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Primera 20®  

(desogestrel + etinilestradiol) 

Bula para profissional de saúde  

Comprimido 

150 mcg + 20 mcg 

 

 

 

       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

Primera 20® 

(desogestrel+etinilestradiol) 

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA 

 
 
APRESENTAÇÕES 
Comprimido 150 mcg + 20 mcg: embalagem contendo 1 porta blister e 1 blister calendário com 21 comprimidos 

ou 3 porta blisteres e 3 blisteres calendário com 63 comprimidos. 

 

USO ADULTO 

USO ORAL 

COMPOSIÇÃO 

Cada comprimido 150 mcg + 20 mcg contém: 
desogestrel ............................................................................................................................................................... 150 mcg 
etinilestradiol ............................................................................................................................................................. 20 mcg 
excipientes* q.s.p ............................................................................................................................................ 1 comprimido 
*Excipientes: amido, copovidona, celulose microcristalina, butil-hidroxianisol, amidoglicolato de sódio, ácido cítrico, 
dióxido de silício, estearato de magnésio, povidona e lactose. 

 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE: 

 

 

1. INDICAÇÕES 
Anticoncepção. 

 

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 
Em 1736 mulheres recebendo desogestrel + etinilestradiol por até 48 ciclos, um total de 5 casos de gravidez ocorreu 
durante o tratamento.1 O índice de Pearl total foi de 0,22, considerando uma taxa de falha do método de 0,04 e uma 
taxa de falha pelo paciente de 0,18. 

 

Referência bibliográfica: 
1.Scientific  Development  Group  Release  Report  2727.  Dieben  TOM,  Voerman  JWA.  Evaluation  of  a  new  oral 
contraceptive combination containing 0.150 mg Org 2969 plus 0.020 mg ethinyloestradiol. 

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 

Propriedades farmacodinâmicas 
Classificação ATC G03A A09. 
O  efeito  anticonceptivo  dos  anticoncepcionais  hormonais  combinados  orais  (AHCOs)  é  baseado  na  interação  de 
vários fatores, sendo que os mais importantes são observados sobre a inibição da ovulação e alterações do muco 
cervical.  Assim  como  a  proteção  contra  a  gravidez,  os  AHCOs  apresentam  várias  propriedades  positivas  que, 
juntamente  com  as  propriedades  negativas  (ver  itens  5.  ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES  e  9.  REAÇÕES 
ADVERSAS), podem ser úteis para decidir sobre o método de planejamento produtivo. O ciclo é mais regular e a 
menstruação é frequentemente menos dolorosa e o sangramento menos intenso. Este último pode resultar na redução 
da ocorrência de deficiência de ferro. Além disso, com os AHCOs de doses mais elevadas (50 mcg de etinilestradiol), 
há evidência de redução de risco de tumores fibrocísticos das mamas, cistos ovarianos, doença inflamatória pélvica, 
gestação ectópica e câncer de endométrio e de ovário. Ainda não foi confirmado se isso se aplica aos AHCOs de 
baixa dose. 

 

Propriedades farmacocinéticas 
desogestrel 
Absorção: 
o desogestrel administrado por via oral é rápida e completamente absorvido e convertido em etonogestrel. 
Concentrações plasmáticas máximas são atingidas em cerca de 1,5 hora. A biodisponibilidade é de 62% a 81%. 
Distribuição: o etonogestrel se liga à albumina plasmática e à globulina transportadora de hormônio sexual (SHBG). 
Apenas 2% a 4% das concentrações plasmáticas totais do fármaco estão presentes como esteroide livre e 

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40% a 70% são ligados especificamente à SHBG. O aumento de SHBG induzido pelo etinilestradiol influencia a 
distribuição nas proteínas séricas, causando um aumento da fração ligada à SHBG e uma diminuição da fração ligada 
à albumina. O volume de distribuição aparente do desogestrel é de 1,5 L/kg. 
Metabolismo: o etonogestrel é completamente metabolizado pelas vias conhecidas do metabolismo de esteroides. 
A taxa de depuração metabólica do plasma é de cerca de 2 mL/min/kg. Não foi encontrada nenhuma interação com 
o etinilestradiol administrado concomitantemente. 
Eliminação:  as  concentrações  séricas  do  etonogestrel  diminuem  em  duas  fases.  A  fase  final  de  eliminação  é 
caracterizada por uma meia-vida de aproximadamente 30 horas. O desogestrel e seus metabólitos são excretados na 
proporção urinária/biliar de cerca de 6:4. 
Condições no estado de equilíbrio: a farmacocinética do etonogestrel é influenciada pelas concentrações de SHBG, 
que são aumentados em três vezes pelo etinilestradiol. Após a ingestão diária, as concentrações séricas do fármaco 
aumentam em cerca de duas a três vezes, atingindo as condições de estado de equilíbrio durante a segunda metade 
do ciclo de tratamento. 
etinilestradiol 
Absorção:  
o  etinilestradiol  administrado  por  via  oral  é  rápida  e  completamente  absorvido.  Concentrações 
plasmáticas máximas são atingidas dentro de 1 a 2 horas. A biodisponibilidade absoluta resultante da conjugação 
pré-sistêmica e metabolismo de primeira passagem é de aproximadamente 60%. 
Distribuição: o etinilestradiol é altamente, mas não especificamente, ligado à albumina sérica (aproximadamente 
98,5%) e induz um aumento nas concentrações plasmáticas de SHBG. Foi determinado um volume de distribuição 
aparente de cerca de 5 L/kg. 
Metabolismo: o etinilestradiol é submetido à conjugação pré-sistêmica tanto na mucosa do intestino delgado quanto 
no fígado. O etinilestradiol é principalmente metabolizado pela hidroxilação aromática, mas é formada uma ampla 
variedade de metabólitos hidroxilados e metilados, e estes  estão presentes como metabólitos livres e conjugados 
com glucoronídeos e sulfato. O índice de depuração metabólica é de cerca de 5 mL/min/kg. 
Eliminação: os níveis séricos de etinilestradiol diminuem em duas fases de eliminação, sendo que a fase final é 
caracterizada por uma meia-vida de aproximadamente 24 horas. A droga inalterada não é excretada; os  metabólitos 
do etinilestradiol são excretados na proporção urinária/biliar de 4:6. A meia-vida de excreção de metabólitos é de 
cerca de 1 dia. 
Condições no estado de equilíbrio: as concentrações no estado de equilíbrio são atingidas após 3 a 4 dias quando 
as concentrações séricas do fármaco são maiores que 30% a 40% em comparação com a dose única. 
Dados de segurança pré-clínicos 
Os  dados  pré-clínicos  não  revelaram  risco  especial  para  humanos  quando  os  AHCOs  são  utilizados  conforme 
recomendado. Isso se baseia nos estudos convencionais de toxicidade de doses repetidas, genotoxicidade,  potencial 
carcinogênico  e  toxicidade  reprodutiva.  Entretanto,  deve-se  considerar  que  os  esteroides  sexuais  podem 
proporcionar o crescimento de determinados tecidos e tumores dependentes de hormônios. 

 

4. CONTRAINDICAÇÕES 
Os  anticoncepcionais  hormonais  combinados  (AHCs)  não  devem  ser  utilizados  na  presença  de  quaisquer  das 
condições relacionadas a seguir. Se alguma dessas condições aparecer pela primeira vez durante o uso do AHC, o 
produto deve ser descontinuado imediatamente. 

 

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres nas seguintes condições: 
- Presença ou antecedentes de trombose venosa (trombose venosa profunda, embolia pulmonar). 
-  Presença ou antecedentes de trombose arterial (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral) ou condições 
prodrômicas (por exemplo: crise isquêmica transitória, angina pectoris). 
- Predisposição conhecida para tromboses venosas ou arteriais, tais como resistência à proteína C ativada (PCA), 
deficiência  de  antitrombina-III,  deficiência  de  proteína  C,  deficiência  de  proteína  S,  hiperomocisteinemia  e 
anticorpos antifosfolípides. 
-  Antecedentes  de  enxaqueca  com  sintomas  neurológicos  focais  (ver  item  5.  ADVERTÊNCIAS  E 
PRECAUÇÕES). 
- Diabetes melito com envolvimento vascular. 
- A presença de fator(es) de risco grave(s) ou múltiplo(s) para trombose venosa ou arterial também pode constituir 
uma contraindicação (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 
- Cirurgia de grande porte com imobilização prolongada (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 
- Pancreatite ou antecedentes de pancreatite, se associada com hipertrigliceridemia grave. 
-  Presença ou antecedentes de distúrbios hepáticos graves, enquanto os resultados dos testes de função hepática 
não retornarem ao normal. 
- Presença ou antecedentes de tumores hepáticos (benignos ou malignos). 

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-  Conhecidos ou suspeitos tumores dependentes de esteroides sexuais (por exemplo: dos órgãos genitais ou das 
mamas). 
- Sangramento vaginal sem diagnóstico. 
-  Hipersensibilidade a quaisquer das substâncias ativas de Primera 20® (desogestrel + etinilestradiol) ou a 
quaisquer dos excipientes. 

 

Primera 20® (desogestrel + etinilestradiol) é contraindicado para uso com o regime combinado dos medicamentos 
para o vírus da Hepatite C ombitasvir/paritaprevir/ritonavir, com ou sem dasabuvir (veja item 5. ADVERTÊNCIAS 
E PRECAUÇÕES). 

 

Gravidez 
Este medicamento é contraindicado para uso durante a gravidez ou suspeita de gravidez. 
Primera  20®  (desogestrel  +  etinilestradiol)  não  é  indicado  durante  a  gravidez.  Se  ocorrer  gravidez  durante  o 
tratamento com Primera 20® (desogestrel + etinilestradiol), a administração dos comprimidos deve ser interrompida. 
A maioria dos estudos epidemiológicos mostrou que não há aumento do risco de malformações nas crianças nascidas 
de  mães  que  usaram  AHCOs  antes  da  gestação,  nem  efeitos  teratogênicos  quando  o  AHCO  foi  administrado 
inadvertidamente durante o início da gestação. 

 

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 
Se  alguma das  condições/fatores  de  risco relacionados  a  seguir  estiver presente, os  benefícios  do  uso  do  AHCO 
devem ser avaliados contra os possíveis riscos para a mulher individualmente e discutidos com a paciente antes dela 
decidir  iniciar  o  uso  do  medicamento.  Em  caso  de  piora,  exacerbação  ou  primeira  ocorrência  de  alguma  dessas 
condições ou fatores de risco, a mulher deve contatar o seu médico. O médico, então, deve decidir se o uso do AHC 
deve ser descontinuado.  
Neste item da bula, o termo anticoncepcional hormonal combinado (AHC) é empregado quando existem dados para 
anticoncepcionais  orais  e  não  orais.  O  termo  anticoncepcional  hormonal  combinado  oral  (AHCO)  é  empregado 
quando existem dados apenas para anticoncepcionais orais. 

 

Distúrbios circulatórios 

•  Estudos epidemiológicos demonstraram associação entre o uso de AHCs e aumento do risco de doenças 

tromboembólicas  e  trombóticas  venosas  ou  arteriais,  tais  como  infarto  do  miocárdio,  acidente  vascular 
cerebral, trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Esses eventos ocorrem raramente. 

•   uso de qualquer AHC é associado com um aumento do risco de tromboembolia venosa (TEV) manifestada 

por trombose venosa profunda e/ou embolia pulmonar. O risco é maior durante o primeiro ano em que a 
mulher inicia o uso de um AHC. O risco é também aumentado após o início do uso de AHC ou reinício de 
uso, do mesmo ou de diferente AHC, após uma interrupção de quatro semanas ou mais. 

•  Alguns estudos epidemiológicos sugeriram que as mulheres que utilizaram AHCOs de baixa dose com 

progestagênios  de  terceira  geração,  incluindo  o  desogestrel,  apresentaram  aumento  de  risco  de 
tromboembolia  venosa  quando  comparadas  com  aquelas  que  utilizaram  AHCOs  de  baixa  dose  com  o 
progestagênio levonorgestrel. Esses estudos indicaram aumento no risco de aproximadamente duas vezes, 
o que poderia corresponder a 1 ou 2 casos adicionais de tromboembolia venosa por 10.000 mulheres-ano 
de uso. Entretanto, os dados de outros estudos não mostraram esse aumento de 2 vezes no risco. 

• 

De modo geral, considera-se que a incidência de tromboembolia venosa em usuárias de AHCs de baixas 
doses  de  estrogênios  (<  0,05  mg  de  etinilestradiol)  é  de  3  a  12  casos  por  10.000  mulheres-  ano  em 
comparação com 1 a 5 casos por 10.000 mulheres-ano em não usuárias. A incidência de tromboembolia 
venosa que ocorre durante o uso de AHC é menor do que a incidência associada com a gestação (isto é, 5 
a 20 casos por 10.000 mulheres-ano). A tromboembolia venosa é fatal em 1-2% dos casos. 

•  A figura a seguir mostra o risco de desenvolvimento de tromboembolia venosa para mulheres não grávidas 

e que não usam AHCs, para mulheres que usam AHCs, para mulheres grávidas e para mulheres em período 
pós-parto. Para colocar em perspectiva o risco de desenvolvimento de tromboembolia venosa: se 10.000 
mulheres que não estão grávidas e não usam AHCs são acompanhadas por um ano, entre 1 e 5 delas irão 
desenvolver tromboembolia venosa. 

•  Probabilidade de desenvolvimento de tromboembolia venosa: 

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*AHC = anticoncepcional hormonal combinado 
**Dados  de  gravidez  baseados  na  duração  real  da  gravidez  em  estudos  de  referência.  Com  base  na 
suposição modelo que a gravidez tenha duração de nove meses, a taxa é de 7 a 27  por 10.000 mulheres- 
anos. 

•  Há  relatos  extremamente  raros  da  ocorrência  de  trombose  em  outros  vasos  sanguíneos em  usuárias  de 

AHCs, como veias e artérias hepáticas, mesentéricas, renais, cerebrais ou retinianas. 

•  Os sintomas de eventos trombóticos/tromboembólicos venosos ou arteriais ou de acidente vascular cerebral 

podem incluir: dor e/ou edema unilateral na perna; dor torácica intensa súbita, seja ela irradiada ou não para 
o braço esquerdo; dispneia súbita; súbito início de tosse; cefaleia atípica, intensa  e prolongada; perda de 
visão súbita parcial ou  completa; diplopia; dificuldade de fala ou afasia; vertigem; colapso com ou sem 
convulsão focal; fraqueza ou insensibilidade muito acentuada afetando subitamente um dos lados ou uma 
parte do corpo; distúrbios motores; abdome “agudo”. 

•  O risco de tromboembolia venosa aumenta com: aumento da idade; antecedentes familiares positivos (isto 

é,  tromboembolia  venosa  em  irmãos  ou  pais  em  idade  relativamente  precoce).  Se  houver  suspeita  de 
predisposição hereditária, a mulher deve ser encaminhada a um especialista para aconselhamento antes de 
decidir sobre o uso de qualquer anticoncepcional hormonal; obesidade (índice de massa corporal acima  de 
30  kg/m2);  imobilização  prolongada,  cirurgia  de  grande  porte,  qualquer  cirurgia  nas  pernas  ou  grande 
trauma. Nessas situações, é recomendável descontinuar o uso do AHCO (no caso de cirurgia eletiva, pelo 
menos  com  4  semanas  de  antecedência)  e  não  reiniciar  o  uso  antes  de  duas  semanas  após  completa 
remobilização. Ver também item 4. CONTRAINDICAÇÕES; e possivelmente também com tromboflebite 
superficial  e  veias  varicosas.  Não  há  consenso  sobre  o  possível  papel  dessas  condições  na  etiologia  da 
tromboembolia venosa. 

•  O  risco  de  complicações  tromboembólicas  arteriais  aumenta  com:  aumento  da  idade;  tabagismo  (com 

tabagismo intenso e aumento da idade, o risco também aumenta, especialmente em mulheres acima dos 35 
anos  de  idade);  antecedentes familiares  positivos  (isto  é,  trombose  arterial  em  irmãos  ou  pais  em  idade 
relativamente precoce). Se houver suspeita de predisposição hereditária, a mulher deve ser encaminhada a 
um especialista para aconselhamento antes de decidir sobre o uso de qualquer anticoncepcional hormonal; 
obesidade  (índice  de  massa  corporal  acima  de  30  kg/m2);  dislipoproteinemia;  hipertensão;  enxaqueca; 
doença cardíaca valvular; fibrilação atrial. 

•  O  aumento  do  risco  de  tromboembolia  no  puerpério  deve  ser  considerado  (ver  itens  4. 

CONTRAINDICAÇÕES – Gravidez e 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Lactação). 

•  Outras condições médicas associadas com eventos adversos circulatórios incluem diabetes melito, lúpus 

eritematoso  sistêmico,  síndrome  hemolítica  urêmica,  doença  intestinal  inflamatória  crônica  (colite 
ulcerativa ou doença de Crohn) e anemia falciforme. 

•  Um aumento na intensidade ou frequência de enxaqueca durante o uso de AHCO (que pode ser prodrômico 

de um evento vascular cerebral) pode ser uma razão para interrupção imediata do AHCO. 

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•  Fatores bioquímicos que podem ser indicativos de predisposição hereditária ou adquirida para trombose 

venosa ou arterial incluem a resistência à proteína C ativada (APC), hiperomocisteinemia, deficiência de 
antitrombina-III,  deficiência  de  proteína  C,  deficiência  de  proteína  S,  anticorpos  antifosfolípides 
(anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico). 

•  Ao considerar a relação risco/benefício, o médico deve levar em consideração que o tratamento adequado 

de uma condição pode diminuir o risco associado de trombose. 

 

Tumores 

•  O fator de risco mais importante para câncer de colo de útero é a infecção persistente pelo papilomavírus 

humano  (HPV).  Estudos  epidemiológicos  indicaram  que  o  uso  prolongado  de  AHCOs  contribui  para  o 
aumento de risco, mas há incertezas sobre em que extensão esse achado é atribuível a outros fatores, assim 
como exames mais frequentes do colo do útero, diferenças no comportamento sexual incluindo o uso de 
métodos anticoncepcionais de barreira, ou a uma associação causal. 

•  A metanálise de 54 estudos epidemiológicos relatou que há aumento discreto do risco relativo (RR = 1,24) 

de ocorrer câncer de mama diagnosticado em mulheres usuárias de AHCOs. O aumento do risco desaparece 
gradativamente durante o curso de 10 anos após a descontinuação do uso do AHCO. Uma vez que o câncer 
de mama é raro em mulheres abaixo de 40 anos de idade, o número de cânceres de mama diagnosticados 
em usuárias atuais e recentes de AHCO é pequeno em relação ao risco global de câncer de mama. O câncer 
de mama diagnosticado em mulheres que usaram AHCOs tende a ser clinicamente menos avançado do que 
o câncer diagnosticado em mulheres que nunca os usaram. 

•  Em outro estudo epidemiológico com 1,8 milhões de mulheres dinamarquesas acompanhadas por 10,9 anos 

em média, o RR relatado de câncer de mama em usuárias de AHCO aumentou com o uso de longa duração 
quando comparado com mulheres que nunca usaram AHCOs (RR geral = 1,19; RR variou de 1,17 a 1 para 
uso por menos de 5 anos e para 1,46 após o uso por mais de 10 anos). A diferença relatada de risco absoluto 
(número  de  casos  de  câncer  de  mama  comparados  entre  não-usuárias  e  usuárias  atuais  e  recentes  de 
AHCOs) foi pequena: 13 para 100.000 mulheres/ano. 

•  Estudos epidemiológicos não proporcionam evidência de causalidade. O aumento de risco observado pode 

ser devido ao diagnóstico mais precoce do câncer de mama em usuárias de AHCO, aos efeitos biológicos 
dos AHCOs ou à combinação de ambos. 

•  Foram relatados, raramente, em usuárias de AHCOs, tumores hepáticos benignos, e ainda  mais raramente, 

tumores  hepáticos  malignos.  Em  casos  isolados,  esses  tumores  causaram  hemorragia  intrabdominal 
potencialmente fatal. Portanto, quando ocorrer dor abdominal superior intensa, hepatomegalia ou sinais de 
hemorragia intrabdominal em mulheres usando AHCOs a presença de tumor hepático deve ser considerada 
no diagnóstico diferencial. 

 

Hepatite C 

 

•  Durante os ensaios clínicos com alguns regimes de combinação de HCV, foram observadas elevações da 

ALT  em  mulheres  usando  medicamentos  contendo  etinilestradiol  (ver  item  “6.  INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS”). Por exemplo, o regime combinado dos medicamentos para o vírus da hepatite C 
ombitasvir/paritaprevir/ritonavir, com ou sem dasabuvir, elevações da ALT para valores acima de 5 vezes 
o  limite  superior  da  normalidade  foram  significativamente  mais  frequentes  em  mulheres  em  uso  de 
medicamentos  que  contêm  etinilestradiol,  como  os  AHCOs.  Desogestrel  +  etinilestradiol  deve  ser 
descontinuado 

ao 

se 

iniciar 

terapia 

com 

regime 

combinado 

dos 

medicamentos 

ombitasvir/paritaprevir/ritonavir,  com  ou  sem  dasabuvir  (veja  itens  4.  CONTRAINDICAÇÕES  e  6. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). Desogestrel + etinilestradiol pode ser reiniciado aproximadamente 
2 semanas após o término do tratamento deste regime combinado de medicamentos. 

 

Outras condições 

•  Mulheres portadoras ou com antecedentes familiares de hipertrigliceridemia podem apresentar aumento do 

risco de pancreatite ao usarem AHCOs. 

•  Os estrogênios exógenos podem induzir ou exacerbar os sintomas de angioedema hereditário e adquirido; 
•  Embora  pequenos  aumentos  da  pressão  sanguínea  tenham  sido  relatados  em  muitas  mulheres  usando 

AHCOs, aumentos clinicamente relevantes são raros. Não foi estabelecida a relação entre o uso do  AHCO 
e  a  hipertensão  clínica.  Entretanto,  se  hipertensão  sustentada  clinicamente  significativa  se  desenvolver 
durante o uso de AHCO, é prudente o médico suspender o AHCO e tratar a hipertensão. Se for considerado 
apropriado, o uso do AHCO pode ser reintroduzido quando forem obtidos valores normais de pressão com 
o tratamento anti-hipertensivo. 

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A ocorrência ou deterioração das seguintes condições foi relatada tanto durante a gestação quanto no uso 
de AHCO, mas a evidência de associação com o uso de AHCO não é conclusiva: icterícia e/ou prurido 
relacionado com colestase; formação de cálculos biliares; porfiria; lúpus eritematoso sistêmico;  síndrome 
hemolítica urêmica; coreia de Sydenham; herpes gestacional; perda de audição relacionada à otosclerose;  

•  Distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem necessitar da descontinuação do uso do AHCO 

até que os exames da função hepática retornem ao normal. A recorrência de icterícia colestática que ocorreu 
pela primeira vez durante a gestação ou ao uso prévio de esteroides sexuais obriga a descontinuar o uso dos 
AHCOs. 

•  Embora os AHCOs possam apresentar efeitos sobre a resistência periférica à insulina e tolerância à glicose, 

não há evidências da necessidade de alterar o esquema terapêutico em diabéticas usando AHCOs de baixas 
doses  (contendo  <  0,05  mg  de  etinilestradiol).  Entretanto,  as  mulheres  com  diabetes  devem  ser 
cuidadosamente monitoradas durante o tratamento com AHCOs. 

•  Doença de Crohn e colite ulcerativa foram associadas ao uso de AHCO. 
•  Ocasionalmente pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres com antecedentes de cloasma gravídico. 

As mulheres com tendência a apresentar cloasma devem evitar a exposição ao sol ou à radiação ultravioleta 
enquanto estiverem utilizando AHCOs. 

•  Desogestrel + etinilestradiol contém < 80 mg de lactose por comprimido. Pacientes com o raro problema 

hereditário  de  intolerância  à  galactose,  a  deficiência  de  lactase  de  Lapp  ou  má  absorção  de  glicose- 
galactose  que  estiverem  sendo  submetidas  à  dieta  sem  lactose  devem  levar  essa  quantidade  em 
consideração. 

 

Ao  aconselhar  a  escolha  de  métodos  anticonceptivos,  todas  as  informações  acima  devem  ser  levadas  em 
consideração. 

 

Exames e consultas médicas 
Antes de iniciar ou reinstituir o uso de desogestrel + etinilestradiol, deve-se fazer anamnese completa (incluindo 
antecedentes  familiares)  e  deve-se  excluir  a  presença  de  gestação.  A  pressão  arterial  deve  ser  aferida  e,  se 
clinicamente  indicado,  deve  ser  feito  exame  físico  voltado  para  as  contraindicações  (ver  item  4. 
CONTRAINDICAÇÕES)  e  advertências  (ver  item  5.  ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES)  mencionadas  nesta 
bula. As mulheres também devem ser orientadas a ler cuidadosamente a bula com as informações para as pacientes 
do desogestrel + etinilestradiol e respeitar suas recomendações. A frequência e natureza das avaliações periódicas 
adicionais devem se basear em normas práticas estabelecidas e adaptadas individualmente. As mulheres devem ser 
advertidas de que os anticoncepcionais orais não protegem contra infecções pelo vírus HIV (AIDS) e outras doenças 
sexualmente transmissíveis. 

 

Eficácia reduzida 
A  eficácia  do  desogestrel  +  etinilestradiol  pode  ser  reduzida  quando,  por  exemplo,  houver  esquecimento  da 
administração de comprimidos (ver item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR - Conduta se a mulher esquecer-se 
de tomar o comprimido); ocorrerem distúrbios gastrintestinais (ver item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR  - 
Conduta  em  caso  de  distúrbios  gastrintestinais)  ou  administração  concomitante  com  outros  medicamentos  que 
diminuam a concentração plasmática de etonogestrel, o metabólito ativo do desogestrel (ver item 6. INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS). 

 

Redução do controle do ciclo 
Com todos os AHCOs, pode ocorrer sangramento irregular (spotting ou sangramento inesperado), especialmente 
durante os primeiros meses de uso. Portanto, a avaliação de qualquer sangramento irregular é apenas importante 
após um intervalo de adaptação de cerca de três ciclos. 
Se  a  irregularidade  dos  sangramentos  persistir  ou  ocorrer  após  ciclos  previamente  regulares,  então,  devem  ser 
consideradas causas não hormonais e medidas diagnósticas adequadas devem ser adotadas para excluir malignidade 
ou gestação. Essas medidas podem incluir a curetagem. 
Em algumas mulheres, o sangramento de privação pode não ocorrer durante o intervalo sem tratamento. Se o AHCO 
foi usado de acordo com as instruções recomendadas (ver item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR), é improvável 
que a mulher esteja grávida. Entretanto, se o AHCO não foi usado adequadamente antes da primeira ausência de 
sangramento  de  privação  ou  se  ocorrerem  duas  ausências  de  sangramento  de  privação  seguidas,  a  presença  de 
gestação deve ser descartada antes de continuar o uso do AHCO. 

 

Lactação 
A lactação pode ser influenciada pelos AHCOs uma vez que eles podem reduzir a quantidade e alterar a composição 
do  leite  materno.  Portanto,  o  uso  dos  AHCOs  geralmente  não  deve  ser  recomendado  até  que  a  lactante  tenha 
completado  o  desmame.  Pequenas  quantidades  de  esteroides  anticoncepcionais  e/ou  seus  metabólitos  podem  ser 

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excretadas pelo leite, mas não há evidência de que isso afete adversamente a saúde do lactente. 

 

Pacientes idosas 
Desogestrel + etinilestradiol é um medicamento de uso exclusivo em pacientes em idade reprodutiva. Não se destina 
a uso em pacientes com idade ≥ 60 anos. 

 

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas 
Não foram observados efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas. 

 

Este medicamento é contraindicado para uso durante a gravidez ou suspeita de gravidez. 

 

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Nota:  As  bulas  dos  medicamentos  de  uso  concomitante  devem  ser  consultadas  para  identificação  de  interações 
potenciais. Poderá ocorrer sangramento inesperado e/ou falha anticoncepcional quando os anticoncepcionais orais 
forem  administrados  concomitantemente  com  outros  medicamentos.  As  seguintes  interações  foram  relatadas  na 
literatura: 
Metabolismo hepático: podem ocorrer interações com medicamentos ou produtos à base de ervas medicinais que 
induzem as enzimas microssomais, principalmente as enzimas do citocromo P450 (CYP), o que pode resultar em 
aumento da depuração e redução da concentração plasmática dos hormônios sexuais podendo causar diminuição da 
eficácia  dos  anticoncepcionais  orais  combinados,  incluindo  desogestrel  +  etinilestradiol.  Esses  produtos  incluem 
fenitoína,  fenobarbital,  primidona,  bosentana,  carbamazepina,  rifampicina  e,  possivelmente,  também,  a 
oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina, alguns inibidores da protease do vírus HIV (por ex., ritonavir) 
e inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa (por ex., efavirenz) e produtos contendo a erva medicinal erva 
de São João ou St. John's wort
A  indução  enzimática  pode  ocorrer  após  alguns  dias  de  tratamento.  A  indução  enzimática  máxima  é  observada 
geralmente em algumas semanas. Após a descontinuação da terapia, a indução enzimática pode durar por cerca de 
28 dias. Quando coadministrados com anticoncepcionais hormonais, muitas combinações de inibidores de protease 
do vírus HIV (por ex., nelfinavir) e inibidores não nucleosídeos da transcriptase reversa (por ex., nevirapina), e/ou 
combinações com medicamentos utilizados para o tratamento da hepatite C (por ex., boceprevir, telaprevir), podem 
aumentar ou diminuir a concentração plasmática de progestagênios, incluindo o etonogestrel, o metabólito ativo do 
desogestrel, ou estrogênios. O efeito líquido dessas alterações pode ser clinicamente relevante em alguns casos. 

Mulheres tratadas com algum dos medicamentos ou produtos à base de ervas medicinais citados acima deverão ser 

informadas de que pode ocorrer redução de eficácia de desogestrel + etinilestradiol. Deve ser usado algum método 
de  barreira  combinado  com  desogestrel  +  etinilestradiol  durante  a  administração de  medicamentos  indutores  das 
enzimas hepáticas e por 28 dias após a descontinuação. Se a administração concomitante continuar após o término 
dos comprimidos do blíster, o próximo blíster deverá ser iniciado imediatamente a seguir, sem o intervalo usual sem 
comprimidos.  Para  mulheres  em  terapia  prolongada  com  fármacos  indutores  de  enzimas  microssomais,  deve  ser 
considerada a escolha de um método anticonceptivo alternativo, o qual não seja afetado por esses fármacos. 
A administração concomitante de inibidores fortes (por ex., cetoconazol, itraconazol, claritromicina) ou  moderados 
(por  ex.,  fluconazol,  diltiazem,  eritromicina)  de  CYP3A4  pode  aumentar  a  concentração  sérica  de  estrogênios  e 
progestagênios, incluindo o etonogestrel, o metabólito ativo do desogestrel. 
Os anticoncepcionais orais podem afetar o metabolismo de outros fármacos. Da mesma forma, as concentrações 
plasmáticas e tissulares podem tanto aumentar (exemplo, ciclosporina) quanto diminuir (exemplo, lamotrigina). 
Durante  os  ensaios  clínicos  com  o  regime  combinado  dos  medicamentos  para  o  vírus  da  hepatite  C 
ombitasvir/paritaprevir/ritonavir, com ou sem dasabuvir, elevações da ALT para valores acima de 5 vezes o limite 
superior  da  normalidade  foram  significativamente  mais  frequentes  em  mulheres  em  uso  de  medicamentos  que 
contêm etinilestradiol, como os AHCOs. Desogestrel + etinilestradiol deve ser descontinuado ao se iniciar terapia 
com o regime combinado dos medicamentos ombitasvir/paritaprevir/ritonavir, com ou sem dasabuvir (veja itens 4. 
CONTRAINDICAÇÕES  e  5.  ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES).  Desogestrel  +  etinilestradiol  pode  ser 
reiniciado aproximadamente 2 semanas após o término do tratamento deste regime combinado de medicamentos. 
 
O  uso  concomitante  com  alguns  outros  medicamentos  antivirais  para  o  HCV,  como  os  que  contêm 
glecaprevir/pibrentasvir,  pode  aumentar  o  risco  de  elevações  da  ALT  (ver  item  “5.  ADVERTÊNCIAS  E 
PRECAUÇÕES - Hepatite C”).    

 

Exames laboratoriais 
O  uso  de  esteroides  anticoncepcionais  pode  influenciar  os  resultados  de  determinados  exames  laboratoriais, 
incluindo parâmetros bioquímicos da função hepática, tireoidiana, adrenal e renal, níveis plasmáticos de proteínas 
(transportadoras),  como  por  exemplo,  a  globulina  transportadora  de  corticosteroides  e  de  frações  de 
lípides/lipoproteínas,  parâmetros  do  metabolismo  de  carboidratos  e  da  coagulação  e  fibrinólise.  As  alterações 

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geralmente permanecem dentro dos limites da normalidade. 
 

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz e umidade. 

O prazo de validade deste medicamento é de 18 meses a partir da data da fabricação. 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

 

Características do produto: comprimido circular, biconvexo, de cor branca, sem vinco. 

 
 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

 
 

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR 
Como tomar Primera 20® (desogestrel + etinilestradiol) 
Os comprimidos devem ser tomados na ordem orientada na cartela, com um pouco de líquido, conforme necessário. 
Um comprimido é tomado  diariamente no mesmo horário, sem interrupção durante 21 dias, seguindo- se de uma 
pausa de 7 dias. Cada cartela subsequente é iniciada após o término dessa pausa de 7 dias sem comprimidos, durante 
a qual normalmente ocorre o sangramento de privação. Este, em geral, inicia-se no 2º ou 3º dia após a tomada do 
último comprimido e pode não terminar antes do início da cartela seguinte. 

 

Como iniciar o uso do Primera 20® (desogestrel + etinilestradiol) 
• Sem ter utilizado nenhum anticoncepcional hormonal (no último mês) 
A administração do comprimido precisa iniciar no 1º dia do ciclo menstrual natural da mulher (isto é, no primeiro 
dia da menstruação). Também é permitido iniciar entre o 2º e o 5º dia, e, neste caso, recomenda-se utilizar também 
um método de barreira nos primeiros 7 dias de tratamento. 

 

•  Troca de um anticoncepcional hormonal combinado [anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO), 
anel vaginal ou adesivo transdérmico] 
A mulher deve iniciar Primera 20® (desogestrel + etinilestradiol) preferivelmente no dia seguinte ao da administração 
do último comprimido ativo (o último comprimido contendo substâncias ativas) do AHCO utilizado anteriormente, 
e  no  mais  tardar,  no  dia  seguinte  ao  do  intervalo  habitual  sem  tratamento  ou  do  comprimido  placebo  do  seu 
tratamento prévio com AHCO. No caso do anel vaginal ou adesivo transdérmico, a mulher deve iniciar o uso de 
desogestrel + etinilestradiol preferivelmente no dia da retirada do anel ou do adesivo, mas no mais tardar no dia em 
que a próxima inserção/aplicação seria realizada. 
Se a mulher estiver utilizando o método anterior consistentemente e corretamente e se houver certeza de que não 
está grávida, ela também pode substituir seu método anticoncepcional combinado hormonal anterior em qualquer 
dia  do  ciclo.  O  intervalo  sem  tratamento  hormonal  do  método  anterior nunca  deve  ser  estendido  além  do  tempo 
recomendado. 

 

•  Troca  de  um  medicamento  à  base  de  progestagênio  isolado  (minipílula,  injeção,  implante)  ou  sistema 
intrauterino que libera progestagênio (SIU) 
A troca da minipílula por Primera 20® (desogestrel + etinilestradiol) pode ser feita em qualquer dia. No caso de 
implante ou SIU, a troca deve ser feita no dia da retirada dos mesmos e, no caso de medicamento injetável, no dia 
em que seria administrada a próxima injeção. Nesses casos, a mulher também deve ser advertida que é necessária a 
utilização de um método anticonceptivo de barreira durante os primeiros 7 dias de tratamento com desogestrel + 
etinilestradiol. 

 

• Após aborto no primeiro trimestre de gestação 
Pode-se  iniciar  imediatamente.  Nesse  caso,  não  há  necessidade  da  utilização  de  um  método  anticoncepcional 
adicional. 

 

• Após o parto ou pós-aborto no segundo trimestre de gestação 
Para lactantes, ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Lactação. 

 

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As mulheres devem ser orientadas a iniciar Primera 20® (desogestrel + etinilestradiol) nos dias 21 a 28 após o parto 
ou aborto no segundo trimestre de gestação. 
Quando iniciar depois desse período, a mulher também deve ser orientada a utilizar durante os primeiros 7 dias de 
tratamento, um método de barreira adicional. No entanto, se a mulher já teve alguma relação sexual antes de  iniciar 
o tratamento, deve-se afastar a possibilidade de gravidez antes de iniciar o uso do AHCO, ou então, deve-se esperar 
que ocorra a primeira menstruação para iniciar o tratamento anticoncepcional. 

 

O  aumento  de  risco  de  tromboembolia  venosa  durante  o  período  de  pós-parto  deve  ser  considerado  ao  reiniciar 
Primera 20® (desogestrel + etinilestradiol) (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

Conduta se a mulher esquecer de tomar o comprimido 
Se a mulher estiver menos de 12 horas atrasada para tomar qualquer comprimido, a proteção anticoncepcional não 
é reduzida. A mulher deve tomar o comprimido assim que lembrar e o próximo deve ser tomado no horário habitual. 
Caso a mulher esteja  atrasada mais de 12 horas  para tomar qualquer comprimido, a proteção anticoncepcional 
pode estar reduzida. A conduta em caso de esquecimento pode ser orientada pelas seguintes duas normas básicas: 
1) A administração dos comprimidos nunca deve ser descontinuada por mais de 7 dias. 
2) Os 7 dias de administração ininterrupta são requeridos para atingir supressão adequada do eixo hipotalâmico- 
hipofisário-ovariano. 
As seguintes recomendações podem ser fornecidas na prática diária: 
Primeira semana:  a mulher deve tomar o comprimido esquecido assim que lembrar, mesmo se isso significar a 
tomada de dois comprimidos ao mesmo tempo. Ela deve, então, continuar a  tomar os comprimidos seguintes no 
horário habitual. Além disso, deve ser usado um método de barreira, como por exemplo, a "camisinha", durante os 
7 dias seguintes. Se a mulher teve uma relação sexual nos 7 dias prévios ao esquecimento, a possibilidade de gestação 
deve ser considerada. Quanto maior o número de comprimidos esquecidos e quanto mais próximo estiver o intervalo 
regular sem tratamento, maior o risco de gravidez. 
Segunda semana: a mulher deve tomar o último comprimido esquecido assim que lembrar, mesmo se isso significar 
a tomada de dois comprimidos ao mesmo tempo. Ela deve, então, continuar tomando os comprimidos seguintes no 
horário habitual. Se ela tomou os comprimidos corretamente nos 7 dias antes do primeiro  comprimido esquecido, 
não há necessidade de usar precauções anticoncepcionais adicionais. Entretanto, se esse não for o caso ou se ela se 
esqueceu de tomar mais de um comprimido, a mulher deve ser advertida a usar precauções adicionais durante 7 dias. 
Terceira semana: o risco de confiabilidade  reduzida é iminente por causa da proximidade com o intervalo sem 
tratamento.    Entretanto,  ajustando    o  esquema  de  administração  dos  comprimidos,  a  proteção    anticoncepcional  
reduzida  ainda  pode  ser  evitada.  Aderindo  a  qualquer  das  duas  opções  a  seguir,  não  há  necessidade  de  usar 
precauções anticoncepcionais adicionais, desde que nos 7 dias prévios ao primeiro comprimido esquecido, a mulher 
tenha tomado todos os comprimidos corretamente. Se esse não for o caso, a mulher deve ser orientada a seguir a  
primeira dessas duas opções e usar precauções adicionais também durante os próximos 7 dias seguintes. 
1) A mulher deve tomar o último comprimido esquecido assim que lembrar, mesmo se isso significar a 

ingestão de 

dois  comprimidos  ao  mesmo  tempo.  Ela  deve,  então,  continuar  tomando  os  comprimidos  seguintes  no  horário 
habitual.  A  próxima  cartela  deve  ser  iniciada  assim  que  a  cartela  em  uso  terminar,  sem  fazer  intervalo  entre  as 
cartelas. É improvável que a mulher apresente sangramento de privação até o final da segunda cartela, mas ela  pode 
apresentar spotting ou sangramento inesperado durante os dias em que estiver tomando os comprimidos. 
2) A mulher pode também ser orientada a interromper o uso dos comprimidos da cartela que estiver usando. Ela 
deve,  então,  ficar  sem  tomar  os  comprimidos  durante  7  dias,  contando  o  dia  do  comprimido  esquecido  e, 
subsequentemente, iniciar a próxima cartela. 
Caso a mulher esqueça de tomar os comprimidos e, subsequentemente, não apresente sangramento de privação no 
primeiro intervalo normal sem tratamento, a possibilidade de gestação deve ser considerada. 

 

Conduta em caso de distúrbios gastrintestinais 
Em caso de distúrbios gastrintestinais graves, a absorção pode não ter sido completa e devem ser adotados métodos 
anticoncepcionais adicionais. 
Se  ocorrer  vômito  dentro  de  3  a  4  horas  após  a  ingestão  do  comprimido,  a  recomendação  para  comprimidos 
esquecidos é aplicável (ver item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR - Conduta se a mulher esquecer de tomar o 
comprimido). Se a mulher não quiser alterar seu esquema atual de administração, ela precisa tomar comprimidos 
adicionais de outra cartela. 

 

Conduta para alterar ou atrasar a menstruação 

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Primera_20_VPS_V07   

                                 

 

Para atrasar a menstruação, a mulher deve continuar o tratamento com outra cartela de Primera 20® (desogestrel + 
etinilestradiol)  sem  respeitar  o  intervalo  sem  comprimido.  A  mulher  pode  continuar  com  essa  segunda  cartela 
durante o tempo que quiser, até que ela esteja completamente vazia. 
A  mulher  pode  apresentar  sangramento  inesperado  ou  spotting  durante  o  período  em  que  estiver  tomando  os 
comprimidos.  O  uso  regular  de  Primera  20®  (desogestrel  +  etinilestradiol)  é,  então,  retomado  após  o  intervalo 
habitual de 7 dias sem comprimido. 
Para alterar o início da menstruação para outro dia da semana diferente daquele ao qual está acostumada, a mulher 
pode ser orientada a encurtar o próximo intervalo sem comprimido em quantos dias ela quiser. Quanto mais curto o 
intervalo, maior o risco de não apresentar sangramento de privação e apresentar sangramento inesperado e spotting 
durante o uso da segunda cartela (logo que ela atrasar a menstruação). 

 

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. 

 

9. REAÇÕES ADVERSAS 
As reações adversas possivelmente relacionadas ao tratamento, que foram relatadas em estudos clínicos ou estudos 
observacionais com desogestrel + etinilestradiol ou usuárias de AHCs em geral, são mencionadas a seguir1: 

 

Classe de órgãos e 

Sistemas 

Comuns (> 1/100) 

Incomuns 

(> 1/1.000 e < 1/100) 

Raros 

(< 1/1.000) 

Distúrbios do sistema 

imune 

 

 

Hipersensibilidade 

Distúrbios metabólicos 

e nutricionais 

 

Retenção de líquidos 

 

Distúrbios psiquiátricos 

Humor deprimido 

Humor alterado 

Libido diminuída 

Libido aumentada 

Distúrbios do sistema 

nervoso 

Cefaleia 

Enxaqueca 

 

Distúrbios oculares 

 

 

Intolerância a lentes de 

contato 

Distúrbios vasculares 

 

 

Tromboembolismo 
venoso2 
Tromboembolismo 
arterial2 

Distúrbios 

gastrintestinais 

Náusea, dor abdominal 

Vômito, diarreia 

 

Distúrbios da pele e 

tecido subcutâneo 

 

Exantema, urticária 

Eritema nodoso, eritema 

multiforme 

Distúrbios do sistema 

reprodutor e 

das mamas 

Dor mamária, 

sensibilidade mamária 

Aumento mamário 

Secreção vaginal 

secreção mamária 

Investigações 

Aumento do peso 

 

Diminuição do peso 

1.  O termo MedDRA mais apropriado para descrever determinada reação adversa foi listado. Os sinônimos 

ou condições relacionadas não são listados, mas também devem ser considerados. 

2.  A incidência em estudos de coorte observacionais é de ≥ 1/10.000 a < 1/1.000 mulheres-anos. 

 

Vários efeitos indesejáveis relatados por mulheres utilizando anticoncepcionais orais combinados são abordados em 
detalhes  no  item  5.  ADVERTÊNCIAS  E  PRECAUÇÕES.  Eles  incluem:  distúrbios  tromboembólicos  venosos; 
distúrbios  tromboembólicos  arteriais;  hipertensão;  tumores  dependentes  de  hormônios  (por  exemplo,  tumores 
hepáticos e câncer de mama); exacerbações de angioedema hereditário e adquirido; cloasma. 

 

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 

 

10. SUPERDOSE 

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Primera_20_VPS_V07   

                                 

 

Não  há  relatos  de  danos  graves  decorrentes  de  superdose.  Os  sintomas  que  podem  ocorrer  nesse  caso  incluem: 
náusea,  vômito  e,  em  meninas  jovens,  leve  sangramento  vaginal.  Não  há  antídotos  e  o  tratamento  deve  ser 
sintomático. 

 

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.  

 

DIZERES LEGAIS 
 
M.S.: 1.0043.1122 
 
Farm. Resp. Subst.: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116 
 
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, 3565  

Itapevi – SP 

CNPJ: 61.190.096/0001-92 

Indústria Brasileira 

  

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA 

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 05/01/2022. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Primera_20_VPS_V07   

                                 

Histórico de Alteração da Bula  

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/VPS) 

Apresentações 

relacionadas 

 
 

28/05/2015 

 
 

0470734/15-6 

10457 – 

SIMILAR – 

Inclusão Inicial de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 
 

Não aplicável 

 
 

VPS 

 

21 ou 63 

comprimidos 

 
 
 
 

19/12/2016 

 
 
 
 

2616212/16-1 

 

10450 – 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 
 
 

Não 

aplicável 

 
 
 

Não 

aplicável 

 
 
 

Não 

aplicável 

 
 
 

Não 

aplicável 

 

Advertências e 

Precauções 

 

Interações 

Medicamentosas 

 

Dizeres Legais 

 
 
 
 

VPS 

 
 
 

21 ou 63 

comprimidos 

 
 

29/09/2017 

 
 

2041070/17-1 

10450 – 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 
 

Não 

aplicável 

 
 

Não 

aplicável 

 
 

Não 

aplicável 

 
 

Não 

aplicável 

 

Forma 

farmacêutica e 

apresentações 

 
 

VPS 

 
 

21 ou 63 

comprimidos 

 
 

28/02/2019 

 
 

0189497/19-8 

10450 – 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 
 

Não 

aplicável 

 
 

Não 

aplicável 

 
 

Não 

aplicável 

 
 

Não 

aplicável 

 

Advertências e 

precauções 

Reações adversas 

 
 

VPS 

 
 

21 ou 63 

comprimidos 

29/08/2019 

 
 
 
 

2072115/19-3 

 
 

10450 – 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de 

Texto de Bula – 

RDC 60/12 

 
 
 
 

Não 

aplicável 

 
 
 
 

Não 

aplicável 

 
 
 
 

Não 

aplicável 

 
 
 
 

Não 

aplicável 

Características 

farmacológicas 

Contraindicações 

Advertências e 

precauções 

Interações 

medicamentosas 

Posologia e modo 

de usar 

Reações adversas 

 
 
 
 
 

VPS 

 
 
 
 

21 ou 63 

comprimidos 

01/04/2021

 

1252379/21-8

 

10450 – 

SIMILAR – 

Notificação de 

Alteração de Texto 

de Bula – RDC 60/12

 

Não 

aplicável

 

Não 

aplicável

 

Não 

aplicável

 

Não 

aplicável

 

4. 

Contraindicações 
5. Advertências e 

Precauções 

 

VPS

 

 

21 ou 63 

comprimidos

 

 
 
 
 
Não aplicável

 

 
 
 
 
Não aplicável

 

10450 – 

SIMILAR – 

Notificação 

de 

Alteração 

de Texto de 

Bula – 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

5. Advertências e 

Precauções 

 

6. Interações 

medicamentosas   

 

9. Reações 

Adversas 

 

Dizeres Legais 

 

VPS 

 

21 ou 63 

comprimidos