A palavra "aneurisma" é usada na medicina para descrever uma dilatação permanente do diâmetro de um vaso sanguíneo. Para ser classificado como um aneurisma, a dilatação precisa atingir pelo menos 50% a mais do tamanho normal desse vaso (1). 

O vaso mais acometido é a artéria aorta, frequentemente em sua parte abdominal, logo após a saída das artérias renais. No entanto, pode ocorrer em qualquer segmento ou vaso do corpo. Existem também classificações específicas, como aneurismas torácicos, que afetam apenas a aorta torácica, e aneurismas toracoabdominais, que envolvem a aorta abdominal suprarrenal, onde emergem os vasos viscerais (1). 

Causas e frequência 

O aneurisma de aorta abdominal (AAA) é mais comum em homens com mais de 60 anos, mas pode afetar qualquer pessoa. os principais fatores envolvidos no desenvolvimento do AAA incluem histórico médico familiar, aterosclerose (acúmulo de placas nas artérias), pressão alta e tabagismo, sendo o histórico familiar o fator de risco mais relevante para o seu desenvolvimento (2). 

Já os aneurismas da aorta afetam cerca de 2% da população com mais de 50 anos, sendo mais comuns em homens acima de 70 anos e em irmãos de indivíduos já diagnosticados com essa condição, atingindo uma taxa de 20% nesse último grupo¹. É importante notar que os aneurismas aórticos tendem a crescer lentamente e progressivamente, ocorrendo em cerca de 80% dos casos, e nunca diminuem de tamanho (1). 

Embora menos frequentes, os aneurismas periféricos, localizados em outras artérias do corpo, também ocorrem, com destaque para aqueles na artéria poplítea, que representam 70% dos casos de aneurismas periféricos e podem surgir simultaneamente com os aneurismas da aorta (1). 

Sintomas 

Os aneurismas que estão crescendo rapidamente ou se expandindo de forma aguda podem manifestar sintomas como pulsação no abdome, fraqueza nas pernas, dor em áreas como o abdome, costas, peito ou virilha, além de dormência nas nádegas. Por outro lado, os sintomas associados à ruptura de um aneurisma de aorta abdominal (AAA) incluem sinais de choque súbito, como sensação de frio e sudorese, tonturas, desmaios, perda de consciência, batimentos cardíacos acelerados e dor intensa no abdome ou nas costas (2). 

Para um correto diagnóstico, existe uma variedade de exames para a descoberta de AAA, como (2): TC (tomografia Computadorizada); RM (ressonância magnética); Ultrassom; Angiografia e RX (Raio X).  

O cirurgião vascular é o especialista responsável pelo tratamento e acompanhamento desses casos (3)., e o acompanhamento periódico é recomendado para aneurismas pequenos e assintomáticos, geralmente feito com exames de imagem (1).  

A correção de um aneurisma da aorta é realizada cirurgicamente. A taxa de sucesso é significativamente menor se a cirurgia for feita após a ruptura do aneurisma em comparação com o tratamento eletivo, antes da ruptura. Portanto, o objetivo principal é sempre corrigir o aneurisma antes que ocorra a ruptura (1). 
 
Referências: 1. Aneurisma da Aorta. Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Último acesso: 28 de setembro de 2023; 2. Aneurisma de Aorta. UFSC. Último acesso: 28 de setembro de 2023.