A anemia falciforme é uma doença de origem genética, caracterizada por uma alteração na hemoglobina (proteína que carrega o oxigênio), e que cursa com alteração na forma dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os mais rígidos e no formato de foice – por isso o nome.  Como essas células circulam com mais dificuldade, em especial nos vasos pequenos, resulta tanto em obstrução desses vasos, quanto em destruição dessas células³. 

 A anemia falciforme é uma doença hereditária, ou seja, que passa dos pais para os filhos, e pode ser diagnosticada ainda no recém-nascido, com a realização do teste do pezinho. Em adolescentes e adultos, o diagnóstico é feito pelo exame eletroforese de hemoglobina¹. No artigo “Por que fazer o teste do pezinho é importante?”, apresentamos quais as demais doenças podem ter o diagnóstico precoce identificadas por meio deste teste. 

Os sintomas da anemia falciforme podem ser diferentes em cada pessoa, mas os principais são: 

• Dores nos ossos e articulações, em consequência da obstrução dos vasos sanguíneos, com duração variável;
• Infecções, principalmente em crianças, que podem apresentar mais quadros de pneumonias e meningites; 
• “Síndrome mão-pé” que acomete crianças pequenas com inchaço, dor e vermelhidão nessas áreas; 
• Úlcera (ferida) de perna, que ocorre a partir da adolescência na região próxima aos tornozelos; 
• “Sequestro do sangue no baço” é quando existe um agravamento da doença, com risco de morte, que pode atingir as crianças com anemia falciforme. Neste caso, o baço, responsável por filtrar o sangue, pode aumentar de tamanho por centralizar todo o sangue e impedir que ele circule para os outros órgãos.

Apesar de não ter cura, é possível tratar a doença, e o acompanhamento médico desde os primeiros anos é importante para que o portador de anemia falciforme tenha mais qualidade de vida. O tratamento é baseado na gravidade da doença, para amenizar as crises e sintomas e também para orientar quanto as medidas de proteção para o portador da anemia falciforme e para seus familiares¹. 

Fontes: 1. Anemia falciforme - Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da Saúde Brasil. Atualizado em 26 de janeiro de 2021. 2. Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme - Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da Saúde Brasil. Atualizado em 26 de janeiro de 2021. 3. DI NUZZO, Dayana V. P.; FONSECA, Silvana F.. Anemia falciforme e infecções. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre,  v. 80, n. 5, p. 347-354, 2004.