Segurança baseada em evidências
Para a Farmacovigilância, toda informação importa
"Em tempos que vivemos, onde a discussão sobre diferentes tratamentos virou assunto de roda de conversa, temos a falsa impressão de que qualquer um sabe sobre as fases de um estudo clínico. Nestas são coletadas informações imprescindíveis para a avaliação da segurança e eficácia que permitirão a comercialização de um novo medicamento. Entretanto, esse conjunto de informações advém de um grupo seleto de pessoas, pois certas populações, como gestantes e lactantes, habitualmente são excluídas dos estudos pré-lançamento. Ou seja, somente com a exposição ao medicamento em situações de vida real, fato que ocorre após o lançamento comercial, é que teremos dados de populações não estudadas nas fases de desenvolvimento.
Deste modo, as ações da Farmacovigilância, que se iniciam na análise de eventos adversos a partir dos estudos pré-clínicos, são extremamente importantes para a identificação do perfil real de reações adversas de um medicamento.
Tenho certeza de que você avalia os quesitos de aprovação de um carro em testes de segurança antes de comprá-lo. Da mesma forma, acredito que você não entraria em um avião de uma companhia que não monitora o desempenho de suas aeronaves e seus pilotos.
Agora pense no trabalho a ser desempenhado pela equipe de Farmacovigilância. Não é só entender o perfil químico do medicamento, pois seu “comportamento” não é padrão como as ações mecânicas de um veículo; há um desafio relacionado à resposta biológica de cada indivíduo que pode ser única ou influenciada por perfil genético.
Por isso, para a Farmacovigilância, toda informação importa.
Quanto maior for a quantidade de dados, melhor será a avaliação de eficácia e segurança. E isto pode ser a diferença entre retirar ou manter um produto no mercado, ou mesmo descobrir novas oportunidades de uso. Veja o exemplo da finasterida: desenvolvida para tratamento de hiperplasia prostática benigna, ganhou uma nova indicação terapêutica – tratamento de alopecia androgênica – a partir da observação de suas reações adversas.
Por isso, sempre que souber de um relato de evento adverso, conte para a gente!”
Dr Mauricio Perroud
Professor da Disciplina de Pneumologia, Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp
Sócio da AS & Perroud Ltda
Membro titular da Câmara Técnica de Farmacovigilância – ANVISA
Farmacovigilância Eurofarma
A Eurofarma Laboratórios conta com uma área dedicada ao constante monitoramento da segurança de seus produtos. A Farmacovigilância é responsável por avaliar as suspeitas de reações e outros problemas associados ao uso de medicamento.
Tudo isso é realizado segundo as boas práticas internacionais e rigorosos requisitos estabelecidos pelas autoridades sanitárias dos diferentes países onde a companhia atua.
Notificações provenientes de profissionais de saúde e de pacientes são recebidas, em sua grande maioria, de maneira espontânea através da Central de Atendimento Eurofarma e direcionadas para acompanhamento e avaliação do time Farmacovigilancia.
A análise das notificações envolve a atribuição de critérios de gravidade ao evento, relação causal com o tratamento, conhecimento prévio da condição clínica reportada, dentre outros aspectos.
No contexto do processo passivo – notificações espontâneas - a participação ativa de profissionais de saúde na transmissão de eventos adversos enriquece o processo de avaliação da relação benefício x risco da medicação, além de favorecer o conhecimento técnico científico sobre as drogas, favorecendo uso racional de medicamentos.
Não deixe de acionar a Eurofarma diante quaisquer suspeitas de reações adversas que o paciente apresente durante um tratamento medicamentoso, através do nosso formulário: https://eurofarma.com.br/farmacovigilancia
Caso deseje se aprofundar no assunto, a Anvisa disponibiliza constantes atualizações de segurança em sua página: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-monitoramento/farmacovigilancia/