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teicoplanina 

 

Bula para profissional de saúde  

Pó liofilizado para solução injetável 

400 mg 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

 

teicoplanina 

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999 

 

 

APRESENTAÇÕES 

 

Pó liofilizado para solução injetável, 400 mg. Embalagem com 5 frascos-ampola.

 

 

USO INTRAVENOSO / INTRAMUSCULAR 

 

USO ADULTO E PEDIÁTRICO 

 

COMPOSIÇÃO: 

Cada frasco-ampola de teicoplanina 400 mg contém: 

teicoplanina .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 400 mg 

excipiente* . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  q.s.p.1 frasco-ampola 

*Excipiente: cloreto de sódio. 

 

 
INFORMAÇÕES AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE 

 
1. INDICAÇÕES 

A teicoplanina  está indicada no tratamento de infecções causadas por bactérias gram-positivas sensíveis, incluindo aquelas 

resistentes a outros antibióticos tais como meticilina e as cefalosporinas: endocardite, septicemia, infecções osteoarticulares, 

infecções do trato respiratório inferior, infecções de pele e tecidos moles, infecções urinárias e peritonite associada à diálise 

peritoneal crônica ambulatorial. 

Também está indicada no tratamento de infecções em pacientes alérgicos às penicilinas ou cefalosporinas. 

Pode ser usada por via oral no tratamento de diarreia associada ao uso de antibiótico, incluindo colite pseudomembranosa causada 

por Clostridium difficile

Pode ser utilizada para profilaxia em pacientes nos quais a infecção por microrganismos gram-positivos pode ser perigosa (por 

exemplo, em pacientes que necessitam de cirurgia dental ou ortopédica). 

 

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA 

Foi demonstrado que a teicoplanina é eficaz no tratamento da endocardite causada por organismos gram-positivos. (Davey & 

Williams, 1991; Presterl et al, 1993; Martino et al, 1989; Leport et al, 1989; Venditti et al, 1992). 

A teicoplanina foi tão eficaz quanto outros agentes no tratamento de diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD). A taxa 

de recidiva no grupo que recebeu teicoplanina foi baixa. Cento e dezenove pacientes foram randomizados para receber ácido 

fusídico, metronidazol, teicoplanina ou vancomicina para o tratamento de CDAD. 

A dose de teicoplanina foi de 400 mg, duas vezes ao dia, por 10 dias. A taxa de cura foi de 96% para teicoplanina, 93% para o 

ácido fusídico, 94% para o metronidazol e 94% para a vancomicina. A porcentagem de pacientes em recidiva foi de 7% com 

teicoplanina, 28% com ácido fusídico, 16% com metronidazol e 16% com vancomicina (Wenisch et al, 1996). 

Houve uma redução no número de infecções no local de inserção e de septicemia gram-positiva relacionada a cateteres com a 

terapia com teicoplanina em comparação a terapia sem teicoplanina em um estudo randomizado com 88 pacientes com cateteres 

Hickman. A teicoplanina como profilaxia pode ser utilizada rotineiramente em pacientes que requeiram inserção de cateteres 

Hickman para reduzir a incidência de sepse relacionada a cateteres, especialmente durante o período de neutropenia após 

quimioterapia (Lim et al, 1991). 

A teicoplanina fornece uma alternativa à vancomicina em infecções de cateter em pacientes com malignidades hematológicas. 

A vancomicina foi comparada com a teicoplanina, e a taxa de resposta foi de 80% e 69%, respectivamente (Smith et al, 1989). 

Em um estudo clínico aberto, a teicoplanina foi eficaz no tratamento de 18 pacientes com infecções gram-positivas (Walsh et al, 

1988). Os pacientes receberam uma dose de ataque via intravenosa (IV) de 400 mg, e doses via intravenosa (IV) ou intramuscular 

(IM) de 200 mg (n = 13) e 400 mg (n = 5) uma vez por dia como terapia de manutenção, por uma média de 17 dias. Os pacientes 

apresentavam as seguintes condições: osteomielite, infecções relacionadas à prótese, endocardite, infecções da pele e do tecido 

conjuntivo e infecção do trato urinário. Onze dos 18 (61%) pacientes foram curados clinicamente. Foi relatada uma taxa de cura 

de 83% para os pacientes que apresentavam Staphylococcus aureus resistente a meticilina. Os 4 pacientes que apresentavam 

infecções relacionadas à prótese nos ossos e articulações necessitaram de remoção das próteses antes que ocorresse qualquer 

melhora clínica. Os efeitos adversos foram limitados a 2 pacientes, que desenvolveram exames anormais da função hepática 

(elevação da aspartato aminotransferase, bilirrubina e ureia), que foram associados à icterícia em 1 paciente. A faixa das 

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concentrações séricas de vale da teicoplanina estava entre 2,3 e 17,7 mcg/mL, com uma elevação média de 2,9 mcg/mL na dose 

de 400 mg. Foi demonstrado que a teicoplanina é segura e eficaz no tratamento de infecções gram-positivas.

 

Foi relatado que doses iniciais de 400 mg de teicoplanina, via IV, seguidas por 200 mg via IV, uma vez ao dia, durante 5 a 7 

dias, foram eficazes no tratamento de infecções gram-positivas graves (primariamente septicemia) em 15 dos 17 pacientes 

(Davies et al, 1989). O organismo principal isolado foi o Staphylococcus epidermidis (15 pacientes), que havia sido resistente a 

terapia de combinação com antibióticos aminoglicosídeos e beta-lactâmicos. 

Em um estudo multicêntrico, a teicoplanina foi segura e eficaz em 29 pacientes com várias infecções bacterianas gram-positivas 

(Lang et al, 1990). 

A teicoplanina aparenta ser mais segura que a vancomicina, e não apresenta eventos adversos relacionados à dose quando dosada 

entre 3 a 10 mg/Kg. (Davey & Williams, 1991). 

Em crianças entre 2 e 12 anos de idade, foi descoberto que a teicoplanina é muito eficaz e bem tolerada no tratamento de infecções 

gram-positivas em pacientes pediátricos. As doses variaram entre 3 e 6 mg/Kg (Bassetti & Cruciani, 1990). 

Em neonatos, tem sido relatada uma baixa incidência de efeitos adversos relacionados ao tratamento com teicoplanina. A droga 

é bem tolerada em recém-nascidos com insuficiência renal aguda (Yalaz et al, 2004). A dose recomendada em neonatos é de 

16 mg/kg no primeiro dia (dose de ataque), seguido de 8mg/kg, 1 vez ao dia (Yalaz et al, 2004; Martindale, 2013). 

A adição da teicoplanina a ceftazidima como terapia empírica de infecções gram-positivas em pacientes com neutropenia febril 

foi eficaz. Dezesseis pacientes com neutropenia febril foram tratados com teicoplanina mais ceftazidima (Verhagen & De Pauw, 

1987). Este estudo clínico aberto utilizou pacientes que haviam falhado na terapia com ceftazidima nas 48 ou 72 horas anteriores. 

A teicoplanina foi administrada via intravenosa como uma dose de ataque de 400 mg, seguida por 200 mg, uma vez ao dia. Os 

pacientes continuaram com ceftazidima 2 g via IV, a cada 8 horas, e ou cetoconazol oral 200 mg, uma vez ao dia, ou anfotericina 

400 mg a cada 6 horas para prevenção de colonização fúngica. A cura clínica com a terapia de combinação foi alcançada em 

69% (n = 11) dos pacientes. A cura bacteriológica foi confirmada em 91% (10 de 11) das infecções. Entre as bactérias tratadas 

com sucesso, encontravam-se infecções por Staphylococcus aureus,  Staphylococcus epidermidis (duas cepas resistentes a 

meticilina) e Streptococcus faecalis. Quatro pacientes desenvolveram elevação das enzimas hepáticas; entretanto, a teicoplanina 

foi considerada responsável em somente 1 caso. 

Pode haver vantagem na inclusão de teicoplanina no tratamento empírico inicial do regime de antibióticos para pacientes de 

câncer com neutropenia febril. A teicoplanina foi avaliada como terapia empírica em pacientes com neutropenia febril com 

malignidades hematológicas (Menichetti et al, 1994). Uma taxa de resposta de 88% foi obtida em um contexto de alta prevalência 

de infecções gram-positivas causadas por cepas com alta resistência a aminoglicosídeos e antibióticos betalactâmicos.

 

Foi demonstrado que a teicoplanina é eficaz em combinação com aminoglicosídeos e beta-lactâmicos no tratamento de sepse 

grave em pacientes submetidos a transplante de medula óssea. A teicoplanina 400 mg, via IV, uma vez ao dia, com netilimicina 

400 mg via IV, uma vez ao dia, e ceftazidima 2 g IV, 3 vezes ao dia, foram instituídos em 11 pacientes. Todos os 11 pacientes 

apresentaram resposta, e 10 apresentaram cura clínica. A teicoplanina é um agente potencialmente eficaz e bem tolerado em 

pacientes com transplante de medula óssea com infecções que não respondem a aminoglicosídeos e beta-lactâmicos (Lang et al, 

1990). 

Foi demonstrado que a teicoplanina é eficaz em 3 estudos com pacientes com granulocitopenia febril. No primeiro estudo, 67% 

dos 65 episódios de granulocitopenia febril apresentaram resposta quando teicoplanina foi adicionada à terapia empírica. No 

segundo estudo, com 120 pacientes, 63% responderam a ceftazidima e a teicoplanina, em comparação a 49% com ceftazidima 

isolada. No terceiro estudo, de 125 casos de bacteremias gram-positivas no cateter de Hickman, 72% a 90% responderam, 

dependendo do organismo (De Pauw et al, 1990). 

A teicoplanina e ciprofloxacino foram eficazes em pacientes com neutropenia febril. A teicoplanina mais ciprofloxacino foram 

comparados com gentamicina mais piperacilina. Dos pacientes que receberam teicoplanina mais ciprofloxacino, 78% 

apresentaram uma resposta favorável, comparados com 49% que receberam gentamicina e piperacilina. A teicoplanina com 

ciprofloxacino é pelo menos tão eficaz quanto à gentamicina mais piperacilina no tratamento empírico de pacientes com 

neutropenia febril, e pode ser mais eficaz em situações em que há prevalência de organismos gram-positivos (Kelsey, 1992). 

A teicoplanina com aminoglicosídeo ou quinolona aparenta ser uma abordagem adequada na terapia empírica para febre 

neutropênica, e pode prevenir infecção no cateter em pacientes com câncer (Studena et al, 1994). 

Em um estudo não controlado, a teicoplanina foi eficaz no tratamento de infecções por MRSA envolvendo a pele ou osteomielite. 

Os pacientes eram excluídos caso tivessem neutropenia. Vinte e seis pacientes receberam 200 ou 400 mg de teicoplanina IM ou 

IV a cada 24 horas. A taxa de cura clínica foi de 84,6%. A cura bacteriológica foi obtida em 73% dos pacientes (Pachon et al, 

1996a).

 

Em um estudo aberto, a combinação de teicoplanina e rifampicina mostrou ser um tratamento eficaz e bem-tolerado para 

infecções graves causadas por Staphylococcus aureus (Yzerman et al, 1998). Ambos os antibióticos foram administrados via IV, 

a teicoplanina em duas doses em bolus de 400 mg nas primeiras 24 horas e a partir daí, 400 mg uma vez ao dia, e rifampicina 

em duas doses únicas de 600 mg uma vez ao dia, com duração dependente da gravidade da infecção. Dos 15 pacientes avaliáveis, 

13 (86.7%) foram curados clinicamente e 2 (um dos quais foi a óbitos devido a causas naturais não relacionadas ao tratamento e 

um que desenvolveu resistência a rifampicina) não apresentaram melhora. S aureus foi eliminado, e não recorreu em pacientes 

com cura clínica. 

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Foram apresentados os resultados dos estudos que trataram infecções causadas por estafilococos e outras bactérias gram-positivas 

com teicoplanina; 39 de 64 (61%) dos pacientes se curaram, 16 de 64 (25%) apresentaram melhora e 9 de 64 (14%) não tiveram 

sucesso com a terapia (Pauluzzi et al, 1987a). A teicoplanina é um antibiótico eficaz e bem tolerado para infecções causadas por 

bactérias gram-positivas, e é eficaz contra estafilococos resistentes a meticilina. 

A teicoplanina é segura e eficaz no tratamento de infecções ósseas e das articulações causadas por patógenos suscetíveis, em 

combinação com outras medidas terapêuticas discutiram teicoplanina na terapia de infecções ósseas e articulação. A taxa geral 

de sucesso clínico foi de 88% em 60 pacientes (Eitel et al, 1992). 

A terapia com teicoplanina em 35 pacientes com infecções ósseas ou nas articulações resultou em resolução total em 78% dos 

pacientes. Os pacientes que não responderam a teicoplanina 4 mg/Kg/dia tiveram suas doses elevadas para 15 mg/Kg/dia ou 

mais. Os pacientes toleraram altos níveis de vale e de pico de teicoplanina. Febre devido ao medicamento e erupção cutânea se 

desenvolveram em 5 de 18 pacientes que receberam teicoplanina 12 mg/Kg/dia ou mais (Greenberg, 1990). 

Descobriu-se que a teicoplanina é eficaz no tratamento de infecções por organismos gram-positivos nos ossos e articulações 

(Weinberg, 1993). A eficácia e a segurança da teicoplanina foram avaliadas no tratamento de 66 pacientes com osteomielite 

aguda ou crônica e artrite séptica. Os pacientes receberam uma dose de ataque de 12 mg/Kg/dia a cada 12 horas por 3 doses, 

seguido por 12 mg/Kg/dia. Trinta e nove de 45, ou 87%, tiveram uma resposta clínica favorável, e 6 de 45, ou 13%, apresentaram 

falha ou sofreram recidiva. 

A teicoplanina foi eficaz no tratamento de 62 pacientes avaliáveis com infecções na pele e no tecido conjuntivo. A dose inicial 

normal utilizada para a teicoplanina foi de 400 ou 800 mg seguidos por 200 a 400 mg diariamente, por via IV ou IM. Alguns 

pacientes receberam outras doses não especificadas. Nos 30 dias anteriores ao estudo, 25 pacientes haviam recebido antibióticos, 

primariamente penicilinas ou cefalosporinas, seguido por quinolonas e antibióticos macrólidos. A falha terapêutica foi o motivo 

mais  comum para descontinuação do tratamento, ocorrendo em dois terços dos casos. A teicoplanina foi o único agente 

terapêutico isolado em 54 de 64 pacientes. Cinco pacientes também receberam aminoglicosídeos, e 3 e 2 pacientes também 

receberam penicilinas e cefalosporinas, respectivamente. A eliminação da infecção bacteriana ocorreu em 27 de 35 (77%) casos 

de infecção por S. aureus, em 5 de 5 (100%) casos de Staphylococcus coagulase-negativo, e em 5 de 7 (71%) casos de 

Streptococcus (Lang et al, 1991). 

A terapia com teicoplanina curou ou causou melhora em 93% dos pacientes com infecções ósseas ou no tecido conjuntivo. A 

eficácia foi avaliada em 30 pacientes. A cura bacteriológica ocorreu em 25 pacientes (83,3%) (Marone et al, 1990). 

A teicoplanina, administrada uma vez ao dia, aparenta ser segura e conveniente para infecções da pele e do tecido conjuntivo 

(Edelstein et al, 1991). Em especial, a teicoplanina aparentemente é adequada para terapia parenteral ambulatorial. 

A teicoplanina, administrada uma vez ao dia, aparenta ser uma terapia segura e eficaz para infecções da pele e do tecido 

conjuntivo causadas por bactérias gram-positivas (Chirurgi et al, 1994). 

Um estudo clínico preliminar indicou que a teicoplanina pode ser eficaz no tratamento de peritonite gram-positiva  quando 

adicionada no fluído de diálise (Neville et al, 1987). Onze pacientes com insuficiência renal crônica que receberam diálise 

peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) apresentaram peritonite gram-positiva. Foi administrada aos pacientes teicoplanina 

400 mg via IV como dose única, de forma aberta, seguida por 20 mg/L de fluídos de diálise durante cada procedimento de diálise. 

Dez (91%) dos pacientes alcançaram a cura clínica. A única falha ocorreu em um paciente com peritonite recorrente por 

Staphylococcus aureus. O paciente recebeu 2 tratamentos com terapia com teicoplanina, e subsequentemente, falhou com terapia 

com vancomicina. A teicoplanina foi bem tolerada, sem nenhuma evidência de ototoxicidade ou redução da função renal residual. 

Os 10 pacientes que apresentaram cura clínica foram acompanhados por entre 4 semanas e 11 meses, e permaneceram bem. A 

teicoplanina foi bem-sucedida ao erradicar os organismos gram-positivos. 

 

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS 

Propriedades farmacodinâmicas e espectro antimicrobiano 

A teicoplanina é um antibiótico do grupo dos glicopeptídios que mostrou ação bactericida in vitro contra bactérias gram-positivas 

aeróbias e anaeróbias. A teicoplanina inibe o crescimento de organismos suscetíveis, agindo na biossíntese da parede celular em 

local diferente do afetado pelos beta-lactâmicos. 

A teicoplanina é ativo contra estafilococos (incluindo os resistentes a meticilina e outros antibióticos beta-lactâmicos), 

estreptococos, enterococos, Listeria monocitogenes, micrococos, corinebactéria do grupo J/K e anaeróbios Gram-positivos 

incluindo Clostridium difficile e peptococos. 

Foi demonstrada sinergia bactericida in vitro com teicoplanina quando combinada com aminoglicosídeos contra 

Staphylococcus aureus; a sinergia contra estes organismos também foi demonstrada com imipenem. A combinação in vitro de 

teicoplanina e rifampicina demonstrou efeitos aditivos e sinérgicos contra Staphylococcus aureus

Também foi observada sinergia in vitro com ciprofloxacino contra Staphylococcus epidermidis

A resistência in vitro à teicoplanina não pode ser obtida em um único passo e só se produz após passagens múltiplas. 

Há relatos de elevadas CIMs (concentração inibitória mínima) para teicoplanina em diversas cepas de Staphylococcus 

haemolyticus

A teicoplanina não apresenta resistência cruzada com outras classes de antibióticos. 

Foi observada resistência cruzada entre teicoplanina e o glicopeptídeo vancomicina em enterococos. 

A teicoplanina é captada pelos leucócitos e macrófagos, mantendo sua atividade anti-estafilocócica dentro destas células. 

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Propriedades Farmacocinéticas 

Absorção 

A biodisponibilidade de uma única injeção intramuscular de 3 a 6 mg/kg é de mais de 90%. A teicoplanina é pouco absorvida 

pelo trato gastrintestinal normal após administração oral; 40% da dose oral é encontrada nas fezes como fármaco ativo. 

 

Distribuição 

A teicoplanina difunde-se rapidamente na pele, tecido subcutâneo, miocárdio, pulmão, líquido pleural, osso, líquido sinovial, 

líquido de vesícula cutânea e lentamente, no líquido cefalorraquidiano. A teicoplanina apresenta ligação às proteínas plasmáticas 

de 90 a 95%, sendo a ligação de fraca afinidade. 

 

Metabolismo 

A biotransformação é pequena (aproximadamente 3%), sendo aproximadamente 80% do fármaco administrado eliminado na 

urina, quando administrado por via parenteral. A depuração renal após a administração IV de 3 a 6mg/kg é de 10,4 a 12,1 

mL/h/kg. 

 

Eliminação 

Após a administração intravenosa de 3 a 6 mg/kg, a concentração plasmática declina com meia-vida terminal de eliminação de 

150 horas com depuração plasmática de 11,9 a 14,7mL/h/kg, o que permite uma única administração diária. 

Após administração IV de 6mg/kg nas horas 0, 12, 24 e a cada 24h como infusão por 30 minutos, uma concentração sérica 

mínima de 10mg/L seria alcançada pelo quarto dia. Concentrações séricas máxima e mínima no estado de equilíbrio de 

aproximadamente 64mg/L e 19mg/L, respectivamente, seriam atingidas pelo 28°dia. 

 

4. CONTRAINDICAÇÕES 

Este medicamento é contraindicado em pacientes com histórico de hipersensibilidade a teicoplanina. 

 

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica 

ou do cirurgião-dentista. 

 

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES 

Reações de hipersensibilidade  

Reações de hipersensibilidade severa com risco de vida, por vezes fatais, foram relatadas com teicoplanina (por exemplo, choque 

anafilático). Se ocorrer uma reação alérgica à teicoplanina, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e medidas de 

emergência adequadas devem ser iniciadas. 

O produto deve ser administrado com cuidado a pacientes com histórico de hipersensibilidade a vancomicina, pois pode haver 

reações de hipersensibilidade cruzada, incluindo choque anafilático fatal. Entretanto, um antecedente de “síndrome do homem 

vermelho” atribuído a vancomicina, não se constitui em uma contraindicação para o uso de teicoplanina. 

 

 

Reações relacionadas com a infusão 

"Síndrome homem vermelho" (um complexo de sintomas que incluem prurido, urticária, eritema, edema angioneurótico, 

taquicardia, hipotensão, dispneia) foi raramente observado (mesmo na primeira dose). 

A parada ou infusão mais lenta podem resultar na interrupção destas reações. Reações relacionadas com a infusão podem ser 

limitadas se a dose diária não for dada através de bolus mas infundida durante um período de 30 minutos. 

 

Reações adversas cutâneas grave (SCARs) 

Reações cutâneas com risco de vida e reações fatais, incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), Necrólise Epidérmica 

Tóxica (NET) e Síndrome da Farmacodermia com Eosinofilia e Sintomas Sistêmicos (DRESS) têm sido 

relatadas com o uso de teicoplanina. A pustulose generalizada exantemática aguda (AGEP) também foi relatada. Os 

pacientes devem ser informados sobre os sinais e sintomas de manifestações graves da pele e monitorados de perto. 

Se os sintomas ou sinais de SSJ, NET, DRESS ou AGEP (por exemplo erupção cutânea progressiva da pele muitas 

vezes com bolhas ou lesões mucosas ou erupção pustular, ou qualquer outro sinal de hipersensibilidade da pele) estiverem 

presentes, o tratamento com teicoplanina deve ser interrompido imediatamente. 

 

Nefrotoxicidade 

Nefrotoxicidade e insuficiência renal têm sido relatados em pacientes tratados com teicoplanina (vide item “9. Reações 

adversas”). Pacientes com insuficiência renal, pacientes que recebem o regime de alta dose de carga de teicoplanina e pacientes 

que recebem teicoplanina em conjunto ou sequencialmente com outros medicamentos com potencial nefrotóxico conhecido 

devem ser cuidadosamente monitorados. 

 

Outros monitoramentos 

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Foram relatados casos de toxicidade hematológica, auditiva e hepática com teicoplanina (vide item “9. Reações adversas”). 

Portanto, recomenda-se monitorar as funções auditiva, hematológica e hepática particularmente em pacientes com insuficiência 

renal, pacientes sob tratamento prolongado ou em altas doses, ou aqueles pacientes que necessitam de uso concomitante de 

fármacos que possam ter efeitos ototóxicos e nefrotóxicos (vide Interações Medicamentosas). 

 

Superinfecção 

Da mesma forma que com outros antibióticos, o uso de teicoplanina, especialmente se prolongado, pode resultar em 

supercrescimento de microrganismos resistentes. É essencial a avaliação repetida da condição do paciente. Caso ocorra 

superinfecção durante a terapia, devem ser tomadas medidas apropriadas.

 

 

Trombocitopenia 

Trombocitopenia foi relatada com o uso de teicoplanina. Exames sanguíneos periódicos são recomendados durante o tratamento, 

incluindo hemograma completo. 

 

Risco de uso por vias não recomendadas 

A eficácia e segurança da administração de teicoplanina pelas vias intratecal/intralombar e intraventricular não foram estudadas 

em estudos clínicos controlados. Entretanto, foi relatado caso de toxicidade, incluindo convulsões, com o uso intraventricular de 

teicoplanina. 

Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa ou 

intramuscular. 

 

Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas 

A teicoplanina pode causar efeitos adversos, tais como cefaleia e tonturas. A habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas 

pode ser afetada. Paciente experimentando estes eventos adversos não devem dirigir veículos ou operar máquinas. 

 

Gravidez e lactação 

Embora os estudos de reprodução animal não tenham revelado evidência de alteração da fertilidade ou efeitos teratogênicos, a 

teicoplanina não deve ser utilizada durante a gravidez confirmada ou suposta ou durante a lactação, a menos que, a critério 

médico, os benefícios potenciais superem os possíveis riscos. Não se tem informação sobre a excreção de teicoplanina no leite 

materno ou sobre a transferência placentária do fármaco. 

 

Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica 

ou do cirurgião-dentista. 

 

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 

Os estudos em animais não evidenciaram interação com diazepam, tiopental, morfina, bloqueadores neuromusculares ou 

halotano. 

Devido ao potencial de aumento de efeitos adversos, a teicoplanina  deve ser administrado com cuidado em pacientes sob 

tratamento concomitante com fármacos nefrotóxicos ou ototóxicos, tais como aminoglicosídieos, anfotericina B, ciclosporina, 

furosemida e ácido etacrínico. 

As soluções de teicoplanina e aminoglicosídeos são incompatíveis quando misturadas, portanto não devem ser misturadas antes 

da injeção.

 

 

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO 

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).   

O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses. 

 

A solução deve ser usada imediatamente após a reconstituição. Entretanto, se necessário, pode-se utilizar dentro de 48 horas se 

armazenada em temperatura ambiente ou por 11 dias sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8°C). 

 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

 

Características do produto: 

Liofilizado branco a levemente amarelado, isento de partículas estranhas. 

 

Características do produto após reconstituição: 

Solução límpida, incolor a amarelada e isenta de partículas estranhas. 

 

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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

 

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR 

Instruções para preparação da injeção: 

Adicione lentamente toda solução da ampola de diluente que acompanha o produto* no frasco-ampola e role-o lentamente entre 

as mãos, até que o pó esteja completamente dissolvido, tomando-se o cuidado de evitar a formação de espuma. 

* ou, em caso de apresentação que não contemple o diluente, utilizar 3 mL de diluente com a mesma composição (água para 

injetáveis). 

 

É IMPORTANTE ASSEGURAR QUE TODO O PÓ ESTEJA DISSOLVIDO, MESMO AQUELE QUE ESTIVER PERTO DA 

TAMPA. 

 

A agitação da solução pode causar a formação de espuma, a qual torna difícil recuperar o volume desejado. 

Entretanto, se todo o pó estiver completamente dissolvido, a espuma não altera a concentração da solução. Se a solução ficar 

espumosa, o frasco deve ficar em repouso por aproximadamente 15 minutos. Retire a solução lentamente do frasco-ampola, 

tentando recuperar a maior parte da solução colocando a agulha na parte central da tampa de borracha. 

 

As soluções reconstituídas contêm 400 mg em 3,0 mL (do frasco-ampola de 400 mg). É importante que a solução seja 

corretamente preparada e cuidadosamente colocada na seringa, pois, caso contrário, pode levar à administração de uma dose 

menor que a dose total. 

 

Quando reconstituída com diluente água para injetáveis, a solução é estável por 48 horas a temperatura ambiente ou por 11 dias 

sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8°C) sem perda da potência. Entretanto, a boa prática farmacêutica recomenda que as 

soluções e reconstituídas sejam utilizadas imediatamente e a porção não utilizada descartada. 

 

As soluções reconstituídas podem ser injetadas diretamente ou diluídas alternativamente, como se segue: 

 

Diluentes 

Concentração final de 

teicoplanina 

Condições 

armazenamento 

Estabilidade 

Cloreto de sódio para 

injeção a 0,9 % 

200 mg/100 mL 

entre 2ºC e 8ºC 

Até 48 horas 

Ringer 

200 mg/100 mL 

entre 15ºC e 30ºC 

Até 48 horas 

Ringer lactato 

200 mg/500 mL 

entre 15ºC e 30ºC 

Até 48 horas 

Ringer lactato 

200 mg/100 mL 

entre 2ºC e 8ºC 

Até 7 dias 

Glicose 5% 

10 mg/mL 

entre 15ºC e 30ºC 

Até 48 horas 

Glicose 10% 

400 mg/L, 

800 mg/L e 

1200 mg/L 

entre 15ºC e 30ºC 

Até 24 horas 

Glicose 5% 

10 mg/mL 

entre 2ºC e 8ºC 

Até 7 dias 

 

Como boa prática farmacêutica, recomenda-se que as soluções sejam administradas imediatamente após a preparação.

 

 

As condições informadas para o armazenamento das soluções reconstituídas e diluídas garantem somente os aspectos físico-

químicos das preparações. 

Do ponto de vista microbiológico elas devem ser utilizadas imediatamente e só poderão ser armazenadas conforme condições 

descritas, se forem manipuladas com técnicas assépticas controladas e validadas. 

A garantia das condições assépticas é de inteira responsabilidade do profissional de saúde/instituição. 

 

Incompatibilidades 

As soluções de teicoplanina e aminoglicosideos são incompatíveis quando misturadas diretamente e não devem ser misturadas 

antes da injeção. 

 

Modo de administração: a teicoplanina pode ser administrada por via intravenosa (IV) ou intramuscular (IM). A administração 

IV pode ser feita diretamente por injeção (3 - 5 minutos) ou através de infusão, (30 minutos). A dose diária é geralmente única, 

entretanto, em infecções graves, recomenda-se uma dose de ataque a intervalos de 12 horas para as 3 primeiras doses podendo 

se estender por até 4 dias (8 doses iniciais), dependendo da gravidade da infecção. A maioria dos pacientes com infecções 

causadas por microrganismos sensíveis ao antibiótico apresenta resposta terapêutica dentro das primeiras 48-72 horas. A duração 

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total do tratamento é determinada pelo tipo e gravidade da infecção e resposta clínica do paciente. Em endocardite e osteomielite, 

recomenda-se tratamento por 3 semanas ou mais. 

Somente o método de administração infusão IV pode ser usado em recém-nascidos. A gravidade da doença e o local da infecção 

devem ser considerados na determinação das doses de teicoplanina. 

 

Posologia 

Adultos: 

Para infecções por gram-positivos em geral: 

- Dose de ataque: 3 doses de 400 mg IV a cada 12 horas; 

- Dose de manutenção: 400 mg IV ou IM uma vez ao dia. 

 

Em casos de septicemia, infecções osteoarticulares, endocardites, pneumonias graves e outras infecções graves causadas 

por organismos gram-positivo em geral: 

- Dose de ataque: 400 mg a cada 12 horas via IV para as 3 primeiras doses podendo se estender por até 4 dias (8 doses iniciais), 

dependendo da gravidade da infecção 

- Dose de manutenção: 400 mg IV ou IM uma vez ao dia; 

A dose padrão de 400 mg corresponde a aproximadamente 6 mg/kg. 

Em pacientes com mais de 85 kg, deve-se utilizar a dose de 6 mg/kg. 

Podem ser necessárias doses maiores em algumas situações clínicas. 

Em algumas situações, tais como em pacientes com queimaduras graves infectadas ou endocardite causada por Staphylococcus 

aureus, pode ser necessária dose de manutenção de até 12 mg/kg por via IV. 

 

No caso de endocardite causada por S.aureus, foram obtidos resultados satisfatórios quando a teicoplanina foi administrada junto 

com outros antibióticos. A eficácia da monoterapia com teicoplanina para esta indicação ainda está sendo investigada. 

 

Quando as concentrações séricas de teicoplanina são monitoradas em infecções graves, os níveis (imediatamente antes da dose 

subsequente) devem ser equivalentes a 10 vezes a CIM (concentração inibitória mínima) ou pelo menos, 10 mg/L, podendo ser 

de 15 a 20 mg/L dependendo da gravidade da infecção. 

 

Terapia combinada: Quando a infecção requer atividade bactericida máxima, recomenda-se a combinação com um agente 

bactericida apropriado (ex: em endocardite estafilocócica) ou quando infecções mistas com patógenos Gram-negativos não 

podem ser excluídas (ex: terapia empírica de febre em pacientes neutropênicos). 

 

Profilaxia de endocardite por gram-positivos em cirurgia dental e em pacientes com doença valvular: uma administração 

intravenosa de 400 mg (6 mg/kg) no momento da indução anestésica. 

 

Profilaxia de infecções por gram-positivos em cirurgia ortopédica e vascular: uma dose IV de 400 mg (ou 6 mg/kg se >85 

kg) no momento da indução anestésica. 

 

Diarreia causada por Clostridium difficile associada a antibióticos: Após reconstituição do pó do frasco-ampola com a 

solução diluente, a solução deve ser administrada como solução oral (a solução não tem gosto). A dose usual é de 200 mg por 

via oral, duas vezes ao dia durante 7 a 14 dias. 

A eficácia e segurança da administração de teicoplanina pelas vias intratecal/intralombar e intraventricular não foram estudadas 

em estudos clínicos controlados. Entretanto, foi relatado caso de toxicidade, incluindo convulsões, com o uso intraventricular de 

teicoplanina. 

Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa ou 

intramuscular. 

 

Populações Especiais 

Idosos:  Igual à dose dos adultos (se a função renal estiver gravemente comprometida, devem-se seguir as instruções para 

pacientes com função renal comprometida). 

 

Crianças acima de 2 meses de idade até 16 anos: Para as infecções por gram-positivos em geral: a dose recomendada é de 10 

mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas para as 3 primeiras doses (doses de ataque); as doses diárias subsequentes devem ser 

de 6 mg/kg em injeção única intravenosa ou intramuscular (doses de manutenção). 

Em infecções graves por microrganismos gram-positivos ou em crianças neutropênicas: a dose de ataque recomendada é de 10 

mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas para as 3 primeiras doses; as doses diárias subsequentes de manutenção devem ser de 

10 mg/kg em única injeção intravenosa ou intramuscular. 

 

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Recém-nascidos menores de dois meses: recomenda-se administrar dose única de ataque de 16mg/kg por via intravenosa no 

primeiro dia; as doses diárias de manutenção subsequentes devem ser de 8 mg/kg por via intravenosa. Recomenda-se administrar 

as doses por infusão intravenosa por 30 minutos. 

 

Pacientes com insuficiência renal: Em pacientes com insuficiência renal, a diminuição da dose não é necessária até o quarto 

dia de tratamento, após este período a dose deve ser ajustada para manter uma concentração sérica de pelo menos 10mg/L. A 

partir do quinto dia, deve-se seguir o seguinte esquema: 

- Insuficiência renal moderada, com depuração de creatinina de 40 a 60 mL/min, a dose de manutenção deverá ser diminuída 

para a metade (utilizando a dose usual de manutenção a cada dois dias ou a metade desta dose uma vez ao dia). 

- Em insuficiência renal grave, com depuração de creatinina menor que 40 mL/min e em pacientes sob hemodiálise, a dose de 

manutenção deve ser reduzida para um terço da usual (utilizando esta dose a cada três dias ou um terço da dose uma vez ao dia). 

A teicoplanina não é dialisável. 

 

Diálise peritoneal ambulatorial contínua para peritonite: após dose única de ataque de 400 mg IV, são administrados 20 

mg/L por bolsa na 1ª semana, 20 mg/L em bolsas alternadas na 2ª semana, e 20 mg/L na bolsa que permanece durante a noite na 

3ª semana. 

 

9. REAÇÕES ADVERSAS 

Reação muito comum (> 1/10) 

Reação comum (> 1/100 e ≤1/10) 

Reação incomum (> 1/1.000 e ≤1/100) 

Reação rara (> 1/10.000 e ≤1/1.000) 

Reação muito rara (≤ 1/10.000) 

Desconhecida (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis) 

 

A teicoplanina geralmente é bem tolerada. As reações adversas conhecidas raramente requerem interrupção do tratamento e 

geralmente são de caráter leve e transitório. As reações adversas graves são raras. As seguintes reações foram relatadas: 

 

Distúrbios gerais e alterações no local de administração: 

Reação comum: dor local. 

Desconhecida: eritema, tromboflebite e abscesso no local da injeção intramuscular. 

 

Distúrbios do sistema imunológico: 

Reação incomum: reações anafiláticas. 

Desconhecida: hipersensibilidade: erupção cutânea, prurido, febre, rigidez, broncoespasmo, choque anafilático (vide item “5. 

Advertências e Precauções”), urticária, angioedema, Síndrome DRESS (reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas 

sistémicos) e raros casos de dermatite esfoliativa, necrólise epidérmica tóxica, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, 

Pustulose generalizada exantemática aguda (vide item “5. Advertências e Precauções”).   

Além disso, foram relatadas reações relacionadas às infusões, chamada de 

"Síndrome homem vermelho" (vide item “5. 

Advertências e Precauções”). Estes eventos ocorreram sem histórico prévio de exposição à teicoplanina e não voltaram a 

ocorrer na reexposição com a velocidade da infusão mais lenta e/ou a diminuição da concentração. Estes eventos não foram 

específicos para qualquer concentração ou velocidade de infusão. 

 

Distúrbios gastrintestinais: 

Reação incomum: náusea, vômitos, diarreia. 

 

Distúrbios sanguíneos e do sistema linfático: 

Reação incomum: eosinofilia, leucopenia e trombocitopenia (vide item “5. Advertências e Precauções”) 

Desconhecida: raros casos de agranulocitose reversível e neutropenia.   

 

Desconhecido: pancitopenia.   

 

Distúrbio hepático:  

Desconhecida: aumento das transaminases séricas e/ou fosfatase alcalina sérica (vide item “5. Advertências e Precauções”). 

 

Distúrbio renal e urinário: 

Reação incomum: elevação da creatinina sérica. 

Desconhecida: insuficiência renal (vide item “5. Advertências e Precauções”). 

 

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teicoplanina_po liof inj_VPS_V11

 

Com base em literatura, a taxa estimada de nefrotoxicidade em pacientes que recebem uma baixa dose de ataque, em média 

6mg/kg, duas vezes por dia, seguida por uma dose de manutenção, em média 6mg/kg, uma vez por dia, é de cerca de 2%. 

Em um estudo de segurança observacional pós-comercialização com 300 pacientes com idade média de 63 anos (tratados para 

infecção óssea e articular, endocardite ou outras infecções graves) que receberam o regime de alta dose de ataque de 12 mg/kg 

duas vezes por dia (recebendo 5 doses de ataque como mediana) seguido de uma dose de manutenção de 12 mg/kg uma vez por 

dia, a taxa observada de nefrotoxicidade confirmada foi de 11,0% [IC 95% = (7,4%; 15,5%)] nos primeiros 10 dias. A taxa 

acumulada de nefrotoxicidade desde o início do tratamento até 60 dias após a última dose foi de 20,6% [IC 95% = (16,0%; 

25,8%)]. 

Em pacientes que receberam mais de 5 altas doses de ataque de 12 mg/kg duas vezes ao dia, seguida de uma dose de manutenção 

de 12 mg/kg uma vez por dia, a taxa acumulada observada de nefrotoxicidade desde o início do tratamento até 60 dias após a 

última administração foi de 27% [IC 95% = (20,7%; 35,3%)]. 

 

Distúrbio Sistema Nervoso: 

Reação incomum: tontura, cefaleia. 

Desconhecida: convulsões.   

 

Distúrbio do ouvido e do labirinto: 

Reação incomum: perda de audição / surdez (vide item “5. Advertências e Precauções”), tinido e distúrbios vestibulares.   

Nestes casos, o efeito causal não foi estabelecido entre a utilização da teicoplanina e a perda auditiva, tinido e distúrbios 

vestibulares. A ototoxicidade da teicoplanina é inferior a da vancomicina. 

 

Infecções e infestações: 

Desconhecida: superinfecção (supercrescimento de organismos não-suscetíveis). 

 

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa. 

 

10. SUPERDOSE 

Foram relatados casos de administração de doses excessivas erroneamente, à pacientes pediátricos. Em um relato de superdose, 

um recém-nascido de 29 dias apresentou agitação após a administração de 400 mg IV (95 mg/kg). 

Nos outros casos, não foram verificados sintomas ou anormalidades laboratoriais associadas à teicoplanina. Nestes casos, as 

crianças tinham de 1 mês a 8 anos de idade e as doses de teicoplanina administrada erroneamente estavam entre 35,7 mg/kg a 

104 mg/kg. 

Nos casos de superdose o tratamento deverá ser sintomático. A teicoplanina não é eliminada através de hemodiálise e apenas 

lentamente por diálise peritoneal.

 

 

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

 

DIZERES LEGAIS 

 

M.S.: 1.0043.0938 
 

Farm. Resp. subst.: Dra. Ivanete A. Dias Assi - CRF-SP 41.116 
 

Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com retenção da receita. 

 

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada ela ANVISA em 31/07/2023. 

 

Fabricado e Registrado por: 

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, 3565 

Itapevi - SP 

CNPJ: 61.190.096/0001-92

 

Indústria Brasileira 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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teicoplanina_po liof inj_VPS_V11

 

 

Histórico de Alteração da Bula 

 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expedient

No do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expedient

No do 

expedient

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/VPS) 

Apresentaçõ

es 

relacionadas 

 

16/07/201

 

0626310151 

10459 – 

GENÉRICO – 

Inclusão 

Inicial de 

Texto de Bula 

– RDC 60/12 

 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

 

VPS 

 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

 

03/11/201

 

0957222158 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

5.advertências e 

precauções 

9. reações 

adversas 

10. superdose 

 

 

VPS 

 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

 

27/07/201

 

2121643/16

-6 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

8. Posologia e 

Modo de Usar 

Dizeres Legais 

 

VPS 

 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

 

04/06/201

 

0444433/18

-7 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Dizeres Legais 

 

VPS 

 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

04/06/201

0446235/18

-1 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Dizeres Legais 

 

VPS 

 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

 

23/08/201

 

0833006/18

-9 

 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

 

8. Posologia e 

Modo de Usar 

 

VPS 

 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

 

25/11/202

 

4155638201 

 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

23/06/202

 

19953932

03 

 

11091 - RDC 

73/2016 - 

GENÉRICO - 

Inclusão de 

nova 

apresentação 

 

26/10/202

 

Apresentações 

8. Posologia e 

modo de usar 

 

 

VPS 

 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

21/04/202

1525941212 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

Apresentações 

8. Posologia e 

modo de usar 

 

VPS 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

/storage/bulas_html/113-healthcare-4a556d6690437f341451e21a89a713230f6bc081/-html.html
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teicoplanina_po liof inj_VPS_V11

 

 

07/06/202

 

2198117/21

-5 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

5. Advertências e 

precauções 

9. Reações 

adversas 

VPS 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

 

13/092022 

4682981/22

-6 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

Dizeres legais 

VPS 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

 

09/12/202

 

Nâo 

aplicável 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

8. Posologia e 

modo de usar 

9. Reações 

adversas 

Dizeres Legais 

VPS 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

200 e 400 

mg/FA 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

10452 – 

GENÉRICO – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

 

Nâo aplicável 

 

Nâo 

aplicável 

9. Reações 

adversas 

 

Dizeres Legais 

VPS 

Pó liofilizado 

para solução 

injetável 

400 mg/FA