Qual a causa da menopausa?

A menopausa define a última menstruação da mulher, somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência

Publicado em: 28 de maio de 2020  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
  • Para compartilhar
Ouvir o texto Parar o Audio

A palavra menopausa define a última menstruação da mulher, somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência. Porém, o que vem antes dela é o famoso climatério¹, uma fase de transição do período reprodutivo, ou fértil, para o não reprodutivo². É importante assegurar que, apesar de algumas vezes apresentar dificuldades, o climatério é um período importante e inevitável na vida, devendo ser encarado como um processo natural, e não como uma doença¹.  Em muitas mulheres, a menopausa se anuncia por irregularidades menstruais, menstruações mais escassas, hemorragias ou menstruações mais ou menos frequentes. Outros sinais e sintomas característicos são as ondas de calor (fogachos), alterações do sono, da libido e do humor, bem como atrofia dos órgãos genitais. Este episódio ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Se acontecer por volta dos 40 anos, é chamado de menopausa prematura ou precoce².

Causa da menopausa²

Todos os óvulos que a mulher produzirá ao longo da vida têm sua origem em células germinativas (ou folículos) dos ovários já presentes no instante do nascimento. Essa reserva é usada desde a primeira menstruação (menarca) até a última (menopausa). Mulher nenhuma é capaz de formar novos folículos para repor os que se foram. Quando morrem os últimos deles, os ovários entram em falência e as concentrações dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, caem irreversivelmente. A menopausa não fisiológica (ou não natural) pode ser consequência de cirurgias de retirada dos ovários, de quimioterapia, radioterapia ou doenças que causem inflamação e destruição das células ovarianas.

Principais sintomas³

Fogachos: Os fogachos são uma sensação repentina de calor na parte superior do tórax, que sobe para face e pode espalhar-se pelo corpo. Dura de dois a quatro minutos, é acompanhada de sudorese e, em alguns casos, palpitações. Os calorões geralmente ocorrem várias vezes por dia. É um sintoma que pode atrapalhar a rotina, tirar o sono e prejudicar a qualidade de vida da mulher.

Libido: Com a redução hormonal, muitas mulheres perdem a libido, o que costuma refletir no relacionamento amoroso. Isso acontece porque os hormônios que são responsáveis pelo desejo sexual estão menores e provocam alterações físicas, emocionais e psicológicas.

Secura vaginal: O revestimento da vagina e do canal da urina, a uretra, são tecidos dependentes de estrogênio e a queda das taxas deste hormônio deixa esses tecidos mais finos, o que resulta na chamada atrofia vaginal ou vaginite atrófica. Isso pode causar dor à relações sexuais, além de deixar a região mais vulnerável a infecções.

Perda óssea: A osteoporose é a uma doença em que há perda de massa óssea e é mais comum na pós menopausa. Por isso que nesta fase a mulher precisa de acompanhamento médico para minimizar a perda óssea.

Para amenizar os sintomas, é preciso se alimentar bem e praticar exercícios físicos. Bons hábitos de saúde colaboram para manter o bom humor e a disposição, o que ajuda a encarar as mudanças da menopausa. Eles também reduzem as chances de surgimento da osteoporose e das doenças cardíacas¹. Há medicamentos hormonais e não hormonais que podem melhorar os sintomas e/ou auxiliar na não progressão dos mesmos. O importante é a mulher continuar as consultas de rotina com seu ginecologista e sempre que houver sintomas, dividir com ele as queixas, para juntos decidirem a melhor terapia.

 

 

 

 

Fontes: 1. Conheça mitos e verdades sobre a menopausa – Ministério da Saúde. Último acesso em 26 de maio de 2020. 2. Menopausa e climatério – Portal Drauzio Varella. Último acesso em 26 de maio de 2020. 3. O que muda no corpo com a menopausa? Portal Hospital 9 de julho. Último acesso em 26 de maio de 2020.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
  • Para compartilhar
Você achou esse conteúdo útil?