Refluxo Gastroesofágico
Ocorre quando o conteúdo gástrico retorna ao esôfago repetida e involuntariamente, irritando a mucosa do trato digestivo superior.
Refluxo gastroesofágico é o nome que se dá quando ocorre o retorno do fluxo com conteúdo gástrico para o esôfago por repetidas vezes. Esse conteúdo gástrico irrita a superfície mucosa do trato aerodigestivo. O conteúdo do refluxo pode chegar até a cavidade oral. Tende a ter uma evolução benigna e um de seus principais sintomas são as regurgitações. É uma das causas mais comuns de consultas ao gastroenterologista. Esta situação pode acometer tanto adultos quanto crianças¹,².
Causas³
O refluxo gastroesofágico é causado por múltiplos fatores, biológicos, fisiológicos ou estruturais, que provocam o mau funcionamento da barreira antirrefluxo, que evita que o conteúdo gástrico atinja o esôfago. A obesidade, como está associada ao aumento da pressão intra-abdominal, pode aumentar as chances de desenvolver o quadro. Ingerir o alimento rapidamente e em grande quantidade também pode provocar a distensão do fundo gástrico, o que aumenta os episódios de refluxo.
Alguns alimentos favorecem o surgimento do refluxo, como por exemplo: café, chocolate, chá preto, chá mate, molho de tomate, bebidas gasosas e etc. Além da obesidade e da alimentação rápida e em excesso, existem outros fatores de risco para o desenvolvimento ou agravamento dos sintomas:
- Tabagismo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Estresse e fadiga;
- Deitar pouco tempo após jantar;
- Trabalhar em posição inclinada;
- Hérnia de hiato - quando parte de órgãos abdominais -geralmente estômago- invade para dentro do tórax).
Sintomas
Os sintomas mais frequentes do refluxo gastroesofágico são a azia (saiba mais neste artigo aqui) e a regurgitação. Sensação de bola na garganta, dificuldade e dor ao engolir além de engasgos, também são comuns. Algumas pessoas podem apresentar ainda pigarro, tosse e rouquidão².
Nas crianças, os sinais também podem ser apresentados com ganho insuficiente de peso, irritabilidade e choro constante¹.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico. O médico irá analisar situações como as regurgitações e os sintomas apresentados pelos pacientes. Para a confirmação do refluxo gastroesofágico, o médico poderá solicitar exames complementares, como a radiografia de esôfago, estômago e duodeno; manometria; cintilografia; ultra-sonografia do esôfago; endoscopia digestiva alta e biópsia esofágica; pHmetria; teste de Bernstein modificado e impedanciometria intraluminal¹.
Prevenção⁴
É possível amenizar os sintomas e os episódios de refluxo, tomando algumas precauções:
Se possível, tente elevar a cabeceira da cama em cerca de 15 cm;
Consuma como moderação alimentos como café, cítricos, bebidas alcóolicas, refrigerantes, menta, hortelã, tomate e chocolate;
Evite alimentações muito fartas;
Pare de fumar;
Tenha uma vida mais saudável, adotando exercícios físicos que reduzam o peso corporal;
Não deite logo após as refeições.
Tratamento
O tratamento pode ser tanto medicamentoso ou cirúrgico, a depender do quadro do paciente. Ele é voltado para o alivio dos sintomas, mas também ajuda na cicatrização das lesões esofágicas, prevenindo novas complicações¹. No entanto, o médico especialista é quem fará a análise para identificar o melhor tratamento para cada caso.
Fontes: 1. Refluxo Gastroesofágico. Jornal de Pediatria. Último acesso em 19 de novembro de 2021. 2. Doença do refluxo gastroesofágico: análise de 157 pacientes. Scielo. Último acesso em 19 de novembro de 2021. 3. FRAGA, P. L.; MARTINS, F. dos S. C. Doença do Refluxo Gastroesofágico: uma revisão de literatura. Último acesso em 19 de novembro de 2021. 4. HENRY, M. A. C.elho de A. Diagnóstico e Tratamento da Doença do Refluxo Gastroesofágico. Último acesso em 19 de novembro de 2021.