Por que é importante tratar desse assunto de forma aberta?
A depressão pós-parto é uma condição que acomete algumas mulheres após o nascimento do seu bebê. Pode acontecer com mulheres de qualquer idade, independente da classe social, etnia ou número de gravidezes.
Quais são os principais sintomas?
Inquietação ou irritação sem razão aparente;
Tristeza, depressão ou choro;
Falta de energia;
Dor de cabeça, no peito, palpitações no coração, falta de sensibilidade ou hiperventilação;
Insônia, cansaço ou ambos; 
Perda de peso e apetite ou o inverso;
Preocupação exagerada com o bebê;
Sentimento de culpa e inutilidade, entre outros.
Conheça os três tipos de depressão pós-parto¹
Tristeza materna: quando a mãe tem alterações bruscas de humor;
Depressão pós-parto: pode durar por alguns dias até meses depois do nascimento do bebê;
Psicose pós-parto: quando a mulher perde o contato com a realidade. Pode vir acompanhada de alucinações, principalmente sonoras¹. 
A causa da depressão pós-parto ainda não é conhecida, entretanto, acredita-se que as mudanças hormonais, provocadas durante a gravidez e após o nascimento do bebê, ajudam a disparar os sintomas emocionais. Cansaço pós-parto, sono irregular, estresse e estafa com a mudança na rotina são outros fatores que podem contribuir para este quadro¹.
O estudo mais recente realizado no Brasil sobre o assunto traz a informação de que “em cada quatro mulheres, pelo menos uma apresenta sintomas de depressão no período de 6 a 18 meses após o nascimento do bebê, representando cerca de 25% das mães no país”. Trata-se do estudo Factors associated with postpartum depressive symptomatology in Brazil: The Birth in Brazil National Research Study, 2011/2012, realizado pela pesquisadora Mariza Theme, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). Um número mais elevado do que o estimado pela Organização Mundial da Saúde, em que 19,8% das mães apresentaram algum transtorno mental, em sua maioria a depressão².
A depressão pós-parto tem tratamento e pode ser feita com medicação e psicoterapia. O médico irá recomendar a melhor terapia de acordo com a gravidade da condição desta mulher, se ela está amamentando ou não o bebê, entre outros fatores, uma vez que alguns medicamentos afetam o leite materno¹. Por isso, o acompanhamento a esta mãe e a procura de ajuda por meio de um especialista são importantes para garantir a sua saúde e proteger o desenvolvimento do bebê, já que a mulher com este quadro de depressão pós-parto tende a amamentá-lo menos, ou não cumprir com o calendário de vacinas indicadas às crianças, podendo provocar sequelas tanto cognitivas, social ou afetiva por toda a vida².
Fontes: 1. Depressão Pós-Parto – Secretaria de Estado de Saúde Governo do Estado de Goiás. Atualizado em 11 de janeiro de 2021. 2. Depressão pós-parto acomete mais de 25% das mães no Brasil – Fiocruz. Atualizado em 12 de janeiro de 2021.