Diferenças entre os teste de Covid-19
Cada teste possui uma finalidade específica
Passado mais de um ano desde o início da pandemia da Covid-19, a ciência desenvolveu uma série de testes de identificação da doença, que estão cada vez mais acessíveis e ajudam a monitorar as taxas de contaminação e transmissão do vírus. Especialistas são categóricos em dizer que para se ter um controle da Covid-19 e criar estratégias capazes de conter sua disseminação, é importante testar cada vez mais a sua população¹. São diversos testes disponíveis, que apresentam variados graus de sensibilidade e têm um momento certo para serem feitos. Os dois mais comuns entre eles são o RT-PCR, feito através da coleta da secreção nasal e da faringe, e o teste sorológico, que analisa o sangue da pessoa¹. Vamos explicar melhor cada um deles:
Diferenças entre os testes de Covid-19:
Teste RT-PCR²: considerado o Padrão Ouro pela OMS (Organização Mundial da Saúde), é o mais indicado por profissionais de saúde. O RT-PCR, que em inglês significa Reverse Transcription - Polymerase Chain Reaction (Cadeia da Polimerase com Transcrição Reversa, em tradução livre) é um teste em tempo real que verifica a presença de material genético do vírus. Se der reagente, significa que a pessoa está com Covid-19 (este tipo de teste não informa se a pessoa já foi contaminada pelo SARS-CoV-2 em algum momento). Realizado em laboratórios clínicos, é feito por meio da coleta de secreções respiratórias, utilizando-se de swabs (semelhante a um cotonete) na orofaringe (garganta) e na nasofaringe (nariz). O resultado leva alguns dias para sair.
Teste rápido¹,²: este tipo de teste detecta a presença de anticorpos IgM (recentemente) ou IgG (previamente). Este tipo de teste é chamado imunocromatografia (geração de cor a partir de uma reação entre o antígeno e o anticorpo) e é feito por meio da retirada de uma gota de sangue do dedo. A recomendação é que seja feito após sete dias, em que se detecta a presença de anticorpos no sangue em sua fase aguda (IgM). Após o 11º dia, os anticorpos identificados são associados à fase convalescente da doença (IgG).
Teste sorológico²: este tipo de teste também detecta anticorpos, mas utiliza-se de mecanismos diferentes do teste rápido e precisa ser feito em laboratório, coletado através da punção do sangue da veia da pessoa. São três tipos: o ELISA, baseado em uma reação enzimática; o CLIA, cientificamente chamado de imunoensaio quimioluminescente, que torna a reação antígeno-anticorpo visível por uma reação química; e imunofluorescência, em que a leitura do resultado é realizada a partir da fluorescência formada na reação do antígeno com o anticorpo.
Curiosidades
Os testes RT-PCR devem ser feitos quando houver sintomatologia compatível ou houver necessidade de confirmação da infecção em seu estágio inicial, quando ela está ativa². Por isso o recomendado é fazê-lo entre o terceiro dia dos sintomas até o sétimo dia. Após este período, existe o risco de um falso negativo, ou seja, a pessoa estar infectada, mas não ter o RNA (ácido ribonucleico) do SARS-CoV-2 detectado pelo teste¹.
Tanto o teste sorológico quanto os testes rápidos, incluindo os realizados em farmácias e drogarias, precisam ser conduzidos por um profissional especializado e que saiba fazer a leitura do resultado. Mesmo que o resultado seja negativo, não significa que a pessoa não esteja infectada pelo coronavírus. Se apresentar sintomas, procure orientação médica e, confirmando o diagnóstico da doença, mantenha-se em isolamento social por 14 dias³.
Fontes: 1. Testes para a Covid-19: como são e quando devem ser feitos– Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Último acesso em 28 de abril de 2021. 2. Testes para Covid-19: perguntas e respostas – Governo do Brasil. Último acesso em 28 de abril de 2021. 3. Sobre a doença O que é COVID-19– Ministério da Saúde Brasil. Último acesso no dia 28 de abril de 2021. 4. Testes para coronavírus: entenda os tipos e diferenças entre eles– Veja Saúde. Último acesso em 28 de abril de 2021.