A falsificação e adulteração de medicamentos são crimes sérios que colocam a saúde pública em risco. Produtos ilegais podem conter substâncias perigosas, ter dosagens incorretas ou até mesmo não conter o princípio ativo declarado, o que pode levar à falta de eficácia do tratamento ou a reações adversas graves. É crucial que você saiba como se proteger e identificar esses produtos. 

A primeira e mais importante regra é sempre comprar medicamentos em farmácias e drogarias licenciadas. Evite a todo custo a compra de produtos em locais desconhecidos, como feiras livres, camelôs, sites e redes sociais sem registro formal ou de pessoas que vendem "de porta em porta" ^{1, 2}. A venda de medicamentos em locais não autorizados é ilegal e a principal porta de entrada para produtos falsificados no mercado. 
 
Se você já adquiriu o medicamento, comece verificando a embalagem. A embalagem de um medicamento legítimo é feita com alta qualidade e segue padrões rigorosos ³. Por isso, preste atenção à qualidade da impressão: ela deve ser nítida e sem falhas, sem borrões, cores desbotadas ou letras ilegíveis. A embalagem deve estar intacta, sem sinais de que foi violada, amassada, rasgada ou aberta. Além disso, a bula deve estar dentro da embalagem e conter informações completas e de fácil leitura. Procure também por selos de autenticidade, selos holográficos ou outros dispositivos de segurança na embalagem ⁴. 

Depois de verificar a embalagem, observe o próprio medicamento. Comprimidos e cápsulas falsificados podem ter cores, formatos ou tamanhos diferentes do medicamento original. Preste atenção ao cheiro e à consistência: um cheiro estranho, uma consistência diferente (seja mais dura ou mais macia do que o normal) ou um comprimido que esfarela facilmente são indícios de que o produto não é legítimo. Sempre confira se a data de validade e o lote impressos na cartela ou frasco do medicamento são os mesmos que estão na embalagem ⁴. 

Se você desconfiar que comprou um medicamento falsificado ou adulterado, a primeira coisa a fazer é parar de usá-lo imediatamente. Não tente usar "um pouco" ou dar para outra pessoa, pois isso pode ser extremamente perigoso. Em seguida, informe a Vigilância Sanitária ou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Você pode fazer a denúncia de forma anônima e ajudar a tirar esses produtos de circulação, protegendo outras pessoas. A Anvisa possui canais de atendimento e um sistema eletrônico para recebimento de denúncias^{1, 2}. Ao seguir estas dicas simples, você se torna um consumidor mais consciente e ajuda a combater o crime de falsificação, garantindo a sua saúde e a de sua família. 
 
Referências: 
1. Prefeitura de São Paulo. Vigilância Sanitária alerta para falsificação de medicamentos. Disponível em: https://prefeitura.sp.gov.br/web/saude/w/noticias/339972.  
2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Anvisa alerta para casos de falsificação de medicamentos. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2023/anvisa-alerta-para-casos-de-falsificacao-de-medicamentos.  
3. Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRFRS). Medicamentos falsificados: guia de combate. Disponível em: https://media.crfrs.org.br/publicacoes/2019-01%20-Medicamentos%20falsificados.pdf.  
4. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Produtos irregulares: o que são e como identificá-los. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2019/produtos-irregulares-o-que-sao-e-como-identifica-los.