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Quet 

(hemifumarato de quetiapina) 

 
 

Bula para profissional de saúde 

Comprimido revestido 

25, 100 e 200 mg 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Quet (hemifumarato de quetiapina)_com_rev_V09_VPS

 

 

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

Quet 

(hemifumarato de quetiapina) 

 

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA 

 

APRESENTAÇÕES 

Comprimido revestido 25 mg ou 100 mg: embalagens com 15 ou 30 comprimidos. 

Comprimido revestido 200 mg: embalagem com 30 comprimidos. 

 

USO ORAL 

 

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 10 ANOS (vide indicações) 

 

COMPOSIÇÃO 

Cada comprimido revestido de 25 mg contém: 

hemifumarato de quetiapina.......................................................................................................................28,78 mg* 

*equivalente a 25 mg de quetiapina base. 

Excipientes: povidona, lactose monoidratada, celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, amidoglicolato de 

sódio, estearato de magnésio, álcool etílico, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio, corante vermelho óxido de ferro, 

corante amarelo óxido de ferro e água purificada. 

 

Cada comprimido revestido de 100 mg contém: 

hemifumarato de quetiapina.....................................................................................................................115,12 mg* 

*equivalente a 100 mg de quetiapina base. 

Excipientes: povidona, lactose  monoidratada, celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, amidoglicolato de 

sódio, estearato de magnésio, álcool etílico, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio, corante amarelo óxido de ferro e 

água purificada. 

 

Cada comprimido revestido de 200 mg contém: 

hemifumarato de quetiapina.....................................................................................................................230,24 mg* 

*equivalente a 200 mg de quetiapina base. 

Excipientes: povidona, lactose monoidratada, celulose microcristalina, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, amidoglicolato de 

sódio, estearato de magnésio, álcool etílico, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio e água purificada. 

 

 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 

 

1. INDICAÇÕES 

Em adultos, Quet (hemifumarato de quetiapina) é indicado para o tratamento da esquizofrenia, como monoterapia ou adjuvante no 

tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar, dos episódios de depressão associados ao transtorno 

afetivo bipolar, no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar I (episódios maníaco, misto ou depressivo) em combinação 

com os estabilizadores de humor lítio ou valproato, e como monoterapia no tratamento de manutenção no transtorno afetivo bipolar 

(episódios de mania, mistos e depressivos). 

 

Em adolescentes (13 a 17 anos), Quet (hemifumarato de quetiapina) é indicado para o tratamento da esquizofrenia. 

 

Em crianças e adolescentes (10 a 17 anos), Quet (hemifumarato de quetiapina) é indicado como monoterapia ou adjuvante no 

tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar. 

 

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 

Estudos clínicos demonstraram que hemifumarato de quetiapina é eficaz quando administrado 2 vezes ao dia, apesar da quetiapina ter 

uma meia-vida farmacocinética de 7 horas. Isto é sustentado por dados de um estudo de tomografia com emissão de pósitrons (PET), 

que identificou que para a quetiapina, a ocupação dos receptores 5HT2 e dos receptores de dopamina D2 é mantida por até 12 horas 

(Gefvert O. et al. Psychopharmacology 1998; 135: 119-26). 

 

A segurança e a eficácia de doses maiores que 800 mg/dia não foram avaliadas. 

 

Esquizofrenia 

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Quet (hemifumarato de quetiapina)_com_rev_V09_VPS

 

 

Em estudos clínicos, hemifumarato de quetiapina  mostrou ser eficaz no tratamento dos sintomas positivos e negativos da 

esquizofrenia. Em estudos comparativos hemifumarato de quetiapina demonstrou ser tão eficaz quanto os agentes antipsicóticos, tais 

como clorpromazina e haloperidol (Peuskens J, Link CG. Acta Psychiatry Scand 1997; 96: 265-73; Copolov DL et al. Psychol Med 

2000; 30: 95-106). 

 

Monoterapia ou adjuvante no tratamento de episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar 

Em estudos clínicos, hemifumarato de quetiapina demonstrou ser efetivo como monoterapia ou em terapia adjuvante na redução dos 

sintomas de mania em pacientes com mania bipolar. A média de dose da última semana de hemifumarato de quetiapina  em 

respondedores foi de aproximadamente 600 mg/dia e aproximadamente 85% dos respondedores estão dentro da faixa de dose de 400 

a 800 mg/dia (Vieta E et al. Curr Med Res Opin 2005; 21(6): 923-34). 

 

Episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar 

Em quatro estudos clínicos, que incluíram pacientes com transtorno afetivo bipolar I, bipolar II e pacientes com ou sem ciclagem 

rápida, hemifumarato de quetiapina demonstrou ser efetivo em pacientes com depressão bipolar nas doses de 300 e 600 mg/dia, 

entretanto, não foi visto benefício adicional com doses de 600 mg durante tratamento de curto prazo. 

 

Nestes quatro estudos, hemifumarato de quetiapina  foi superior ao placebo na redução da escala total MADRS (Escala de 

Montgomery-Asberg para Depressão). O efeito antidepressivo de hemifumarato de quetiapina foi significativo no dia 8 (semana 1) e 

foi mantido até o final dos estudos (semana 8). O tratamento com hemifumarato de quetiapina 300 ou 600 mg à noite reduziu os 

sintomas de depressão e de ansiedade em pacientes com depressão bipolar. Houve menos episódios de mania emergente do tratamento 

com cada uma das doses de hemifumarato de quetiapina do que com placebo. Em três dos quatro estudos, para os grupos de dose 300 

mg e 600 mg, foi observada uma melhora estatisticamente significativa em relação ao placebo na redução de pensamentos suicidas 

medido pelo item 10 da MADRS e em 2 dos 3 estudos, para o grupo de dose 300 mg, foi observada melhora da qualidade de vida e 

da satisfação relatada para várias áreas funcionais, medidas usando o Questionário de Satisfação e Qualidade de Vida [Q-LES-Q (SF)]. 

A manutenção da eficácia antidepressiva foi estabelecida em adultos em dois estudos clínicos de depressão bipolar com hemifumarato 

de quetiapina. Esses estudos incluíram uma fase aguda placebo-controlada de 8 semanas seguida por uma fase contínua placebo-

controlada de pelo menos 26 semanas e de até 52 semanas de duração. Os pacientes tinham que estar estáveis no término da fase 

aguda para serem randomizados para a fase contínua. Em ambos os estudos, hemifumarato de quetiapina foi superior ao placebo 

aumentando o tempo até a recorrência de qualquer evento de humor (depressão, misto ou de mania). A redução de risco dos estudos 

agrupados foi de 49%. O risco de um evento de humor para hemifumarato de quetiapina versus placebo foi reduzido em 41% com a 

dose de 300 mg e em 55% com a dose de 600 mg. 

 

Manutenção do transtorno afetivo bipolar I em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato 

A eficácia de hemifumarato de quetiapina no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar em combinação foi estabelecida 

em dois estudos clínicos placebo-controlados em 1326 pacientes, que estavam de acordo com os critérios DSM-IV para transtorno 

bipolar I. Os estudos incluíram pacientes cujo episódio de humor mais recente foi de mania, depressivo ou misto, com ou sem 

características psicóticas. Na fase aberta do estudo, foi exigido que os pacientes fossem estabilizados com hemifumarato de quetiapina 

em combinação com estabilizador de humor (lítio ou valproato) por um mínimo de 12 semanas para serem randomizados. Na fase de 

randomização, alguns pacientes continuaram o tratamento com hemifumarato de quetiapina (400 a 800mg/dia com uma dose média 

de 507 mg/dia) em combinação com estabilizador de humor (lítio ou valproato) e outros receberam placebo em combinação com 

estabilizador de humor (lítio ou valproato) por até 104 semanas. 

 

No desfecho primário em cada estudo, hemifumarato de quetiapina foi superior ao placebo no aumento do tempo até a recorrência de 

qualquer evento de humor (de mania, misto ou depressivo). Nestes estudos em combinação, o risco de qualquer evento de humor foi 

reduzido em 70% com o tratamento de hemifumarato de quetiapina em comparação ao placebo. O período no qual 20% dos pacientes 

apresentaram recorrência de qualquer evento de humor foi de 220 dias para pacientes tratados com hemifumarato de quetiapina e de 

29 dias para pacientes tratados com placebo, quando combinados com lítio ou valproato. 

 

24% dos pacientes no grupo hemifumarato de quetiapina apresentaram um evento de humor antes da semana 28 versus 60% dos 

pacientes no grupo placebo neste mesmo período. 

 

46% dos pacientes no grupo hemifumarato de quetiapina apresentaram um evento de humor antes da semana 52 versus 80% dos 

pacientes no grupo placebo neste mesmo período. 

 

Monoterapia no tratamento de manutenção no transtorno bipolar 

A eficácia de hemifumarato de quetiapina  em monoterapia no tratamento de manutenção foi verificada em um estudo placebo-

controlado com 1226 pacientes que preenchiam o critério DSM-IV para Transtorno Bipolar I. O estudo incluiu pacientes com 

episódios mais recentes de humor de mania, misto ou depressão, com ou sem características psicóticas. Na fase aberta, foi requerido 

pacientes estabilizados com hemifumarato de quetiapina por no mínimo de 4 semanas para serem randomizados. Na fase randomizada, 

alguns pacientes continuaram o tratamento com hemifumarato de quetiapina (300 mg a 800 mg/dia, dose média de 546 mg/dia), 

enquanto outros receberam lítio ou placebo por até 104 semanas. O resultado primário mostrou que hemifumarato de quetiapina foi 

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Quet (hemifumarato de quetiapina)_com_rev_V09_VPS

 

 

superior ao placebo no aumento do tempo até recorrência de qualquer evento de humor (mania, misto ou depressão). A redução de 

risco foi de 74%, 73%, e 75% para eventos de humor, mania e depressivos, respectivamente. 

 

Em um estudo de longo prazo (até dois anos de tratamento) avaliando a prevenção de recorrência em pacientes com mania, depressão 

ou episódios mistos de humor, hemifumarato de quetiapina foi superior ao placebo no aumento do tempo de recorrência de qualquer 

evento de humor (maníaco, depressivo ou misto), em pacientes com transtorno bipolar I. O número de pacientes com evento de humor 

foi de 91 (22,5%) no grupo de hemifumarato de quetiapina, 208 (51,5%) no grupo placebo e 95 (26,1%) nos grupos de tratamento 

com lítio, respectivamente. Em pacientes que responderam ao hemifumarato de quetiapina, quando se compara a continuação do 

tratamento com hemifumarato de quetiapina à mudança para o lítio, os resultados indicaram que a mudança para o tratamento com 

lítio não parece estar associada a um aumento do tempo de recorrência de evento de humor. 

 

Ideação suicida e comportamento suicida ou piora clínica 

Em estudos clínicos placebo-controlados de curto prazo abrangendo todas as indicações e idades, a incidência de comportamentos 

suicidas foi 0,8% tanto para quetiapina (76/9327) como para placebo (37/4845). 

 

Nos estudos de pacientes com esquizofrenia, a incidência de comportamentos suicidas foi de 1,4% (3/212) para a quetiapina e 1,6% 

(1/62) para o placebo em pacientes com idades entre 18 e 24 anos, 0,8% (13/1663) para a quetiapina e 1,1% (5/463) para o placebo 

em pacientes ≥ 25 anos de idade e 1,4% (2/147) para a quetiapina e 1,3% (1/75) para o placebo em pacientes < 18 anos de idade. 

 

Nos estudos de pacientes com mania bipolar, a incidência de comportamentos suicidas foi de 0% tanto para a quetiapina (0/60) como 

para o placebo (0/58) em pacientes com idades entre 18 e 24 anos, 1,2% tanto para a quetiapina (6/496) como para o placebo (6/503) 

em pacientes ≥ 25 anos de idade e 1,0% (2/193) para a quetiapina e 0% (0/90) para o placebo em pacientes < 18 anos de idade. 

 

Nos estudos de pacientes com depressão bipolar com episódios de depressão no transtorno afetivo bipolar tipo I, a incidência de 

comportamentos suicidas foi de 3,0% (7/233) para a quetiapina e 0% (0/120) para o placebo em pacientes com idade entre 18 e 24 

anos e 1,8% tanto para a quetiapina (19/1616) como para o placebo (11/622) em pacientes ≥ 25 anos de idade. Não existem estudos 

conduzidos em pacientes com idade < 18 anos com depressão bipolar. 

 

Cataratas / opacidade do cristalino 

Em um estudo clínico para avaliar o potencial do hemifumarato de quetiapina versus risperidona de causar catarata no tratamento de 

longo prazo de pacientes com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo, hemifumarato de quetiapina em doses de 200-800 mg/dia 

foi não-inferior para a taxa de eventos em 2 anos de aumento do grau de opacidade do cristalino (opalescência nuclear, e padrões 

subcapsular cortical e posterior do LOCS II) LOCS II (Sistema de Classificação de Opacidade do Cristalino II) em comparação com 

a risperidona em doses de 2 a 8 mg/dia em pacientes com pelo menos 21 meses de exposição (ver item 3. CARACTERÍSTICAS 

FARMACOLÓGICAS - Dados de segurança pré-clínica). 

 

Adolescentes (13 a 17 anos de idade) 

- Esquizofrenia: a eficácia de hemifumarato de quetiapina no tratamento de esquizofrenia em adolescentes foi demonstrada em um 

estudo clínico duplo-cego, placebo-controlado, de 6 semanas. Pacientes que preencheram o critério de diagnóstico DSM-IV para 

esquizofrenia foram randomizados em um dos três grupos de tratamento: hemifumarato de quetiapina  400 mg/dia (n= 73), 

hemifumarato de quetiapina 800 mg/dia (n= 74) ou placebo (n= 75). A medicação do estudo foi iniciada com 50 mg/dia e no Dia 2 

aumentou para 100 mg/dia. Posteriormente, a dose foi titulada para uma dose alvo de 400 ou 800 mg com aumentos de 100 mg/dia, 

administrada duas ou três vezes ao dia. A variável primária de eficácia foi a mudança média a partir do basal na escala total da PANSS. 

 

Os resultados do estudo demonstraram a eficácia de hemifumarato de quetiapina 400 mg/dia e 800 mg/dia em comparação ao placebo. 

A maior eficácia da dose de 800 mg em comparação com a dose de 400 mg não foi estabelecida. 

Crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade) 

- Episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar: a eficácia de hemifumarato de quetiapina no tratamento de episódios 

de mania associados ao transtorno afetivo bipolar em crianças e adolescentes foi demonstrada em um estudo clínico multicêntrico, 

duplo-cego, placebo-controlado de três semanas. 

Pacientes que preencheram o critério de diagnóstico DSM-IV para episódios de mania foram randomizados em um dos três grupos de 

tratamento: hemifumarato de quetiapina 400 mg/dia (n= 95), hemifumarato de quetiapina 600 mg/dia (n= 98) ou placebo (n= 91). 

 

A medicação do estudo foi iniciada com 50 mg/dia e no Dia 2 aumentou para 100 mg/dia. 

Posteriormente, a dose foi titulada para uma dose alvo de 400 ou 600 mg com aumentos de 100 mg/dia, administrada duas ou três 

vezes ao dia. A variável primária de eficácia foi a mudança média a partir do basal no escore total da YMRS. 

 

Os resultados do estudo demonstraram a eficácia superior de hemifumarato de quetiapina 400 mg/dia e 600 mg/dia em comparação 

ao placebo. A maior eficácia da dose de 600 mg em comparação com a dose de 400 mg não foi estabelecida. 

 

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 

- Mecanismo de ação 

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Quet (hemifumarato de quetiapina)_com_rev_V09_VPS

 

 

A quetiapina é um agente antipsicótico atípico. A quetiapina e seu metabólito ativo no plasma humano, a norquetiapina, interagem 

com ampla gama de receptores de neurotransmissores. A quetiapina e a norquetiapina exibem afinidade pelos receptores de serotonina 

(5HT2) e pelos receptores de dopamina D1 e D2 no cérebro. Acredita-se que esta combinação de antagonismo ao receptor com alta 

seletividade para receptores 5HT2 em relação ao receptor de dopamina D2 é o que contribui para as propriedades antipsicóticas clínicas 

e reduz a suscetibilidade aos efeitos colaterais extrapiramidais (EPS) da quetiapina em comparação com os antipsicóticos típicos. A 

quetiapina não possui afinidade pelo transportador de norepinefrina (NET) e tem baixa afinidade pelo receptor de serotonina 5HT1A, 

enquanto a norquetiapina tem alta afinidade por ambos. A inibição do NET e a ação agonista parcial do receptor 5HT1A  pela 

norquetiapina podem contribuir para a eficácia terapêutica do hemifumarato de quetiapina como um antidepressivo. A quetiapina e a 

norquetiapina têm também alta afinidade pelos receptores histamínicos e alfa1-adrenérgicos, e afinidade moderada pelos receptores 

alfa2-adrenérgicos. A quetiapina também possui baixa afinidade pelos receptores muscarínicos enquanto que a norquetiapina tem 

afinidade moderada à alta por vários subtipos de receptores muscarínicos, o que pode esclarecer os efeitos anticolinérgicos 

(muscarínicos). 

 

- Efeitos Farmacodinâmicos 

A quetiapina é ativa em testes de atividade antipsicótica, como condicionamento para evitar estímulos indesejáveis. A quetiapina 

também reverte a ação dos agonistas de dopamina, que é medida tanto em termos comportamentais quanto eletrofisiológicos, e 

aumenta a concentração dos metabólitos de dopamina, que é uma indicação neuroquímica do bloqueio do receptor de dopamina D2. 

 

Em testes pré-clínicos preditivos de EPS, a quetiapina é diferente dos antipsicóticos típicos e tem um perfil atípico. A quetiapina não 

produz supersensibilidade nos receptores de dopamina D2 após administração crônica. A quetiapina causa apenas catalepsia leve em 

doses eficazes de bloqueio do receptor de dopamina D2. A quetiapina demonstra seletividade para o sistema límbico por produzir 

bloqueio de despolarização nos neurônios mesolímbicos A10, mas não nos neurônios nigro-estriatais A9 que contêm dopamina após 

administração crônica. A quetiapina exibe uma suscetibilidade mínima a causar distonia em macacos Cebus sensibilizados com 

haloperidol ou sem pré-sensibilização após administração aguda e crônica. 

 

- Propriedades Farmacocinéticas 

A quetiapina é bem absorvida e extensivamente metabolizada após administração oral. 

A biodisponibilidade da quetiapina não é afetada de forma significativa pela administração com alimentos. Aproximadamente 83% 

da quetiapina se liga a proteínas plasmáticas. No estado de equilíbrio, o pico de concentração molar do metabólito ativo norquetiapina 

é 35% do observado para a quetiapina. A meia-vida de eliminação da quetiapina e da norquetiapina são de aproximadamente 7 e 12 

horas, respectivamente. 

 

As farmacocinéticas da quetiapina e da norquetiapina são lineares através da faixa de dose aprovada. A cinética da quetiapina não 

difere entre homens e mulheres. 

 

A depuração média da quetiapina no idoso é aproximadamente 30% a 50% menor do que a observada em adultos com idade entre 18 

e 65 anos. 

 

A depuração plasmática média da quetiapina foi reduzida em aproximadamente 25% em indivíduos com insuficiência renal grave 

(depuração de creatinina menor que 30 mL/min/1,73 m2), mas os valores individuais de depuração estão dentro da faixa para 

indivíduos normais. A fração de dose molar média entre a quetiapina livre e o metabólito ativo norquetiapina no plasma humano é  

5% da dose livre excretada na urina. 

 

A quetiapina é extensivamente metabolizada pelo fígado, com a droga-mãe constituindo menos de 5% do material inalterado 

relacionado ao fármaco na urina ou nas fezes, após administração de quetiapina marcada radioativamente. Aproximadamente 73% da 

quetiapina radioativa é excretada na urina e 21% nas fezes. A depuração plasmática média da quetiapina é reduzida em 

aproximadamente 25% em indivíduos com função hepática prejudicada (cirrose alcoólica estável). 

 

Como a quetiapina é extensivamente metabolizada pelo fígado, altos níveis plasmáticos são esperados em indivíduos ou na população 

com insuficiência hepática e ajustes de dose podem ser necessários nesses pacientes (ver item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

Investigações in vitro estabeleceram que a CYP3A4 é a principal enzima responsável pelo metabolismo da quetiapina mediado pelo 

citocromo P450. A norquetiapina é principalmente formada e eliminada via CYP3A4. 

 

A quetiapina e diversos de seus metabólitos (incluindo a norquetiapina) foram considerados inibidores fracos da atividade do 

citocromo humano P450 1A2, 2C9, 2C19, 2D6 e 3A4 in vitro. A inibição in vitro da CYP é observada apenas em concentrações 

aproximadamente 5 a 50 vezes maiores que as observadas na faixa de dose eficaz usual de 300 a 800 mg/dia em humanos. Com base 

nesses resultados in vitro, é improvável que a coadministração de hemifumarato de quetiapina e outros fármacos resulte em inibição 

clinicamente significativa do metabolismo do outro fármaco mediado pelo citocromo P450. 

 

- Crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade) 

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No estado de equilíbrio, a farmacocinética da quetiapina em crianças e adolescentes foi semelhante à de adultos, enquanto que a ASC 

e a Cmáx da norquetiapina foram maiores em crianças e adolescentes do que em adultos, 45% e 31%, respectivamente. No entanto, 

quando ajustadas para o peso corporal, a ASC e a Cmáx da quetiapina em crianças e adolescentes foram menores do que em adultos, 

41% e 39%, respectivamente, enquanto que a farmacocinética da norquetiapina foi semelhante (ver item 8. POSOLOGIA E MODO 

DE USAR). 

 

Dados de segurança pré-clínica 

 

- Estudos de toxicidade aguda 

A quetiapina tem baixa toxicidade aguda. Os resultados encontrados em camundongos e ratos após administração oral (500 mg/kg) 

ou intraperitoneal (100 mg/kg) foram típicos de um agente neuroléptico efetivo e incluíram decréscimo da atividade motora, ptose, 

perda do reflexo para endireitar a postura, fluido ao redor da boca e convulsões. 

 

- Estudos de toxicidade de doses repetidas 

Em estudos de doses múltiplas em ratos, cachorros e macacos, foram observados efeitos previstos de fármacos antipsicóticos no 

Sistema Nervoso Central (SNC) com quetiapina (por exemplo, sedação em doses baixas e tremor, convulsões ou prostração em altas 

doses). 

 

A hiperprolactinemia, induzida pela atividade antagonista da quetiapina ou de seus metabólitos sobre o receptor de dopamina D2, 

variou entre as espécies, mas foi mais acentuada em ratos, e foram observados diversos efeitos consequentes a isso em um estudo de 

12 meses, incluindo hiperplasia mamária, aumento do peso da pituitária, diminuição do peso uterino e aumento do crescimento das 

fêmeas. 

 

Alterações funcionais e morfológicas reversíveis no fígado, consistentes com indução das enzimas hepáticas, foram observadas em 

camundongos, ratos e macacos. 

 

Hipertrofia de células foliculares da tireoide e alterações concomitantes nos níveis plasmáticos dos hormônios tireoidianos ocorreram 

em ratos e macacos. 

 

A pigmentação de uma série de tecidos, particularmente a tireoide, não foi associada com qualquer efeito morfológico ou funcional. 

 

Aumentos transitórios da frequência cardíaca, sem efeitos sobre a pressão arterial, ocorreram em cachorros. 

 

Cataratas triangulares posteriores observadas em cachorros após 6 meses de tratamento em doses de 100 mg/kg/dia foram consistentes 

com a inibição da biossíntese de colesterol no cristalino. Não foi observada catarata em macacos Cynomolgus recebendo até 225 

mg/kg/dia, nem em roedores. A monitoração em estudos clínicos não revelou opacidade de córnea relacionada ao fármaco em seres 

humanos (ver item 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Propriedades Farmacodinâmicas). 

 

Não foi observada evidência de redução de neutrófilos ou agranulocitose em qualquer dos estudos de toxicidade. 

 

- Estudos de carcinogenicidade 

No estudo em ratos (doses de 0, 20, 75 e 250 mg/kg/dia), a incidência de adenocarcinomas mamários aumentou em todas as doses em 

ratas fêmeas, consequência da hiperprolactinemia prolongada. 

 

Em ratos (250 mg/kg/dia) e camundongos (250 e 750 mg/kg/dia) machos, houve aumento da incidência de adenomas benignos de 

células foliculares tireoidianas, consistente com os mecanismos conhecidos específicos de roedores, resultantes da intensificação da 

depuração da tiroxina hepática. 

 

- Estudos de reprodução 

Efeitos relacionados aos níveis de prolactina elevados (redução marginal da fertilidade em machos e pseudogravidez, períodos 

prolongados de cio, aumento do intervalo pré-coito e redução da taxa de gravidez) foram observados em ratos, embora estes achados 

não sejam diretamente relevantes para seres humanos, devido às diferenças entre espécies no controle hormonal da reprodução. 

 

A quetiapina não apresentou efeitos teratogênicos. 

 

- Estudos de mutagenicidade 

Estudos de toxicidade genética com quetiapina mostraram que ela não é mutagênica ou clastogênica.

 

 

4. CONTRAINDICAÇÕES 

Quet (hemifumarato de quetiapina) é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua 

fórmula. 

 

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5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 

Ideação suicida e comportamento suicida ou piora clínica 

A depressão está associada a um aumento de risco de ideação suicida, automutilação e comportamento suicida. Este risco persiste até 

ocorrer uma remissão significativa. Como a melhora clínica pode não ocorrer nas primeiras semanas de tratamento, os pacientes 

devem ser cuidadosamente monitorados até que a melhora ocorra. A experiência clínica demonstra que o risco de suicídio pode 

aumentar nos primeiros estágios da recuperação. 

 

Outros transtornos psiquiátricos para os quais a quetiapina é prescrita também podem estar associados ao aumento do risco de 

comportamento suicida. 

 

Pacientes com histórico de comportamento suicida ou aqueles que apresentavam um grau significativo de ideação suicida antes do 

início do tratamento são conhecidos por apresentar altos riscos de pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio e devem ser 

cuidadosamente monitorados durante o tratamento. Uma metanálise do FDA de estudos clínicos placebo-controlados com fármacos 

antidepressivos em aproximadamente 4400 crianças e adolescentes e 77000 pacientes adultos com transtornos psiquiátricos mostrou 

um aumento de risco de comportamento suicida com antidepressivos em comparação com o placebo em crianças, adolescentes e 

jovens com menos de 25 anos de idade. Esta metanálise não incluiu estudos envolvendo a quetiapina (ver item 3. 

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Propriedades farmacocinéticas). 

 

Neutropenia e agranulocitose 

Neutropenia grave (<0,5 X 109/L) sem infecção foi raramente relatada nos estudos clínicos de curto prazo placebo controlados em 

monoterapia com quetiapina. Há relatos de agranulocitose (neutropenia grave com infecção) entre todos os pacientes tratados com 

quetiapina nos ensaios clínicos (rara) assim como no período pós-comercialização (incluindo casos fatais). A maioria desses casos de 

neutropenia grave ocorreram dentro dos primeiros dois meses do início de tratamento com quetiapina. Aparentemente não houve 

relação com a dose. Os possíveis fatores de risco para neutropenia incluem a baixa contagem de leucócitos preexistente e histórico de 

neutropenia induzida por fármacos. A quetiapina deve ser descontinuada em pacientes com contagem de neutrófilos <1,0 X 109/L. 

Esses pacientes devem ser observados quanto aos sinais e sintomas de infecção e contagem de neutrófilos (até 1,5 X 109/L) (ver item 

9. REAÇÕES ADVERSAS). 

 

Houve casos de agranulocitose em pacientes sem fatores de risco preexistentes. A neutropenia deve ser considerada em pacientes com 

infecção, especialmente na ausência de fatores de predisposição óbvios, ou em pacientes com febre inexplicável, e devem ser tratadas 

de modo clinicamente apropriado. 

 

Aumentos de glicose no sangue e hiperglicemia 

Aumentos de glicose no sangue e hiperglicemia, e relatos ocasionais de diabetes foram observados nos estudos clínicos com 

quetiapina. Embora uma relação causal com o diabetes não tenha sido estabelecida, pacientes que apresentem risco para desenvolver 

diabetes são aconselhados a fazer monitoramento clínico apropriado. Do mesmo modo, pacientes diabéticos devem ser monitorados 

para possível exacerbação (ver item 9. REAÇÕES ADVERSAS). 

 

Lipídeos 

Aumentos de triglicérides e colesterol e diminuição de HDL foram observados nos estudos clínicos com quetiapina (ver item 9. 

REAÇÕES ADVERSAS). Mudanças no perfil lipídico devem ser clinicamente controladas. 

 

Fatores Metabólicos 

Em alguns pacientes observou-se nos estudos clínicos o agravamento de mais de um dos fatores metabólicos de peso, glicemia e 

lipídeos. Alterações nesses parâmetros devem ser clinicamente controladas. 

 

Doenças concomitantes 

O hemifumarato de quetiapina deve ser usado com precaução em pacientes com doença cardiovascular conhecida, doença vascular 

cerebral ou outras condições que predisponham à hipotensão. O hemifumarato de quetiapina

 pode induzir hipotensão ortostática, 

especialmente durante o período inicial de titulação da dose. 

 

Em pacientes com histórico ou em risco para apneia do sono e que estão recebendo concomitantemente depressivos do sistema nervoso 

central (SNC), hemifumarato de quetiapina deve ser utilizado com cautela. 

 

Disfagia 

Disfagia (ver item 9. REAÇÕES ADVERSAS) e aspiração têm sido relatadas com hemifumarato de quetiapina. Embora uma relação 

causal com pneumonia por aspiração não tenha sido estabelecida, hemifumarato de quetiapina  deve ser usado com cautela em 

pacientes com risco de pneumonia por aspiração. 

 

Convulsões 

Durante os ensaios clínicos, convulsões ocorreram em 0,5% (20/3.490) dos pacientes tratados com hemifumarato de quetiapina em 

comparação com 0,2% (2/954) no grupo placebo e 0,7% (4/527) no grupo controle com medicamento ativo. Tal como acontece com 

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outros antipsicóticos, hemifumarato de quetiapina deve ser usado com precaução em pacientes com histórico de convulsões ou com 

condições que potencialmente diminuam o limiar convulsivo, por exemplo, Alzheimer. As condições que diminuem o limiar 

convulsivo podem ser mais prevalentes na população de 65 anos ou mais. 

 

Sintomas extrapiramidais (EPS) 

Em estudos clínicos placebo-controlados em esquizofrenia e mania bipolar, a incidência de EPS não foi diferente do placebo em toda 

a faixa de doses recomendada. Isto é um fator preditivo de que a quetiapina tenha menor potencial de induzir discinesia tardia em 

pacientes portadores de esquizofrenia e mania bipolar em comparação com agentes antipsicóticos típicos. Em estudos clínicos placebo-

controlados de curto prazo em depressão bipolar, a incidência de EPS foi maior em pacientes tratados com quetiapina do que nos 

pacientes tratados com placebo (ver item 9. REAÇÕES ADVERSAS para taxas de EPS observadas em todas as indicações). 

 

Síndrome neuroléptica maligna 

Um complexo de sintomas potencialmente fatal, por vezes referido como SNM – Síndrome Neuroléptica Malígna tem sido relatada 

em associação com a administração de fármacos antipsicóticos, incluindo hemifumarato de quetiapina. Casos raros de SNM já foram 

relatados com hemifumarato de quetiapina. As manifestações clínicas da SNM são hiperpirexia, rigidez muscular, estado mental 

alterado e evidência de instabilidade autonôma (pulso ou pressão arterial irregular, taquicardia, diaforese e arritmia cardíaca). Sinais 

adicionais podem incluir aumento da creatina fosfoquinase, mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal aguda. 

 

A avaliação diagnóstica dos pacientes com esta síndrome é complicada. Para chegar a um diagnóstico, é importante excluir os casos 

em que quadro clínico inclua tanto doença médica grave (por exemplo, pneumonia, infecção sistêmica, etc.) e não tratada ou sinais e 

sintomas extrapiramidais (EPS) inadequadamente tratados. Outras considerações importantes no diagnóstico diferencial incluem a 

toxicidade centro anticolinérgico, insolação, febre medicamentosa e patologia primária do Sistema Nervoso Central (SNC). 

 

A gestão do SNM deve incluir: 1) interrupção imediata dos fármacos antipsicóticos e outros medicamentos não essenciais para a 

terapia concomitante; 2) tratamento sintomático intensivo e acompanhamento médico; e 3) o tratamento de quaisquer problemas 

médicos sérios concomitantes para os quais estão disponíveis tratamentos específicos. Não existe um acordo geral sobre os regimes 

de tratamento farmacológicos específicos para SNM. 

Se um paciente requerer tratamento com droga antipsicótica após recuperação de SNM, a reintrodução da terapia medicamentosa deve 

ser cuidadosamente considerada. O paciente deve ser cuidadosamente monitorado quando o reaparecimento de SNM for relatado. 

 

Discinesia tardia 

Uma síndrome de movimentos discinéticos involuntários potencialmente irreversível pode se desenvolver em pacientes tratados com 

medicamentos antipsicóticos, incluindo quetiapina. Embora a prevalência da síndrome pareça ser maior entre idosos, especialmente 

mulheres idosas, não é possível confiar em estimativas de prevalência para prever, no início do tratamento antipsicótico, quais 

pacientes são propensos a desenvolver a síndrome. É desconhecido, se medicamentos antipsicóticos diferem quanto ao potencial de 

causar discinesia tardia. 

 

Acredita-se que o risco de desenvolver discinesia tardia e a probabilidade de que ele se torne irreversível aumentam à medida que a 

duração do tratamento e da dose cumulativa total de medicamentos antipsicóticos administrados ao paciente aumenta. No entanto, a 

síndrome pode se desenvolver, embora muito menos frequente, após períodos de tratamento relativamente curtos em doses baixas ou 

podem mesmo surgir, após a interrupção do tratamento. 

 

Não há nenhum tratamento conhecido para casos estabelecidos de discinesia tardia, embora a síndrome possa diminuir, parcial ou 

totalmente, se o tratamento antipsicótico for retirado. O tratamento antipsicótico, em si, no entanto, pode suprimir (ou parcialmente 

suprimir) os sinais e sintomas da síndrome e, assim, pode mascarar o processo subjacente. O efeito que a supressão sintomática tem 

sobre o efeito de longo prazo da síndrome é desconhecido. 

 

Tendo em conta estas considerações, hemifumarato de quetiapina deve ser prescrito de maneira a minimizar uma possível ocorrência 

de discinesia tardia. O tratamento crônico de antipsicótico geralmente deve ser reservado para pacientes que parecem sofrer de uma 

doença crónica que (1) responde a antipsicóticos, e (2), para quem os tratamentos alternativos, igualmente eficazes, mas 

potencialmente menos prejudiciais não estão disponíveis ou adequados. Deve-se buscar a menor dose e a duração mais curta de 

tratamento que produza uma resposta clínica satisfatória em pacientes que necessitam de tratamento crônico. A necessidade de 

tratamento contínuo deve ser reavaliada periodicamente. 

Se os sinais e sintomas de discinesia tardia se apresentarem em um paciente em tratamento com hemifumarato de quetiapina, a 

descontinuação do medicamento deve ser considerada. No entanto, alguns pacientes podem necessitar do tratamento com 

hemifumarato de quetiapina, apesar da presença da síndrome. 

 

Prolongamento do intervalo QT 

Em estudos clínicos, a quetiapina não foi associada a aumento persistente no intervalo QT absoluto. Entretanto, na experiência pós-

comercialização houve casos relatados de prolongamento do intervalo QT com superdose (ver item 

10. SUPERDOSE). Assim como com outros antipsicóticos, a quetiapina deve ser prescrita com cautela a pacientes com distúrbios 

cardiovasculares ou histórico familiar de prolongamento de intervalo QT. A quetiapina também deve ser prescrita com cautela tanto 

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com medicamentos conhecidos por aumentar o intervalo QT como em concomitância com neurolépticos, especialmente para pacientes 

com risco aumentado de prolongamento do intervalo QT, como pacientes idosos, pacientes com síndrome congênita de intervalo QT 

longo, insuficiência cardíaca congestiva, hipertrofia cardíaca, hipocalemia ou hipomagnesemia (ver item 6. INTERAÇÕES 

MEDICAMENTOSAS). 

 

Cardiomiopatias e Miocardites 

Cardiomiopatias e miocardites foram reportadas em estudos clínicos e na experiência pós-comercialização, entretanto a relação causal 

com a quetiapina não foi estabelecia. O tratamento com quetiapina, para pacientes com suspeita de cardiomiopatia ou miocardites, 

deve ser reavaliado. 

 

Reações Adversas Cutâneas Graves 

Reações Adversas Cutâneas Graves (SCARs), incluindo síndrome de Stevens-Johnsons (SJS), Necrólise Epidérmica Tóxica (TEN) 

Pustulose Exantemática Localizada Aguda (PELA), Eritema Multiforme (EM) e Reações ao Medicamento com Eosinofilia e Sintomas 

Sistêmicos (DRESS) são reações adversas potencialmente fatais que foram reportadas durante a exposição à quetiapina. SCARs 

normalmente são apresentadas com um ou mais dos seguintes sintomas: erupção cutânea extensa, que pode ser pruriginosa ou 

associada à pústulas, dermatite esfoliativa, febre, linfadenopatia e possível eosinofilia ou neutrofilia. Descontinue o uso de quetiapina 

caso ocorram Reações Adversas Cutâneas Graves. 

 

Descontinuação 

Sintomas de abstinência por descontinuação aguda como insônia, náusea e vômito têm sido descritos após interrupção abrupta do 

tratamento com fármacos antipsicóticos como a quetiapina. É aconselhada a descontinuação gradual por um período de pelo menos 

uma a duas semanas (ver item 9. REAÇÕES ADVERSAS). 

 

Uso indevido e abuso 

Casos de uso indevido e abuso têm sido reportados. É necessário cuidado ao prescrever quetiapina para pacientes com histórico de 

abuso de drogas ou álcool. 

 

Efeitos anticolinérgicos (muscarínico) 

A norquetiapina, um metabólito ativo da quetiapina, tem afinidade moderada à alta por vários subtipos de receptores muscarínicos. 

Isto contribui para as reações adversas a medicamentos (ADRs) que refletem os efeitos anticolinérgico, quando hemifumarato de 

quetiapina  é utilizado nas doses recomendadas, concomitantemente a outras medicações com efeito anticolinérgico e quando 

estabelecida uma superdose. 

 

O hemifumarato de quetiapina deve ser utilizado com cautela por pacientes recebendo medicamentos que apresentam efeitos 

anticolinérgicos (muscarínicos). 

 

O hemifumarato de quetiapina deve ser utilizado com cautela em pacientes com diagnóstico atual ou histórico de retenção urinária, 

hipertrofia prostática clinicamente significativa, obstrução intestinal ou condições relacionadas, pressão intraocular elevada ou 

glaucoma de ângulo fechado (ver itens 3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS -  Propriedades Farmacodinâmicas, 6. 

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, 9. REAÇÕES ADVERSAS e 10. SUPERDOSE). 

 

Interações 

Ver também item 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS. 

O uso concomitante de hemifumarato de quetiapina  com indutores de enzimas hepáticas, como carbamazepina, pode diminuir 

substancialmente a exposição sistêmica à quetiapina. Dependendo da resposta clínica, altas doses de hemifumarato de quetiapina 

podem ser consideradas, se usado concomitantemente com indutores de enzimas hepáticas. 

 

Durante a administração concomitante de fármacos inibidores potentes da CYP3A4 (como antifúngicos azóis, antibióticos 

macrolídeos e inibidores da protease), as concentrações plasmáticas desses podem estar significativamente aumentadas, conforme 

observado em pacientes nos estudos clínicos. Como consequência, doses reduzidas de hemifumarato de quetiapina devem ser usadas. 

Considerações especiais devem ser feitas em idosos e pacientes debilitados. A relação risco/benefício precisa ser considerada como 

base individual em todos os pacientes. 

 

Para informações referentes a ajuste de dose para pacientes idosos, crianças e adolescentes, pacientes com insuficiência renal e 

hepática, ver item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR. 

 

Crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade) 

Embora nem todas as reações adversas identificadas em pacientes adultos tenham sido observadas nos estudos clínicos com 

hemifumarato de quetiapina em crianças e adolescentes, as mesmas precauções e advertências mencionadas para adultos devem ser 

consideradas para crianças e adolescentes. Além disso, alterações na pressão arterial, testes de função tireoidiana, ganho de peso e 

elevação dos níveis de prolactina foram observados e devem ser clinicamente monitorados (ver item 9. REAÇÕES ADVERSAS). 

 

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Quet (hemifumarato de quetiapina)_com_rev_V09_VPS

 

 

Dados de segurança de longo prazo, por mais de 26 semanas de tratamento com hemifumarato de quetiapina, incluindo crescimento, 

maturação e desenvolvimento comportamental, não estão disponíveis para crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade). 

 

Níveis de prolactina 

Em dois estudos clínicos agudos placebo-controlados em pacientes pediátricos (de 10 a 17 anos), a incidência de pacientes que 

apresentaram níveis de prolactina normais na inclusão e que foi alterado para um valor clinicamente importante em qualquer momento 

do estudo foi 11,3% (13,4% em meninos e 8,7% em meninas) no grupo quetiapina e 2,63% (4,0% em meninos e 0,0% em meninas) 

no grupo placebo. 

 

As consequências clínicas do aumento dos níveis de prolactina podem incluir amenorreia, galactorreia e ginecomastia. 

 

Pacientes idosos com demência 

O hemifumarato de quetiapina não está aprovado para o tratamento de pacientes idosos com psicose relacionada à demência. 

 

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: devido ao seu efeito primário no SNC, a quetiapina pode 

interferir em atividades que requeiram um maior alerta mental. Portanto, pacientes devem ser orientados a não dirigir veículos ou 

operar máquinas até que a suscetibilidade individual seja conhecida. 

 

Uso durante a gravidez e lactação 

Categoria de risco na gravidez: C 

 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. 

 

A segurança e a eficácia de hemifumarato de quetiapina durante a gestação humana não foram estabelecidas. Foram relatados sintomas 

de abstinência neonatal após algumas gravidezes durante as quais a quetiapina foi usada. Portanto, hemifumarato de quetiapina só 

deve ser usado durante a gravidez se os benefícios justificarem os riscos potenciais. 

 

Foram publicados relatos sobre a excreção de quetiapina durante a amamentação, no entanto, o nível de excreção não foi consistente. 

As mulheres que estiverem amamentando devem ser aconselhadas a evitar a amamentação enquanto fazem uso de quetiapina. 

 

Este medicamento contém lactose (26,22 mg/comprimido de 25 mg; 104,88 mg/comprimido de 100 mg e 209,76 mg/comprimido de 

200 mg), portanto, deve ser usado com cautela por pacientes com intolerância a lactose. 

 

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 

Devido aos efeitos primários da quetiapina sobre o SNC, Quet (hemifumarato de quetiapina) deve ser usado com cuidado em 

combinação com outros fármacos de ação central e com álcool. 

 

O uso de quetiapina concomitante com outros fármacos conhecidos por causar desequilíbrio eletrolítico ou por aumentar o intervalo 

QT deve ser feito com cautela (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

Quet (hemifumarato de quetiapina) deve ser utilizado com cautela em pacientes recebendo outras medicações com efeitos 

anticolinérgicos (muscarínicos) (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

A farmacocinética do lítio não foi alterada quando coadministrado com hemifumarato de quetiapina. 

 

As farmacocinéticas de valproato de sódio e da quetiapina não foram alteradas de forma clinicamente relevantes quando 

coadministrados. 

 

A farmacocinética da quetiapina não foi alterada de forma significativa após a coadministração com os antipsicóticos risperidona ou 

haloperidol. Entretanto, a coadministração de hemifumarato de quetiapina com tioridazina causou elevação do clearance da quetiapina. 

 

A quetiapina não induziu os sistemas enzimáticos hepáticos envolvidos no metabolismo da antipirina. Entretanto, em um estudo de 

múltiplas doses em pacientes para avaliar a farmacocinética da quetiapina administrada antes e durante tratamento com carbamazepina 

(um conhecido indutor de enzima hepática), a coadministração de carbamazepina aumentou significativamente a depuração da 

quetiapina. Este aumento da depuração reduziu a exposição sistêmica da quetiapina (medida pela ASC) para uma média de 13% da 

exposição durante administração da quetiapina em monoterapia; embora um maior efeito tenha sido observado em muitos pacientes. 

Como consequência desta interação, pode ocorrer diminuição da concentração plasmática de quetiapina e, consequentemente, um 

aumento da dose de Quet (hemifumarato de quetiapina) deve ser considerado em cada paciente, dependendo da resposta clínica. Deve-

se notar que a dose máxima diária recomendada de hemifumarato de quetiapina é 600 a 800 mg/dia dependendo da indicação (ver 

item 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR). 

 

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Quet (hemifumarato de quetiapina)_com_rev_V09_VPS

 

 

Tratamentos contínuos em altas doses devem ser considerados somente como resultado de considerações cuidadosas da avaliação do 

risco/benefício para cada paciente. A coadministração de hemifumarato de quetiapina  e outro indutor de enzima microssomal, 

fenitoína, também causou aumentos na depuração da quetiapina. 

 

Doses elevadas de Quet (hemifumarato de quetiapina) podem ser necessárias para manter o controle dos sintomas psicóticos em 

pacientes que estejam recebendo concomitantemente hemifumarato de quetiapina e fenitoína ou outros indutores de enzimas hepáticas 

(por exemplo: barbituratos, rifampicina, etc.). Pode ser necessária a redução de dose de Quet (hemifumarato de quetiapina) se a 

fenitoína, a carbamazepina ou outro indutor de enzimas hepáticas forem retirados e substituídos por um agente não indutor (por 

exemplo: valproato de sódio). 

 

A CYP3A4 é a principal enzima responsável pelo metabolismo da quetiapina mediado pelo citocromo P450. A farmacocinética da 

quetiapina não foi alterada após coadministração com cimetidina, um conhecido inibidor da enzima P450. A farmacocinética da 

quetiapina não foi significativamente alterada após coadministração com os antidepressivos imipramina (um conhecido inibidor da 

CYP2D6) ou fluoxetina (um conhecido inibidor da CYP3A4 e da CYP2D6). Em estudos de múltiplas doses em voluntários sadios 

para avaliar a farmacocinética da quetiapina antes da administração e durante o tratamento com cetoconazol, a coadministração do 

cetoconazol resultou em aumento na média da Cmáx e da ASC da quetiapina de 235% e 522%, respectivamente, correspondendo a uma 

diminuição da depuração oral média de 84%. A meia-vida média da quetiapina aumentou de 2,6 para 6,8 horas, mas o tmax médio ficou 

inalterado Devido ao potencial para uma interação de magnitude semelhante em uso clínico, a dose de hemifumarato de quetiapina 

deve ser reduzida durante o uso concomitante de quetiapina e potentes inibidores da CYP3A4 (como antifúngicos do tipo azóis, 

antibióticos macrolídeos e inibidores da protease). 

 

Houve relatos de resultados falso-positivos em ensaios imunoenzimáticos para metadona e antidepressivos tricíclicos em pacientes 

que tenham tomado quetiapina. É recomendado que imunoensaios de varredura de resultado questionável sejam confirmados por 

técnica cromatográfica apropriada. 

 

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 

Quet (hemifumarato de quetiapina) deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30°C), protegido da umidade. 

 

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da sua data de fabricação 

 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

 

Características físicas e organolépticas: 

- Quet (hemifumarato de quetiapina) 25 mg apresenta-se na forma de comprimido revestido, circular, semiabaulado liso e de coloração 

rosa. 

- Quet (hemifumarato de quetiapina) 100 mg apresenta-se na forma de comprimido revestido, circular, semiabaulado sem vinco e de 

coloração amarela. 

- Quet (hemifumarato de quetiapina) 200 mg apresenta-se na forma de comprimido revestido, oblongo, semiabaulado com vinco e de 

coloração branca. 

 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 

 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

 

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR 

Modo de usar 

Quet (hemifumarato de quetiapina) deve ser administrado por via oral, com ou sem alimentos. 

 

Esquizofrenia, episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar: Quet (hemifumarato de quetiapina) deve ser 

administrado duas vezes ao dia. No entanto, Quet (hemifumarato de quetiapina) pode ser administrado três vezes ao dia em crianças 

e adolescentes dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. 

 

Manutenção do transtorno afetivo bipolar I em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato: Quet 

(hemifumarato de quetiapina) deve ser administrado duas vezes ao dia. 

 

Episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar: Quet (hemifumarato de quetiapina) deve ser administrado à 

noite, em dose única diária. 

 

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado. 

 

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Posologia 

 

- Esquizofrenia 

 

Adolescentes (13 a 17 anos de idade) 

A dose total diária para os cinco dias iniciais do tratamento é de 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3), 300 mg (dia 4) e 400 

mg (dia 5). Após o 5º dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa de dose considerada eficaz de 400 a 800 mg/dia 

dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. Ajustes de dose devem ser em incrementos não maiores que 100 

mg/dia.

 

 

A segurança e eficácia de hemifumarato de quetiapina não foram estabelecidas em crianças com idade inferior a 13 anos de idade com 

esquizofrenia. 

 

Adultos 

A dose total diária para os quatro dias iniciais do tratamento é de 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3) e 300 mg (dia 4). Após 

o 4º dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa considerada eficaz de 300 a 450 mg/dia. Entretanto, dependendo da 

resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente, a dose pode ser ajustada na faixa de dose de 150 a 750 mg/dia. 

 

- Episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar 

 

Crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade) 

A dose total diária para os cinco dias iniciais do tratamento é de 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3), 300 mg (dia 4) e 400 

mg (dia 5). Após o 5º dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa de dose considerada eficaz de 400 a 600 mg/dia 

dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. Ajustes de dose podem ser em incrementos não maiores que 100 

mg/dia. 

 

A segurança e eficácia de hemifumarato de quetiapina não foram estabelecidas em crianças com idade inferior a 10 anos de idade com 

mania bipolar. 

 

Adultos 

A dose total diária para os quatro primeiros dias do tratamento é de 100 mg (dia 1), 200 mg (dia 2), 300 mg (dia 3) e 400 mg (dia 4). 

Outros ajustes de dose de até 800 mg/dia no 6° dia não devem ser maiores que 200 mg/dia. A dose pode ser ajustada dependendo da 

resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente, dentro do intervalo de dose de 200 a 800 mg/dia. A dose usual efetiva está na 

faixa de dose de 400 a 800 mg/dia. 

 

- Episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar 

A dose deve ser titulada como descrito a seguir: 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3) e 300 mg (dia 4). Quet (hemifumarato 

de quetiapina) pode ser titulado até 400 mg no dia 5 e até 600 mg no dia 8. 

 

A eficácia antidepressiva foi demonstrada com hemifumarato de quetiapina com 300 mg e 600 mg, entretanto benefícios adicionais 

não foram observados no grupo 600 mg durante tratamento de curto prazo (ver itens 9. REAÇÕES ADVERSAS e 2. RESULTADOS 

DE EFICÁCIA). 

 

- Manutenção do transtorno afetivo bipolar I em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato 

Os pacientes que responderam ao hemifumarato de quetiapina na terapia combinada a um estabilizador de humor (lítio ou valproato) 

para o tratamento agudo de transtorno bipolar devem continuar com a terapia de hemifumarato de quetiapina na mesma dose. 

 

A dose pode ser ajustada dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade individual de cada paciente. A eficácia foi demonstrada 

com  hemifumarato de quetiapina  (administrado duas vezes ao dia totalizando 400 a 800 mg/dia) como terapia de combinação a 

estabilizador de humor (lítio ou valproato). 

 

- Para tratamento de manutenção no transtorno bipolar em monoterapia 

Pacientes que respondem a hemifumarato de quetiapina para tratamento agudo de transtorno bipolar devem continuar o tratamento na 

mesma dose, sendo que esta pode ser reajustada dependendo da resposta clínica e tolerabilidade individual de cada paciente, entre a 

faixa de 300 mg a 800 mg/ dia. 

 

Se o paciente esquecer de tomar o comprimido de hemifumarato de quetiapina, deve tomá-lo assim que se lembrar. Deverá tomar a 

próxima dose no horário habitual e não tomar uma dose dobrada. 

 

Crianças e adolescentes: a segurança e a eficácia de hemifumarato de quetiapina não foram avaliadas em crianças e adolescentes 

com depressão bipolar e no tratamento de manutenção do transtorno bipolar. 

 

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Insuficiência hepática: a quetiapina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Portanto, Quet (hemifumarato de quetiapina) deve 

ser usado com cautela em pacientes com insuficiência hepática conhecida, especialmente durante o período inicial. 

 

Pacientes com insuficiência hepática devem iniciar o tratamento com 25 mg/dia. A dose pode ser aumentada em incrementos de 25 a 

50 mg até atingir a dose eficaz, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. 

 

Insuficiência renal: não é necessário ajuste de dose. 

 

Idosos: assim como com outros antipsicóticos, Quet (hemifumarato de quetiapina) deve ser usado com cautela em pacientes idosos, 

especialmente durante o período inicial. Pode ser necessário ajustar a dose de hemifumarato de quetiapina  lentamente e a dose 

terapêutica diária pode ser menor do que a usada por pacientes jovens, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada 

paciente. A depuração plasmática média da quetiapina foi reduzida de 30% a 50% em pacientes idosos quando comparada a pacientes 

jovens. O tratamento deve ser iniciado com 25 mg/dia de hemifumarato de quetiapina, aumentando a dose diariamente em incrementos 

de 25 a 50 mg até atingir a dose eficaz, que provavelmente será menor que a dose para pacientes mais jovens. 

 

9. REAÇÕES ADVERSAS 

As reações adversas a medicamentos (ADRs) mais comumente relatadas com a quetiapina (≥10%) são: sonolência, tontura, boca seca, 

sintomas de abstinência por descontinuação, elevação nos níveis séricos de triglicérides, elevação no colesterol total 

(predominantemente no LDL), redução do colesterol HDL, aumento de peso, redução da hemoglobina, de sintomas extrapiramidais. 

 

A incidência das ADRs associadas com a quetiapina está descrita na tabela a seguir: 

 

FREQUÊNCIA 

SISTEMAS 

REAÇÕES ADVERSAS 

Muito comum (≥10%) 

Alterações gastrintestinais 

Boca seca 

 

Alterações gerais 

Sintomas de abstinência por 

descontinuaçãoa,j 

 

Investigações 

Elevações dos níveis de triglicérides 

séricosa,k; Elevações do colesterol 

total (predominantemente LDL-

colesterol)a,l; Diminuição de HDL-

colesterola,r; Ganho de pesoc; 

Diminuição da hemoglobinas 

 

Alterações do sistema nervoso 

Tonturaa, e, q; Sonolênciab, q; Sintomas 

extrapiramidaisa, x 

Comum (≥1% - < 10%) 

Alterações do sangue e sistema 

linfático 

Leucopeniaa, x 

 

Alterações cardíacas 

Taquicardiaa, e; Palpitaçõest 

 

Alterações visuais 

Visão borrada 

 

Alterações gastrintestinais 

Constipação; Dispepsia; Vômitov 

 

Alterações gerais 

 

Astenia leve; Edema periférico; 

Irritabilidade; Pirexia 

 

Investigações 

Elevações das alaninas 

aminotransaminases séricas (ALT)d; 

Elevações nos níveis de gama GTd; 

Redução da contagem de neutrófilosa, 

g

; Aumento de eosinófilosw; Aumento 

da glicose no sangue para níveis 

hiperglicêmicosa, h; Elevações da 

prolactina séricao; Diminuição do T4 

totalu; Diminuição do T4  livreu; 

Diminuição do T3 totalu; Aumento do 

TSHu 

 

Alterações do sistema nervoso 

Disartria 

 

Alterações do metabolismo e 

nutrição 

Aumento do apetite 

 

Alterações respiratórias, 

torácicas e do mediastino 

Dispneiat 

 

Alterações vasculares 

Hipotensão ortostáticaa, e, q 

 

Alterações psiquiátricas 

Sonhos anormais e pesadelos 

Incomum (≥0,1% - < 1%)  Alterações cardíacas 

Bradicardiav 

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FREQUÊNCIA 

SISTEMAS 

REAÇÕES ADVERSAS 

 

Alterações gastrintestinais 

Disfagiaa, i 

 

Alterações do sistema imune 

Hipersensibilidade 

 

Investigações 

Elevações 

da aspartato 

aminotransferase sérica (AST)d; 

Diminuição da contagem de 

plaquetasn; 

Diminuição do T3 livreu 

 

Alterações do sistema nervoso 

Convulsãoa; Síndrome das pernas 

inquietas; 

Discinesia tardiaa; Síncopea, e, q 

Estado confusional 

 

Alterações respiratórias, torácicas e do 

mediastino 

Rinite 

 

Alterações renais e urinárias 

Retenção urinária 

Rara (≥0,01% - < 0,1%) 

Alterações gerais 

Síndrome neuroléptica malígnaa; 

Hipotermia 

 

Distúrbios hepatobiliares 

Hepatite (com ou sem icterícia) 

 

Investigações 

Elevação dos níveis de creatino 

fosfoquinase no sanguem; 

Agranulocitosez 

 

Alterações psiquiátricas 

Sonambulismo e outros eventos 

relacionados 

 

Alterações do sistema reprodutor e mamas  Priapismo; Galactorreia 

 

Alterações gastrintestinais 

Obstrução intestinal / Íleo 

Muito rara (<0,01%) 

Alterações do sistema imune  

Reações anafiláticasf 

 

Distúrbios do tecido musculoesquelético e 

conectivo  

Rabdomiólise 

Desconhecida 

Distúrbios gerais e condições do local de 

administração 

Abstinência neonatalaa 

 

Distúrbios cutâneos e 

subcutâneos 

Reação ao medicamento com 

eosinofilia e sintomas sistêmicos 

(DRESS); Pustulose Exantemática 

Generalizada Aguda (PELA); Eritema 

Multiforme (EM); Vasculite cutânea  

 

a)  Ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES. 

b)  Pode ocorrer sonolência, normalmente durante as duas primeiras semanas de tratamento, e que geralmente é resolvida com 

a continuação da administração da quetiapina. 

c)  Baseado no aumento de ≥ 7% do peso corporal a partir do basal. Ocorre predominantemente durante as primeiras semanas 

de tratamento, em adultos. 

d)  Foram  observadas  elevações  assintomáticas  (mudança  de  normal  a  ≥  3  X  ULN  a  qualquer  momento)  dos  níveis  das 

transaminases séricas (ALT – alanina aminotransferase, AST – aspartato aminotransferase) ou dos níveis de gama-GT em 

alguns pacientes recebendo quetiapina. Geralmente, esses aumentos foram reversíveis no decorrer do tratamento com 

quetiapina. 

e)  Assim como com outros antipsicóticos com atividade bloqueadora alfa1-adrenérgica, a quetiapina pode induzir hipotensão 

ortostática associada à tontura, taquicardia e síncope em alguns pacientes, especialmente durante a fase inicial de titulação 

da dose. 

f)  A inclusão da reação anafilática é baseada em relatos pós-comercialização. 

g)  Em todos os estudos clínicos de monoterapia placebo-controlados de curta duração entre pacientes com contagem de 

neutrófilos basal ≥ 1,5 X 109/L, a incidência de pelo menos uma ocorrência da contagem de neutrófilos < 1,5 X 109/L foi de 

1,9% em pacientes tratados com quetiapina em comparação com 1,5% dos pacientes tratados com placebo. A incidência ≥ 

0,5 a < 1,0 X 109/L foi 0,2% em pacientes tratados com quetiapina e 0,2% em pacientes tratados com placebo. Em estudos 

clínicos conduzidos antes do aditamento ao protocolo para a descontinuação de pacientes com contagem de neutrófilos <1,0 

x 109/L devido ao tratamento, entre pacientes com contagem de neutrófilos basal ≥ 1,5 X 109/L, a incidência de pelo menos 

uma ocorrência da contagem de neutrófilos < 0,5 X 109/L foi de 0,21% em pacientes tratados com quetiapina e 0% em 

pacientes tratados com placebo. 

h)  Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL ou glicemia sem jejum ≥ 200mg/dL em pelo menos uma ocasião. 

i)  Aumento da taxa de disfagia com quetiapina versus placebo foi observado apenas nos estudos clínicos de depressão bipolar. 

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j)  Em estudos clínicos de monoterapia placebo-controlados de fase aguda, que avaliaram os sintomas de abstinência por 

descontinuação, a incidência agregada desses sintomas após a interrupção abrupta foi de 12,1% para quetiapina e 6,7% para 

o placebo. A incidência agregada dos eventos adversos individuais (ex.: insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômitos, tontura 

e irritabilidade) não excedeu 5,3% em qualquer grupo de tratamento e geralmente foi resolvida após 1 semana da 

descontinuação. 

k)  Triglicérides ≥ 200 mg/dL (em pacientes com idade ≥ 18 anos) ou ≥ 150 mg/dL (em pacientes com idade < 18 anos) em pelo 

menos uma ocasião. 

l)  Colesterol ≥ 240 mg/dL (em pacientes com idade ≥ 18 anos) ou ≥ 200 mg/dL (em pacientes com idade < 18 anos) em pelo 

menos uma ocasião. 

m)  Baseado em relatórios de eventos adversos em estudos clínicos, o aumento de creatino fosfoquinase no sangue não está 

associado à síndrome neuroléptica maligna. 

n)  Plaquetas ≤ 100 x 109/L em pelo menos uma ocasião. 

o)  Níveis de prolactina (pacientes com idade ≥ 18 anos): > 20μg/L em homens; > 30μg/L em mulheres a qualquer momento. 

p)  Ver texto descrito a seguir. 

q)  Pode levar a quedas. 

r)  HDL colesterol: < 40 mg/dL em homens; < 50 mg/dL em mulheres a qualquer momento. 

s)  Ocorreu diminuição de hemoglobina para ≤ 13 g/dL em homens e ≤ 12 g/dL em mulheres em pelo menos uma ocasião em 

11% dos pacientes tomando quetiapina em todos os estudos, incluindo extensões abertas. Em estudos de curto prazo placebo-

controlados, ocorreu diminuição de hemoglobina para ≤ 13 g/dL em homens e ≤12 g/dL em mulheres em pelo menos uma 

ocasião em 8,3% dos pacientes tomando quetiapina em comparação com 6,2% dos pacientes tomando placebo. 

t)  Esses relatos ocorreram frequentemente na presença de taquicardia, tonturas, hipotensão ortostática e/ou doença 

cardíaca/respiratória subjacente. 

u)  Baseado em mudanças a partir da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento 

após a linha de base para todos os ensaios clínicos. Mudanças no T4 total, T4 livre, T3 total e T3 livre são definidas como < 

0,8 x LLN (pmol / L) e mudança de TSH é > 5 mUI/L em qualquer momento. 

v)  Baseado no aumento da taxa de vômito em pacientes idosos (≥ 65 anos de idade). 

w)  Baseado em mudanças da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a 

linha de base em todos os ensaios clínicos. Alterações nos eosinófilos são definidas como ≥ 1 x 109 células/L em qualquer 

momento. 

x)  Baseado em mudanças da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a 

linha de base em todos os ensaios clínicos. Alterações nos glóbulos brancos são definidas como ≤ 3 x 109 células/L em 

qualquer momento. 

y)  Pode ocorrer no tratamento ou perto do início do tratamento e estar associada a hipotensão e/ou síncope. Frequência baseada 

em relatos de eventos adversos de bradicardia e em eventos relacionados em todos os ensaios clínicos com quetiapina. 

z)  Com base na frequência de pacientes com neutropenia grave (<0.5 x 109/L) e infecções durante todos os estudos clínicos de 

quetiapina. 

aa)  Ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES. 

 

Sintomas extrapiramidais 

Os seguintes estudos clínicos (monoterapia e terapia combinada) incluem o tratamento com quetiapina  comprimido revestido e 

quetiapina comprimido de liberação prolongada. 

 

Em estudos clínicos placebo-controlados de curto prazo em esquizofrenia e mania bipolar, a incidência agregada de EPS foi similar 

ao placebo (esquizofrenia: 7,8% para quetiapina e 8% para o placebo; mania bipolar: 11,2% para quetiapina e 11,4% para o placebo). 

Em estudos clínicos placebo controlados de curto prazo em depressão bipolar, a incidência agregada de EPS foi de 8,9% para 

quetiapina em comparação com 3,8% para o placebo, embora a incidência de eventos adversos individuais (ex.: acatisia, alterações 

extrapiramidais, tremor, discinesia, distonia, inquietação, contração muscular involuntária, hiperatividade psicomotora e rigidez 

muscular) ter sido geralmente baixa e não ter excedido 4% em qualquer grupo de tratamento. 

Em estudos clínicos de longo prazo de esquizofrenia e transtornos afetivos bipolares, a incidência ajustada da exposição agregada de 

EPS devido ao tratamento foi similar entre a quetiapina e o placebo. 

 

Níveis de hormônios tireoidianos 

O tratamento com a quetiapina foi associado com diminuições relacionadas à dose dos níveis de hormônios da tireoide. Em estudos 

clínicos placebo-controlados de curto prazo, a incidência de alterações potenciais e clinicamente significativas dos níveis de hormônios 

da tireoide foram: T4 total: 3,4% para a quetiapina versus 0,6% para o placebo; T4 livre: 0,7% para a quetiapina versus 0,1% para o 

placebo; T3 total: 0,54% para a quetiapina versus 0,0% para o placebo e T3 livre: 0,2% para a quetiapina versus 0,0% para o placebo. 

A incidência de alterações no TSH foi de 3,2% para a quetiapina versus 2,7% para o placebo. Em estudos de monoterapia placebo-

controlados de curto prazo, a incidência de alterações de reciprocidade, potencial e clinicamente significativas no T3 e no TSH foi de 

0,0% tanto para a quetiapina e quanto para o placebo e 0,1% para a quetiapina versus 0,0% para o placebo para as alterações no T4 e 

no TSH. A redução do T4 total e livre foi máxima nas primeiras seis semanas de tratamento com a quetiapina, sem redução adicional 

durante o tratamento de longo prazo. Em quase todos os casos, a interrupção do tratamento com a quetiapina foi associada com a 

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reversão dos efeitos sobre T4 total e livre, independentemente da duração do tratamento. Em oito pacientes, onde foi medida a TBG, 

os níveis de TBG não foram alterados. 

 

Crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade) 

As mesmas reações adversas acima descritas para adultos devem ser consideradas para crianças e adolescentes. 

 

A tabela a seguir resume as reações adversas que ocorrem em maior frequência em crianças e adolescentes do que em adultos ou 

reações adversas que não foram identificadas em pacientes adultos. 

 

FREQUÊNCIA 

SISTEMAS 

REAÇÕES ADVERSAS 

Muito comum (≥10%) 

Alterações no metabolismo e 

nutricional 

Aumento do apetite 

 

Investigações 

Elevações da prolactina séricaa; 

Aumento na pressão arterialb 

 

 

 

Comum (≥1% - < 10%) 

Alterações gastrintestinais 

Vômito 

 

Alterações respiratórias, torácicas e do 

mediastino 

Rinite 

 

Alterações do sistema nervoso 

Síncope 

 

 

 

(a) Níveis de prolactina (pacientes < 18 anos de idade): > 20μg/L em homens; > 26μg/L em mulheres a qualquer momento. Menos de 

1% dos pacientes tiveram um aumento do nível de prolactina > 100μg/L. 

(b) Baseado nos dados lineares clinicamente significativos  (adaptados a partir dos critérios do National Institutes of Health) ou 

aumentos > 20 mmHg para pressão arterial sistólica ou > 10 mmHg para pressão arterial diastólica, a qualquer momento, em dois 

estudos agudos placebo-controlados (3-6 semanas) em crianças e adolescentes. 

 

Ganho de peso em crianças e adolescentes 

Em um estudo clínico placebo-controlado de 6 semanas em esquizofrenia com pacientes adolescentes (13 a 17 anos de idade), a média 

de aumento no peso corporal foi 2,0 kg no grupo hemifumarato de quetiapina e 0,4 kg no grupo placebo. 21% dos pacientes tratados 

com hemifumarato de quetiapina e 7% dos pacientes tratados com placebo adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal. 

 

Em um estudo clínico placebo-controlado de 3 semanas em mania bipolar com crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade), a 

média de aumento no peso corporal foi 1,7 kg no grupo hemifumarato de quetiapina e 0,4 kg no grupo placebo. 12% dos pacientes 

tratados com hemifumarato de quetiapina e 0% dos pacientes tratados com placebo adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal. 

 

Em um estudo clínico aberto que envolveu pacientes dos dois estudos citados anteriormente, 63% dos pacientes (241/380) 

completaram 26 semanas de terapia com hemifumarato de quetiapina. Após 26 semanas de tratamento, a média de aumento no peso 

corporal foi 4,4 kg. 45% dos pacientes adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal, não ajustado ao crescimento normal. A fim de ajustar 

para o crescimento normal, após 26 semanas, um aumento de pelo menos 0,5 no desvio padrão do basal no IMC foi utilizado como 

uma medida de uma mudança clinicamente significativa; 18,3% dos pacientes com hemifumarato de quetiapina preencheram este 

critério após 26 semanas de tratamento. 

 

Sintomas extrapiramidais em crianças e adolescentes 

Em um estudo clínico de monoterapia placebo-controlado de curto prazo em esquizofrenia com pacientes adolescentes (13 a 17 anos 

de idade), a incidência agregada de EPS foi 12,9% para hemifumarato de quetiapina e 5,3% para o placebo, embora a incidência dos 

eventos adversos individuais (ex.: acatisia, tremor, alterações extrapiramidais, hipocinesia, inquietação, hiperatividade psicomotora, 

rigidez muscular, discinesia) foi geralmente baixa e não excedeu 4,1% em nenhum grupo de tratamento. Em um estudo clínico de 

monoterapia placebo-controlado de curto prazo em mania bipolar com crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade), a incidência 

agregada de EPS foi 3,6% para hemifumarato de quetiapina e 1,1% para o placebo. 

 

Pancreatite 

Pancreatite foi relatada nos estudos clínicos e durante a experiência pós-comercialização, no entanto, não foi estabelecida uma relação 

causal. Entre os relatos pós-comercialização, muitos pacientes apresentaram fatores conhecidos por estarem associados à pancreatite, 

tais como aumento das triglicérides (ver item 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES - Lipídeos), cálculos biliares e o consumo de 

álcool. 

 

Constipação e obstrução intestinal 

A constipação representa um fator de risco para a obstrução intestinal. Foram relatadas constipação e obstrução intestinal com o uso 

da quetiapina. Isto inclui relatos fatais em pacientes com alto risco de obstrução intestinal, incluindo aqueles que estavam recebendo 

múltiplas medicações concomitantes que reduzem a motilidade intestinal e/ou que podem não ter relatado sintomas de constipação. 

 

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Outros possíveis eventos 

Outros possíveis eventos foram observados em ensaios clínicos com hemifumarato de quetiapina; porém, uma relação causal não foi 

estabelecida: agitação, ansiedade, faringite, prurido, dor abdominal, hipotensão postural, dor nas costas, febre, gastrenterite, 

hipertonia, espasmos, depressão, ambliopia, distúrbio da fala, hipotensão, corpo pesado, hipertensão, falta de coordenação, 

pensamentos anormais, ataxia, sinusite, sudorese, infecção do trato urinário, fadiga, letargia, congestão nasal, artralgia, parestesia, 

tosse, hipersonia, congestão nasal, doença do refluxo gastroesofágico, dor nas extremidades, perturbações do equilíbrio, hipoestesia, 

parkinsonismo, anorexia, abscesso no dente, epistaxe, agressão, rigidez musculoesquelética, superdose acidental, acne, palidez, 

desconforto no estômago, dor de ouvido, parestesia e sede. 

 

Experiência pós-comercialização 

As seguintes reações adversas foram identificadas durante a comercialização de hemifumarato de quetiapina. Como estas reações são 

relatadas voluntariamente por população de tamanho incerto, não é sempre possível estimar com segurança a sua frequência ou 

estabelecer uma relação causal com a exposição ao medicamento. 

As reações adversas relatadas desde a introdução no mercado, que foram temporalmente relacionadas à terapia com quetiapina, 

incluem: reação anafilática, cardiomiopatia, reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (HID), hiponatremia, 

miocardite, enurese noturna, pancreatite, amnésia retrógrada, rabdomiólise, síndrome de secreção inadequada de hormônio 

antidiurético (SIADH), síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), e necrólise epidérmica tóxica (NET). 

 

Em caso de eventos adversos, notifique pelo Sistema VIGIMED, disponível no Portal da ANVISA. 

 

10. SUPERDOSE 

Em estudos clínicos, a sobrevida foi relatada em superdose aguda de até 30 g de quetiapina. A maioria dos pacientes com superdose 

não apresentou eventos adversos ou recuperou-se completamente dos eventos adversos relatados. Morte foi relatada em um estudo 

clínico seguido de superdose de 13,6 g de quetiapina sozinha. 

 

Na experiência pós-comercialização, foram relatados casos raros de superdose com o uso de quetiapina, resultando em morte ou coma. 

 

Na experiência pós-comercialização, foram relatados casos de prolongamento do intervalo QT com superdose. 

 

Pacientes com doença cardiovascular grave pré-existente podem ter o risco aumentado dos efeitos da superdose (ver item 5. 

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). 

 

Em geral, os sinais e sintomas relatados foram resultantes da exacerbação dos efeitos farmacológicos conhecidos da quetiapina, isto 

é, sonolência e sedação, taquicardia, hipotensão e efeitos anticolinérgicos. 

 

Tratamento da superdose 

Não há antídoto específico para a quetiapina. Em casos de intoxicação grave, a possibilidade do envolvimento de múltiplos fármacos 

deve ser considerada e recomenda-se procedimentos de terapia intensiva, incluindo estabelecimento e manutenção de vias aéreas 

desobstruídas, garantindo oxigenação e ventilação adequadas, e monitoração e suporte do sistema cardiovascular. Neste contexto, 

relatórios publicados na definição de sintomas anticolinérgicos, descrevem uma reversão dos efeitos graves sobre o SNC, incluindo 

coma e delírio, com a administração de fisostigmina intravenosa (1-2 mg), com monitoramento contínuo do ECG. 

 

Os casos de hipotensão refratária a superdose de quetiapina devem ser tratados com medidas adequadas, tais como fluidos intravenosos 

e/ou agentes simpatomiméticos (adrenalina e dopamina devem ser evitadas, uma vez que a estimulação beta pode piorar a hipotensão 

devido ao bloqueio alfa induzido pela quetiapina). 

 

Supervisão médica e monitoração cuidadosa devem ser mantidas até a recuperação do paciente. 

 

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

 

 

DIZERES LEGAIS 

 

M.S.: 1.0043.1195 

 

Farm. Resp. Subst. Dra. Ivanete A. Dias Assi 

CRF-SP 41.116 

 

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. 

 

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 30/06/2021. 

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Quet (hemifumarato de quetiapina)_com_rev_V09_VPS

 

 

Fabricado por: 

Geolab Indústria Farmacêutica S/A 

Anápolis – GO 

 

Registrado por: 

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, Km 35,6 

Itapevi – SP 

CNPJ: 61.190.096/0001-92 

Indústria Brasileira 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Quet (hemifumarato de quetiapina)_com_rev_V09_VPS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Histórico de Alteração da Bula 

 

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

No 

do 

expedient

Assunto 

Data do 

expedient

No 

do 

expedient

Assunto 

Data de 

aprovaçã

Itens de bula 

Versões 

(VP/ 

VPS) 

Apresentaç

ões 

relacionada

 

31/10/2016 

 

2440646/

16-5 

10457 

– 

Inclusão 

Inicial  de 

Texto de 

Bula 

– 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável  Não aplicável 

 

 

VPS 

 

Comprimido 

revestido 

 

25 mg / 100 

mg / 200 mg 

 

 

28/12/2016 

 

 

2663341/

16-8 

10450 

– 

Notificação 

de 

Alteração 

de Texto de 

Bula 

– 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

5. Advertências e 

precauções 

6. Interações 

medicamentosas 

9. Reações adversas 

 

VPS  

 

Comprimido 

revestido 

 

25 mg / 100 

mg / 200 mg 

28/09/2018  0942233/

18-1 

10450 

– 

Notificação 

de 

Alteração 

de Texto de 

Bula 

– 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável  5. Advertências e 

precauções 

Dizeres legais 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

25 mg / 100 

mg / 200 mg 

 

 

09/10/2019 

 

 

2400641/

19-6 

10450 

– 

Notificação 

de 

Alteração 

de Texto de 

Bula 

– 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável  Identificação do 

medicamento 

 

9. Reações adversas 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

25 mg / 100 

mg / 200 mg 

 

 

18/11/2020 

 

 

4065218/

20-1 

10450 

– 

Notificação 

de 

Alteração 

de Texto de 

Bula 

– 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

5. Advertências e 

precauções 

 

9. Reações adversas 

 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

25 mg / 100 

mg / 200 mg 

 

15/12/2020 

 

4430571

201 

10450 

– 

Notificação 

de 

Alteração 

de Texto de 

Bula 

– 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

25 mg / 100 

mg / 200 mg 

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Quet (hemifumarato de quetiapina)_com_rev_V09_VPS

 

 

 

29/06/2021 

 

2518548/

21-1 

10450 

– 

Notificação 

de 

Alteração 

de Texto de 

Bula 

– 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

9. Reações adversas 

10. Superdose 

Dizeres legais 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

25 mg / 100 

mg / 200 mg 

08/09/2021  3539318/

21-6 

10450 

– 

Notificação 

de 

Alteração 

de Texto de 

Bula 

– 

RDC 60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

9. Reações adversas 

Dizeres legais 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

25 mg / 100 

mg / 200 mg 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

10450 

SIMILAR 

– 

Notificação 

de 

Alteração 

de Texto de 

Bula 

publicação 

no Bulário 

RDC 60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Dizeres legais 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

25 mg / 100 

mg / 200 mg