Transtornos de Ansiedade: quando a preocupação vira doença
A ansiedade é uma emoção natural e necessária para a nossa sobrevivência. No entanto, quando ela se torna excessiva e persistente, pode paralisar a vida e se manifestar como um transtorno. Entenda a diferença entre a ansiedade normal e a patológica, seus sintomas e a importância de buscar ajuda profissional.
A ansiedade é uma resposta do corpo a situações de estresse ou perigo, preparando-o para o que está por vir. Ela nos ajuda a focar, a planejar e a reagir diante de desafios¹. O problema surge quando a preocupação e o medo são desproporcionais aos fatos, se tornam incontroláveis e começam a interferir nas atividades diárias². Os transtornos de ansiedade não são um sinal de fraqueza, mas sim condições de saúde mental reais que afetam a vida de milhões de pessoas no Brasil e no mundo.
Sintomas e principais tipos de transtornos³ A manifestação da ansiedade pode ser física ou psicológica. Os sintomas incluem:
- Físicos: Aceleração dos batimentos cardíacos, falta de ar, sudorese, tremores, tensão muscular, tontura e problemas gastrointestinais.
- Psicológicos: Preocupação excessiva e persistente, medo irracional, dificuldade de concentração, irritabilidade, inquietação e insônia.
- Os transtornos de ansiedade se dividem em diferentes tipos, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), caracterizado por uma preocupação crônica e desmedida, o Transtorno do Pânico, com crises de medo intenso e repentino, e as Fobias Específicas, que são medos irracionais de objetos ou situações.
O que fazer: do autocuidado ao tratamento²,⁴
O primeiro passo para lidar com a ansiedade é reconhecer que o problema existe e que ele não vai desaparecer sozinho. O tratamento é essencial e, na maioria dos casos, envolve uma combinação de estratégias:
- Terapia (psicoterapia): O acompanhamento com um psicólogo ou psiquiatra é fundamental. A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, ajuda a identificar e a reestruturar padrões de pensamento negativos, ensinando técnicas de enfrentamento e relaxamento.
- Medicamentos: Em alguns casos, o psiquiatra pode prescrever medicamentos (como antidepressivos e ansiolíticos) para ajudar a controlar os sintomas e permitir que a pessoa realize a terapia de forma mais eficaz.
- Hábitos saudáveis: A prática regular de exercícios físicos, uma alimentação balanceada, a redução no consumo de cafeína e álcool, e a priorização do sono de qualidade são medidas complementares essenciais que ajudam a regular o sistema nervoso e a reduzir a ansiedade.
- Técnicas de relaxamento: Meditação, respiração profunda e mindfulness são ferramentas úteis para controlar os sintomas no momento de uma crise.
Lembre-se: não há vergonha em buscar ajuda. O tratamento adequado permite que o paciente reassuma o controle de sua vida e volte a desfrutar de momentos de paz e tranquilidade.
Referências
1. Organização Mundial da Saúde (OMS). Mental Health: A State of the World's Health. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-strengthening-our-response. Acesso em: 05 set. 2025.
2. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Protocolos de Encaminhamento da Atenção Primária para a Saúde Mental. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_encaminhamento_atencao_primaria_saude_mental.pdf. Acesso em: 05 set. 2025.
3. American Psychiatric Association (APA). What are Anxiety Disorders?. Disponível em: https://www.psychiatry.org/pati
ents-families/anxiety-disorders/what-are-anxiety-disorders. Acesso em: 05 set. 2025.
4. Agência Fiocruz de Notícias. Saúde mental e ansiedade em tempos de pandemia. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/saude-mental-e-ansiedade-em-tempos-de-pandemia. Acesso em: 05 set. 2025.