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Selene® 

(etinilestradiol + acetato de ciproterona) 

 
 
 

 

Bula para profissional da saúde 

Comprimido revestido 

0,035 mg + 2,0 mg 

 
 
 
 
 
 
 
 

 

 

       

 

 
 

 

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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 
 

Selene® 

(etinilestradiol + acetato de ciproterona) 

 

MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO REFERÊNCIA 

 

APRESENTAÇÕES 
 
Comprimidos  revestidos  0,035  mg  de  etinilestradiol  +  2,0  mg  de  acetato  de  ciproterona:  embalagens  com  21  ou  63 
comprimidos revestidos. 

 

USO ORAL 
 
USO ADULTO  
 
COMPOSIÇÃO: 
Cada comprimido revestido contém: 

 

etinilestradiol..............................................................................0,035 mg 
acetato de ciproterona.....................................................................2,0 mg 
excipientes*.............................................. q.s.p. 1 comprimido revestido 
*Excipientes amido, croscarmelose sódica, povidona, hipromelose, dióxido de silício, celulose microcristalina, estearato 
de magnésio, lactose monoidratada, macrogol, talco, glicerol, corante laca eritrosina, dióxido de titânio e marcoat 125 
Adventia Seal. 
 

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 
 
1. INDICAÇÕES  
Para  o  tratamento  de  distúrbios  andrógeno-dependentes  na  mulher,  tais  como  a  acne,  principalmente  nas  formas 
pronunciadas e naquelas acompanhadas de seborreia, inflamações ou formações de nódulos (acne papulopustulosa, acne 
nodulocística); casos leves de hirsutismo; síndrome de ovários policísticos (SOP). 
Para o tratamento da acne, Selene® deve ser usado quando terapia tópica ou tratamentos com antibióticos sistêmicos não 
forem considerados adequados. 
Embora o medicamento Selene® também funcione como um contraceptivo oral, ele não deve ser utilizado exclusivamente 
em mulheres para contracepção, mas sim reservado apenas para mulheres que necessitam de tratamento para as condições 
andrógeno-dependentes descritas. 
Recomenda-se ainda, que o tratamento seja retirado de 3 a 4 ciclos após a condição indicada ter sido resolvida e que o 
Selene® não seja continuado unicamente para fornecer contracepção oral. 
 
2. RESULTADOS DE EFICÁCIA  
Dados  de  eficácia  de  3  estudos  pivotais  com  Selene® (2  mg  de  acetato  de  ciproterona  +  0,035  mg  de  etinilestradiol) 
incluíram resultados de 1462 mulheres com sintomas de androgenização (como acne, seborreia e hirsutismo) durante um 
período de 23.549 ciclos de tratamento. Casos de acne facial apresentaram uma taxa de melhora/cura de 38% ou mais 
com Selene® após 3 meses de tratamento. Ocorreu uma melhora continua durante o período de tratamento, resultando em 
melhoria ou normalização dos sinais e sintomas, na maioria das pacientes após 9 meses. A avaliação após 12 ciclos de 
terapia demonstrou uma taxa de melhora/cura de 91% de melhora/cura com uma taxa de cura completa de 68%. Durante 
o ciclo 36, todos os casos de acne facial foram completamente curados. 
Um perfil de eficácia similar foi observado nos casos de acne localizada na área das costas e do tórax. Novamente, 35% 
a 55% dos pacientes apresentaram melhora ou cura dos sinais e sintomas após 3 meses de tratamento com  Selene®. A 
melhoria  das  condições  foi  notada  mesmo  antes  do  término  do  tratamento,  quando  83%  a  100%  dos  pacientes 
apresentaram melhora/cura após 9 a 12 meses de terapia. 
Os sintomas associados à androgenização (seborreia e hirsutismo) também apresentaram melhora ao longo dos 3 estudos 
clínicos. No ciclo 9, a melhora na oleosidade da pele foi notada em 61% a 87% das mulheres que usaram Selene®. Uma 
melhora  significativa  no  hirsutismo  ocorreu  mais  lentamente,  entretanto  a  tendência  de  melhoria  foi  observada 
consistentemente durante o período de tratamento, sem sinais de estabilização. Após 36 ciclos de tratamento com Selene®, 
o hirsutismo na face, tórax e abdômen regrediram em 60%, 95% e 82% dos pacientes, respectivamente. 
Uma  dose  diária  de  1  mg  de  acetato  de  ciproterona  foi  considerada  a  dose  para  a  inibição  da  ovulação.  A  supressão 
ovariana com 2 mg de acetato de ciproterona combinado com 0,035 mg de etinilestradiol (Selene®) foi demostrada em 

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dois estudos clínicos. Um grande estudo internacional de fase 3 com uso estendido de  Selene® até 36 meses em 1.165 
pacientes com sinais clínicos de hiperandrogenização (resultando em 21.196 ciclos) revelou um índice de Pearl de 0,1. O 
índice de Pearl de um grande estudo clínico observacional foi de 0,37 com limite de confiança superior 95% de 0,65. 
 
3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS  
➢ 

Farmacodinâmica 

A unidade pilossebácea, constituída pela glândula sebácea e pelo folículo piloso, é um componente da pele sensível à 
ação de andrógenos. Acne, seborreia e hirsutismo são condições clínicas resultantes de alterações neste órgão alvo que 
podem ser causadas pelo aumento da sensibilidade ou níveis elevados de andrógeno no plasma. Ambas as substâncias 
contidas em Selene® influenciam, beneficamente, o estado hiperandrogênico: o acetato de ciproterona, um antagonista 
competitivo do receptor de andrógeno, apresenta efeito inibitório nas células alvo e produz diminuição da concentração 
de  andrógeno  no  sangue  através  de  um  efeito  antigonadotrópico.  Este  efeito  antigonadotrópico  é  ampliado  pelo 
etinilestradiol que regula o aumento e a síntese de globulinas de ligação aos hormônios sexuais (SHBG) no plasma. Desse 
modo, reduz o 
andrógeno livre biologicamente presente na circulação sanguínea. 
Um estudo de segurança pós aprovação (PASS) demonstrou que a frequência de diagnóstico de TEV (Tromboembolismo 
Venoso) varia entre 7 e 10 por 10.000 mulheres por ano que utilizam COC com baixa dose de estrogênio (menor que 0,05 
mg de etinilestradiol). 
Dados mais recentes sugerem que a frequência de diagnóstico de TEV é de aproximadamente 4 por 10.000 mulheres por 
ano não usuárias de COCs e não grávidas. 
Essa faixa está entre 20 a 30 por 10.000 mulheres grávidas ou no pós-parto. 
O tratamento com Selene® leva, geralmente após 3 a 4 meses de terapia, à resolução das erupções da acne preexistente. 
A oleosidade excessiva da pele geralmente desaparece mais cedo. Em mulheres que exibem formas leves de hirsutismo 
e, em particular, nos casos de leve aumento de pelos faciais, os resultados apenas tornam-se aparentes após vários meses 
de tratamento. 
O efeito contraceptivo de Selene® baseia-se na interação de diversos fatores, sendo que os mais importantes são inibição 
da  ovulação  e  alterações  na  secreção  cervical.  Além  da  ação  contraceptiva,  as  combinações  estrogênio/progestógeno 
apresentam  diversas  propriedades  positivas.  O  ciclo  menstrual  torna-se  mais  regular,  a  menstruação  apresenta-se 
frequentemente menos dolorosa e o sangramento menos intenso, o que, neste último caso, pode reduzir a possibilidade 
de ocorrência de deficiência de ferro. 
 
➢ 

Farmacocinética 

acetato de ciproterona 
Absorção: 
O acetato de ciproterona, administrado por via oral, é rápida e completamente absorvido. 
Os  níveis  séricos  máximos  de  15  ng/mL  são  alcançados  em  cerca  de  1,6  h  após  administração  de  dose  única.  A 
biodisponibilidade é de cerca de 88%. 
 
Distribuição: 
O acetato de ciproterona liga-se quase que exclusivamente à albumina sérica. Cerca de 3,5 a 4,0% das  concentrações 
séricas totais do acetato de ciproterona apresentam-se sob a forma livre. O aumento nos níveis de SHBG (globulinas de 
ligação aos hormônios sexuais) induzido pelo etinilestradiol não afeta à ligação do acetato de ciproterona à proteína sérica. 
O volume aparente de distribuição do acetato de ciproterona é de cerca de 986 ± 437 L. 
 
Metabolismo: 
O acetato de ciproterona é quase que completamente metabolizado. O metabólito principal no plasma foi identificado 
como 15-beta-OH-CPA, o qual é formado via enzima CYP3A4 do citocromo P450. A taxa de depuração a partir do soro 
é de cerca de 3,6 mL/min/kg. 
 
Eliminação: 
Os níveis séricos do acetato de ciproterona diminuem em duas fases, caracterizadas por meias-vidas de cerca de 0,8 horas 
e 2,3 – 3,3 dias. O acetato de ciproterona é parcialmente excretado na forma inalterada. Seus metabólitos são excretados 
pelas vias urinária e biliar na proporção de 1:2. A meia-vida de excreção dos metabólitos é de cerca de 1,8 dias. 
 
Condições no estado de equilíbrio: 
A farmacocinética do acetato de ciproterona não é influenciada pelos níveis de SHBG. 
Após ingestão diária, os níveis séricos do acetato de ciproterona aumentam cerca de 2,5 vezes, atingindo as condições do 
estado de equilíbrio durante a segunda metade de um ciclo de tratamento. 

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etinilestradiol 
Absorção: 
O etinilestradiol, administrado por via oral, é rápida e completamente absorvido. Níveis séricos máximos de cerca de 71 
pg/mL  são  alcançados  em  1,6  horas.  Durante  a  absorção  e  metabolismo  de  primeira  passagem,  o  etinilestradiol  é 
metabolizado  extensivamente,  resultando  em  biodisponibilidade  oral  média  de  aproximadamente  45%,  com  ampla 
variação interindividual de cerca de 20 a 65%. 
 
Distribuição: 
O  etinilestradiol  liga-se  alta  e  inespecíficamente  à  albumina  sérica  (aproximadamente  98%)  e  induz  aumento  das 
concentrações séricas de SHBG. Foi determinado o volume aparente de distribuição de cerca de 2,8 a 8,6 L/kg. 
 
Metabolismo: 
O  etinilestradiol  está  sujeito  à  conjugação  pré-sistêmica,  tanto  na  mucosa  do  intestino  delgado  como  no  fígado.  É 
metabolizado  principalmente  por  hidroxilação  aromática,  mas  com  formação  de  diversos  metabólitos  hidroxilados  e 
metilados  que  estão  presentes  nas  formas  livre  e  conjugada  com  glicuronídios  e  sulfato.  A  taxa  de  depuração  do 
etinilestradiol é de cerca de 2,3 a 7 mL/min/kg. 
 
Eliminação: 
Os níveis séricos de etinilestradiol diminuem em duas fases de disposição, caracterizadas por meias-vidas de cerca de 1 
hora  e  10  a  20  horas,  respectivamente.  O  etinilestradiol  não  é  eliminado  na  forma  inalterada;  seus  metabólitos  são 
eliminados com meia-vida de aproximadamente um dia. A proporção de excreção é de 4 (urina): 6 (bile). 
 
Condições no estado de equilíbrio: 
As condições no estado de equilíbrio são alcançadas durante a segunda metade de um ciclo de tratamento, quando os 
níveis séricos de etinilestradiol elevam-se em 60% quando comparados com dose única. 
 
➢ 

Dados de segurança pré-clínica 

- etinilestradiol 
O  perfil  de  toxicidade  do  etinilestradiol  é  bem  conhecido.  Não  há  dados  de  relevância  pré-clínica,  que  forneçam 
informações adicionais de segurança, além daquelas mencionadas em outros itens desta bula. 
 
- acetato de ciproterona 
Toxicidade sistêmica 
Dados pré-clínicos não demonstram risco específico para humanos, baseados em estudos convencionais de toxicidade de 
dose repetida. 
 
Embriotoxicidade/teratogenicidade 
Investigações  sobre  a  embriotoxicidade,  utilizando  a  associação  das  duas  substâncias  ativas,  não  mostraram  sinais 
indicativos de efeitos teratogênicos, seguindo o tratamento durante a organogênese, antes do desenvolvimento dos órgãos 
genitais externos. A administração de doses elevadas de acetato de ciproterona durante a fase de diferenciação sexual, 
que é dependente de hormônios, promoveu sinais de feminilização em fetos masculinos. A observação do recém-nascido 
do sexo masculino, exposto ao acetato de ciproterona no útero, não mostrou quaisquer sinais de feminilização. Entretanto, 
a gravidez é uma contraindicação ao uso de Selene®. 
 
Genotoxicidade e carcinogenicidade 
Reconhecidos testes de primeira linha para genotoxicidade apresentaram resultados  negativos, quando conduzidos com 
acetato de ciproterona. No entanto, testes posteriores mostraram que o acetato de ciproterona foi capaz de produzir aductos 
com  DNA  (e  um  aumento  da  atividade  reparadora  do  DNA)  em  células  hepáticas  de  ratos  e  macacos  e  também  em 
hepatócitos humanos recém-isolados; o nível de aducto-DNA em células 
hepáticas de cães foi extremamente baixo. 
Esta formação de aducto-DNA ocorreu em exposições sistêmicas que poderiam ser esperadas de ocorrer em regimes de 
dose recomendada de acetato de ciproterona. As consequências in vivodo tratamento com acetato de ciproterona, foram 
o aumento da incidência de lesões hepáticas focais, possivelmente pré-neoplásicas, nas quais as enzimas celulares foram 
alteradas em ratas e um aumento da frequência de mutação em ratas transgênicas, portadoras de um gene bacteriano como 
alvo para mutações. 

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A experiência clínica e ensaios epidemiológicos bem conduzidos até o momento não apoiariam uma incidência aumentada 
de  tumores  hepáticos  no  homem.  Investigações  sobre  a  tumorigenicidade  do  acetato  de  ciproterona  em  roedores  não 
revelaram qualquer sinal indicativo de potencial tumorigênico específico. 
 
Entretanto,  deve-se  ter  em  mente  que  esteroides  sexuais  podem  estimular  o  crescimento  de  certos  tecidos  e  tumores 
dependentes de hormônio. 
Em geral, os achados disponíveis não mostram qualquer objeção ao uso de Selene® em humanos, se utilizado de acordo 
com as instruções para a indicação e na dose recomendada. 
 
4. CONTRAINDICAÇÕES  
Medicamentos contendo combinações de estrogênio/progestógeno não devem ser utilizados na presença de qualquer uma 
das seguintes condições listadas abaixo: 

presença ou histórico de processos  trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, (por exemplo, trombose 

venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio) ou de acidente vascular cerebral; 

presença ou histórico de sintomas e/ou sinais prodrômicos de trombose (por exemplo, ataque isquêmico transitório, 

angina pectoris); 

um alto risco de trombose arterial ou venosa (veja item 5. “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”); 

histórico de enxaqueca com sintomas neurológicos focais; 

diabetes mellitus com comprometimento vascular; 

hepatopatia grave, enquanto os valores da função hepática não retornarem ao normal; 

uso de medicamentos antivirais de ação direta contendo ombitasvir, paritaprevir ou dasabuvir e combinações destes 

medicamentos (ver item 6. “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”); 
presença ou histórico de tumores hepáticos (benignos ou malignos); 

diagnóstico  ou  suspeita  de  neoplasias  malignas  influenciadas  por  esteroides  sexuais  (por  exemplo,  dos  órgãos 

genitais ou das mamas); 

sangramento vaginal não diagnosticado; 

uso concomitante com contraceptivo hormonal; 

suspeita ou diagnóstico de gravidez; 

lactação; 

hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos componentes; 

meningioma ou histórico de meningioma. 

 
Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez durante o uso de medicamentos contendo 
combinações de estrogênio/progestógeno, a sua utilização deve ser descontinuada imediatamente. 
 
O produto não está indicado para pacientes do sexo masculino. 
 
5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES  
Selene® é composto pelo progestógeno acetato de ciproterona e pelo estrogênio etinilestradiol e é administrado por 21 
dias do ciclo mensal. Sua composição é similar a de um contraceptivo oral combinado (COC). 
 
A experiência clínica e epidemiológica com medicamentos contendo combinações de estrogênio/progestógeno, como no 
caso de Selene®, baseia-se, predominantemente, nos contraceptivos orais combinados (COCs). Portanto, as advertências 
abaixo relacionadas ao uso de COC também se aplicam ao Selene®. 
 
Advertências 
Em  caso  de  ocorrência  de  qualquer  uma  das  condições  ou  fatores  de  risco  mencionados  a  seguir,  os  benefícios  da 
utilização de Selene® devem ser avaliados frente aos possíveis riscos para cada usuária individualmente e discutidos com 
ela antes de optar pelo início de sua utilização. Em caso de agravamento, exacerbação ou aparecimento pela primeira vez 
de qualquer uma dessas condições ou fatores de risco, a usuária deve entrar em contato com seu médico. Nesses casos, a 
continuação do uso de Selene® deve ficar a critério médico. 
 
➢ 

Distúrbios circulatórios 

Estudos  epidemiológicos  sugerem  associação  entre  a  utilização  de  COCs  e  um  aumento  do  risco  de  distúrbios 
tromboembólicos e trombóticos arteriais e venosos, tais como infarto do miocárdio, trombose venosa profunda, embolia 
pulmonar e acidentes vasculares cerebrais. A ocorrência destes eventos é rara. 
O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV) é mais elevado durante o primeiro ano de uso do contraceptivo 
hormonal. Este risco aumentado está presente após iniciar pela primeira vez o uso de COC ou ao reiniciar o uso (após um 

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intervalo de 4 semanas ou mais sem uso de pílula) do mesmo COC ou de outro COC. Dados de um grande estudo coorte 
prospectivo, de 3 braços, sugerem que este risco aumentado está presente principalmente durante os 3 primeiros meses. 
Em geral, o risco de TEV em usuárias de contraceptivos orais contendo estrogênio em baixa dose (menor que 0,05 mg de 
etinilestradiol) é duas a três vezes maior que em não usuárias de COCs que não estejam grávidas e continua a ser menor 
do que o risco associado à gravidez e ao parto. 
O TEV pode provocar risco para a vida da usuária ou pode ser fatal (em 1 a 2% dos casos). 
O  tromboembolismo  venoso  (TEV)  que  se  manifesta  como  trombose  venosa  profunda  e/ou  embolia  pulmonar  pode 
ocorrer durante o uso de qualquer COC. 
Em  casos  extremamente  raros,  tem  sido  relatada  a  ocorrência  de  trombose  em  outros  vasos  sanguíneos  como,  por 
exemplo, em veias e artérias hepáticas, mesentéricas, renais, cerebrais ou retinianas em usuárias de COCs. Sintomas de 
trombose  venosa  profunda  (TVP)  podem  incluir:  inchaço  unilateral  em  membro  inferior  ou  ao  longo  de  uma  veia  da 
perna; dor ou sensibilidade na perna que pode ser sentida apenas quando se está em pé ou andando, calor aumentado na 
perna afetada; descoloração ou vermelhidão da pele da perna. 
Sintomas de embolia pulmonar (EP) podem incluir: início súbito e inexplicável de dispneia ou taquipneia; tosse de início 
abrupto  que  pode  levar  a  hemoptise;  dor  torácica  intensa  e  aguda  que  pode  aumentar  com  a  respiração  profunda; 
ansiedade, tontura severa ou vertigem; taquicardia ou arritmia cardíaca. Alguns destes sintomas (por exemplo, dispneia, 
tosse)  não  são  específicos  e  podem  ser  erroneamente  interpretados  como  eventos  mais  comuns  ou  menos  graves  (por 
exemplo, infecções do trato respiratório). 
Um  evento  tromboembólico  arterial  pode  incluir  acidente  vascular  cerebral,  oclusão  vascular  ou  infarto do miocárdio 
(IM). Sintomas de um acidente vascular cerebral podem incluir: diminuição da sensibilidade ou da força motora afetando, 
de forma súbita a face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão súbita, disfasia ou dificuldade para 
compreender; dificuldade repentina para enxergar com um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para caminhar, tontura; 
perda  de  equilíbrio  ou  de  coordenação,  cefaleia  repentina,  intensa  ou  prolongada,  sem  causa  conhecida;  perda  de 
consciência ou desmaio, com ou sem convulsão. Outros sinais de oclusão vascular podem incluir: dor súbita, inchaço e 
cianose de uma extremidade; abdome agudo. 
Sintomas de infarto do miocárdio (IM) podem incluir: dor, desconforto, pressão, peso, sensação de aperto ou estufamento 
no tórax, braço ou região sub-esternal; desconforto que se irradia para o dorso, mandíbula, garganta, braços, estômago; 
saciedade,  indigestão  ou  sensação  de  asfixia;  sudorese,  náuseas,  vômitos  ou  tontura;  fraqueza  extrema,  ansiedade  ou 
dispneia; taquicardia ou arritmia cardíaca. 
Eventos tromboembólicos arteriais podem provocar risco para a vida da usuária ou podem ser fatais. 
O  potencial  para  um  risco  sinérgico  aumentado  de  trombose  deve  ser  considerado  em  mulheres  que  possuem  uma 
combinação de fatores de risco ou apresentem fator de risco individual de maior gravidade. Este risco aumentado pode 
ser maior que o simples risco cumulativo de fatores. Selene® não deve ser prescrito quando uma avaliação risco-benefício 
for negativa (veja item 4. “CONTRAINDICAÇÕES”). 
 
O risco de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, ou de acidente vascular cerebral, aumenta com: 
- idade; 
- obesidade (índice de massa corpórea superior a 30 Kg/m2); 
- histórico familiar positivo (isto é, tromboembolismo venoso ou arterial detectado em um (a) irmão (ã) ou em um dos 
progenitores em idade relativamente jovem) – se houver suspeita ou conhecimento de predisposição hereditária, a usuária 
deverá ser encaminhada a um especialista antes de decidir pelo uso de qualquer COC; 
- imobilização prolongada, cirurgia de grande porte, qualquer intervenção cirúrgica em membros inferiores ou trauma 
extenso. Nestes casos, é aconselhável descontinuar o uso do COC - em casos de cirurgia eletiva com pelo menos 4 semanas 
de antecedência - e não reiniciá-lo até que sejam decorridas duas semanas após o restabelecimento completo; 
-  tabagismo  (com  consumo  elevado  de  cigarros  e  aumento  da  idade,  o  risco  torna-se  ainda  maior,  especialmente  em 
mulheres com idade superior a 35 anos); 
- dislipoproteinemia; 
- hipertensão; 
- enxaqueca; 
- valvopatia; 
- fibrilação atrial. 
Não  há  consenso  quanto  a  possível  influência  de  veias  varicosas  e  de  tromboflebite  superficial  no  tromboembolismo 
venoso. 
Deve-se considerar o aumento do risco de tromboembolismo no puerpério (para informações sobre gravidez e lactação 
veja item 5. “GRAVIDEZ E LACTAÇÃO”). 
O  grupo  de  usuárias  de  Selene®  provavelmente  inclui  pacientes  que  podem  ter  um  aumento  inerente  de  risco 
cardiovascular tais como os associados à síndrome do ovário policístico. 

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Outras condições clínicas que também têm sido associadas aos eventos adversos circulatórios são: diabetes mellitus, lúpus 
eritematoso  sistêmico,  síndrome  hemolítico-urêmica,  doença  inflamatória  intestinal  crônica  (por  exemplo,  doença  de 
Crohn ou colite ulcerativa) e anemia falciforme. 
O aumento da frequência ou gravidade da enxaqueca durante o uso de Selene® pode ser motivo para a suspensão imediata 
do mesmo, dada à possibilidade deste quadro representar o início de um evento vascular cerebral. 
Os  fatores  bioquímicos  que  podem  indicar  predisposição  hereditária  ou  adquirida  para  trombose  arterial  ou  venosa 
incluem: resistência à proteína C ativada (PCA), hiper-homocisteinemia, deficiências de antitrombina III, de proteína C 
e de proteína S, anticorpos antifosfolipídios (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico). 
Na avaliação da relação risco-benefício, o médico deve considerar que o tratamento adequado de uma condição clínica 
pode reduzir o risco associado de trombose e que o risco associado à gestação é mais elevado do que aquele associado ao 
uso de COCs de baixa dose (menor que 0,05 mg de etinilestradiol). 
 
➢ 

Tumores 

O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a infecção persistente por HPV (papiloma vírus humano). Alguns 
estudos epidemiológicos indicaram que o uso de COCs por período prolongado pode contribuir para este risco aumentado, 
mas continua existindo controvérsia sobre a extensão em que esta ocorrência possa ser atribuída aos efeitos concorrentes, 
por exemplo, da realização de citologia cervical e do comportamento sexual, incluindo a utilização de contraceptivos de 
barreira. Uma meta-análise de 54 estudos epidemiológicos demonstrou que existe pequeno aumento do risco relativo (RR 
=  1,24)  para  câncer  de  mama  diagnosticado  em  mulheres  que  estejam  usando  COCs.  Este  aumento  desaparece 
gradualmente nos 10 anos subsequentes à suspensão do uso do COC. Uma vez que o câncer de mama é raro em mulheres 
com idade inferior a 40 anos, o aumento no número de diagnósticos de câncer de mama em usuárias atuais e recentes de 
COCs é pequeno, se comparado ao risco total de câncer de mama. Estes estudos não fornecem evidências de causalidade. 
O padrão observado de aumento do risco pode ser devido ao diagnóstico precoce de câncer de mama em usuárias de 
COCs, aos efeitos biológicos dos COCs ou à combinação de ambos. Os casos de câncer de mama diagnosticados em 
usuárias que já utilizaram alguma vez os COCs tendem a ser clinicamente menos avançados do que os diagnosticados em 
mulheres que nunca utilizaram COCs. 
Foram  relatados,  em  casos  raros,  tumores  hepáticos  benignos  e,  mais raramente,  malignos  em usuárias  de  COCs.  Em 
casos isolados, estes tumores provocaram hemorragias intra-abdominais com risco para a vida da usuária. A possibilidade 
de tumor hepático deve ser considerada no diagnóstico diferencial de usuárias de COCs que apresentarem dor intensa em 
abdome superior, hepatomegalia ou sinais de hemorragia intra-abdominal. 
Tumores malignos podem provocar risco para a vida da usuária ou podem ser fatais. 
 
➢ 

Outras condições 

Mulheres  com  hipertrigliceridemia,  ou  seu  histórico  familiar,  podem  apresentar  risco  aumentado  de  desenvolver 
pancreatite durante o uso de COCs. 
Embora tenham sido relatados discretos aumentos da pressão arterial em muitas usuárias de COCs, os casos de relevância 
clínica são raros. Entretanto, no caso de desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa, durante 
o uso de COCs é prudente que o médico descontinue o uso do COC e trate a hipertensão. Se for considerado apropriado, 
o uso do COC pode ser reiniciado, caso os níveis pressóricos se normalizem com o uso de terapia anti-hipertensiva. 
Foi relatada a ocorrência ou agravamento das seguintes condições, tanto durante a gestação quanto durante o uso de COC, 
no  entanto,  a  evidência  de  uma  associação  com  o  uso  de  COC  é  inconclusiva:  icterícia  e/ou  prurido  relacionados  à 
colestase; formação de cálculos biliares; porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome hemolítico-urêmica; coreia de 
Sydenham; herpes gestacional; perda auditiva relacionada com a otosclerose. Em mulheres com angioedema hereditário, 
estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar os sintomas de angioedema. 
Distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem requerer a descontinuação do uso de COC, até que os marcadores 
da função hepática retornem aos valores normais. A recorrência de icterícia colestática que tenha ocorrido pela primeira 
vez durante a gestação, ou durante o uso prévio de esteroides sexuais, requer a descontinuação do uso de COCs. 
Embora  os  COCs  possam  exercer  efeito  na  resistência  periférica  à  insulina  e  na  tolerância  à glicose,  não há qualquer 
evidência da necessidade de alteração do regime terapêutico em usuárias de COCs de baixa dose (menor que 0,05 mg de 
etinilestradiol)  que  sejam  diabéticas.  Entretanto,  deve-se  manter  monitoramento  cuidadoso  vigilância  enquanto  estas 
usuárias estiverem utilizando COCs. 
O uso de COCs tem sido associado à doença de Crohn e à colite ulcerativa. 
Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, sobretudo em usuárias com histórico de cloasma gravídico. Mulheres predispostas 
ao  desenvolvimento  de  cloasma  devem  evitar  exposição  ao  sol  ou  à  radiação  ultravioleta  enquanto  estiverem  usando 
COCs. 
 

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Caso  as  pacientes  que  sofrem  de  hirsutismo  tenham  os  sintomas  desenvolvidos  ou  aumentados  substancialmente,  as 
causas  (tumor  produtor  de  andrógeno,  defeito  da  enzima  adrenal)  devem  ser  esclarecidas  através  de  diagnósticos 
diferenciais. 
 
Este medicamento requer uso cuidadoso, sob vigilância médica estrita e acompanhado por controles periódicos da 
função hepática (bilirrubinas e transaminases) por causar hepatotoxicidade (tóxico para o fígado) aos 8, 15, 30 e 
90 dias de tratamento. Este medicamento não é aprovado para uso exclusivo como anticoncepcional. 
 
➢ 

Consultas/exames médicos 

Antes de iniciar ou retomar o tratamento com Selene®, são necessários anamnese e exame clínico completo, considerando 
os  itens  descritos  em  “Contraindicações”  e  “Advertências  e  Precauções”,  que  deverão  ser  repetidos  periodicamente 
durante a terapia com Selene®. A avaliação médica periódica é igualmente importante porque as contraindicações (por 
exemplo, ataque isquêmico transitório, etc.) ou fatores de risco (por exemplo, histórico familiar de trombose arterial ou 
venosa) podem aparecer pela primeira vez durante a utilização de Selene®. A frequência e a natureza destas avaliações 
devem ser baseadas nas condutas médicas estabelecidas e adaptadas a cada paciente, mas em geral, devem incluir atenção 
especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos pélvicos, incluindo citologia cervical. 
As pacientes devem ser informadas que medicamentos do tipo de Selene® não protegem contra infecções causadas pelo 
HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis. 
 
➢ 

Redução da eficácia 

O efeito contraceptivo de Selene® pode ser reduzido nos casos de esquecimento de tomada de comprimidos revestidos 
(veja subitem “Comprimidos revestidos esquecidos”), distúrbios gastrintestinais (veja subitem “Procedimento em caso 
de distúrbios gastrintestinais”) ou tratamento concomitante com outros medicamentos (veja itens 8. “POSOLOGIA E 
MODO DE USAR” e 6. “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”). 
 
➢ 

Redução do controle do ciclo 

Como ocorre com todos os medicamentos contendo combinações de estrogênio/progestógeno, pode ocorrer sangramento 
irregular (gotejamento ou sangramento de escape), especialmente durante os primeiros meses de uso. Portanto, a avaliação 
de qualquer sangramento irregular somente será significativa após um intervalo de adaptação de cerca de três ciclos. 
Se o sangramento irregular persistir ou ocorrer após ciclos anteriormente regulares, devem ser consideradas causas não 
hormonais e, nestes casos, são indicados procedimentos diagnósticos apropriados para exclusão de neoplasia maligna ou 
gestação. 
Estas medidas podem incluir a realização de curetagem. 
É possível que em algumas usuárias não ocorra o sangramento por privação durante o intervalo de pausa. Se a paciente 
ingeriu os comprimidos revestidos segundo as instruções descritas no item 8. “POSOLOGIA E MODO DE USAR”, é 
pouco provável que esteja grávida. 
Porém, se o COC não tiver sido ingerido corretamente no ciclo em que houve ausência de sangramento por privação ou 
se não ocorrer sangramento por privação em dois ciclos consecutivos, deve-se excluir a possibilidade de gestação antes 
de continuar a utilização do COC. 
 
➢ 

Gravidez e lactação 

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez. 
Selene® não é indicado durante a gravidez. 
Caso  a  usuária  engravide  durante  o  uso  de  Selene®,  deve-se  descontinuar  o  seu  uso  (veja  item  3.  “DADOS  DE 
SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA”). 
A administração de Selene® também é contraindicada durante a lactação. O acetato de ciproterona é excretado com o leite 
materno. Cerca de 0,2% da dose materna irá atingir o neonato através do leite, em uma proporção de cerca de 1 mcg/kg. 
Durante o período de lactação, 0,02% da dose materna diária de etinilestradiol poderia ser transferida ao neonato através 
do leite materno. 
 
➢ 

Alterações em exames laboratoriais: 

O  uso  de  esteroides  presentes  em  Selene®  pode  influenciar  os  resultados  de  certos  exames  laboratoriais,  incluindo 
parâmetros  bioquímicos  das  funções  hepática,  tiroidiana,  adrenal  e  renal;  níveis  plasmáticos  de  proteínas 
(transportadoras), por exemplo, globulina de ligação a corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas; parâmetros do 
metabolismo de carboidratos e parâmetros da coagulação e fibrinólise. As alterações geralmente permanecem dentro do 
intervalo laboratorial considerado normal. 
 
➢ 

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas 

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Não foram conduzidos estudos e não foram observados efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas. 
 
➢ 

Meningioma  

A ocorrência de meningiomas (únicos e múltiplos) foi relatada em associação com o uso de acetato de ciproterona, 
especialmente em doses elevadas de 25 mg ou mais e por tempo prolongado. Caso o paciente seja diagnosticado com 
meningioma, qualquer tratamento que contenha ciproterona, incluindo Selene® (acetato de ciproterona + 
estinilestradiol), deve ser interrompido como medida de precaução.  
 
 
6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  
Efeitos de outros medicamentos em Selene®  
Podem  ocorrer  interações  com  fármacos  indutores  das  enzimas  microssomais  o  que  pode  resultar  em  aumento  da 
depuração dos hormônios sexuais e causar sangramento de escape e/ou diminuição da eficácia do contraceptivo oral. A 
indução enzimática já pode ser observada após alguns dias de tratamento. 
Geralmente, a indução enzimática máxima é observada dentro de poucas semanas. Após a interrupção da administração 
do medicamento a indução enzimática pode ser mantida por cerca de 4 semanas. 
Usuárias sob tratamento com qualquer uma das substâncias acima citadas devem utilizar temporária e adicionalmente um 
método  contraceptivo  de  barreira  ou  escolher  um  outro  método  contraceptivo.  O  método  de  barreira  deve  ser  usado 
concomitantemente durante o período de administração concomitante da substância, assim como nos 28 dias posteriores 
à sua descontinuação. Se o período de utilização do método de barreira estender-se além do final da cartela de Selene®, a 
cartela seguinte deverá ser iniciada imediatamente após o término da cartela em uso, sem proceder ao intervalo de pausa 
habitual. 
 
➢ 

Substâncias que aumentam a depuração de Selene® (eficácia de Selene® diminuída por indução enzimática), 

por exemplo: 
Fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e possivelmente, também com oxcarbazepina, topiramato, 
felbamato, griseofulvina e produtos contendo Erva de São João. 
 
➢ 

Substâncias com efeitos variáveis na depuração de Selene®, por exemplo: 

Quando coadministrados com Selene®, muitos inibidores de protease do HIV/HCV e inibidores da transcriptase reversa 
não  nucleosídicos  podem  aumentar  ou  diminuir  as  concentrações  plasmáticas  de  estrogênios  ou  progestógenos.  Estas 
alterações podem ser clinicamente relevantes em alguns casos. 
 
➢ 

Substâncias que reduzem a depuração de Selene® (inibidores enzimáticos): 

Inibidores  fortes  e  moderados  do  CYP3A4,  tais  como  antifúngicos  azólicos  (por  exemplo,  itraconazol,  voriconazol, 
fluconazol), verapamil, antibióticos macrolídeos (por exemplo, claritromicina, eritromicina), diltiazem e suco de toranja 
(“grapefruit”) podem aumentar as concentrações plasmáticas de estrogênio ou de progestógeno, ou de ambos. Doses de 
60  a  120  mg/dia  de  etoricoxibe  demonstraram  aumento  nas  concentrações  plasmáticas  de  etinilestradiol  em  1,4  a  1,6 
vezes,  respectivamente,  quando  tomados  concomitantemente  com  contraceptivos  hormonais  combinados  contendo 
0,035mg de etinilestradiol. 
 
Efeitos de medicamentos contendo combinações estrogênio/progestógeno em outros medicamentos: 
Medicamentos contendo combinações estrogênio/progestógeno, como a contida em Selene®, podem afetar o metabolismo 
de alguns outros fármacos. 
Consequentemente, as concentrações plasmática e tecidual podem aumentar (por exemplo, ciclosporina) ou diminuir (por 
exemplo, lamotrigina). 
O etinilestradiol, in vitro, é um inibidor reversível do CYP2C19, CYP1A1 e CYP1A2 assim como um inibidor baseado 
no mecanismo da CYP3A4/5, CYP2C8 e CYP2J2. Em estudos clínicos, a administração de contraceptivos hormonais 
contendo etinilestradiol não levou a qualquer aumento ou somente um discreto aumento, das concentrações plasmáticas 
dos substratos do CYP3A4 (por exemplo, midazolam) enquanto as concentrações plasmáticas de substratos do CYP1A2 
podem aumentar discretamente (por exemplo, teofilina) ou moderadamente (por exemplo melatonina e tizanidina). 
 
➢ 

Interações Farmacodinâmicas 

A coadministração de medicamentos contendo etinilestradiol com medicamentos contendo antivirais de ação direta, como 
ombitasvir, paritaprevir ou dasabuvir e combinações desses, tem demonstrado estar associada com aumento dos níveis de 
ALT em mais de 20 vezes o limite superior normal em usuárias sadias e usuárias infectadas pelo vírus da hepatite C (ver 
item 4. “CONTRAINDICAÇÕES”). 
 

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Outras formas de interação 
➢ 

Exames laboratoriais 

Os  medicamentos  como  Selene®  podem  influenciar  o  resultado  de  alguns  exames  laboratoriais,  incluindo  parâmetros 
bioquímicos  do  fígado,  tireóide,  funções  renais  e  adrenais,  níveis  plasmáticos  de  (transporte)  proteínas,  ex. 
corticosteróides  ligados  a  globulina  e  frações  de  lipídio/lipoproteína  parâmetros  do  metabolismo  de  carboidrato  e 
parâmetros  de  coagulação  e  fibrinólise.  As  alterações  geralmente  permanecem  dentro  dos  parâmetros  laboratoriais 
normais. 
 
Deve-se  avaliar  também  as  informações  contidas  na  bula  do  medicamento  utilizado  concomitantemente  a  fim  de 
identificar interações em potencial. 
 
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO  
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da umidade.  
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses. 
 
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 
 
Características do produto: Comprimido revestido, circular, biconvexo de cor rosa. 
 
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.  
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 
 
8. POSOLOGIA E MODO DE USAR  
Selene®  deve  ser  tomado  regularmente,  a  fim  de  alcançar  a  eficácia  terapêutica  e  o  efeito  contraceptivo.  O  uso  de 
contracepção hormonal deve ser descontinuado antes do uso de Selene®. O regime posológico de Selene® é similar ao da 
maioria  dos  contraceptivos  orais  combinados.  Portanto,  as  mesmas  regras  de  administração  devem  ser  seguidas. 
Contraceptivos orais combinados, quando usados corretamente, o índice de falha é de aproximadamente 1% ao ano. 
A  ingestão  irregular  pode  levar  a  sangramentos  intermenstruais,  além  de  reduzir  a  eficácia  terapêutica  e  o  efeito 
contraceptivo de Selene®. 
➢ 

Como tomar os comprimidos revestidos 

Os comprimidos  revestidos  devem ser ingeridos na ordem indicada na cartela, por 21 dias consecutivos, mantendo-se 
aproximadamente o mesmo horário e, se necessário, com pequena quantidade de líquido. Cada nova cartela é iniciada 
após um intervalo de pausa de 7 dias sem a ingestão de comprimidos revestidos, durante o qual deve ocorrer sangramento 
por privação hormonal (em 2-3 dias após a ingestão do último comprimido revestido). Este sangramento pode não haver 
cessado antes do início de uma nova cartela. 
➢ 

Início do uso de Selene®  

- Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado no mês anterior: 
No caso de a paciente não ter utilizado contraceptivo hormonal no mês anterior, a ingestão deve ser iniciada no 1º dia do 
ciclo (1º dia de sangramento menstrual). 
 
- Mudando de outro contraceptivo hormonal combinado (contraceptivo  oral combinado/COC), anel vaginal ou 
adesivo transdérmico (contraceptivo) para Selene®: 
A paciente deve começar o uso de  Selene® preferencialmente no dia posterior à ingestão do último comprimido ativo 
(último comprimido contendo hormônio) do contraceptivo usado anteriormente ou, no máximo, no dia seguinte ao último 
dia de pausa ou de tomada de comprimidos inativos (sem hormônio) do contraceptivo usado anteriormente. Se estiver 
mudando de anel vaginal ou adesivo transdérmico, deve começar preferencialmente no dia da retirada do último anel ou 
adesivo do ciclo ou, no máximo, no dia previsto para a próxima aplicação. 
 
- Mudando de um método contraceptivo contendo somente progestógeno (minipílula, injeção, implante) ou Sistema 
Intrauterino (SIU) com liberação de progestógeno para Selene®: 
A paciente poderá iniciar o uso de Selene® em qualquer dia no caso da minipílula, ou no dia da retirada do implante ou 
do SIU, ou no dia previsto para a próxima injeção. Mas em todos esses casos (uso anterior de minipílula, injeção, implante 
ou Sistema Intrauterino com liberação de progestógeno), recomenda-se usar adicionalmente um método de barreira nos 
7 primeiros dias da ingestão de Selene®. 
 
- Após abortamento de primeiro trimestre: 
Pode-se iniciar o uso de Selene® imediatamente, sem necessidade de adotar medidas contraceptivas adicionais. 

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- Após parto ou abortamento no segundo trimestre: 
Para amamentação, veja o item 5. “GRAVIDEZ E LACTAÇÃO”. 
Após parto ou abortamento no segundo trimestre, a usuária deve ser aconselhada a iniciar o uso de Selene® no período 
entre o 21º e o 28º dia após o procedimento. Se começar em período posterior, deve-se aconselhar o uso adicional de um 
método de barreira nos 7 dias iniciais de ingestão. Se já tiver ocorrido relação sexual, deve-se certificar de que a mulher 
não esteja grávida antes de iniciar o uso de Selene® ou, então, aguardar a primeira menstruação. 
 
➢ 

Comprimidos revestidos esquecidos 

Se houver transcorrido menos de 12 horas do horário habitual de ingestão, a proteção contraceptiva não será reduzida. 
A  usuária  deve  tomar  imediatamente  o  comprimido  revestido  esquecido  e  continuar  o  restante  da  cartela  no  horário 
habitual. 
Se houver transcorrido mais de 12 horas, a proteção contraceptiva pode estar reduzida neste ciclo. Neste caso, deve-se 
ter em mente duas regras básicas: 1) a ingestão dos comprimidos revestidos nunca deve ser interrompida por mais de 7 
dias; 2) são necessários 7 dias de ingestão contínua dos comprimidos revestidos para conseguir supressão adequada do 
eixo hipotálamo-hipófise-ovário. Consequentemente, na prática diária, pode-se usar a seguinte orientação: 
 
- Esquecimento na 1ª semana: 
A usuária deve ingerir imediatamente o último comprimido revestido esquecido, mesmo que isto signifique a ingestão 
simultânea de dois comprimidos revestidos. Os comprimidos revestidos restantes devem ser tomados no horário habitual. 
Adicionalmente, deve-se adotar um método de barreira (por exemplo, preservativo) durante os 7 dias subsequentes. Se 
tiver  ocorrido  relação  sexual  nos  7  dias  anteriores,  deve-se  considerar  a  possibilidade  de  gravidez.  Quanto  mais 
comprimidos  revestidos  forem  esquecidos  e  mais  perto  estiverem  do  intervalo  normal  sem  tomada  de  comprimidos 
revestidos (pausa), maior será o risco de gravidez. 
 
- Esquecimento na 2ª semana: 
A usuária deve ingerir imediatamente o último comprimido revestido esquecido, mesmo que isto signifique a ingestão 
simultânea de dois comprimidos revestidos e deve continuar tomando o restante da cartela no horário habitual. Se nos 7 
dias precedentes ao primeiro comprimido revestido esquecido, todos os comprimidos revestidos tiverem sido tomados 
conforme as instruções, não é necessária qualquer medida contraceptiva adicional. Porém, se isto não tiver ocorrido, ou 
se mais do que um comprimido revestidos tiver sido esquecido, deve-se aconselhar a adoção de precauções adicionais 
(por exemplo, uso de preservativo) por 7 dias. 
 
- Esquecimento na 3ª semana: 
O risco de redução da eficácia é iminente pela proximidade do intervalo sem ingestão de comprimidos revestidos (pausa). 
No  entanto,  ainda  se  pode  minimizar  a  redução  da  proteção  contraceptiva  ajustando  o  esquema  de  ingestão  dos 
comprimidos  revestidos.  Se  nos  7  dias  anteriores  ao  primeiro  comprimido  revestido  esquecido  a  ingestão  foi  feita 
corretamente, a usuária poderá seguir qualquer uma das duas opções abaixo, sem precisar usar métodos contraceptivos 
adicionais. Se não for este o caso, ela deve seguir a primeira opção e usar medidas contraceptivas adicionais (por exemplo, 
uso de preservativo) durante os 7 dias seguintes. 
1) 

Tomar o último comprimido revestido esquecido imediatamente, mesmo que isto signifique a ingestão simultânea 

de dois comprimidos revestidos e continuar tomando os comprimidos revestidos seguintes no horário habitual. A nova 
cartela deve ser iniciada assim que acabar a cartela atual, isto é, sem o intervalo de pausa habitual entre elas. É pouco 
provável  que  ocorra  sangramento  por  privação  até  o  final  da  segunda  cartela,  mas  pode  ocorrer  gotejamento  ou 
sangramento de escape durante os dias de ingestão dos comprimidos revestidos. 
2) 

Suspender a ingestão dos comprimidos revestidos da cartela atual, fazer um intervalo de até 7 dias sem ingestão 

de comprimidos revestidos (incluindo os dias em que se esqueceu de tomá-los) e, a seguir, iniciar uma nova cartela. 
Se não ocorrer sangramento por privação no primeiro intervalo normal sem ingestão de comprimidos revestidos (pausa), 
deve-se considerar a possibilidade de gravidez. 
 
➢ 

Procedimento em caso de distúrbios gastrintestinais 

No  caso  de  distúrbios  gastrintestinais  graves,  a  absorção  pode  não  ser  completa  e  medidas  contraceptivas  adicionais 
devem ser tomadas. 
Se  ocorrerem  vômitos  dentro  de  3  a  4  horas  após  a  ingestão  de  um  comprimido  revestido,  deve-se  seguir  o  mesmo 
procedimento usado no item “Comprimidos revestidos esquecidos”. Se a usuária não quiser alterar seu esquema habitual 
de ingestão, deve retirar o(s) comprimido(s) revestido(s) adicional(is) de outra cartela. 
 
➢ 

Duração do tratamento 

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O tempo para início da eficácia é de pelo menos 3 meses para acne, e os efeitos são mais pronunciados com maior duração 
do tratamento (no máximo após 12 meses de tratamento). 
O tempo para início da eficácia para o tratamento do hirsutismo é mais longo quando comparado ao da acne (6-12 meses). 
A necessidade da continuação do tratamento deve ser avaliada periodicamente pelo médico. 
O tempo para início da eficácia para síndrome dos ovários policísticos também é mais longo e depende da gravidade dos 
sintomas.  O  tratamento  deve  ser  realizado  por  vários  meses  e  a  necessidade  da  continuação  do  tratamento  deve  ser 
avaliada pelo médico. 
Caso  o  uso  de  Selene®  seja  reiniciado  (após  4  semanas  ou  mais  de  intervalo  sem  pílula)  deve-se  considerar  risco 
aumentado de tromboembolismo venoso (TEV) (ver item 5. “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”). 
Selene® não deve ser utilizado exclusivamente como contraceptivo. 
 
➢ 

Informações adicionais para populações especiais 

- Pacientes pediátricas 
Selene® é indicado apenas para uso após a menarca. 
 
- Pacientes idosas 
Não aplicável. Selene® não é indicado para uso após a menopausa. 
 
- Pacientes com insuficiência hepática 
Selene® é contraindicado em mulheres com hepatopatia grave enquanto os valores da função hepática não retornarem ao 
normal. Veja item 4. “CONTRAINDICAÇÕES”. 
 
- Pacientes com insuficiência renal 
Selene® não foi estudado especificamente em pacientes com insuficiência renal. Dados disponíveis não sugerem alteração 
no tratamento desta população de pacientes. 
 
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.  
 
9. REAÇÕES ADVERSAS  
- Resumo do perfil de segurança: 
 
As reações adversas mais frequentes relatadas com Selene® são náusea, dor abdominal, aumento de peso, dor de 
cabeça, humor deprimido, alteração de humor, dor e sensibilidade no peito. Elas ocorrem em ≥1% das usuárias. 
A reação adversa grave é tromboembolismo. 
 
-Reações adversas 
 
Foram observadas as seguintes reações adversas em usuárias de COCs, sem que a exata relação de causalidade tenha sido 
estabelecida*: 

 

Classificação por 
sistema corpóreo 
(MedDRA) 

Comum 
(≥ 1/100 a <1/10)
 

Incomum 
(≥ 1/1.000 a < 1/100)
 

Rara  (≥  1/10.000  a  < 
1/1.000)
 

Distúrbios nos olhos 

 

 

intolerância a lentes 
de contato
 

Distúrbios 
gastrintestinais
 

náuseas, dor 
abdominal
 

vômitos, diarreia 

 

Distúrbios no sistema 
imunológico
 

 

 

hipersensibilidade 

Investigações 

aumento de peso 
corporal
 

 

diminuição de peso 
corporal
 

Distúrbios 

metabólicos 

nutricionais 

 

retenção hídrica 

 

Distúrbios no sistema 
nervoso
 

cefaleia 

enxaqueca 

 

Distúrbios psiquiátricos 

estados depressivos, 
alterações de humor
 

diminuição da 
libido
 

aumento da libido 

Distúrbios no sistema 

dor e hipersensibilidade 

hipertrofia 

secreção vaginal, 

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reprodutivo e nas mamas 

dolorosa nas mamas 

mamária 

secreção mamária 

Distúrbios cutâneos e 
nos tecidos subcutâneos
 

 

erupção cutânea, 
urticária
 

eritema nodoso, 
eritema multiforme
 

Distúrbios vasculares 

 

 

Tromboembolismo 

 
*Foi utilizado o termo MedDRA (versão 12.0) mais apropriado para descrever uma determinada reação. Sinônimos ou 
condições relacionadas não foram listados, mas também devem ser considerados. 
 
➢ 

Descrição das reações adversas selecionadas 

As reações adversas com frequência muito baixa ou com início tardio dos sintomas que são consideradas relacionadas ao 
grupo de contraceptivos orais combinados estão listadas a seguir (ver também item 4. “CONTRAINDICAÇÕES” e item 
5. “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”). 
 
Tumores 

a frequência e diagnóstico de câncer de mama é ligeiramente maior em usuárias de CO. Como o câncer de mama 

é raro em mulheres com menos de 40 anos de idade, o aumento do risco é pequeno em relação ao risco geral de câncer 
de mama. A causalidade com uso de COC é desconhecida. 

tumores hepáticos (benigno e maligno). 

 
Outras condições 

distúrbios tromboembólicos venosos; 

distúrbios tromboembólicos arteriais; 

acidentes vasculares cerebrais; 

aumento de risco de pancreatite durante o uso de COC (mulheres com hipertrigliceridemia); 

hipertensão; 

ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com os COC não é conclusiva: icterícia e/ou prurido 

relacionado a colestase; formação de cálculo biliar, porfiria, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome hemolítica urêmica, 
Coreia de Sydenham, herpes gestacional, perda de audição relacionada a otoesclerose, câncer cervical; 

em  mulheres  com  angiodema  hereditário  os  estrogênios  exógenos  podem  induzir  ou  exacerbar  os  sintomas  de 

angioedema; 

distúrbios da função hepática; 

alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a resistência periférica a insulina; 

doença de Crohn, colite ulcerativa; 

cloasma. 

 
Interações 
Sangramento de  escape  e/ou diminuição da  eficácia  contraceptiva  podem  ser  resultado de  interações  medicamentosas 
entre  contraceptivos  orais  e  outros  fármacos  (indutores  enzimáticos)  (ver  item  6.  “INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS”). 
 
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 
 
10. SUPERDOSE  
Não há relatos de efeitos deletérios graves decorrentes da superdose. Os sintomas que podem ocorrer nestes casos são: 
náuseas,  vômitos  e  sangramento  por  privação,  que  pode  ocorrer  até  em  meninas  antes  da  menarca,  se  elas  ingerirem 
acidentalmente o medicamento. Não existe antídoto e o tratamento deve ser sintomático. 
 
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 
 
DIZERES LEGAIS 
 
M.S.: 1.0043.0598 

 
Farm. Resp. Subst.: Dra. Ivanete A. Dias Assi CRF-SP 41.116 
 
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.  

 
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 12/11/2021. 

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Fabricado e Registrado por: 
EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 
Rod. Pres. Castello Branco, km 3.565 
Itapevi – SP 
CNPJ 61.190.096/0001-92 
Indústria Brasileira 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Histórico de Alteração da Bula 

 

 
 
 
 
 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

N

o do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

N

o do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/VPS) 

Apresentações 

relacionadas 

 

12/06/2015 

 

0517829/15-

10457 – SIMILAR – 

Inclusão Inicial de 

Texto de Bula – RDC 

60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

 

VPS 

 

Comprimido 

revestido 

 

0,035 mg + 2,0 

mg 

14/09/2016 

2283216/16-

10450 – SIMILAR 

– Notificação de 

Alteração de Texto 

de Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

VPS 

 

Comprimido 

revestido 

 

0,035 mg + 2,0 

mg 

10/11/2017 

2191578/17-

10450 – SIMILAR 

– Notificação de 

Alteração de Texto 

de Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Contraindicações 

Advertências e 

Precauções 

Interações 

medicamentosas 

Reações Adversas 

Superdose 

VPS 

 

Comprimido 

revestido 

 

0,035 mg + 2,0 

mg 

20/04/2021 

1506226/21-

10450 – SIMILAR 

– Notificação de 

Alteração de Texto 

de Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

5. Advertências e 

precauções 

 

6. Interações 

medicamentosas 

8. Posologia e 

modo de usar 

 

9. Reações 

Adversas 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

0,035 mg + 2,0 

mg 

23/08/2021 

3314101/21-

10450 – SIMILAR 

– Notificação de 

Alteração de Texto 

de Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

4. 

Contraindicações 

 

5. Advertências e 

precauções 

Dizeres Legais 

 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

0,035 mg + 2,0 

mg 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

10450 – SIMILAR 

– Notificação de 

Alteração de Texto 

de Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

5. Advertências e 

precauções  

8. Posologia e 

modo de usar  

Dizeres legais 

VPS 

Comprimido 

revestido 

 

0,035 mg + 2,0 

mg