Rinite alérgica tem cura?

Saiba como é possível aliviar os sintomas da rinite alérgica

Publicado em: 14 de fevereiro de 2022  e atualizado em: 24 de junho de 2022
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Rinite alérgica tem cura?

Fazer a limpeza de armários, mexer em livros e documentos guardados há muito tempo ou mudanças bruscas de temperatura podem causar desconfortos respiratórios, como a rinite. Mas você sabe por que isso acontece? A rinite alérgica é uma condição bem comum, na qual a mucosa do nariz é mais sensível e se inflama quando entra em contato com determinada substância. Trata-se de uma doença crônica que pode acometer pessoas de todas as faixas etárias, de bebês a idosos, além de ser a forma mais comum de manifestação entre as alergias respiratórias.

Segundo dados da ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), estima-se que de 10% a 25% das pessoas sofram de rinite alérgica. O nariz é nossa proteção inicial contra todas as substâncias que inalamos. É ele quem impede que algo prejudicial alcance nossos pulmões. Ao reagir a tais substâncias, nosso organismo responde naturalmente com a obstrução nasal, espirros e coriza. Porém, o sistema imunológico das pessoas alérgicas apresenta uma resposta exagerada e duradoura contra esses agentes invasores.

Sintomas, diagnóstico e tratamento

Ilustração de menina espirrando

Os sintomas da rinite alérgica costumam aparecer logo após o contato com o alérgeno e ocorrem por dois ou mais dias consecutivos. Longas crises de espirros, coriza, obstrução nasal, olhos lacrimejando e coçando, coceira no nariz, tosse, olhos e nariz avermelhados e dor de cabeça são sintomas clássicos da doença. As crises podem variar de acordo com fatores externos, como estação do ano e local em que a pessoa vive. Porém, ácaro, pólen, poeira, pelos de animais, fungos e produtos químicos são os alérgenos mais comuns que causam a alergia, sendo o ácaro o principal desencadeador do problema.

O diagnóstico da rinite alérgica é feito por meio do relato do paciente para o médico. Para os casos mais graves, pode ser necessária a realização de exames laboratoriais para identificar com precisão os agentes responsáveis pelo quadro alérgico. Quando o diagnóstico é fechado, é importante identificar a substância que desencadeia o problema para que o paciente evite o contato direto com ela. É muito comum as pessoas confundirem a rinite com gripes e resfriados, mas é importante ressaltar que estas últimas, normalmente, vêm acompanhadas de febre e dores pelo corpo.

O “Estudo Internacional de Asma e Doenças Alérgicas na Infância” observou um aumento da incidência de sintomas nasais em crianças e adolescentes para rinoconjuntivite alérgica (complicação da rinite alérgica), chegando a 37,2% e 16,2% respectivamente. Mas um fato curioso sobre a rinite é que nem sempre a doença se manifesta desde o início de nossa vida. É possível que uma pessoa conviva bem em contato com determinada substância por muitos anos e só depois se torne sensível a ela. Por isso, é sempre bom estarmos atentos a qualquer mudança em nosso organismo.

O tratamento deve ser orientado pelo profissional da saúde e pode variar de acordo com a intensidade e frequência dos sintomas. Para casos leves e moderados, evitar o contato com as substâncias alérgenas pode ser o suficiente. Já para quadros mais graves, pode ser necessária a adoção de medicamentos antialérgicos para o alívio dos sintomas e prevenção de novos episódios. Tais medicações controlam a inflamação da mucosa nasal por longos períodos.

Evitar pelúcias, carpetes e cortinas, manter o ambiente limpo e arejado, evitar vassouras e espanadores e dar preferência para aspiradores com filtro e panos úmidos, evitar contato com produtos químicos, usar capas impermeáveis em travesseiros e colchoes para evitar o acúmulo de ácaros, bem como trocar a roupa de cama uma vez por semana são hábitos importantes que ajudam na prevenção de futuras crises.

O médico é o único profissional capaz de oferecer o melhor tratamento para você. Evite a automedicação e procure ajuda médica se perceber o aparecimento de qualquer sintoma.

Fontes: Rinite Alérgica. Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Último acesso em 21 de janeiro de 2022. Rinite Alérgica. Sociedade Brasileira de Pediatria. Último acesso em 21 de janeiro de 2022. IV Consenso Brasileiro sobre Rinite. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology. Último acesso em 21 de janeiro de 2022. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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