Insônia

Males da vida moderna, como estresse, ansiedade e consumo de alimentos estimulantes contribuem para o surgimento da insônia

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O sono é fundamental para a vida do ser humano: possui função restaurativa, de conservação de energia e de proteção1. A privação do sono pode trazer prejuízo para as atividades diárias e ainda causar adversidades sociais, somáticas, psicológicas ou cognitivas1.  Os transtornos do sono são um problema clínico relevante de saúde1. Hoje é uma das perturbações mais comuns, sendo uma das principais queixas dos pacientes2. A estimativa indica que 6% da população adulta tem insônia; 12% referem sintomas de insônia com consequência diurna e 15% estão insatisfeitos com o sono3 

Causas

A insônia pode ser responsável por faltas e baixa produtividade no trabalho, qualidade de vida reduzida, além do alto custo para o sistema de saúde3. Existem aspectos clínicos para um diagnóstico definitivo3: 

  • Queixas tanto de dificuldade de adormecer quanto de se manter dormindo ou até mesmo da pobre qualidade do sono; 
  • Perturbação do sono pelo menos três vezes por semana por um período de no mínimo um mês; 
  • Preocupação com a falta de sono e consideração excessiva sobre suas consequências à noite e durante o dia; 
  • Quantidade/qualidade insatisfatória de sono causa angústia marcante ou interfere com o funcionamento social e ocupacional. 

Entre a classificação do problema, é necessário mensurar a severidade, frequência e duração3. Quanto à duração, a insônia pode ser transitória ou aguda (presente em algumas noites associada a circunstâncias adversas da vida e ao estresse), de curta duração (persiste por menos de três semanas), crônica (também chamada de longo prazo, sua duração pode ultrapassar três semanas) ou intermitente (associada a distúrbios psiquiátricos e de ansiedade)3. 

Tipos

Em relação ao tipo, ela pode ser inicial (dificuldade para começar a dormir), sono entrecortado (despertar durante várias vezes ao longo da noite) e de manutenção (acorda em um período e não consegue mais dormir)3. Apesar da alta prevalência e do impacto social e pessoal negativo da insônia, ela continua sem reconhecimento ou tratamento adequado, pois menos de 15% dos pacientes com insônia severa passam por cuidados médicos3 

Tratamento

O tratamento pode ser feito de forma cognitivo-comportamental, com fármacos ou associação das duas formas2. Entre os tratamentos possíveis, estão4 acupuntura, psicoterapia cognitiva, remédios indutores do sono, exercícios físicos, biofeedback (aparelhos que indicam tensão no corpo e auxiliam relaxamento progressivo), massagem, ioga e fisioterapia. 


Prevenção

Existem também dicas que podem ajudar a melhorar a qualidade do sono4: 

  • Mantenha os mesmos horários de início e término do sono; 
  • Durma sempre em local escuro e silencioso; 
  • Evite estímulos antes de dormir (álcool, drogas, exercícios, comidas calóricas, discussões, TV, rádio e internet); 
  • Não deixe o relógio na frente da cama; 
  • Deite na cama apenas quando sentir sono (antes disso faça atividades para relaxar gradativamente); 
  • Depois de deitar, evite atividades como comer, ler, trabalhar, usar celular/computador ou brigas, pois isso poderá gerar uma associação psicológica de que a cama é lugar de tudo, menos de sono e repouso. 

Ao persistirem os sintomas, um médico especializado deverá ser contatado. 
 

 

Fontes: 1. Transtornos do sono: visão geral. NEVES, Gisele S. Moura L.; GIORELLI, Andre S.; FLORIDO, Patricia; GOMES, Marleide da Mota. Último acesso em 8 de setembro de 2021. 2. Tratamento da Insônia em Atenção Primária à Saúde. RIBEIRO, Nelson Ferreira. Último acesso em 8 de setembro de 2021. 3. Insônia: doença crônica e sofrimento. VARELA, Maria José V; CARVALHO, João Eduardo C.; VARELA, Maite; POTASZ, Clarisse; PRADO, Lucila BF; CARVALHO, Luciane B. C.; PRADO, Gilmar Fernandes do. Último acesso em 8 de setembro de 2021. 4. Insônia: o grande mal noturno tem solução? SILVA, Alex Sandro Tavares da. Último acesso em 8 de setembro de 2021. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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