Inovação, olhar para o meio ambiente, ética, diversidade e responsabilidade social são alguns dos valores que o mundo corporativo tem propagado massivamente em peças publicitárias. Para muito além de estratégias e posicionamento de marca, entretanto, o contexto e os pactos globais, as demandas socioambientais e os novos padrões geracionais de consumo exigem que os negócios exerçam efetivamente tais valores. 

É aí que entra a sigla ESG – que sintetiza o tripé Ambiental, Social e Governança (Environmental, Social and Governance) – e se impõe na pauta das companhias de todo o mundo, incluindo provedores de serviços, operadoras e seguradoras, e organizações farmacêuticas e de biociências, com o objetivo de guiar suas políticas de sustentabilidade.

Desenvolvido no Pacto Global de 2004, que contou com a participação de 16 mil representantes de 160 países, o conceito se consolidou inicialmente na Europa e, há menos tempo, vem sendo discutido com mais ênfase no Brasil.

Exigência de mercado

Mais do que a necessidade de se adequar às normas regulatórias, a adesão às práticas ESG é considerada fator crucial para a perenidade operacional das organizações. Uma das maiores multinacionais de consultoria e auditoria, a PwC divulgou levantamento que revelou: 49% dos investidores de mercado estão dispostos a vender papéis de empresas que não demonstrarem ações concretas em ESG. 

Ainda entre os players consultados, 79% dizem que os riscos de sustentabilidade são fatores importantes na tomada de decisões para investimentos. Já estudos internacionais apontam que 62% das organizações da área de saúde sem fins lucrativos contam com cargos de liderança focados na implantação e monitoramento de práticas ESG. Nas empresas comerciais, o índice é de 52%. 

Planejamento, Diagnóstico e Monitoramento

As práticas ESG não se limitam às ações pontuais de responsabilidade social, mas exigem planejamento e metas de longo prazo, em que a sustentabilidade seja pensada e exercida com transversalidade. 

Embora negligenciá-la possa resultar em perdas de negócios, a jornada ESG não deve ser encarada com o único intuito de proporcionar lucros aos acionistas. Deve estar comprometida também com a ética organizacional, o bem-estar de colaboradores e colaboradoras, o desenvolvimento social e a preservação do meio ambiente. No setor de saúde, as ações ligadas ao Eixo Social são mais recorrentemente aplicadas pelas empresas.

O diagnóstico do quadro empresarial atual a partir do tripé ESG é o passo que antecede a definição de metas e estratégias, norteadas por critérios internacionalmente reconhecidos, com cerca de 400 indicadores, que devem ser mensurados e monitorados. 

Sustentabilidade além da teoria

Já reconhecida por outras premiações, a Eurofarma venceu o Prêmio Época Negócios 360°, concedido pela revista de mesmo nome, em parceria com a Fundação Dom Cabral, na categoria Indústria Farmacêutica e Cosméticos, destacando-se pelas dimensões Sustentabilidade e Visão de Futuro.

Há mais de dez anos, a empresa formatou seu primeiro Plano de Sustentabilidade e, para o presidente, Maurizio Billi, o comprometimento com essa agenda “é mandatório; não se trata de uma opção”.

A companhia busca reduzir seus impactos operacionais e compartilhar os resultados conquistados com a sociedade e com colaboradoras e colaboradores. Para isso, aposta no conceito da Economia Circular, que propõe a reflexão sobre a real necessidade de consumo; a redução quando possível; a reutilização, a reparação e a reciclagem de produtos e materiais. 

Ciclos

Para exercer de fato essas ideias, entre os programas da farmacêutica, estão a  horta orgânica das unidades Itapevi e Ribeirão, projeto teve início em fevereiro de 2019. Desde o início do projeto foram colhidas 38 mil hortaliças e arrecadados mais de 955 kg de recicláveis, revertidos para contribuir com projetos socioambientais da companhia. 

Selo +Verde

Outra inovação está no desenvolvimento dos produtos com o Selo +Verde, com embalagens internas que podem ser descontaminadas pelos usuários, a partir de soluções caseiras, a fim de que sejam descartadas para a reciclagem com segurança ambiental.

Geração de energia fotovoltaica e tratamento para o reuso da água são outras práticas da Eurofarma, que investe ainda na conservação e recuperação de áreas da Mata Atlântica e em projetos socioeducacionais junto a crianças. Conheça mais sobre o projeto +Verde clicando aqui!

Ações ESG para organizações da área da saúde

No setor da saúde, os esforços de ESG de provedores de serviços, operadoras e seguradoras, e organizações farmacêuticas e de biociências também visam, por exemplo, o cuidado de pacientes e criação de medicamentos, vacinas e dispositivos que salvam vidas. 

Clique aqui para conferir exemplos de iniciativas ESG para a área da saúde.

Fontes: 1. Estadão. ESG: três letras que vieram para ficar. Último acesso em 18 de novembro de 2021. 2. Horta de Manejo Orgânico da Eurofarma completa dois anos Último acesso em 18 de novembro de 2021. 3. Uma nova geração de produtos +Sustentáveis Último acesso em 18 de novembro de 2021. 4. PwC. Como as organizações de saúde podem incorporar as prioridades ESG. Último acesso em 18 de novembro de 2021. 5. Valor Econômico. Empresas sem ação ESG efetiva perderá investidores, diz PwC. Último acesso em 18 de novembro de 2021.