Saúde LGBTQIA+: como garantir um atendimento mais inclusivo e humanizado
Desafios e práticas para acolher com respeito e cuidado
O acesso equitativo aos serviços de saúde é um direito fundamental. No entanto, a população LGBTQIA+ ainda enfrenta barreiras significativas, como o preconceito e a falta de preparo de alguns profissionais, que comprometem o bem-estar e a qualidade de vida dessa comunidade. Para garantir dignidade e equidade no cuidado, é essencial promover um atendimento verdadeiramente inclusivo e humanizado. ¹
Desafios no acesso à saúde ¹
A discriminação pode se manifestar de diversas formas nos serviços de saúde, desde a desconsideração da identidade de gênero e orientação sexual até a falta de conhecimento sobre as necessidades específicas dessa população. Esses fatores geram desconfiança e receio, levando muitos a adiar ou evitar a busca por atendimento, o que pode agravar problemas de saúde.
A importância da capacitação profissional ²,³
Transformar esse cenário requer a capacitação dos profissionais de saúde. A formação deve ir além dos aspectos técnicos, incluindo temas como diversidade sexual e de gênero, com foco no acolhimento e respeito. Isso pode envolver o uso do nome social, evitar perguntas muito invasivas e o reconhecimento das particularidades de saúde de cada grupo dentro da comunidade LGBTQIA+.
O Ministério da Saúde do Brasil implementou a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, visando garantir o acesso universal e igualitário a ações e serviços de saúde para essa população.
Ambientes acolhedores e políticas específicas ⁴
Além da capacitação, é vital criar ambientes acolhedores e implementar políticas de saúde específicas. O acolhimento humanizado deve ser a norma, garantindo que cada pessoa se sinta segura e respeitada. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) destaca a importância de serviços de saúde sensíveis às necessidades da população LGBTQIA+ para reduzir eventuais desigualdades em saúde.
Ao quebrar as barreiras do preconceito e investir em um atendimento inclusivo, a saúde torna-se um direito acessível a todos, fortalecendo a rede de cuidado e promovendo uma sociedade mais justa e igualitária.
Referências
1. Organização Mundial da Saúde. Improving LGBTIQ+ health and well-being with consideration for SOGIESC. Disponível em: https://www.who.int/activities/improving-lgbtqi-health-and-well--being-with-consideration-for-sogiesc
2. Organização Pan-Americana da Saúde. LGBT health sees progress and challenges 15 years after homosexuality ceased being considered a disease. Disponível em: https://www.paho.org/en/news/15-5-2015-lgbt-health-sees-progress-and-challenges-15-years-after-homosexuality-ceased-being
3. Ministério da Saúde. População LGBTQIAPN+. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/equidade-em-saude/populacao-lgbtqiapn
4. Organização Pan-Americana da Saúde. LGBT advocates say stigma and discrimination are major barriers to health. Disponível em: https://www.paho.org/en/news/13-12-2016-lgbt-advocates-say-stigma-and-discrimination-are-major-barriers-health