O transtorno obsessivo compulsivo, também conhecido como TOC, é um transtorno mental caracterizado pela presença de pensamentos obsessivos e atos compulsivos, que podem comprometer a qualidade de vida e até incapacitar uma pessoa de desempenhar as atividades corriqueiras do dia a dia¹. 

Durante as crises de obsessão, a pessoa tem pensamentos intrusivos, persistentes e indesejáveis que são incontroláveis, enquanto nas compulsões, elas fazem ações repetitivas para tentar diminuir a ansiedade e o sofrimento causado por essas obsessões¹.

Saiba mais sobre outros casos que impactam diretamente a saúde mental neste artigo.

Sintomas²

Eles podem ser vários, porém, sempre há um que predomina. Eles também podem ser separados em decorrência dos quadros (se são os pensamentos obsessivos ou as compulsões). Os sinais também podem variar no decorrer da vida. Além disso, os sintomas de uma pessoa diagnosticada com TOC também podem interferir significativamente na vida de seus familiares. Os principais são:

Pensamentos obsessivos: 

Com contaminação (tocar em maçanetas pode trazer alguma doença, por exemplo);

Evitar usar banheiros públicos (mesmo em casos extremos);

Dúvidas (insistir que a porta não foi trancada);

Objetos não alinhados ou uniformes.

Atos compulsivos:

• Limpar algo para evitar contamina-lo;
• Verificar algo por diversas vezes para não ter dúvidas;
• Contar (repetir algo por várias vezes);
• Ordenar (arrumar objetos em padrão específico);
• Não usar roupas de determinadas cores (ou usar somente determinada cor).

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O que provoca o TOC³

Apesar de não identificar suas causas, já é possível esclarecer alguns fatos em relação ao transtorno obsessivo compulsivo. O TOC pode estar relacionado a fatores biológicos (predisposição genética - as evidências de uma predisposição genética para o TOC em familiares de primeiro grau de quem já possui este transtorno aumenta de 4 a 5 vezes, com risco mais elevado quando ele se manifesta precocemente; alterações funcionais - os sintomas podem aparecer após casos de traumatismos craniano, derrames ou acidentes vasculares  em certas regiões do cérebro; e neuroquímica cerebral – uso de medicamentos, incluindo terapias psiquiátricas como clozapina,  olanzapina, quetiapina, risperidona, e o topiramato, entre outros) e fatores psicológicos (aprendeu a lidar com medos e ansiedades de forma errada). 

Convivendo com o TOC

Além dos medicamentos, que devem ser prescritos pelo médico psiquiatra, os sintomas do TOC podem ser controlados por meios psicológicos, com terapias de exposição e prevenção de rituais bem como através de técnicas cognitivas que em conjunto constituem a terapia cognitivo-comportamental (TCC)³. 

O isolamento social de uma pessoa diagnosticada com transtorno obsessivo compulsivo pode levar ao agravamento do quadro. É importante que os familiares e amigos estejam presentes, incentivando as visitas ao seu médico e ao uso de medicação. Um paciente nunca deve deixar de tomar sua medicação sem conversar com ele antes².

Fontes: 1. Transtorno obsessivo-compulsivo. Scielo. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.22  s.2 São Paulo Dec. 2000. Último acesso em 20 de outubro de 2021. 2. Transtorno obsessivo compulsivo. Dicas de Saúde Mental – GESM. Gerente da Gerência de Saúde Mental e Preventiva Governo do Distrito Federal. Último acesso em 20 de outubro de 2021. 3. TOC Transtorno obsessivo compulsivo. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Último acesso em 20 de outubro de 2021.