A importância de uma boa noite de sono
Uma boa noite de sono colabora com a manutenção do equilíbrio geral do organismo
O sono constitui-se em um aspecto fundamental da vida do ser humano¹. Possui função restaurativa, de conservação de energia e de proteção¹. Sua privação pode determinar importante prejuízo em curto ou em longo prazo nas atividades diárias, causando adversidades sociais, somáticas, psicológicas ou cognitivas¹.
O sono é definido cientificamente como um conjunto de alterações comportamentais e fisiológicas que ocorrem de forma conjunta e em associação com atividades elétricas cerebrais características¹. É um estado comportamental complexo no qual existe uma postura relaxada típica, a atividade motora encontra-se reduzida ou ausente e há um elevado limiar para resposta a estímulos externos¹.
Outras funções são atribuídas ao sono como a manutenção do equilíbrio geral do organismo, das substâncias químicas no cérebro que regulam o ciclo vigília-sono, consolidação da memória, regulação da temperatura corporal, entre outras².
Já ouvimos que ‘é necessário dormir 8 horas por noite’, porém existem variações individuais na quantidade de sono necessária³. Alguns indivíduos sentem-se muito bem com 6 horas de sono por noite, já outros necessitam de 10 horas³. O importante é que cada pessoa conheça seu organismo e respeite as suas necessidades e limites³. Para se ter uma boa noite de sono, siga algumas dicas importantes abaixo²:
Ter horários regulares para dormir e despertar;
Ir para a cama somente na hora dormir;
Ter um ambiente de dormir adequado: limpo, escuro, sem ruídos e confortável;
Não fazer uso de álcool ou café, certos chás e refrigerantes próximo ao horário de dormir;
Não fazer uso de remédios para dormir sem orientação médica;
Se tiver dormido pouco nas noites anteriores, evite dormir de dia;
Jantar moderadamente em horário regular e adequado;
Não levar problemas para a cama;
Realizar atividades repousantes e relaxantes antes do sono;
Ser ativo física e mentalmente.
Sono normal²
O sono é um estado transitório e reversível, que se alterna com a vigília (estado desperto). Trata-se de um processo ativo envolvendo múltiplos e complexos mecanismos fisiológicos e comportamentais em vários sistemas e regiões do sistema nervoso central. São identificados no sono dois estados distintos: o sono mais lento, ou sono não-REM, e o sono com atividade cerebral mais rápida, ou sono REM (do inglês, movimentos rápidos dos olhos). O sono não-REM é dividido em três fases ou estágios, segundo a progressão da sua profundidade. Já o sono REM caracteriza-se pela atividade cerebral de baixa amplitude e mais rápida, por episódios de movimentos oculares rápidos e de relaxamento muscular máximo. Além disso, este estágio também se caracteriza por ser a fase onde ocorrem os sonhos.
Em um indivíduo normal, o sono não-REM e o sono REM alternam-se ciclicamente ao longo da noite. O sono não-REM e o sono REM repetem-se a cada 70 a 110 minutos, com 4 a 6 ciclos por noite. A distribuição dos estágios de sono durante a noite pode ser alterada por vários fatores, como: idade, ritmo circadiano, temperatura ambiente, ingestão de drogas ou por determinadas doenças. Mas normalmente o sono não-REM concentra-se na primeira parte da noite, enquanto o sono REM predomina na segunda parte.
Fonte: 1 – Transtornos do sono: visão geral – Revista Brasileira de Neurologia – 2013. Último acesso no dia 19 de fevereiro de 2020. 2 – Sono Normal – Instituto do Sono. Último acesso no dia 19 de fevereiro de 2020. 3 – Cartilha do Sono – Associação Brasileira do Sono – 2018. Disponível em http://semanadosono.com.br/assets/cartilha_do_sono_2018.pdf. Último acesso no dia 19 de fevereiro de 2020.