Saiba mais sobre o TDAH
Com início na infância, o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade pode acompanhá-la por toda a vida
O ‘transtorno de déficit de atenção com hiperatividade’, conhecido pela sigla TDAH, tem origem genética e é considerado um transtorno neurobiológico que apresenta os primeiros sinais durante a infância e pode acompanhar a pessoa por toda a vida¹.
Características do TDAH¹
- Agitação motora
- Desatenção
- Falta de foco
- Impulsividade
- Inquietude
Apesar de características principais, o TDAH se manifesta de diferentes formas nas crianças e nos adultos¹:
Crianças: Além das características já mencionadas, nesta fase, elas apresentam situações que tendem a comprometer seu rendimento escolar, como o esquecimento do material escolar, do que estudaram para as provas, dificuldade de manter a atenção por longos períodos, se distraem muito facilmente por estímulos à sua volta ou pelos próprios pensamentos, além de serem muito impulsivas¹.
Adultos: Apesar de apresentarem sinais mais brandos de inquietude², os adultos com TDAH geralmente possuem dificuldades para se organizar, principalmente nas atividades corriqueiras do dia a dia, sem saber priorizar o que é mais importante. A ansiedade presente nos portadores de ‘Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade’ faz com que eles deixem tarefas por inacabadas ou se esquecem do que estava sendo feito. No âmbito profissional, o TDAH atrapalha na realização de atribuições individuais¹.
Fatores de risco
Estudos indicam que as pessoas com ‘Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade’ têm alterações na região frontal e nas conexões com o cérebro e sua causa pode estar relacionada com a alteração nessa região, como a hereditariedade, que podem ser responsáveis pela predisposição ao TDAH; substâncias, como a nicotina ou o álcool, ingeridas pela mãe durante a gravidez; sofrimento fetal, quando o recém-nascido passa por problemas durante o parto; e exposição ao chumbo quando criança².
Diagnóstico
Nas crianças, os pais e professores devem ficar atentos aos sintomas do TDAH, se são os mesmos na escola e em casa. Por isso, compartilhar cada vez mais informação sobre este tipo de transtorno dará conhecimento para que essas pessoas possam identificar algo diferente na criança, e encaminhar para que o médico psiquiatra faça a análise clínica⁴.
No caso dos adultos, a busca pelo médico psiquiatra é importante para o diagnóstico certo.
Tratamento
O tratamento do TDAH é normalmente multimodal, isto é, uma associação de diferentes técnicas não medicamentosas e, frequentemente, de medicação específica³.
Nas crianças com ‘Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade’ é normalmente indicada a psicoterapia e, caso tenha problemas de fala ou escrita, a acompanhamento fonoaudiólogo. Os pais e professores devem também devem ser orientados, podendo necessitar de psicoeducação, uma série de aconselhamentos por psicólogo especializado de como lidar com a criança portadora de TDAH. No caso dos adultos, além da psicoterapia, são ensinadas técnicas específicas para o paciente. Em alguns casos, o médico pode indicar tratamento com medicação¹.
Dependendo de sua manifestação na idade adulta, o TDAH também pode necessitar de tratamento medicamentoso, não medicamentoso ou combinado.
Se você é pai/mãe ou responsável por uma criança e desconfia que ela possa estar apresentando um quadro de ‘Transtorno de déficit de atenção com hiperatividade’, ou já é adulto e também tem essa desconfiança, não hesite em entrar em contato com o seu médico ou psicólogo, para esclarecer as dúvidas e ter a melhor orientação para amenizar os sintomas.
Fontes: 1. Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade – TDAH - Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 15 de outubro de 2021. 2. O QUE É TDAH – Associação Brasileira de Déficit de Atenção. Último acesso em 15 de outubro de 2021. 3. Tratamento - Associação Brasileira de Déficit de Atenção. Último acesso em 15 de outubro de 2021. 4. Identificar Déficit de Atenção é desafio para pais e professores. Associação Brasileira de Déficit de Atenção. Último acesso em 15 de outubro de 2021.