Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP): o papel do estilo de vida e do tratamento 

A SOP é uma das disfunções endócrinas mais comuns em mulheres em idade fértil, seus sintomas que variam desde irregularidade menstrual à problemas metabólicos. Conheça a importância da mudança de hábitos e do tratamento médico no controle da síndrome. 

Publicado em: 22 de setembro de 2025  e atualizado em: 6 de outubro de 2025
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A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma condição complexa que afeta os hormônios, o metabolismo e a saúde reprodutiva¹. Sua origem não está totalmente definida, mas envolve fatores genéticos e ambientais. Caracteriza-se por um desequilíbrio hormonal, com aumento na produção de hormônios masculinos (andrógenos), que pode resultar em ciclos menstruais irregulares ou ausentes, ovários com múltiplos cistos e outros sintomas. A condição pode causar dificuldades para engravidar e aumenta o risco de desenvolver outras doenças, como diabetes e hipertensão²

O diagnóstico e os principais sintomas³ 

O diagnóstico da SOP é feito por um médico ginecologista ou endocrinologista, com base em exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Os sintomas podem variar de intensidade e incluem: 

  • Ciclos menstruais irregulares: Atrasos, ausência de menstruação ou ciclos muito longos. 
  • Sinais de excesso de andrógenos: Crescimento de pelos faciais e corporais em excesso (hirsutismo), acne persistente e queda de cabelo no padrão masculino. 
  • Problemas metabólicos: Resistência à insulina, ganho de peso e maior risco de desenvolver diabetes tipo 2. 
  • Múltiplos cistos nos ovários: Pequenos cistos visíveis em exames de ultrassom.  

O estilo de vida como pilar do tratamento¹

O tratamento da SOP não se resume apenas a medicamentos; ele começa com a adoção de um estilo de vida mais saudável. A combinação de uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos pode ter um impacto significativo na melhora dos sintomas, principalmente na resistência à insulina e no controle do peso, que frequentemente agravam o quadro.

  • Dieta: Priorizar alimentos integrais, ricos em fibras, gorduras saudáveis e proteínas magras. Reduzir o consumo de carboidratos refinados, doces e alimentos processados ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue, melhorando a sensibilidade à insulina. 
  • Exercícios físicos: A prática regular de atividade física, tanto aeróbica quanto de força, ajuda a regular o metabolismo, promove a perda de peso e melhora a sensibilidade à insulina. 

Tratamento médico para a SOP² 

Além das mudanças no estilo de vida, o médico pode prescrever medicamentos para tratar sintomas específicos e controlar a condição. Os tratamentos mais comuns incluem:

  • Anticoncepcionais orais: Usados para regular os ciclos menstruais e reduzir os sintomas de excesso de andrógenos. 
  • Medicamentos para sensibilidade à insulina: Fármacos podem ser indicados para melhorar a resposta do organismo à insulina, auxiliando na perda de peso e na regulação menstrual. 
  • Medicamentos para ovulação: Em casos de infertilidade, podem ser utilizados medicamentos para estimular a ovulação e aumentar as chances de gravidez. 
    É fundamental que o tratamento seja individualizado e supervisionado por um profissional de saúde, pois a SOP é uma condição crônica que requer acompanhamento contínuo.

Referências 
1. Ministério da Saúde (Brasil). Caderno de Atenção Básica: Saúde da Mulher. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica_saude_mulher_2_edicao.pdf. Acesso em: 05 set. 2025. 
2. Universidade de São Paulo (USP) - Hospital das Clínicas. Síndrome dos Ovários Policísticos. Disponível em: https://www.hc.fm.usp.br/ginecologia/sindrome-dos-ovarios-policisticos. Acesso em: 05 set. 2025. 
3. National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK). Polycystic Ovary Syndrome (PCOS). Disponível em: https://www.niddk.nih.gov/health-information/endocrine-diseases/pcos. Acesso em: 05 set. 2025.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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