Uma alimentação adequada é parte crucial da infância da criança para que ela cresça, se desenvolva e adquira hábitos saudáveis. Por isso, cada nutriente de cada alimento consumido é importante e essencial.  

As crianças são vulneráveis a alguns pontos na alimentação 

Por serem mais vulneráveis à qualidade de sua alimentação, as crianças devem receber um cuidado redobrado. Na hora de escolher alimentos realmente nutritivos, os pais e parentes próximos são a referência, pois os hábitos e aversões adquiridos nessa fase serão levados para o resto de suas vidas. 

No Brasil, nas últimas décadas, foi possível observar a redução do quadro da desnutrição em crianças, assim como a realidade de excesso de peso nos menores de cinco anos e aumento do excesso de peso em todas as outras fases da vida. (1) 

A superação da desnutrição não refletiu na erradicação das deficiências de micronutrientes, em particular a anemia e a deficiência de vitamina A, que provavelmente estão mais associadas à qualidade da alimentação do que à quantidade de alimentos ingeridos (1). 

Quais nutrientes são essenciais para a alimentação infantil? 

Ferro:  

Muitas crianças apresentam deficiência de ferro e um dos grupos mais suscetíveis para isso são bebês entre 6 e 18 meses (devido à rápida velocidade de crescimento). O crescimento linear e o desenvolvimento cognitivo podem ser afetados (2).  

Os sintomas clínicos da carência de ferro são (2):

• Palidez da pele;
• Fadiga;
• Apatia;
• Anorexia;
• Mania de comer terra ou barro;
• Diminuição da capacidade física.

É recomendado que a suplementação de ferro ocorra a partir do 6° mês (ou da introdução alimentar) até os 2 anos de vida (3).  

Carnes, fígado, cereais integrais, leguminosas e vegetais folhosos são exemplos de alimentos em que podemos encontrá-lo (3). 
 
Cálcio/Vitamina D:

Muitos adolescentes sofrem com a deficiência de cálcio e vitamina D. Como esse combo é essencial para o crescimento e desenvolvimento ósseo, sendo que aproximadamente 40% do pico de massa óssea é atingido durante a puberdade, devem ser introduzidos todos os dias para que ocorra o processo positivo de evolução (2).  

Leite e derivados, ovos e vegetais verde-escuros são fontes de cálcio e vitamina D. A exposição aos raios solares com uso de protetor solar adequado também é muito importante, pois é possível estimular a produção de vitamina D pelo organismo (2). 

Zinco

O zinco é um nutriente que tem um papel importante na visão, percepção do paladar, cognição, reprodução celular, crescimento, imunidade, síntese de hormônios sexuais e maturação sexual, se tornando essencial no período de “estirão” do crescimento puberal (2).  
As principais fontes são (2): carnes (principalmente vermelhas), leite, queijos, cereais integrais e leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja). 
 
Vitamina A 

A vitamina A é responsável pela manutenção da visão e no funcionamento adequado do sistema imunológico e mantém saudável as mucosas, que funcionam como barreiras de proteção contra infecções do trato respiratório e gastrointestinal (2).  

A deficiência afeta a função imunológica e eleva a morbimortalidade infantil (2).  

É recomendada suplementação de vitamina A no organismo e os alimentos-fonte são as frutas e legumes alaranjados, como mamão, manga, abóbora e cenoura (4). 
 
Proteínas 

As proteínas são nutrientes responsáveis pelo crescimento linear, desenvolvimento infantil e construção de órgãos e tecidos como músculos, cabelos, unhas (2), além de possuírem papel fundamental no funcionamento do sistema de defesa do organismo (5).  

Podem ser de origem animal e as principais fontes são carnes, ovos, leite e derivados; ou de origem vegetal como feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico e soja (2). 
 
Referências: 1. Estratégia de fortificação da alimentação infantil com micronutrientes em pó. Nutrisus. USP. Último acesso: 05 de Julho de 2023. 2. Nutrientes que não podem faltar no prato dos pequenos. Revista NutriTotal. Último acesso: 05 de Julho de 2023. 3. Sociedade Brasileira de Pediatria. Último acesso: 05 de Julho de 2023. 4. Organização Mundial da Saúde. Último acesso: 05 de Julho de 2023.