em  mulheres  com  insuficiência  renal  grave  ou  com  insuficiência renal  aguda.  Veja 
itens 4. CONTRAINDICAÇÕES e 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS. 
 
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. 
 
9. REAÇÕES ADVERSAS  
 
Resumo do perfil de segurança: 
As reações adversas relatadas mais frequentemente com drospirenona 3 mg + etinilestradiol 0,02 mg quando usado como 
contraceptivo  oral  ou  no  tratamento  da  acne  vulgaris  moderada  em  mulheres  que  buscam  adicionalmente  proteção 
contraceptiva são náuseas, dor nas mamas, sangramento uterino inesperado e sangramento não específico do trato genital. 
Estas reações ocorrem em 3% ou mais das usuárias.  
 
As reações adversas graves são tromboembolismo venoso e arterial. 
 
Resumo tabulado das reações adversas: 
A frequência das reações adversas relatadas nos estudos clínicos com medicamentos contendo etinilestradiol 0,02 mg e 
drospirenona 3 mg ou etinilestradiol 0,02 mg, drospirenona 3 mg e levomefolato de cálcio 0,451 mg quando usados como 
contraceptivos orais e medicamentos contendo etinilestradiol 0,02 mg e drospirenona 3 mg no tratamento da acne vulgaris 
moderada em mulheres que buscam adicionalmente proteção contraceptiva (N = 3.565) está resumida na tabela abaixo. 
As reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade, de acordo com cada grupo de frequência. As 
frequências são definidas como comum (≥1/100 a < 1/10), incomum (≥1/1.000 a <1/100) e rara (≥1/10.000 a <1/1.000).  
Reações adversas adicionais identificadas somente após a comercialização, e para as quais, portanto não se pode estimar 
uma frequência, estão descritas na coluna frequência desconhecida: 
 

Classificação por 
sistema corpóreo 
(MedRA versão 
12.1) 

Comum 

Incomum 

Rara 

Frequência 
desconhecida 

 
Distúrbios 
psiquiátricos 

Instabilidade emocional, 
depressão/estados 
depressivos 

Diminuição e 
perda da libido 

 

 

Distúrbios no sistema 
nervoso 

Enxaqueca 

 

 

 

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Bula_Profissional_Molièri_20_V0_Rev00 

 

                                                                                                                      

VERSÃO 00 

 

Distúrbios vasculares 

 

 

Eventos 
tromboembólicos 
arteriais e venosos* 

 

Distúrbios 
gastrintestinais 

Náuseas 

 

 

 
 

Distúrbios cutâneos e 
nos tecidos 
subcutâneos 

 

 

 

Eritema 
multiforme 

Distúrbios no sistema 
reprodutivo e nas 
mamas 

Dor nas mamas, 
sangramento uterino 
inesperado, sangramento não 
específico do trato genital 

 

 

 

 
As reações adversas provenientes de estudos clínicos foram descritas utilizando termo MedDRA (versão 12.1). Diferentes 
termos MedDRA que representem o mesmo fenômeno foram agrupados como uma única reação adversa para evitar diluir 
ou ocultar o verdadeiro efeito.* 
*  -  frequência  estimada,  a  partir  de  estudos  epidemiológicos  envolvendo  um  grupo  de  usuárias  de  contraceptivo  oral 
combinado. A frequência foi limítrofe a muito rara. 
-  “Eventos  tromboembólicos  arteriais  e  venosos”  resumem  as  seguintes  entidades  médicas:  oclusão  venosa  periférica 
profunda, trombose e embolia pulmonar vascular oclusiva, trombose, embolia e infarto do miocárdio,  infarto cerebral e 
acidente vascular cerebral não especificado como hemorrágico. 
 
Para  os  eventos  tromboembólicos  arteriais  e  venosos  e  enxaqueca  veja  itens  4.  CONTRAINDICAÇÕES  e  5. 
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES. 
 
Descrição das reações adversas selecionadas: 
As  reações  adversas  com  frequência  muito  baixa  ou  com  início  tardio  dos  sintomas  relatadas  no  grupo  de  usuárias  de 
contraceptivo oral combinado estão listadas abaixo, veja também itens 4. CONTRAINDICAÇÕES e 5. ADVERTÊNCIAS 
E PRECAUÇÕES. 
 
Tumores: 
- A frequência de diagnóstico de câncer de mama é ligeiramente maior em usuárias de CO. Como o câncer de mama é raro 
em mulheres abaixo de 40 anos o aumento do risco é pequeno em relação ao risco geral de câncer de mama. A causalidade 
com uso de COC é desconhecida. 
- Tumores hepáticos (benigno e maligno). 
 
Outras condições: 
- eritema nodoso; 
- mulheres com hipertrigliceridemia (aumento do risco de pancreatite em usuárias de COCs); 
- hipertensão; 
- ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com o uso de COC não é conclusiva: icterícia e/ou prurido 
relacionado à colestase; formação de cálculos biliares, porfiria, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome hemolítico urêmica, 
Coreia de Syndenham, herpes gestacional, otosclerose – relacionada à perda de audição;  
- em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar sintomas de angioedema; 
- distúrbios das funções hepáticas; 
- alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a resistência periférica a insulina; 
- doença de Crohn, colite ulcerativa; 
- cloasma; 
- hipersensibilidade (incluindo sintomas como rash, urticária). 
 
Interações: 
Sangramento  de  escape  e/ou  diminuição  da  eficácia  do  contraceptivo  oral  podem  ser  resultado  de  interações 
medicamentosas  entre  contraceptivos  orais  e  outros  fármacos  (indutores  enzimáticos),  veja  item  6.  INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS.  
  
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.  
 
10. SUPERDOSE  
 

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VERSÃO 00 

 

Não  há  relatos de  efeitos  deletérios  graves  decorrentes da  superdose.  Os  sintomas que  podem  ocorrer  nestes  casos  são: 
náuseas,  vômitos  e  sangramento  por  privação,  que  pode  ocorrer  até  em  meninas  antes  da  menarca,  se  elas  ingerirem 
acidentalmente o medicamento. Não existe antídoto e o tratamento deve ser sintomático. 
 
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
 
 
DIZERES LEGAIS 
 
M.S.: 1.0043.1079 
 
Farm. Resp. Subst: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116 
 
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.  
 
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 30/06/2021.  
 

Fabricado e Registrado por:  

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, 3565 – Itapevi – SP 

CNPJ do titular do registro: 61.190.096/0001-92 

Indústria Brasileira 
 

 

 

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Bula_Profissional_Molièri_20_V0_Rev00 

 

                                                                                                                      

VERSÃO 00 

 

Histórico de Alteração da Bula  

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera 

bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expedien

te 

No do 

expedien

te 

Assunto 

Data do 

expedien

te 

No do 

expedien

te 

Assunt

Data de 

aprovaç

ão 

Itens de 

bula 

Versõe

s (VP/ 

VPS) 

Apresentaçõ

es 

relacionadas 

 

 

Notificaç

ão de 

Alteração 

de Texto 

de Bula  

Notificaçã

o Inicial de 

Texto de 

Bula 

referente a 

apresentaç

ão de nova 
concentraç

ão   

VP/VP

3 mg + 0,02 

mg 

comprimido 

revestido  

 

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MOLIÈRI 30 SEM PARAR® 

(drospirenona + etinilestradiol) 

Bula para profissional da saúde 

Comprimido Revestido  

3 mg + 0,03 mg 

 

 

        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Bula_Profissional_Molièri30SemParar_(drospirenona+etinilestradiol)_com_rev - Copia 

                                     VERSÃO 00 

 

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

 

Molièri 30 Sem Parar® 

drospirenona + etinilestradiol 

 

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA. 
 

APRESENTAÇÕES 

Comprimidos  revestidos  3  mg  de  drospirenona  +  0,03  mg  de  etinilestradiol:  embalagem  com  1  ou  3  blísteres  de  28 
comprimidos revestidos. 
 
USO ORAL 
 
USO ADULTO  
 
COMPOSIÇÃ
Cada comprimido revestido contém: 
drospirenona......................................................................................................................................................3 mg  
etinilestradiol.....................................................................................................................................................0,03 mg 
excipientes q.s.p................................................................................................................................................1 comprimido 
Excipientes: lactose monoidratada, amido, crospovidona, povidona, estearato de magnésio, dióxido de titânio, macrogol, 
talco, óxido de ferro amarelo, álcool polivinílico. 
 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 
1. INDICAÇÕES 
Molièri 30 Sem Parar® (drospirenona + etinilestradiol) é destinado à contracepção oral para uso contínuo. 
 
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 
A contracepção oral é um dos métodos mais eficazes na prevenção da gravidez e, quando usada corretamente, apresenta 
eficácia superior a 99%, ou seja, a ocorrência de gravidez é menor que uma em cada 100 mulheres por ano de uso. O índice 
de falha durante o uso típico, incluindo mulheres que não seguiram corretamente as instruções de uso, é de cerca de 5,0% 
por ano. A chance de gravidez aumenta com o esquecimento de cada dose não tomada durante o ciclo menstrual. 
 
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 
Este medicamento é um contraceptivo oral monofásico que combina a drospirenona com o etinilestradiol, disponibilizado 
em cartela contendo 28 comprimidos revestidos. 
Este medicamento age pela supressão das gonadotropinas, inibindo a secreção do hormônio folículo-estimulante (FSH) e 
do hormônio luteinizante (LH). Embora o mecanismo primário desta ação seja a inibição da ovulação, outras alterações 
incluem mudanças no muco cervical (que tem sua viscosidade aumentada e dificulta a penetração do espermatozoide no 
útero) e endométrio, que não se desenvolve adequadamente para a implantação do ovo. Além da proteção contra a gravidez, 
os contraceptivos orais combinados (COCs) apresentam diversas propriedades positivas. O ciclo menstrual torna-se mais 
regular, a menstruação frequentemente menos dolorosa e o sangramento menos intenso, o que neste caso, pode reduzir a 
possibilidade de ocorrência de deficiência de ferro. Estudos epidemiológicos realizados com contraceptivos contendo doses 
de etinilestradiol de 0,05 mg demonstraram vários benefícios não contraceptivos como a diminuição da incidência de: cistos 
ovarianos, gravidez ectópica, fibroadenoma, doença fibrocística da mama, doença inflamatória pélvica e câncer do ovário 
e do endométrio. Pode ser que esses resultados também se verifiquem para os contraceptivos orais de baixa dose hormonal. 
A  drospirenona  é  um  análogo  da  espironolactona  com  perfil  farmacológico  muito  similar  à  progesterona  natural,  mas 
desprovida  de  ação  androgênica,  estrogênica,  glicocorticoide  e  antiglicocorticoide.  Sua  potente  ação  progestacional 
combina-se à atividade antimineralocorticoide e antiandrogênica. A atividade antimineralocorticoide pode prevenir o ganho 
de peso e outros sintomas causados pela retenção de líquido; a atividade antiandrogênica produz efeito positivo sobre a 
pele, reduzindo as lesões de acne e de seborreia. Há evidências que demonstram que a formulação contraceptiva contendo 
drospirenona utilizada em regime contínuo determina a melhora do bem-estar e da qualidade de vida das usuárias; e exerce 
efeitos  favoráveis  sobre  os  sintomas  físicos,  emocionais  e  comportamentais  relacionados  ao  ciclo  menstrual,  como  por 
exemplo,  alteração  do  humor,  cefaleia,  dismenorreia,  inchaço  e  sensibilidade  mamária,  quando  comparada  ao  regime 

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Bula_Profissional_Molièri30SemParar_(drospirenona+etinilestradiol)_com_rev - Copia 

                                     VERSÃO 00 

 

cíclico. Estudos realizados com a associação contraceptiva com drospirenona em regime contínuo mostraram aumento da 
taxa de amenorreia com o prolongamento do uso e um alto grau de satisfação da usuárias associado a esse regime. 
A drospirenona é rapida e quase totalmente absorvida quando administrada por via oral. Os níveis séricos máximos  do 
fármaco,  de  aproximadamente  37  ng/mL,  são  alcançados  uma  a  duas  horas  após  a  ingestão  de  uma  dose  única.  Sua 
biodisponibilidade  está  compreendida  entre  76  e  85%  e  não  sofre  influência  da  ingestão  concomitante  de  alimentos. O 
etinilestradiol administrado por via oral é rapida e completamente absorvido. Os níveis séricos máximos de 54 a 100 pg/mL 
são  alcançados  em  uma  a  duas  horas.  Durante  a  absorção  e  metabolismo  de  primeira  passagem,  o  etinilestradiol  é 
metabolizado  extensivamente,  resultando  em  uma  biodisponibilidade  oral  média  de  aproximadamente  45%,  com  uma 
ampla variação interindividual de cerca de 20 a 65%. A ingestão concomitante de alimentos reduziu a biodisponibilidade 
do  etinilestradiol  em  cerca  de  25%  dos  indivíduos  estudados,  enquanto  nenhuma  alteração  foi  observada  nos  outros 
indivíduos. 
A  drospirenona  liga-se  à  albumina  sérica  e  não  à  globulina  de  ligação  aos  hormônios  sexuais  (SHBG)  ou  à  globulina 
transportadora de corticosteroides (CBG). Somente 3 a 5% das concentrações séricas totais do fármaco estão presentes na 
forma de  esteroides  livres,  sendo que 95  a  97%  encontram-se  ligadas  à  albumina  de forma  inespecífica.  O  aumento da 
SHBG  induzido  pelo  etinilestradiol  não  afeta  a  ligação  da  drospirenona  às  proteínas  séricas.  O  volume  aparente  de 
distribuição  da  drospirenona  é  de  3,7  a  4,2  L/kg.  O  etinilestradiol  liga-se  alta  e  inespecificamente  à  albumina  sérica 
(aproximadamente 98%) e induz um aumento das concentrações séricas de SHBG. Foi determinado um volume aparente 
de distribuição de cerca de 2,8 a 8,6 L/kg. 
A  drospirenona  é  totalmente  metabolizada.  No  plasma,  seus  principais  metabólitos  são  a  forma  ácida  da  drospirenona, 
formada  pela  abertura  do  anel  de  lactona  e  o  4,5-diidro-drospirenona-3-sulfato,  ambos  formados  sem  a  intervenção  do 
sistema P450. Conforme estudos in vitro, uma pequena parte da drospirenona é metabolizada pelo citocromo P450 3A4. 
A taxa de depuração sérica da drospirenona é de 1,2 a 1,5 mL/min/kg. Quando a drospirenona foi administrada em conjunto 
com  etinilestradiol  em  dose  única,  não  foi  observada  interação  direta.  O  etinilestradiol  está  sujeito  à  conjugação  pré-
sistêmica tanto na mucosa do intestino delgado como no fígado; metabolizado primariamente por hidroxilação aromática, 
com formação de diversos metabólitos hidroxilados e metilados presentes nas formas livre e conjugada com glicuronídios 
e sulfato. A taxa de depuração do etinilestradiol é de cerca de 2,3 a 7 mL/min/kg. 
Os níveis séricos da drospirenona diminuem em duas fases. A fase de disposição terminal é caracterizada por uma meia-
vida de aproximadamente 31 horas. A drospirenona não é eliminada na forma inalterada. Seus metabólitos são eliminados 
pelas vias biliar e urinária em uma proporção de aproximadamente 1,2 a 1,4. A meia-vida de eliminação dos metabólitos 
pela  urina  e  fezes  é  de  cerca  de  1,7  dia.  Os  níveis  séricos  de  etinilestradiol  diminuem  em  duas  fases  de  disposição, 
caracterizadas por meias-vidas de cerca de uma hora e dez a 20 horas, respectivamente. O etinilestradiol não é eliminado 
na forma inalterada; seus metabólitos são eliminados com meia-vida de aproximadamente um dia. A proporção de excreção 
é de 40 (urina): 60 (bile). 
A farmacocinética da drospirenona não é influenciada pelos níveis de SHBG. Durante a ingestão diária, os níveis séricos 
do fármaco aumentam cerca de duas a três vezes, atingindo o estado de equilíbrio durante a segunda metade de um ciclo de 
utilização. As condições no estado de equilíbrio são alcançadas durante a segunda metade de um ciclo de utilização, quando 
os níveis séricos de etinilestradiol elevam-se em 40 a 110%, quando comparados com dose única. 
 
Efeito  do  alimento:  a  velocidade  de  absorção  de  drospirenona  e  etinilestradiol  após  administração  única  de  dois 
comprimidos de drospirenona + etinilestradiol na presença de alimentos, foi mais lenta com a redução da Cmáx plasmática 
em cerca de 40% para ambos os fármacos. A extensão de absorção da drospirenona, no entanto, permaneceu inalterada. 
Por outro lado, a extensão de absorção do etinilestradiol foi reduzida em cerca de 20% na presença de alimento. 
 
Insuficiência renal: os níveis séricos da drospirenona no estado de equilíbrio, em mulheres com alteração renal leve foram 
comparáveis  àquelas  mulheres  com função  renal normal. Os  níveis  séricos  da  drospirenona  foram  em  média  37% mais 
elevados em mulheres com alteração renal moderada comparado àquelas mulheres com função renal normal. O tratamento 
com  drospirenona  foi  bem  tolerado  em  todos  os  grupos  e  não  mostrou  qualquer  efeito  clinicamente  significativo  na 
concentração sérica de potássio. 
 
Insuficiência hepática: em mulheres com alteração da função hepática moderada (Child-Pugh B) os perfis de tempo da 
concentração sérica média da drospirenona foram comparáveis àquelas mulheres com função hepática normal, durante as 
fases de absorção/distribuição, com valores similares de Cmáx. A diminuição observada na depuração da drospirenona em 
voluntárias com alteração hepática moderada, comparada às voluntárias normais, não foi traduzido em qualquer diferença 
aparente  nas  concentrações  séricas  de  potássio  entre  os  dois  grupos  de  voluntárias.  Mesmo  na  presença  de  diabetes  e 
tratamento  concomitante  com  espironolactona  (dois  fatores  que  podem  predispor  uma  usuária  à  hipercalemia)  não  foi 
observado aumento nas concentrações séricas de potássio acima do limite permitido da variação normal. Com base nos 
resultados desse estudo pode-se concluir que a associação etinilestradiol + drospirenona é bem tolerada em pacientes com 
alteração da função hepática leve ou moderada. 
 
Grupos étnicos:  
o impacto de fatores étnicos na farmacocinética da drospirenona e do etinilestradiol foi avaliado após 
administração  de  doses  orais  únicas  e  repetidas  a  mulheres  jovens  e  saudáveis,  caucasianas  e  japonesas.  Os  resultados 

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Bula_Profissional_Molièri30SemParar_(drospirenona+etinilestradiol)_com_rev - Copia 

                                     VERSÃO 00 

 

mostraram que as diferenças étnicas entre mulheres japonesas e caucasianas não tiveram influência clinicamente relevante 
na farmacocinética da drospirenona e do etinilestradiol. 
 
4. CONTRAINDICAÇÕES 
Este medicamento é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à drospirenona, ao etinilestradiol ou a qualquer 
componente de sua formulação. 
Não deve ser usado na presença ou história de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos como trombose 
venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio, ou acidente vascular cerebral (AVC); presença ou história de 
sintomas e/ou sinais prodrômicos de trombose (ataque isquêmico transitório, angina pectoris); história de enxaqueca com 
sintomas neurológicos focais; diabetes mellitus com alterações vasculares; presença de um fator de risco grave ou múltiplos 
fatores  de  risco  para  a  trombose  arterial  ou  venosa,  que  também  pode  representar  uma  contraindicação  (vide  item  5. 
ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES);  presença  ou  histórico  de  pancreatite  associada  a  hipertrigliceridemia  grave; 
presença  ou  história  de  doença  hepática  grave,  enquanto  os  valores  da  função  hepática  não  retornarem  ao  normal; 
insuficiência renal grave ou insuficiência renal aguda; presença ou história de tumores hepáticos benignos ou malignos; 
diagnóstico ou suspeita de neoplasias dependentes de esteroides sexuais (por exemplo, dos órgãos genitais ou das mamas); 
sangramento vaginal não diagnosticado; suspeita ou diagnóstico de gravidez. 
Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez durante o uso de COCs, a sua utilização 
deve ser descontinuada imediatamente. 
Este  medicamento  é  contraindicado  para  uso  com  o  regime  combinado  dos  medicamentos  para  o  vírus  da  hepatite  C 
ritonavir/ombitasvir/veruprevir, com ou sem dasabuvir (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 
 
Este medicamento é contraindicado para uso em pacientes com insuficiência renal ou hepática. 
Este medicamento é contraindicado durante a gravidez. 
 
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 
As pacientes devem ser advertidas de que este medicamento não protege contra infecção ao vírus HIV (AIDS) ou a 
outras doenças sexualmente transmissíveis. 
O tabagismo aumenta o risco de sérios efeitos adversos cardiovasculares em uso concomitante com contraceptivos 
orais. O risco aumenta com a idade e com a quantidade de cigarros utilizada (15 ou mais cigarros/dia) e é bastante 
acentuado em mulheres acima de 35 anos de idade. Mulheres que usam contraceptivos orais devem ser seriamente 
advertidas a não fumarem. 
 
Na ocorrência de qualquer uma das condições ou fatores de risco mencionados a seguir, deve ser avaliado o risco/benefício 
da utilização dos COCs individualmente para cada paciente e discutidos com ela antes do início de sua utilização. Em casos 
de agravamento, exacerbação ou aparecimento pela primeira vez de qualquer uma dessas condições ou fatores de risco, a 
paciente  deve  ser  orientada  a  contatar  seu  médico.  Nesses  casos,  a  continuação  do  uso  do  medicamento  fica  a  critério 
médico. 
 
Distúrbios  circulatórios:  estudos  epidemiológicos  sugerem  associação  entre  a  utilização  COCs  e  aumento  do  risco  de 
distúrbios tromboembólicos e trombóticos arteriais e venosos, como infarto do miocárdio, AVC, trombose venosa profunda 
e  embolia  pulmonar.  A  ocorrência  destes  eventos  é  rara.  Durante  o  emprego  de  quaisquer  COCs,  pode  ocorrer 
tromboembolismo venoso (TEV) manifestado através de trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar. O risco da 
ocorrência de tromboembolismo venoso é mais elevado durante o primeiro ano de uso em usuárias de primeira vez de COC. 
A incidência aproximada de TEV em usuárias de contraceptivos orais contendo estrogênio em baixa dose (menos que 50 
mcg de etinilestradiol ) é de até quatro por 10.000 usuárias ao ano. Em não usuárias de COCs, esta incidência é de 0,5-3 a 
cada 10.000 mulheres ao ano. A incidência de TEV associada à gestação é de seis por 10.000 gestantes ao ano.  Em casos 
extremamente raros, foi observada ocorrência de trombose em outros vasos sanguíneos como, por exemplo, em veias e 
artérias  hepáticas,  mesentéricas,  renais,  cerebrais  ou  retinianas  em  usuárias  de  COCs.  O  risco  de  processos 
trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, ou de AVC, aumenta com os seguintes fatores: idade; tabagismo (com 
consumo  elevado  de  cigarros  e  aumento  da  idade;  e  torna-se  ainda  maior  em  mulheres com  idade  superior  a  35  anos); 
história  familiar  positiva  de  processos  tromboembólicos;  obesidade;  dislipidemia,  dislipoproteinemia;  hipertensão; 
enxaqueca; valvopatia; fibrilação atrial; imobilização prolongada, cirurgia de grande porte, qualquer intervenção cirúrgica 
em membros inferiores ou trauma extenso. Nestes casos, é aconselhável descontinuar o uso do COC (em caso de cirurgia 
programada, é aconselhável descontinuar o uso do COC com, pelo menos, quatro semanas de antecedência) e não reiniciá-
lo até, pelo menos, duas semanas após restabelecimento. Se houver suspeita de predisposição hereditária, a paciente deve 
ser  encaminhada  a  um  especialista  antes  de  decidir  pelo  uso  de  qualquer  COC.  Os  fatores  bioquímicos  indicativos  de 
predisposição hereditária ou adquirida para trombose arterial ou venosa incluem: resistência à proteína C ativada (PCA), 
hiper-homocisteinemia,  deficiências  de  antitrombina  III,  de  proteína  C  e  de  proteína  S,  anticorpos  antifosfolipídios 
(anticorpos  anticardiolipina,  anticoagulante  lúpico).  Deve  ser  considerado  o  aumento  do  risco  de  tromboembolismo  no 
puerpério. Outras condições clínicas que também foram associadas aos eventos adversos circulatórios são: diabetes mellitus, 
lúpus eritematoso sistêmico, síndrome hemolíticourêmica, doença de Crohn ou colite ulcerativa e anemia falciforme. Um 

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aumento da frequência ou da intensidade de enxaquecas durante o uso de COCs pode ser motivo para a suspensão imediata 
do mesmo pela possibilidade deste quadro representar o início de um evento vascular cerebral. 
 
Tumores: em alguns estudos epidemiológicos, foi relatado aumento do risco de câncer cervical em usuárias de COCs por 
período prolongado. No entanto, permanece controvérsia sobre a extensão em que esta ocorrência possa ser atribuída aos 
efeitos do comportamento sexual e a outros fatores, tais como o papilomavírus humano (HPV). Esses estudos não fornecem 
evidências de causalidade. O padrão observado de aumento do risco pode ser devido ao diagnóstico precoce de câncer de 
mama em usuárias de COCs, aos efeitos biológicos dos COCs ou à combinação de ambos. Os casos de câncer de mama 
diagnosticados em usuárias de primeira vez de COCs tendem a ser clinicamente menos avançados do que os diagnosticados 
em mulheres que nunca utilizaram COCs. Foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente, 
malignos em usuárias de COCs. Em casos isolados, esses tumores provocaram hemorragias intra-abdominais com risco de 
vida  para  a paciente.  A possibilidade  de  tumor  hepático  deve  ser  considerada no diagnóstico  diferencial  de  usuárias  de 
COCs que apresentarem dor intensa em abdome superior, aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-
abdominal. 
 
Outras condições: a capacidade de excretar potássio pode estar limitada em pacientes com insuficiência renal. O risco 
teórico de hipercalemia parece existir apenas nas pacientes com nível de potássio sérico superior ao limite da normalidade 
(anterior  ao  uso  do  COC)  e  naquelas  que  estiverem  utilizando  medicamentos  poupadores  de  potássio.  Mulheres  com 
hipertrigliceridemia  ou  com  história  familiar,  podem  apresentar  aumento  no  risco  de  desenvolvimento  de  pancreatite 
durante o uso de COC. Entretanto, no caso de desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa, é 
aconselhável que o médico interrompa o uso do medicamento e trate a hipertensão. Se for considerado apropriado, o uso 
do  COC  pode  ser  reiniciado,  quando  os  níveis  pressóricos  normalizarem  após  terapia  antihipertensiva.  Foi  descrita  a 
ocorrência ou agravamento das seguintes condições, tanto durante a gestação quanto durante o uso de COC, no entanto, a 
evidência de uma associação com o uso de COC é inconclusiva: icterícia e/ou prurido relacionados à colestase; formação 
de  cálculos  biliares;  porfiria;  lúpus  eritematoso  sistêmico;  síndrome  hemolíticourêmica;  coreia  de  Sydenham;  herpes 
gestacional; perda da audição relacionada com a otosclerose. Os distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem 
requerer  a  descontinuação  do  uso  de  COC,  até  que  os  marcadores  da função  hepática  retornem  aos  valores  normais. A 
recorrência de icterícia colestática que tenha ocorrido pela primeira vez durante a gestação, ou durante o uso anterior de 
esteroides sexuais, requer a descontinuação do uso de COCs. Embora os COCs possam exercer efeito sobre a resistência 
periférica  à  insulina  e  sobre  a  tolerância  à  glicose,  não  há  qualquer  evidência  da  necessidade  de  alteração  do  regime 
terapêutico em usuárias de COCs de baixa dose que sejam portadoras de diabetes. Entretanto, deve-se manter cuidadosa 
vigilância enquanto estas pacientes estiverem utilizando COCs. O uso de COCs tem sido associado à doença de Crohn e à 
colite  ulcerativa.  Ocasionalmente,  pode  ocorrer  cloasma,  sobretudo  em  usuárias  com  história  de  cloasma  gravídico. 
Mulheres predispostas ao desenvolvimento de cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto 
estiverem usando COCs.  
 
Consultas/exames  médicos:  antes  de  iniciar  ou  retomar  o  uso  do  COC,  é  necessário  obter  história  clínica  detalhada  e 
realizar  exame  clínico  completo,  considerando  os  itens  descritos  no  item  4.  CONTRAINDICAÇÕES;  estes 
acompanhamentos devem ser repetidos periodicamente durante o uso de COCs. A avaliação médica periódica é igualmente 
importante porque as contraindicações ou fatores de risco podem aparecer pela primeira vez durante a utilização do COC. 
A frequência e a natureza destas avaliações devem basear-se nas condutas médicas estabelecidas e ser adaptadas a cada 
usuária, mas, em geral, devem incluir atenção especial à pressão arterial, mamas, abdômen e órgãos pélvicos, incluindo 
citologia cervical. 
 
Contracepção  em  regime  contínuo:  a  supressão  do  sangramento  durante  a  pausa  contraceptiva,  através  do  regime  de 
contracepção contínua, além de representar uma alternativa para contorno dos eventos adversos recorrentes nesse período, 
apresenta indicação para condições clínicas específicas, como distúrbios hematológicos e endometriose, podendo ainda ser 
utilizado para evitar o sangramento inconveniente à paciente, quando desejável. Evidências científicas atuais indicam que 
os COCs usados em regime contínuo são eficazes e apresentam perfil de tolerabilidade comparável ao regime convencional. 
Admite-se que o intervalo livre de hormônios ou a ingestão contínua do contraceptivo hormonal promova maior supressão 
da atividade ovariana, aumentando a segurança contraceptiva em comparação à utilização convencional. Ensaios clínicos 
recentes  com  COCs  em  regime  contínuo  demonstraram  bons  resultados  com  a  associação  contraceptiva  contendo 
drospirenona.  Além  da  melhora  dos  sintomas  (particularmente  dismenorreia,  sintomas  pré-menstruais,  mastalgia  e 
alterações  cutâneas),  houve  nítida  superioridade  do  regime  contínuo  na  modificação  do  padrão  de  sangramento 
(proporcional ao tempo de uso) e na satisfação da paciente, quando comparado ao regime com pausa. No regime contínuo 
foi observado aumento da taxa de amenorreia com o prolongamento do uso. 
Como ocorre com os COCs em regime cíclico, podem surgir sangramentos irregulares (spotting ou sangramento de escape) 
com o uso em regime contínuo, principalmente durante os primeiros meses de uso, entretanto, uma característica comum 
nesse regime, é a capacidade em diminuir o fluxo, a duração e a frequência das menstruações. A avaliação de qualquer 
sangramento  irregular  somente  será  significativa  após  um  intervalo  de  adaptação  de  cerca  de  três  ciclos.  Ao  indicar 
drospirenona + etinilestradiol, a conveniência da supressão da menstruação deve ser avaliada em relação à inconveniência 

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do sangramento de escape e/ou spotting. É possível que em algumas usuárias não ocorra o sangramento por privação durante 
o intervalo de pausa programada eventual. Se a usuária ingeriu os comprimidos segundo as instruções descritas no item 8. 
POSOLOGIA  E  MODO  DE  USAR,  é  pouco  provável  que  esteja  grávida.  Porém,  se  o  COC  não  tiver  sido  ingerido 
corretamente no ciclo em que houve ausência de sangramento por privação ou se não ocorrer sangramento por privação em 
dois ciclos consecutivos, deve-se excluir a possibilidade de gestação antes de continuar a utilização do COC. 
 
Uso em idosos: a eficácia e segurança foram estabelecidas para mulheres em idade fértil. 
 
Uso pediátrico: a eficácia e segurança foram estabelecidas para mulheres em idade fértil. A eficácia e segurança esperadas 
são as mesmas para adolescentes pós-púberes abaixo de 16 anos e para usuárias com 16 anos ou mais; no entanto, este 
medicamento não é indicado antes da menarca. 
 
Mulheres grávidas: Categoria de risco na gravidez: X 
Este  medicamento  é  contraindicado  durante  a  gravidez.  Caso  a  paciente  engravide,  deve-se  descontinuar  o  seu  uso. 
Entretanto, estudos epidemiológicos abrangentes não revelaram risco aumentado de malformações congênitas em crianças 
nascidas de pacientes que tenham utilizado COC antes da gestação. Também não foram verificados efeitos teratogênicos 
decorrentes da ingestão acidental de COCs no início da gestação. Os dados disponíveis sobre o uso deste medicamento 
durante a gravidez são muito limitados para extrair conclusões sobre efeitos negativos dele na gravidez, saúde do feto ou 
do neonato. Ainda não existem dados epidemiológicos relevantes. Os COCs administrados no período pós-parto podem 
interferir com a lactação, uma vez que podem reduzir a quantidade e alterar a composição do leite materno. Portanto, não 
é recomendável, em geral, o uso de COCs até que a lactante tenha suspendido completamente a amamentação do seu filho. 
Pequenas quantidades dos componentes ativos dos contraceptivos e/ou de seus metabólitos podem ser excretados no leite 
materno. 
 
Hepatite C 
Durante  os  ensaios  clínicos  com  o  regime  combinado  dos  medicamentos  para  o  vírus  da  hepatite  C 
ritonavir/ombitasvir/veruprevir, com ou sem dasabuvir, elevações da ALT para valores acima de 5 vezes o limite superior 
da normalidade foram significativamente mais frequentes em mulheres em uso de medicamentos que contêm etinilestradiol, 
como os Anticoncepcionais Hormonais Combinados Orais (AHCOs).  
Deve-se  realizar  a  troca  dos  anticoncepcionais  contendo  etinilestradiol  por  medicamentos  contraceptivos  apresentando 
apenas progestágeno ou métodos de contracepção não hormonais duas semanas antes de se iniciar terapia com o regime 
combinado 

dos 

medicamentos 

ritonavir/ombitasvir/veruprevir, 

com 

ou 

sem 

dasabuvir 

(veja 

itens 

4. 

CONTRAINDICAÇÕES e 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).  
Este  medicamento  pode  ser  reiniciado  aproximadamente  duas  semanas  após  o  término  do  tratamento  deste  regime 
combinado de medicamentos. 
 
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Fármacos  que  reconhecidamente  interagem  com  COCs  incluem:  indutores  de  enzimas  hepáticas  como  rifampicina; 
fármacos antiepiléticos (DAEs), incluindo fenobarbital, fenitoína, primidona, carbamazepina, oxcarbazepina, topiramato e 
felbamato; fármacos que aumentam os parâmetros farmacocinéticos, incluindo atorvastatina (aumenta os valores da área 
sob  a  curva  –  ASC);  antibacterianos/antifúngicos,  incluindo  ampicilina,  tetraciclina  e  griseofulvina;  modafinila; 
antirretrovirais (ritonavir); e possivelmente, a fenilbutazona. 
As  usuárias  em  tratamento  com  qualquer  uma  das  substâncias  acima  relatadas  devem  ser  orientadas  a  utilizar 
temporariamente um método contraceptivo adicional (de barreira ou outro método). 
Enquanto  a  usuária  estiver  utilizando  algum  medicamento  indutor  das  enzimas  microssomais,  ela  deve  ser  orientada  a 
utilizar concomitantemente o método de barreira, bem como mantê-lo por 28 dias após sua descontinuação. 
As usuárias tratadas com antibióticos devem utilizar concomitantemente um método de barreira durante o tratamento e por 
sete dias após o término da antibioticoterapia. Entretanto, no caso da rifampicina ou griseofulvina, o método de barreira 
deve ser mantido até 28 dias após o término do tratamento com os antibióticos. 
Estudos  com  vários  inibidores  de  protease  anti-HIV  em  uso  concomitante  com  COCs  detectaram  casos  de  alterações 
significativas na ASC média do estrogênio e progestagênio, que podem afetar a eficácia e segurança dos contraceptivos 
orais. 
Estudos clínicos avaliaram o potencial de interação farmacológica da drospirenona, utilizando omeprazol e sinvastatina 
como  substratos  marcadores,  e  os  resultados  não  indicaram  inibição  das  isoenzimas  CYP2C19  e  CYP3A4  por  doses 
terapêuticas de drospirenona. 
Pode ocorrer aumento do potássio sérico por interação da drospirenona com anti-inflamatórios não hormonais (ibuprofeno, 
naproxeno e outros); diuréticos poupadores de potássio (espironolactona, amilorida, triantereno), suplementação dietética 
de  potássio,  inibidores  da  enzima  conversora  da  angiotensina  (enalapril,  captopril,  lisinopril  e  outros),  antagonistas  do 
receptor da angiotensina-II (candesartana, losartana, valsartana e outros) e heparina. No entanto, num estudo realizado para 
avaliação  da  interação  da  drospirenona  (combinada  com  estradiol)  com  enalapril  (inibidor  da  angiotensina),  não  foi 

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observada nenhuma diferença clínica ou estaticamente significativa nas concentrações séricas de potássio entre os grupos 
compostos por pacientes pós-menopausadas com hipertensão leve. 
Foram relatadas concentrações aumentadas de ciclosporina, prednisolona e teofilina concomitante ao uso de contraceptivos 
orais. Concentrações plasmáticas reduzidas de acetominofeno (paracetamol) e clearance aumentado de temaxepam, ácido 
salicílico, morfina e ácido clofíbrico foram observados quando estes fármacos foram administrados com contraceptivos 
orais. 
Fármacos que reconhecidamente interagem com COCs incluem indutores de enzimas hepáticas como produtos fitoterápicos 
contendo Hypericum perforatum (erva-de-são-joão). 
Alguns testes de função hepática e endócrina podem ser afetados pelos contraceptivos orais. 
As seguintes alterações podem ocorrer: aumento de protrombina e de fatores VII, VIII e IX; aumento da TBG e redução da 
captação de T3 livre; alteração dos níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras); HDL-C e triglicérides aumentados; 
diminuição da tolerância à glicose; níveis de folatos séricos deprimidos. 
As alterações geralmente permanecem dentro do intervalo laboratorial considerado normal. 
A drospirenona provoca aumento na aldosterona plasmática e na atividade da renina plasmática, induzidos pela sua leve 
atividade antimineralocorticoide. 
Durante  os  ensaios  clínicos  com  o  regime  combinado  dos  medicamentos  para  o  vírus  da  hepatite  C 
ritonavir/ombitasvir/veruprevir, com ou sem dasabuvir, elevações da ALT para valores acima de 5 vezes o limite superior 
da normalidade foram significativamente mais frequentes em mulheres em uso de medicamentos que contêm etinilestradiol, 
como os Anticoncepcionais Hormonais Combinados Orais (AHCOs). 
Deve-se  realizar  a  troca  dos  anticoncepcionais  contendo  etinilestradiol  por  medicamentos  contraceptivos  apresentando 
apenas progestágeno ou métodos de contracepção não hormonais duas semanas antes de se iniciar terapia com o regime 
combinado 

dos 

medicamentos 

ritonavir/ombitasvir/veruprevir, 

com 

ou 

sem 

dasabuvir 

(veja 

itens 

4. 

CONTRAINDICAÇÕES e 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). 
Este  medicamento  pode  ser  reiniciado  aproximadamente  duas  semanas  após  o  término  do  tratamento  deste  regime 
combinado de medicamentos. 
 
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 
Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). 
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação. 
 
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 
 
Características do produto: Comprimido revestido, circular, biconvexo, amarelo, sem vinco. 
 
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 
 
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR 
O tratamento consiste na administração de um comprimido diário com auxílio de um pouco de líquido, sempre no mesmo 
horário, de forma contínua, ficando o período de pausa programada eventual a critério do médico. 
Para que a máxima eficácia contraceptiva seja atingida, Molièri 30 Sem Parar® (drospirenona + etinilestradiol) deve ser 
tomado  exatamente  como  indicado  e  os  intervalos  entre  as  tomadas  não  devem  exceder  24  horas.  A  possibilidade  de 
ovulação e concepção antes do início do tratamento deve ser considerada. Mulheres que não desejam engravidar após o 
término do tratamento devem ser advertidas a iniciar imediatamente com outro método contraceptivo. 
Quando  nenhum  contraceptivo  hormonal  foi  utilizado  no  mês  anterior,  o  tratamento  com  Molièri  30  Sem  Parar® 
(drospirenona + etinilestradiol) deve ser iniciado no primeiro dia do sangramento menstrual (1º dia do ciclo natural). Este 
medicamento  é  eficaz  a  partir  do  primeiro  dia  de  tratamento,  se  os  comprimidos  forem  tomados  conforme  descrito 
anteriormente. Neste caso, não é necessário utilizar método contraceptivo adicional. 
Na troca de outro contraceptivo oral para Molièri 30 Sem Parar® (drospirenona + etinilestradiol), o início do tratamento 
deve ser feito de preferência no dia seguinte ao último comprimido ativo do contraceptivo oral combinado anterior ter sido 
ingerido  ou,  no  máximo,  no  dia  seguinte  ao  intervalo  habitual  sem  comprimido  ativo  ou  com  comprimido  inerte  do 
contraceptivo oral combinado anterior. 
Na troca de adesivo transdérmico ou anel vaginal para Molièri 30 Sem Parar® (drospirenona + etinilestradiol), o início do 
tratamento  deve  ser  feito  de  preferência  no  dia  da  retirada  ou,  no  máximo,  no  dia  previsto  para  a  próxima  aplicação. 
Certifique-se de não ultrapassar o período de 7 (sete) dias entre a retirada do adesivo ou anel e o primeiro comprimido de 
Molièri  30  Sem  Parar®  (drospirenona  +  etinilestradiol).  Neste  caso,  não  é  necessário  utilizar  método  contraceptivo 
adicional. 
Se  a  paciente  estiver  mudando  de  um  método  contraceptivo  contendo  somente  progestagênio  [minipílula,  injetável, 
implante ou sistema intrauterino (SIU) com liberação de levonorgestrel], proceder como descrito a seguir. A minipílula 
pode  ser  interrompida  em  qualquer  dia  e  deve-se  iniciar  Molièri  30  Sem  Parar®  (drospirenona  +  etinilestradiol)  no  dia 

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Bula_Profissional_Molièri30SemParar_(drospirenona+etinilestradiol)_com_rev - Copia 

                                     VERSÃO 00 

 

seguinte. No caso do implante ou do SIU, iniciar Molièri 30 Sem Parar® (drospirenona + etinilestradiol) no dia da remoção. 
No caso de utilização de contraceptivo injetável, esperar o dia programado para a próxima injeção e iniciar a utilização de 
Molièri 30 Sem Parar® (drospirenona + etinilestradiol). Em todas essas situações, recomenda-se usar um método de barreira 
durante os sete primeiros dias de administração dos comprimidos. 
Pode ocorrer, em casos isolados, sangramento de escape e/ou spotting, principalmente durante o início da utilização deste 
medicamento  que,  geralmente,  cessa  espontaneamente.  A  paciente  deve,  entretanto,  continuar  o  tratamento  em  caso  de 
sangramento irregular. A frequência e a intensidade do sangramento, geralmente, melhoram após quatro a cinco meses de 
tomada dos comprimidos no regime contínuo. Caso o sangramento irregular persista tornando-se incômodo para a usuária, 
há evidências que a adoção da pausa de três dias é uma conduta efetiva para o seu controle. No caso de sangramento intenso 
ou persistente, faz-se necessário diagnóstico apropriado para excluir causas orgânicas. 
Se a paciente esquecer de tomar um comprimido no horário habitual, mas o atraso for  menor que 12 horas, a proteção 
contraceptiva não será reduzida. A usuária deve ingerir imediatamente o comprimido esquecido e continuar o restante da 
cartela no horário habitual. 
Se  houver  transcorrido  mais  de  12  horas,  a  usuária  deve  ingerir  imediatamente  o  comprimido  esquecido,  mesmo  que 
signifique a ingestão de dois comprimidos num único dia. Os comprimidos restantes devem ser tomados no horário habitual. 
Neste caso, a proteção contraceptiva pode estar reduzida, devendo ser empregados adicionalmente método contraceptivo 
de  barreira  (por  ex.:  diafragma  associado  a  um  espermicida;  ou  preservativo  masculino)  por  sete  dias.  Não  devem  ser 
utilizados os métodos de ritmo (tabelinha) e da temperatura. 
Se a paciente esquecer de tomar dois comprimidos, deverá tomar dois comprimidos no mesmo dia em que se lembrar e 
mais dois comprimidos no dia seguinte. Os comprimidos seguintes devem ser tomados no horário habitual. Adicionalmente, 
a usuária deve utilizar método contraceptivo de barreira (por ex.: diafragma associado a um espermicida; ou preservativo 
masculino) por sete dias. Não devem ser utilizados os métodos de ritmo (tabelinha) e da temperatura. 
Se a paciente esquecer de tomar três ou mais comprimidos, deverá continuar tomando um comprimido diário e não tomar 
os comprimidos esquecidos. Adicionalmente, a usuária deve utilizar método contraceptivo de barreira (por ex.: diafragma 
associado  a  um  espermicida;  ou  preservativo  masculino)  por  sete  dias.  Não  devem  ser  utilizados  os  métodos  de  ritmo 
(tabelinha) e da temperatura. 
Este medicamento pode ser administrado imediatamente após abortamento de primeiro trimestre, sem necessidade de adotar 
medidas  contraceptivas  adicionais.  Após  parto,  em  mulheres  que  não  estejam  amamentando,  ou  após  abortamento  de 
segundo trimestre, é recomendável iniciar o tratamento no período de três a quatro semanas após o procedimento. No caso 
de começar em período posterior, deve-se aconselhar o uso adicional de um método de barreira nos sete dias iniciais de 
ingestão. Se já tiver ocorrido relação sexual, deve certificar-se de que a mulher não esteja grávida, antes de iniciar o uso de 
Molièri 30 Sem Parar® (drospirenona + etinilestradiol) ou, então, aguardar a primeira menstruação. Devem ser observadas 
as advertências com relação ao uso de COCs durante a amamentação. Deve-se considerar que a administração de COCs no 
período  imediatamente  após  o  parto  ou  abortamento  de  segundo  trimestre  aumenta  o  risco  de  ocorrência  de  doenças 
tromboembólicas. 
Se ocorrerem vômitos ou diarreia intensa após a ingestão de  Molièri 30 Sem Parar® (drospirenona + etinilestradiol), as 
substâncias ativas podem não ter sido absorvidas adequadamente. Se o vômito ocorrer no período de três a quatro horas 
após a ingestão do comprimido, seguir o mesmo procedimento indicado para o caso de esquecimento de um comprimido. 
Se a disfunção gastrintestinal for prolongada, deve-se considerar a mudança para outro método de contracepção. 
 
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado. 
 
9. REAÇÕES ADVERSAS 
Reação comum (≥ 1% e < 10%): 
cefaleia, distúrbios menstruais, mastalgia, dor abdominal, náusea, leucorreia, síndrome 
gripal,  acne,  monilíase  vaginal,  depressão,  diarreia,  astenia,  dismenorreia,  lombalgia,  infecções,  faringite,  sangramento 
intermenstrual, enxaqueca, vômitos, tontura, nervosismo, vaginite, sinusite, cistite, bronquite, gastrenterite, reação alérgica, 
infecção do trato urinário, prurido, labilidade emocional, exantema, infecção do trato respiratório superior. 
 
Reação incomum (≥ 0,1% e < 1%): 
retenção de líquido, hipertrofia mamária, erupção cutânea, diminuição da libido, 
urticária. 
 
Reação  rara  (≥  0,01%  e  <  0,1%):  intolerância  a  lentes  de  contato;  hipersensibilidade;  diminuição  do  peso  corporal; 
aumento da libido; secreção vaginal ou das mamas; eritema nodoso ou multiforme. 
Os estrogênios exógenos podem intensificar os sintomas de angioedema em mulheres com angioedema hereditário. 
 
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 
 
10. SUPERDOSE 
A superdose pode causar náuseas e vômitos e em algumas mulheres pode ocorrer sangramento vaginal. 
Pode-se considerar que os procedimentos usuais de lavagem gástrica e os tratamentos de suporte sejam adequados para os 
casos de superdose. 

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Bula_Profissional_Molièri30SemParar_(drospirenona+etinilestradiol)_com_rev - Copia 

                                     VERSÃO 00 

 

 
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
 
DIZERES LEGAIS 
 
M.S.: 1.0043.1079 
Farm. Resp. Subst.: Dra. Ivanete Aparecida Dias Assi – CRF-SP 41.116  
 
Fabricado e Registrado por:  

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, 3565 – Itapevi – SP 

CNPJ do titular do registro: 61.190.096/0001-92 

Indústria Brasileira 
 
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.  
 
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 23/04/2021 

 

    

  

 

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Histórico de Alteração da Bula 

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

No do 

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Assunto 

Data de 

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VPS) 

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Alteração de Texto 

de Bula  

 

Notificação Inicial 

de Texto de Bula 

referente a nova 

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84 comprimidos  

 

VP/ 

VPS 

3 mg + 0,03 mg 

comprimido 

revestido