background image

 

 

Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

 
 
 
 
 
 
 

 

 

 

 

cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado 

 

 

Bula para paciente 

Solução para diluição para infusão 

20 mg/mL 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO 

 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado 

Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999 

 

APRESENTAÇÕES 

 

Solução para diluição para infusão 20 mg/mL: embalagens contendo 1 frasco-ampola com 5 mL. 

 

USO ADULTO 

 

USO INTRAVENOSO 

 

CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO 

 

Composição: 

Cada 1 mL de solução para diluição para infusão contém: 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . .20 mg* 

excipientes q.s.p. . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 mL 

Excipientes: sorbitol, ácido láctico, hidróxido de sódio e água para injetáveis. 

*Equivalente a 17,33 mg de irinotecano. 

 

INFORMAÇÕES AO PACIENTE 

 

USO RESTRITO A HOSPITAIS 

 

Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados e deve ser manipulado apenas por pessoal 

treinado. 

 

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO? 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado, solução para diluição para infusão é indicado como agente único ou combinado no 

tratamento de pacientes com: 

  Carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente; 

  Carcinoma metastático do cólon ou reto que tenha recorrido (voltado) ou progredido (piorado) após terapia anterior 

com 5-fluoruracila; 

  Neoplasia pulmonar de células pequenas e não pequenas; 

  Neoplasia de colo de útero; 

  Neoplasia de ovário; 

  Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável. 

 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado está indicado para tratamento como agente único de pacientes com: 

  Neoplasia de mama inoperável ou recorrente; 

  Carcinoma de células escamosas da pele; 

  Linfomas.

 

 

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado é um agente antineoplásico (medicamento usado no tratamento de neoplasia) que age 

interagindo com a enzima topoisomerase I, uma enzima importante no processo de multiplicação das células. O bloqueio desta 

enzima causa um erro no funcionamento das células tumorais, levando-as a morte. As concentrações máximas do metabólito 

ativo (da substância ativa) de cloridrato de irinotecano tri-hidratado são atingidas, geralmente, dentro de 1 hora após o término 

de uma infusão (administração por uma veia) de 90 minutos do produto. 

 

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) conhecida ao fármaco ou 

a qualquer componente da fórmula. 

 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu 

médico em caso de suspeita de gravidez. 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

 

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO? 

Administração: cloridrato de irinotecano tri-hidratado deve ser administrado obrigatoriamente sob a supervisão de um médico 

com experiência no uso de agentes quimioterápicos (medicamentos) para neoplasia. 

 

O uso de cloridrato de irinotecano tri-hidratado nas situações a seguir deve ser avaliado através da análise dos benefícios e riscos 

esperados, e indicado quando os benefícios superarem os possíveis riscos: 

 

  em pacientes que apresentam um fator de risco (particularmente os com performance status = 2 OMS) (índice que reflete 

o estado geral do paciente); 

  em raros casos, nos quais os pacientes apresentam recomendações relacionadas ao controle de eventos adversos 

(necessidade de tratamento imediato e prolongado contra diarreia combinado a alto consumo de líquido no início da 

diarreia tardia). Recomenda-se supervisão hospitalar a tais pacientes. 

 

Sintomas colinérgicos: os pacientes podem apresentar sintomas colinérgicos (sintomas desencadeados devido à liberação de 

substâncias chamadas neurotransmissores que controlam várias funções do organismo) como rinite, salivação aumentada, miose 

(fechamento da pupila), lacrimejamento, diaforese (aumento da produção de suor),  rubor (vasodilatação), bradicardia 

(diminuição na frequência cardíaca) e aumento do peristaltismo (movimento) intestinal que pode causar cólicas abdominais e 

diarreia em fase inicial da administração (por ex.: diarreia ocorrendo geralmente durante ou até 8 horas da administração de 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado). Esses sintomas podem ser observados durante, ou logo após, a infusão de cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado, devendo ocorrer mais frequentemente com doses mais altas. Em pacientes com sintomas colinérgicos 

a administração terapêutica (uso que visa o tratamento), ou profilática (uso que visa a prevenção), de atropina 0,25 a 1 mg por 

via intravenosa (pela veia) ou subcutânea (abaixo da pele) deve ser considerada (a não ser que contraindicada clinicamente). A 

definição do uso dessa medicação cabe ao médico que está acompanhando o paciente. 

 

Extravasamento:  embora cloridrato  de irinotecano tri-hidratado não seja, sabidamente, vesicante (irritante da veia onde o 

produto está sendo administrado), deve-se tomar cuidado para evitar extravasamento (administração da medicação fora da veia) 

e observar o local da infusão (administração da medicação por veia) quanto a sinais inflamatórios (aumento de calor local, 

avermelhamento, dor). Caso ocorra extravasamento, recomenda-se infusão para “lavar” o local de acesso e aplicação de gelo. 

 

Hepático:  em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) foram observadas, em menos de  10% dos 

pacientes, anormalidades das enzimas hepáticas (testes que avaliam a função do fígado). Esses eventos ocorrem tipicamente em 

pacientes com metástases  (tumores à distância) hepáticas conhecidas e não estão claramente relacionados ao  cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado. 

 

Hematológico: o cloridrato de irinotecano tri-hidratado frequentemente causa diminuição do número de células do sistema de 

defesa do organismo e anemia, inclusive graves, devendo ser evitado em pacientes com insuficiência aguda (mau funcionamento 

agudo) grave da medula óssea (órgão responsável pela produção das células sanguíneas). A trombocitopenia [queda na contagem 

de plaquetas (células sanguíneas responsáveis pela coagulação)]  grave é incomum. Nos estudos clínicos, a frequência de 

neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) foi significativamente maior em pacientes que 

haviam recebido previamente  irradiação (radioterapia) pélvica/abdominal do que naqueles que não haviam recebido tal 

irradiação. 

 

Neutropenia febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos, que evoluíram com febre) ocorreu em menos de 10% 

dos pacientes nos estudos clínicos. Mortes devido à sepse (infecção generalizada) após neutropenia grave foram relatadas em 

pacientes tratados com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. A terapia com cloridrato de irinotecano tri-hidratado deve ser 

temporariamente descontinuada caso ocorra neutropenia febril ou se a contagem absoluta de neutrófilos cair abaixo de 

1.000/mm3. A dose do produto deve ser reduzida no caso de ocorrência de neutropenia não febril clinicamente significativa. 

 

Pacientes com atividade de UGT1A1 reduzida: Outro polimorfismo específico do gene UGT1A1 (que reduz a atividade dessa 

enzima) é uma mutação conhecida como variante UGT1A1*6. 

 

Pacientes com variantes UGT1A1*28 ou *6 (especialmente se homozigóticos) apresentam risco aumentado de apresentar 

eventos adversos, como neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) e diarreia (perturbação 

intestinal caracterizada por aumento do número de evacuações que se tornam de consistência líquida ou pastosa). Deve ser 

considerada uma dose inicial reduzida de cloridrato de irinotecano tri-hidratado para pacientes homozigóticos. Para maiores 

informações sobre a posologia do medicamento, consulte o seu médico ou a bula específica para o profissional de saúde. Além 

disso, *28 e *6 pacientes homozigóticos e heterozigóticos devem ser monitorados de perto para neutropenia e diarreia. 

 

A redução exata da dose inicial nesses pacientes não foi estabelecida e quaisquer modificações de dose subsequente, devem ser 

baseadas na tolerância individual do paciente ao tratamento. 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

 

Para identificar pacientes com risco aumentado de neutropenia e diarreia, a genotipagem UGT1A1 pode ser útil. Mais em 

detalhes, a genotipagem UGT1A1*28 pode ser útil em caucasianos, africanos e latinos, UGT1A1*6 em pessoas do leste asiático 

e UGT1A1*28 e *6 combinada em chineses e japoneses, uma vez que essas são as populações em que essas variantes são mais 

prevalentes. 

Reações de hipersensibilidade:  foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia), inclusive reações 

anafilática/anafilactoide graves (reação alérgica grave). 

 

Efeitos imunossupressores/Aumento da suscetibilidade a infecções: a administração de vacinas com microrganismos vivos 

ou atenuados (mortos ou inativados) em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas contendo microrganismos vivos 

deve ser evitada em pacientes recebendo cloridrato de irinotecano tri-hidratado. As vacinas com microrganismos mortos ou 

inativados podem ser administradas, no entanto, a resposta a esta vacina pode ser diminuída. 

 

Diarreia tardia: a diarreia tardia (aquela que ocorre mais de 8 horas após a administração do produto) pode ser prolongada e 

pode levar à desidratação, desequilíbrio eletrolítico (dos eletrólitos – substâncias como sódio e potássio - presentes no sangue) 

ou sepse (infecção generalizada), constituindo um risco de morte potencial. Nos estudos clínicos que testaram o esquema 

posológico a cada 3 semanas, a diarreia tardia surgiu, em média, após 5 dias da infusão de cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

Nos estudos que avaliaram a posologia semanal, este intervalo médio foi de 11 dias. Nos pacientes que começaram o tratamento 

com a dose semanal de 125 mg/m2, o tempo médio de duração de qualquer Grau de diarreia tardia foi de 3 dias. Nos pacientes 

tratados com a dose semanal de 125 mg/m2 que tiveram diarreia mais intensa, o tempo médio de duração de todo o episódio de 

diarreia foi de 7 dias. Resultados de um estudo de um esquema semanal de tratamento não demonstraram diferença na taxa de 

diarreia tardia em pacientes com 65 anos ou mais em relação a pacientes com menos de 65 anos. Entretanto, pacientes com 65 

anos ou mais, devem ser monitorados de perto devido ao risco aumentado de diarreia precoce observada nesta população. 

Ulceração (formação de feridas) do cólon (do intestino grosso), algumas vezes com sangramento, foi observada em associação 

à diarreia induzida pelo cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

Se ocorrer diarreia, o médico responsável deve ser avisado e ele tomará as medidas necessárias. A diarreia tardia deve ser tratada 

com loperamida (medicamento que trata os sintomas diarreicos) imediatamente após observar-se o primeiro episódio de fezes 

amolecidas, ou sem consistência, ou ainda, na ocorrência de evacuações em frequência maior do que a esperada. Em caso de 

desidratação, devem ser realizadas reposições hídricas (de água) e eletrolítica (de eletrólitos, substâncias como sódio e potássio), 

através de soro caseiro ou preparações semelhantes. Se os pacientes apresentarem íleo paralítico (parada dos  movimentos 

intestinais), febre ou neutropenia (diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) grave, tratamento de suporte 

com antibióticos deve ser administrado. Além do tratamento antibiótico, a hospitalização é recomendada para o tratamento de 

diarreia, nos seguintes casos: 

- diarreia com febre; 

- diarreia grave (requerendo hidratação intravenosa); 

- pacientes com vômito associado à diarreia tardia; 

- diarreia persistindo por cerca de 48 horas após o início da terapia com altas doses de loperamida. 

 

Após o primeiro ciclo de tratamento, os ciclos quimioterápicos semanais subsequentes só devem ser iniciados quando a função 

intestinal (número e quantidade de evacuações) do paciente retornar ao padrão pré-tratamento por, pelo menos, 24 horas sem a 

necessidade de medicação antidiarreica. Se ocorrer diarreia grave a administração de cloridrato de irinotecano tri-hidratado deve 

ser descontinuada e retomada em dose reduzida assim que o paciente se recuperar. 

 

Doença inflamatória crônica e/ou obstrução intestinal: em caso de obstrução intestinal os pacientes não devem ser tratados 

com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

Náuseas e vômitos: cloridrato de irinotecano tri-hidratado é emetogênico (provoca vômito), como os quadros de náuseas e 

vômitos podem ser intensos, ocorrendo geralmente, durante ou logo após a infusão do cloridrato de irinotecano tri-hidratado, 

recomenda-se que os pacientes recebam antieméticos (medicamentos que combatem náusea e vômitos) pelo menos 30 minutos 

antes da infusão de cloridrato de irinotecano tri-hidratado. O médico também deve considerar a utilização subsequente de 

esquema de tratamento antiemético se necessário. Pacientes com vômito associado à diarreia tardia devem ser hospitalizados 

assim que possível para tratamento. 

 

Neurológico: tontura foi observada e pode, algumas vezes, representar evidência sintomática de hipotensão ortostática (queda 

da pressão arterial relacionada a posição em pé) em pacientes com desidratação. 

 

Renal:  elevações dos níveis séricos (no  sangue) de creatinina ou ureia (substâncias que indicam a função renal) foram 

observadas. Ocorreram casos de insuficiência renal aguda (prejuízo na função dos rins). Esses eventos foram atribuídos a 

complicações infecciosas ou à desidratação, relacionada à náusea, vômitos ou diarreia. Há raros relatos de disfunção renal (mau 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

funcionamento dos rins) decorrente de síndrome de lise tumoral (série de alterações do organismo decorrentes da destruição das 

células tumorais). 

 

Respiratório:  observou-se um tipo de dispneia (falta de ar); mas é desconhecido o quanto doenças preexistentes e/ou 

envolvimento pulmonar maligno (presença de tumor no pulmão) contribuem para o quadro. Em estudos iniciais no Japão, 

pequena porcentagem dos pacientes evoluiu com uma síndrome pulmonar, com potencial de morte, que se apresenta através de 

dispneia, febre e de um padrão reticulonodular na radiografia de tórax (padrão de radiografia de tórax). Porém, o quanto o 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado contribuiu para estes eventos é desconhecido, pois os pacientes também apresentavam 

tumores pulmonares, e alguns, doença pulmonar não maligna preexistente. 

 

Doença pulmonar intersticial (tipo de comprometimento pulmonar), manifestada através de infiltrado pulmonar, é incomum 

durante terapia com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. São fatores de risco para o desenvolvimento desta complicação: 

doenças pulmonares preexistentes, uso de medicamentos pneumotóxicos (tóxicos para os pulmões), radioterapia (tratamento 

com radiação) e uso de fatores de estimulação de colônias (substâncias que agem na medula óssea estimulando a produção de 

células sanguíneas). Na presença de um ou mais destes fatores, o paciente deve ser cuidadosamente monitorado quanto a sintomas 

respiratórios antes e durante a terapia com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

Outros: uma vez que este produto contém sorbitol, não é recomendado o uso em pacientes com intolerância hereditária à frutose.  

 

Atenção: Contém sorbitol (tipo de açúcar) 

 

Uso em Populações Especiais 

 

Pediátrico: a eficácia do cloridrato de irinotecano tri-hidratado em pacientes pediátricos não foi estabelecida. 

 

Idosos: recomendações específicas de dosagem podem se aplicar a essa população e dependem do esquema utilizado. 

 

Insuficiência Hepática: em pacientes com hiperbilirrubinemia (aumento dos níveis de bilirrubina no sangue), o clearance do 

irinotecano é diminuído, e portanto, o risco de hematotoxicidade (toxicidade das células sanguíneas) é aumentado. O uso de 

irinotecano em pacientes com concentração de bilirrubina sérica total acima de 3,0 vezes o limite superior estabelecido pelo 

laboratório, administrado como agente único no esquema terapêutico de uma a cada 3 semanas ainda não foi estabelecida (vide 

questão 6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?). A função hepática (do fígado) basal deve ser obtida antes do início 

do tratamento e monitorada mensalmente, com novas coletas se clinicamente indicado. 

 

Radioterapia:  pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica/abdominal têm maior risco de mielossupressão 

(diminuição da função da medula óssea, órgão responsável pela produção das células sanguíneas) após a administração de 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado. Estes casos exigem cautela no tratamento de pacientes com extensa radiação prévia. 

Dependendo do esquema preconizado, doses específicas podem ser necessárias. 

 

Performance Status (ECOG – Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de “performance status” 

(estado geral do paciente) possuem risco aumentado de desenvolverem eventos adversos relacionados ao cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado. Recomendações específicas de dosagem para pacientes com ECOG performance status de 2 podem se 

aplicar a essa população, dependendo do esquema utilizado. Pacientes com performance status de 3 ou 4 não devem receber 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado. Em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) que compararam 

pacientes recebendo cloridrato de irinotecano tri-hidratado/5-fluoruracila/folinato de cálcio ou 5-fluoruracila/folinato de cálcio, 

foram observadas taxas maiores de hospitalização, neutropenia febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos, que 

evoluíram com febre), tromboembolismo (formação de coágulo dentro de vaso sanguíneo), descontinuação do tratamento no 

primeiro ciclo  e óbitos precoces em pacientes com performance status  basal de 2, quando comparados a pacientes com 

performance status basal de 0 ou 1. 

 

Neoplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão mais importante e outras toxicidades 

quando o cloridrato de irinotecano tri-hidratado é administrado. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada nesses 

pacientes. 

 

Uso durante a Gravidez 

Não existem estudos adequados e bem controlados de cloridrato de irinotecano tri-hidratado em mulheres grávidas. O cloridrato 

de irinotecano tri-hidratado é teratogênico (causa malformação) em ratos e coelhos. O cloridrato de irinotecano tri-hidratado 

pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas. 

Mulheres com potencial para engravidar não devem iniciar o cloridrato de irinotecano tri-hidratado até que a gravidez seja 

excluída. A gravidez deve ser evitada se um dos parceiros estiver recebendo cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

Devido ao potencial de genotoxicidade, pacientes do sexo feminino com potencial reprodutivo devem usar métodos 

anticoncepcionais altamente eficazes durante o tratamento e por 6 meses após a última dose de cloridrato de irinotecano tri-

hidratado. 

Devido ao potencial de genotoxicidade, pacientes do sexo masculino com parceiras do sexo feminino com potencial reprodutivo 

devem usar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento e por 3 meses após a última dose de cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado. 

 

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu 

médico em caso de suspeita de gravidez. 

 

Uso durante a Lactação 

O efeito em recém-nascidos / bebês é desconhecido. Devido ao potencial de reações adversas graves em lactentes, recomenda-

se não amamentar ao receber terapia com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

Cinco minutos após a administração IV de irinotecano marcado (medicamento marcado com radioatividade) em ratas, detectou-

se radioatividade no leite, com concentrações plasmáticas (no sangue) até 65 vezes maiores do que as obtidas no plasma (no 

sangue) 4 horas após a administração. 

 

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas 

O efeito de cloridrato de irinotecano tri-hidratado sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado. Entretanto, 

pacientes devem ser alertados sobre o potencial de tontura ou distúrbios visuais, que podem ocorrer dentro de 24 horas após a 

administração de cloridrato de irinotecano tri-hidratado, e aconselhados a não dirigir ou operar máquinas se estes sintomas 

ocorrerem. 

 

Interações Medicamentosas 

A coadministração (ao mesmo tempo) de cloridrato de irinotecano tri-hidratado com inibidores de suas enzimas metabolizadoras 

(enzimas que transformam o medicamento) pode resultar em maior exposição ao cloridrato de irinotecano tri-hidratado e seu 

metabólito ativo SN-38 (substância ativa). Médicos devem levar isso em consideração ao administrar cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado com estes medicamentos. 

 

cetoconazol: clearance (eliminação) do cloridrato de irinotecano tri-hidratado é reduzido significativamente em pacientes 

recebendo concomitantemente cetoconazol (tipo de antifúngico), aumentando assim a exposição ao SN 38. O cetoconazol deve 

ser descontinuado pelo menos 1 semana antes de iniciar o tratamento com cloridrato de irinotecano tri-hidratado e não deve ser 

administrado durante a terapia com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

sulfato de atazanavir: tem o potencial de aumentar a exposição sistêmica ao SN-38 o metabólito ativo do cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado. Médicos devem levar isso em consideração ao coadministrarem estes medicamentos. 

 

- anticonvulsivantes: a coadministração de anticonvulsivantes indutores enzimáticos do CYP3A (medicamentos que previnem 

a ocorrência de convulsões, e que são metabolizados pelo fígado) (por ex.: carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) reduzem a 

exposição ao metabólito ativo SN-38. Deve-se ter cautela ao iniciar ou substituir anticonvulsivantes não indutores enzimáticos 

pelo menos 1 semana antes do início da terapia com cloridrato de irinotecano tri-hidratado em pacientes que requerem tratamento 

com anticonvulsivantes. 

 

erva de São João (Hypericum perforatum): a exposição ao metabólito SN-38 é reduzida em pacientes recebendo a erva de 

São João concomitantemente. A erva de São João deve ser descontinuada pelo menos 1 semana antes do primeiro ciclo de 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado, e não deve ser administrada durante a quimioterapia com cloridrato de irinotecano tri-

hidratado. 

 

bloqueadores neuromusculares: a interação entre cloridrato de irinotecano tri-hidratado e bloqueadores neuromusculares 

(uma classe de medicamentos que bloqueia a interação entre nervos e músculos) não pode ser descartada, uma vez que ele pode 

prolongar o efeito neuromuscular do suxametônio (um tipo de bloqueador neuromuscular) e antagonizar (bloquear o efeito) de 

outros bloqueadores neuromusculares. 

 

- agentes antineoplásicos: eventos de cloridrato de irinotecano tri-hidratado, como a mielossupressão (diminuição da função da 

medula óssea, órgão responsável pela produção das células sanguíneas) e a diarreia, podem ser exacerbados (aumentados) pela 

associação com outros agentes antineoplásicos que causem eventos adversos semelhantes. 

 

dexametasona: foi relatada linfocitopenia (redução do número de linfócitos, células sanguíneas de defesa) em pacientes em 

tratamento com cloridrato de irinotecano tri-hidratado, sendo possível que a administração de dexametasona como profilaxia 

(ação preventiva) antiemética possa aumentar a probabilidade de ocorrência de linfocitopenia. Contudo, não foram observadas 

infecções graves e nenhuma complicação foi especificamente atribuída à linfocitopenia. 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

Foi também relatada hiperglicemia (concentração elevada de glicose no sangue) em pacientes com um histórico de diabetes 

mellitus ou evidência de intolerância à glicose previamente à administração de cloridrato de irinotecano tri-hidratado. É provável 

que a dexametasona, aplicada como profilaxia (prevenção) antiemética, possa ter contribuído para o surgimento de hiperglicemia 

em alguns pacientes. 

 

- laxantes: é esperado que laxantes (que estimulam eliminação das fezes) usados durante a terapia com o cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado piorem a incidência ou gravidade da diarreia. 

 

diuréticos: desidratação secundária a vômitos e/ou diarreia pode ser induzida pelo cloridrato de irinotecano tri-hidratado. O 

médico pode considerar a suspensão do diurético (medicamento que atua no rim) durante o tratamento com o cloridrato de 

irinotecano tri-hidratado e durante períodos ativos de vômitos e diarreia. 

 

bevacizumabe: resultados de um estudo específico de interação medicamentosa demonstraram nenhum efeito significativo do 

bevacizumabe (tipo de antineoplásico - anticorpo monoclonal) na farmacocinética de cloridrato de irinotecano tri-hidratado e 

seu metabólito ativo SN-38. 

 

vacinas:  a administração de vacinas vivas ou atenuadas (microrganismos mortos ou inativados) em pacientes 

imunocomprometidos  (imunidade diminuída) por agentes quimioterápicos, incluindo cloridrato de irinotecano tri-hidratado, 

pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes recebendo cloridrato 

de irinotecano tri-hidratado. As vacinas mortas ou inativadas podem ser administradas. Entretanto, a resposta a tais vacinas pode 

ser diminuída. 

 

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento 

sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. 

 

Este medicamento é contra-indicado para uso por mulheres grávidas. 

 

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO? 

Armazenar em temperatura ambiente (de 15ºC a 30º C), protegido da luz. Os frascos contendo o medicamento acabado devem 

ser protegidos da luz, mantidos dentro do cartucho até a utilização. O medicamento não deve ser congelado, mesmo quando 

diluído. Descartar devidamente qualquer solução não utilizada. 

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. 

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. 

Características do produto: cloridrato de irinotecano tri-hidratado apresenta-se na forma de líquido límpido amarelado. 

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança 

no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. 

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. 

 

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? 

Precauções no Preparo e Administração 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado deve ser preparado exclusivamente por um profissional habilitado. 

 

Posologia 

Todas as doses de cloridrato de irinotecano tri-hidratado devem ser administradas em infusão intravenosa (dentro da veia) ao 

longo de 30 a 90 minutos. 

O cloridrato de irinotecano tri-hidratado é um medicamento de uso restrito a hospitais. O esquema posológico e o plano de 

tratamento deverão ser determinados exclusivamente pelo médico responsável de acordo com o tipo de neoplasia e a resposta ao 

tratamento. Para maiores informações sobre a posologia do medicamento, consulte o seu médico ou a bula específica para o 

profissional de saúde. 

 

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o 

tratamento sem o conhecimento de seu médico. 

 

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO? 

Como esse é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha 

o caso. Se você faltar a uma sessão programada de quimioterapia com esse medicamento, você deve procurar o seu médico para 

redefinição da programação de tratamento. 

 

O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento. 

 

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista. 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

 

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR? 

As seguintes reações adversas foram observadas durante os estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) 

realizados com cloridrato de irinotecano tri-hidratado, para as diversas indicações e posologias: 

 

Estudos clínicos como agente único, 100 a 125 mg/m2 em esquema de dose semanal 

 

Eventos Adversos Graus 1 a 4 NCI (National Cancer Institute - Instituto Nacional do Câncer) Relacionados ao Fármaco 

Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos: 

 

Distúrbios Gastrintestinais 

 

 

 

 

Distúrbios do Sangue e Sistema 

Linfático 

 

Distúrbios Gerais e no Local da 

Administração 

 

Distúrbios Metabólico e Nutricional 

 

Distúrbios na Pele e Tecido 

Subcutâneo

 

 

 

 Distúrbios Vasculares 

diarreia tardia [que ocorre depois de mais de 8 horas após administração 

do produto, náusea (enjoo), vômitos, diarreia precoce, dor/cólicas 

abdominais, anorexia (falta de apetite), estomatite (inflamação da mucosa 

da boca] 

 

leucopenia (redução de células de defesa no sangue), anemia, neutropenia 

(diminuição de um tipo de células de defesa no sangue: neutrófilos) 

 

 

astenia (fraqueza), febre 

 

 

perda de peso, desidratação 

 

 

alopecia (perda de cabelo) 

 

 

eventos tromboembólicos (formação de coágulos nos vasos sanguíneos)* 

 

*Incluem angina pectoris (dor no peito por doença do coração), trombose arterial (trombo ou coágulo nas artérias), infarto 

cerebral (interrupção do fornecimento de sangue para alguma região do cérebro), acidente vascular cerebral (derrame), 

tromboflebite profunda (presença de coágulo com inflamação do vaso sanguíneo), embolia de extremidade inferior (trombo ou 

coágulo proveniente dos membros inferiores), parada cardíaca, infarto do miocárdio (interrupção do fornecimento de sangue 

para o coração), isquemia miocárdica (infarto), distúrbio vascular periférico (dos vasos sanguíneos dos membros), embolia 

pulmonar (presença de êmbolo – trombo, coágulo no pulmão), morte súbita, tromboflebite, trombose (presença de coágulo nos 

vasos sanguíneos), distúrbio vascular (do vaso). 

 

Estudos clínicos como agente único, 300 a 350 mg/m2 em esquema de dose a cada 3 semanas 

 

Estão listados nas Tabelas a seguir, em ordem decrescente de frequência, os eventos adversos Graus 3 ou 4 NCI relatados nos 

estudos clínicos do esquema posológico semanal ou a cada 3 semanas (n = 620). 

 

Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos 

Clínicos: 

 

Distúrbios Gastrintestinais 

diarreia tardia, náusea, dor/cólicas abdominais 

Distúrbios do Sangue e Sistema 

leucopenia, neutropenia 

Linfático 

 

Distúrbios na Pele e Tecido 

alopecia 

Subcutâneo 

 

 

Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em 1% a 10% dos Pacientes nos Estudos 

Clínicos: 

 

Infecções e Infestações 

infecção 

Distúrbios Gastrintestinais 

 

Distúrbios do Sangue e Sistema 

Linfático 

vômitos, diarreia precoce, constipação (prisão de ventre), anorexia, 

mucosite (úlceras na mucosa dos órgãos do aparelho digestivo) 

anemia, trombocitopenia 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

Distúrbios Gerais e no Local da 

astenia, febre, dor 

Administração 

 

Distúrbios Metabólico e 

desidratação, hipovolemia (desidratação) 

Nutricional 

 

Distúrbios Hepatobiliares 

bilirrubinemia (aumento das bilirrubinas no sangue) 

Distúrbios Respiratório, Torácico e 

Mediastinal 

dispneia (falta de ar) 

 

 

Distúrbios Laboratoriais 

(investigativo) 

aumento da creatinina 

 

Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados em Menos de 1% dos Pacientes nos Estudos 

Clínicos: 

 

Infecções e Infestações 

sepse (infecção generalizada) 

Distúrbios Gastrintestinais 

distúrbio retal, monilíase (infecção causada pelo fungo Cândida) 

Distúrbios Gerais e no Local da 

calafrios, mal-estar, dor lombar 

Administração 

 

Distúrbios Metabólico e 

Perda de peso, hipocalemia (diminuição de potássio no sangue), 

Nutricional 

hipomagnesemia (diminuição de magnésio no sangue) 

Distúrbios na Pele e Tecido 

eritema - rash (vermelhidão), sinais cutâneos 

Subcutâneo 

 

Distúrbios do Sistema Nervoso 

marcha anormal (alteração do andar), confusão, cefaleia (dor de cabeça) 

Distúrbios Cardiovasculares 

hipotensão (queda   da   pressão), síncope (desmaio), distúrbios 

 

cardiovasculares 

Distúrbios Renal e Urinário 

infecção do trato urinário 

Distúrbio do Sistema Reprodutivo 

dor nas mamas 

e Mamas 

 

Distúrbios Laboratoriais 

aumento da fosfatase alcalina (enzima do fígado), aumento da gama- 

(investigativo) 

-GT (enzima do fígado) 

 

Os seguintes eventos adicionais relacionados ao medicamento foram relatados nos estudos clínicos com cloridrato de irinotecano 

tri-hidratado, mas não preencheram os critérios acima definidos,  como  ocorrência > 10% de eventos relacionados ao 

medicamento (NCI Graus 1 - 4 ou de NCI Graus 3 ou 4): rinite, salivação aumentada, miose (pupila pequena), lacrimejamento, 

diaforese (suor excessivo), rubor facial (vermelhidão), bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos), tonturas, 

extravasamento (escape acidental de medicamento para fora do vaso sanguíneo), síndrome da lise tumoral (sintomas provocados 

pela destruição das células do câncer) e ulceração do cólon (formação de feridas no intestino grosso). 

 

Experiência Pós-Comercialização 

 

Distúrbios Cardíacos: foram observados casos de isquemia miocárdica (infarto) após terapia com cloridrato de irinotecano tri-

hidratado predominantemente em pacientes com doença cardíaca de base (prévia), outros fatores de risco conhecidos para doença 

cardíaca ou quimioterapia citotóxica prévia (que destroi as células do câncer). 

 

Distúrbios Gastrintestinais: foram relatados casos infrequentes de obstrução intestinal (interrupção do trânsito intestinal), íleo 

paralítico (diminuição dos movimentos do intestino), megacólon (alargamento do intestino grosso) ou hemorragia (sangramento) 

gastrintestinal, e raros casos de colite (inflamação do intestino grosso, cólon), incluindo tifilite (inflamação do ceco, uma região 

do intestino grosso) e colite isquêmica (inflamação do intestino grosso devido à falta de irrigação sanguínea) ou ulcerativa (com 

formação de feridas). Em alguns casos, a colite foi complicada por ulceração (formação de feridas), sangramento, íleo (parada 

da eliminação de gazes e fezes) ou infecção. Casos de íleo sem colite anterior também foram relatados. Casos raros de perfuração 

intestinal foram relatados. 

 

Foram observados raros casos de pancreatite (inflamação no pâncreas) sintomática ou elevação assintomática das  enzimas 

pancreáticas. 

 

Hipovolemia: foram relatados casos raros de distúrbio renal e insuficiência renal aguda (diminuição aguda da função dos rins), 

geralmente em pacientes que contraíram infecções ou evoluíram com desidratação por toxicidade gastrintestinal grave 

(desidratação por diarreia). 

 

Infecções e infestações: Foram relatadas infecções bacterianas, fúngicas e virais. 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

 

Foram observados casos infrequentes de insuficiência renal (prejuízo na função dos rins), hipotensão (queda de pressão) ou 

distúrbios circulatórios em pacientes que apresentaram episódios de desidratação associados a diarreia e/ou vômito, ou sepse 

(infecção generalizada). 

 

Distúrbios do Sistema Imune: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia), inclusive reações graves anafiláticas ou 

anafilactoides (reações alérgicas graves). 

 

Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo: efeitos precoces tais como contração muscular ou cãibra e parestesia 

(sensação de formigamento) foram relatados. 

 

Distúrbios do Sistema Nervoso: distúrbios de fala, geralmente transitórios, têm sido reportados em pacientes tratados com 

cloridrato de irinotecano tri-hidratado. Em alguns casos, o  evento foi atribuído à síndrome colinérgica (por excesso de 

estimulação) observada durante ou logo após a infusão de cloridrato de irinotecano tri-hidratado. 

 

Distúrbios  Respiratórios,  Torácicos  e  Mediastinais:  doença pulmonar intersticial (comprometimento pulmonar) presente 

como infiltrados pulmonares são incomuns durante terapia com cloridrato de irinotecano tri-hidratado. Efeitos precoces tais 

como dispneia (falta de ar) foram relatados. Soluços também foram relatados. 

 

Investigações:  foram relatados casos raros de hiponatremia (diminuição da quantidade de sódio no sangue)  geralmente 

relacionada com diarreia e vômito. Foram muito raramente relatados aumentos dos níveis séricos das transaminases (por ex: 

TGO e TGP, enzimas hepáticas – que refletem a função do fígado) na ausência de metástase progressiva do fígado. 

 

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do 

medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento. 

 

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE 

MEDICAMENTO? 

Foram administradas doses únicas de até 750 mg/m2 de cloridrato de irinotecano tri-hidratado a pacientes com várias neoplasias. 

Os eventos adversos observados nesses pacientes foram semelhantes aos relatados com as doses e esquemas terapêuticos 

recomendados. Não se conhece um antídoto para a superdose do produto. Deve-se adotar medidas de suporte máximas para 

evitar a desidratação devido à diarreia e para tratar qualquer complicação infecciosa. 

 

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou 

bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

 

DIZERES LEGAIS 

 

Registro: 1.0043.0891 

 

Farm. Resp. Subst.: Dra. Ivanete A. Dias. Assi - CRF-SP: 41.116 

 

USO RESTRITO A HOSPITAIS 

 

VENDA SOB PRESCRIÇÃO 

 

CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO 

 

Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela ANVISA em 11/01/2024. 

 

Produzido e Registrado por: 

EUROFARMA LABORATÓRIOS S.A. 

Rod. Pres. Castello Branco, n° 3.565 - Itapevi - SP 

CNPJ: 61.190.096/0001-92 

Indústria Brasileira

 

 
 
 
 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 

 

 

 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

       Histórico de Alteração da Bula 

Dados da submissão eletrônica 

Dados da petição/notificação que altera 

bula 

Dados das alterações de bulas 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data do 

expediente 

No do 

expediente 

Assunto 

Data de 

aprovação 

Itens de bula 

Versões 

(VP/VPS) 

Apresentaç

ões 

relacionada

 

26/07/2013 

 

0608632/13-2 

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não aplicável 

 

 

 

VP 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

 

04/09/2013 

 

0740897/13-8 

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

Correção DCB: de 

cloridrato de 

irinotecano para 

cloridrato de 

irinotecano tri-

hidratado 

 

VP 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

 

25/07/2016 

 

2112617/16-8 

 

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Quais os males que 

este medicamento 

pode me causar? 

Dizeres Legais 

 

VP 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

 

10/10/2018 

 

0983800/18-7 

 

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

 

Não 

aplicável 

3. Quando não 

devo usar este 

medicamento? 

 

8. Quais males este 

medicamento pode 

me causar? 

 

Dizeres Legais 

 

 

VP 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

16/12/2019  3469175/19-8 

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

2. Como este 

medicamento 

funciona? 

4. O que devo 

saber antes de usar 

este medicamento 

8. Quais os males 

que este 

medicamento pode 

me causar? 

VP 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

28/04/2020  1312252/20-5 

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

5. Onde, como e 

por quanto tempo 

posso guardar este 

medicamento? 

Dizeres Legais 

VP 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

27/01/2021  0349000/21-9 

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Sem alteração 

VP 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

/storage/bulas_html/249-patient-95492315abb8f23169569b81a98a039378796a0f/-html.html
background image

 

 

 
Cloridrato_irinotecano_sol p/ dil p/ inf_VP_V10                                 
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 

 

 

 

 

01/09/2021  3447292/21-1  

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Capa 

Apresentações 

Dizeres Legais 

VP 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

08/04/2022  1652623/22-1 

 

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Apresentações 

Dizeres Legais 

 

VP 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL 

Não 

aplicável 

Não aplicável 

 

10452 – 

Notificação 

de Alteração 

de Texto de 

Bula – RDC 

60/12 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

Não 

aplicável 

4. O que devo 

saber antes de usar 

este medicamento? 

5. Onde, como e 

por quanto tempo 

posso guardar este 

medicamento? 

Dizeres Legais 

 

VP 

 

Solução p/ 

diluição p/ 

infusão 

 

20 mg/mL