A doença de Parkinson é um assunto bastante discutido dentro da comunidade médica e vem se tornando, cada vez mais, uma patologia neuropsiquiátrica, devido à sua frequência em quadros clínicos (1). 
 
Já o Alzheimer é classificado como uma demência neurodegenerativa. Pesquisadores têm realizado pesquisas e criado soluções para descobrir novos tratamentos a fim de retardar a condição. (1,4) 
 
Na medicina, muito se é perguntado se ambas as doenças possuem relação e qual sua principal diferença. Conheça abaixo sobre cada uma delas. 
 
O que é o Parkinson? 

A Doença de Parkinson ocorre quando os neurônios em uma região do cérebro (substância nigra) ficam comprometidos ou morrem. Essas células produzem a dopamina, que facilita a coordenação dos músculos corporais e movimento. (2) 
 
A condição costuma aparecer por meio de 3 sintomas: tremores, rigidez muscular e/ou movimentos mais lentos. (1,5,6) 
 
Outros sinais que podem aparecer são caligrafia com letra pequena e tremida, falta de expressão facial, perturbação do sono, problemas de equilíbrio, marcha arrastada, diminuição do volume da voz e depressão, que podem ocorrer sozinhos ou combinados (1,2). 
 
O que é o Alzheimer? 
 
A Doença de Alzheimer é caracterizada por problemas neurodegenerativos em pessoas com mais idade. A causa ainda é desconhecida, mas os profissionais acreditam que sejam geneticamente determinadas. (4) 
 
A patologia acontece quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado e, com isso, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, surgem dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Assim, ocorre a perda progressiva da memória, linguagem, raciocínio, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato. (4) 
 
Qual a relação entre as duas doenças? 
 
Nem todos os pacientes com Parkinson podem desenvolver Alzheimer, e vice-versa, porém, alguns sintomas podem surgir. Por isso, é importante realizar a análise da autópsia de pacientes com essa condição para a descoberta de alterações na região do cérebro chamada substância negra (3). 
 
Nesta região é onde se produz a dopamina, substância neurotransmissora que conduz correntes nervosas do cérebro ao corpo. Por isso que a falta ou diminuição podem afetar e causar distúrbios como o Parkinson (3).  
 
A maioria dos pacientes com Parkinson podem apresentar alterações neurológicas nesta e também em outras regiões do cérebro, como o caso do Alzheimer (1,3).  
 
Vale lembrar que os medicamentos utilizados para tratar o Parkinson não provocam Alzheimer, mas tornam evidentes alguns sintomas que podem estar relacionados à doença, seja alucinações, confusão ou comportamento agressivo e que nem sempre estão associados a um declínio do funcionamento cognitivo (2).  
 
O desenvolvimento de Alzheimer em algum paciente com Parkinson pode vir por conta de outra causa coexistente (ex.: Doença de Alzheimer ou pequenos infartos múltiplos) (2). 
 
No caso de Alzheimer, é importante investigar as situações, como comportamentos alterados e deterioração da memória, que podem ser reversíveis (2).  
 
Sintomas 
 
Aos pacientes com Alzheimer, costumam variar e oscilar frequentemente, o que leva a pessoa a melhorar ou piorar, dependendo dos dias (2). 
 
Quando existem casos de Parkinson com Alzheimer, o paciente apresenta esquecimento, lentificação dos processos de pensamento, letargia e perda de capacidades, como tomada de decisão, planejamento, raciocínio e capacidade para lidar com situações novas (2).  
 
Também podem existir a perda de controle emocional, com explosões súbitas de raiva ou angústia, além de ocorrer alucinações visuais, que são frequentemente provocadas pelos tratamentos farmacológicos para a Doença de Parkinson (2).  
 
Como tratar 
 
As doenças de Parkinson e Alzheimer não possuem cura. Porém, para reduzir seus sintomas e retardar demais problemas, é importante seguir o tratamento de um profissional médico que poderá indicar ou suspender medicamentos para controlar cada uma das patologias apresentadas (1,5) 
 
Os medicamentos utilizados para a Doença de Alzheimer podem ser úteis no tratamento de Parkinson. Vale lembrar que, muitas intervenções não farmacológicas, utilizadas nas várias formas de Alzheimer, podem ser aplicadas à Doença de Parkinson (3).  
 
Referências:  1. Doença de Parkinson e doença de Alzheimer: existe alguma relação entre elas?. Movimento Parkinson. Último acesso: 17 de Julho de 2023. 2. Doença de Parkinson e Demência. Parkinson Portugal. Último acesso: 18 de Julho de 2023. 3. Diferença entre doença de Parkinson e Alzheimer. SOS Parkinson. Último acesso: 17 de Julho de 2023. 4. Doença de Alzheimer. Ministério da Saúde. Último acesso: 17 de Julho de 2023; 5. Doença de Parkinson: muito mais do que tremores. Escola Paulista de Medicina. Último acesso: 18 de Julho de 2023; 6. Doença de Parkinson. Ministério da Saúde. Último acesso: 17 de Julho de 2023.