O Herpes Zoster, popularmente conhecido como cobreiro, é uma doença infecciosa que costuma ser mais comum em pessoas acima dos 50 anos. Mas você sabe como ela se desenvolve e quais são suas complicações? Uma curiosidade é que, apesar de seu nome remeter a herpes, elas são doenças bem distintas. Na verdade, o responsável por desencadear o Herpes Zoster é o mesmo vírus da varicela, a famosa catapora. 

Para te ajudar a entender um pouco mais sobre esse problema, listamos abaixo alguns dos mitos e verdade sobre o Herpes Zoster. Confira abaixo!

O Herpes Zoster é causada pelo mesmo vírus da herpes. (1)

Mito. Embora tenham o mesmo nome, herpes e Herpes Zoster são doenças totalmente distintas. Enquanto a primeira é provocada pelo vírus HSV-1, a segunda é resultado da ação do mesmo vírus da catapora (varicela).

O vírus que desencadeia o Herpes Zoster fica latente (adormecido) em nosso organismo durante toda nossa vida. (1,2)

Verdade. Uma vez que entramos em contato com o vírus da catapora, ele permanece latente em nosso organismo durante toda a nossa vida, podendo ser reativado a qualquer momento.

As lesões na pele são os únicos sintomas da Herpes Zoster. (2)

Mito. Na grande maioria dos casos outros sintomas costumam anteceder às lesões cutâneas como dores nevrálgicas, parestesias (formigamento, agulhadas, adormecimento, pressão, etc), ardor e coceira locais, febre dor de cabeça e mal-estar. 

A doença é mais comum em idosos. (1)

Verdade. Pessoas dessa faixa etária apresentam uma diminuição da imunidade ao vírus, o que explica sua maior ocorrência após a quinta década de vida.

Quem não teve catapora pode ter Herpes Zoster. (3)

Verdade. Para que o vírus fique dormente em nosso organismo precisamos apenas ter entrado em contato com ele durante nossa vida, sem, necessariamente, termos desenvolvido a catapora. Por isso, sua reativação pode ocorrer em qualquer pessoa na idade adulta. 

O estresse pode desencadear o Herpes Zoster. (3)

Verdade. O estresse e qualquer outra situação que faça com que a nossa imunidade diminua é capaz de “acordar” o vírus da catapora que estava dormente em nosso organismo, causando o Herpes Zoster.

Não há prevenção para a Herpes Zoster. (1)

Mito. Existe vacina contra a doença que é indicada para pessoas com mais de 50 anos e que é capaz de reduzir o risco de ocorrência em cerca de 50%. A vacina contra catapora, tomada na infância, também pode ser uma aliada e minimizar o risco de desenvolver Herpes Zoster.

A infecção durante a gravidez pode passar ao feto. (2)

Verdade. A infecção fetal durante a gestação pode levar à síndrome da varicela congênita, podendo causar malformações no feto.

O tratamento de Herpes Zoster exige sempre o uso antibiótico. (1,2)

Mito. Os principais objetivos do tratamento da doença são limitar a extensão, duração e gravidade dela em sua fase aguda, além de aliviar a neuralgia pós-herpética, por meio do uso de analgésicos e antivirais que devem ser administrados precocemente. O uso de antibiótico é recomendado apenas quando existe uma infecção secundária, em especial para aquelas causadas pelos estreptococos do grupo A e estafilococos.

O diagnóstico do Herpes Zoster costuma ser sempre clínico. Por isso, fique atento e procure ajuda de um profissional de saúde assim ao notar o surgimento dos primeiros sintomas da doença. 

Referências: 1. Herpes Zóster – Sociedade Brasileira de Dermatologia – Último acesso em 24/10/2022 / 2. Herpes (Cobreiro) – Ministério da Saúde – Último acesso em 24/10/2022 / 3. Estresse estar trás do aumento de casos de herpes-zóster na população mais jovem – Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional São Paulo – Último acesso em 24/10/2022