Epilepsia: tratamento correto pode trazer qualidade de vida 

Acompanhamento da epilepsia permite controlar sintomas e garantir bem-estar do paciente 

Publicado em: 22 de fevereiro de 2022  e atualizado em: 23 de fevereiro de 2022
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Ser identificado por uma característica física ou por determinada condição de saúde pode impactar diretamente a vida de alguém. Receber o diagnóstico de uma doença nem sempre é um caminho fácil, menos ainda quando ele vem contaminado pelo preconceito. A epilepsia ainda é uma dessas doenças cercadas de paradigmas que, muitas vezes, acabam rotulando seus pacientes. Mas precisamos entender que, quando diagnosticada e tratada corretamente, a doença não é um fator limitador e não diminui a qualidade de vida de quem a possui. Mas e você? Sabe realmente o que é epilepsia?

Trata-se de uma das doenças neurológicas mais comuns que, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), já afeta cerca de 50 milhões de pessoas ao redor do mundo¹. A epilepsia é uma alteração provisória e reversível do cérebro, na qual os impulsos e descargas elétricas dos neurônios se tornam anormais e excessivos, levando o paciente às crises epiléticas. Tais crises são caracterizadas por movimentos descontrolados do corpo, convulsões, rigidez corporal, tremor e até mesmo perda de consciência².

Conhecendo as causas e sintomas 

A epilepsia pode acometer pessoas de todas as idades e, apesar de muitas vezes ter sua causa desconhecida, doenças infecciosas, lesão cerebral, má formação congênita do cérebro, doenças genéticas, tumores e falta de oxigenação durante o parto podem ser a origem do problema²,³.

As crises epiléticas, causadas pelo funcionamento anormal do cérebro, estão diretamente relacionadas com a área onde são geradas. Por isso, elas podem se apresentar de formas diferentes, sendo a convulsão o tipo de crise mais conhecido. Em um episódio de crise, o paciente pode ficar “fora do ar” por alguns segundos, pode experimentar sensações estranhas como o movimento descontrolado de determinada parte de seu corpo ou formigamento de membros, ter distorção de suas percepções como apresentar um medo repentino ou, até mesmo, perder a consciência. Quando a crise passa, geralmente, a pessoa pode ficar confusa e apresentar déficits de memória³,⁴.

Diagnóstico e tratamento

Para o diagnóstico correto da epilepsia, além de analisar o histórico clínico de cada paciente, são necessários alguns exames importantes para detectar o distúrbio, como o eletroencefalograma e tomografia do crânio. Após ter o diagnóstico, o paciente deve dar início ao tratamento individualizado com medicamentos anticonvulsivantes.

Um diagnóstico preciso, tratamento adequado e hábitos de vida saudáveis são ferramentas capazes de controlar até 70% das crises, o que permite ao paciente levar uma vida ativa e normal, sem impactar em sua qualidade⁵.

Presenciando uma crise

Você saberia como agir ao presenciar alguém durante uma crise epilética? O primeiro passo é: mantenha a calma. Acomode a pessoa para que não bata a cabeça no chão e coloque-a deitada com as costas no chão e a cabeça virada para o lado para evitar sufocamento por saliva ou vômito. Remova objetos pessoais como óculos e relógios, eles podem machucar a vítima durante a crise. Não coloque objetos na boca de quem está em crise, não segure seus membros nem tente impedir os movimentos, não jogue água, não bata no rosto da pessoa, não dê bebidas durante o episódio, não ofereça nada para cheirar e nem medique a vítima após uma crise. Apenas espere a situação acabar e não se assuste, pois muitas pessoas retornam meio confusas após os episódios. Caso o episódio dure mais que 5 minutos, a pessoa deverá ser encaminhada ao pronto-socorro mais próximo.

Não deixe um diagnóstico te definir. Procure ajuda médica assim que notar a presença de qualquer sinal da epilepsia. Além de diagnosticar o distúrbio, o médico poderá oferecer o melhor tratamento para cada caso. Lembre-se: com o diagnóstico e tratamento adequados, ela não será capaz de te definir e nem de impactar na qualidade de sua vida!


Fontes: 1. OMS destaca escassez de tratamento para epilepsia em países de baixa renda. OPAS: Organização Pan-Ameircana da Saúde. Último acesso em 17 de fevereiro de 2022. 2. Epilepsia: o que é, principais sintomas, causas e tratamento. Tua Saúde. Último acesso em 17 de fevereiro de 2022. 3. Epilepsia. Mundo Educação. Último acesso em 17 de fevereiro de 2022. 4. “Epilepsia sem preconceito”: Dia Mundial de Conscientização Sobre a Epilepsia. Ministério da Saúde. Último acesso em 17 de fevereiro de 2022. 5. Mitos e Verdades. Liga Brasileira de Epilepsia. Último acesso em 17 de fevereiro de 2022.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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