Apenas mulheres tem osteoporose?

A osteoporose é uma doença silenciosa, e a principal causa de fraturas na população acima de 50 anos.

Publicado em: 27 de agosto de 2019  e atualizado em: 25 de fevereiro de 2022
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Não, a osteoporose não é uma doença feminina. No entanto, por estimativa, cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens com idade igual ou superior a 50 anos sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida¹. Por isso, é maior a associação de que a osteoporose parece ser de incidência exclusiva entre as mulheres. 

A osteoporose é a principal causa de fraturas na população acima de 50 anos e, entre as mulheres, afeta especialmente as que estão na pós-menopausa (saiba Como ter melhora nos sintomas e mais qualidade de vida na menopausa neste artigo aqui). Nos idosos, por terem diminuição da massa óssea, o que leva a fragilidade do osso, os casos de osteoporose também são comuns. O principal objetivo do tratamento da osteoporose é a prevenção das fraturas, que aumentou consideravelmente nas últimas três décadas. As fraturas de quadril e vertebrais são as mais frequentes, e intensamente estudadas. A incidência de fratura de quadril varia, sendo maior em mulheres magras, de raça branca, de idade mais avançada, com história pessoal ou familiar de fratura de quadril e residentes em regiões urbanas, em que há atividade física reduzida e comodidades vinculadas ao urbanismo².  

Assim, a identificação dessa população de risco através do diagnóstico e tratamento precoces é de fundamental importância².

Causas³

Não existem causas para a doença, mas sim fatores de risco que influenciam a manifestação da osteoporose. Estes podem ser relativos à pessoa (individuais) ou do ambiente que ela vive (ambientais). São considerados fatores de risco individuais:

  • Histórico de osteoporose na família;
  • Sexo feminino branca;
  • Cor branca
  • Presença de escoliose;
  • Indivíduos magros;
  • Tipo constitucional pequeno;
  • Aparecimento prematuro de cabelos brancos. 

Representam fatores ambientais:

  • Álcool e o cigarro;
  • Cafeína (aumenta excreção de cálcio);
  • Falta de atividade física;
  • Má nutrição;
  • Dieta rica em fibras, proteínas e sódio (diminuem a absorção de cálcio);
  • Nuliparidade (quem nunca teve um parto);
  • Amenorreia (ausência do fluxo menstrual) por exercícios; 
  • Menopausa precoce;
  • Enfermidades que afetam o sistema endócrino.

Osteoporose na pós menopausa

Como mencionado, a osteoporose afeta especialmente as mulheres na pós-menopausa e isso acontece porque neste período do ciclo de vida da mulher, ocorre a redução dos níveis de estrógenos, com isso ela pode ter perda de massa óssea acima de 1% ao ano (em alguns casos, mulheres chegam a perder 5% e, no final de 5 anos, estão com perda superior a 25%, caracterizando a osteoporose pós-menopausa)⁴. 

Neste caso, o local mais atingido pela osteoporose é o osso trabecular (parte porosa), causando fraturas nas vértebras e rádio distal⁵.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é realizado por meio da história clínica exame físico e exames, sendo a densitometria óssea, que verifica a quantidade de massa óssea e avalia o risco de fratura, o mais indicado³. 

O médico também poderá solicitar o exame em consultas de rotina para mulheres acima de 50 anos e que já entraram na menopausa.

Com relação ao tratamento da osteoporose, o médico poderá recomendar aumentar o consumo de cálcio (as principais fontes são o leite e seus derivados, vegetais como agrião, brócolis, espinafre), ou por meio de suplementos alimentares. Aumentar os níveis de vitamina D também ajuda a manter os ossos saudáveis, sendo através da ação de raios ultravioletas ou com a ingestão de alimentos que possuem esse nutriente ou suplementos³. 

A reposição hormonal também pode ser indicada pelo médico³, porém ele pode ter algumas contraindicações. Saiba mais no artigo Reposição hormonal ajuda nos efeitos da menopausa?

Prevenção³

Algumas medidas são possíveis para prevenir a osteoporose, como:

Controle da função menstrual; 
Ingestão de cálcio e vitamina D; 
Prática de atividade física (exercícios com pesos leves aumentam a massa muscular e a força dos músculos esqueléticos); 
Reposição hormonal. (indicações, riscos e benefícios deverão ser avaliados pelo médico)

 

 

 

Fontes:  1. Osteoporose. Protocolo Osteoporose. Ministério da Saúde. Último acesso em 15 de outubro de 2021. 2. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Revista Brasileira de Reumatologia. Último acesso em 15 de outubro de 2021. 3. Osteoporose – Scielo. Último acesso em 15 de outubro de 2021. 4. Osteoporose pós-menopausa: opções terapêuticas. Scielo. Último acesso em 14 de fevereiro de 2022. 5. Osteoporose. Hospital Israelita Albert Einstein. Último acesso em 14 de fevereiro de 2022. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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