Malária
Se não diagnostica e tratada corretamente, pode evoluir ao óbito
A malária é causada pelo protozoário Plasmodium transmitido pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. Apesar de ser infecciosa, não é contagiosa, sendo sua transmissão exclusiva pelo mosquito vetor. Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, dor de cabeça, tremor e sudorese, mas podem surgir náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite. Nos casos graves da malária, a pessoa contaminada pode apresentar, ainda, alteração da consciência, convulsões, dispneia ou hiperventilação, hipotensão arterial ou choque, hemorragias, prostração, entre outros¹.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2018, foram notificados 228 milhões de novos casos com mais de 405 mil óbitos por malária no mundo. A maior parte dos casos de malária no Brasil acontece na região da Amazônia. Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2019, foram registrados 157.453 casos no país, com redução de 19% em relação ao ano de 2018¹.
Diagnóstico¹
O diagnóstico da malária é feito quando identificado o parasita, ou de antígenos relacionados, através do sangue do paciente. São três tipos de exames capazes de confirmar o quadro de malária:
Esfregaço delgado: este método permite diferenciar os parasitas a partir da análise de sua morfologia e das alterações provocadas no eritrócito infectado;
Gota espessa: padrão ouro reconhecido pela OMS e o mais utilizado no Brasil. Consiste em visualizar o parasita por meio de microscópio, utilizando de um corante, permitindo a diferenciação específica dos parasitas, a partir da análise da sua morfologia, e dos seus estágios de desenvolvimento encontrados no sangue periférico;
Testes rápidos: eles detectam componentes antigênicos de plasmódio, realizados com o uso de fitas de nitrocelulose contendo anticorpo monoclonal contra antígenos específicos do parasita. São úteis para a confirmação diagnóstica, no entanto, seu uso deve ser restrito a situações onde não é possível a realização do exame da gota espessa.
Tratamento
A malária é uma doença que tem cura e seu tratamento é oferecido gratuitamente no Brasil por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). As complicações surgem porque geralmente a malária não é diagnosticada rapidamente e, portanto, não é tratada de forma adequada¹. Se apresentar os sintomas, procure um profissional de saúde e não deixe de informar ao médico que esteve presente em um local de possível contaminação pela malária. O médico indicará o melhor tratamento e a posologia necessária dos medicamentos antimaláricos a serem administrados².
Prevenção¹
Para prevenir a malária o indicado é conter a proliferação do mosquito vetor, incluindo ações pessoais e de políticas públicas que envolvem obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterros, limpeza das margens dos criadouros, melhoramento da moradia e das condições de trabalho, entre outros. Uma pessoa pode se proteger com o uso de repelentes, a utilização de roupas que protejam braços e pernas, com a colocação de telas nas portas e janelas e o uso de mosquiteiros.
Quimioprofilaxia²
Trata-se do uso de medicamentos antimaláricas em doses baixas, a fim de reduzir formas clínicas graves e o óbito devido à infecção. Importante frisar que o uso de quimioprofilaxia (QPX) só é recomendado durante o período de exposição e por indicação médica.
Fontes: 1. Malária. Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 31 de agosto de 2021. 2. Guia prático de tratamento da malária no Brasil. Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 31 de agosto de 2021.