A diferença entre diarreia e disenteria

É comum as pessoas terem dúvidas entre essas duas situações quando aparecem os sintomas, já que são parecidos.

Publicado em: 6 de junho de 2019  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
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É comum ter dúvida quando aparecem sintomas relacionados às fezes um pouco mais amolecidas. Mas como saber a diferença entre diarreia e disenteria? Tanto a diarreia como a disenteria, assim como a enterocolite aguda - doença diarreica de início abrupto, que pode vir acompanhada de náuseas, vômitos, dor abdominal ou febre, são patologias intestinais, em que ocorre a perda de água e eletrólitos, que resulta no aumento do número de evacuações. O que diferencia a diarreia da disenteria, em especial, é o aparecimento de sangue nas fezes neste último caso¹,².

A diferença entre diarreia e disenteria

Diarreia: Neste caso acontece um aumento da frequência ou diminuição da consistência fecal. É considerada diarreia mais de três evacuações no período de 24 horas. A diarreia pode ser dividida em:

Aguda - que dura 14 dias;

Persistente - por mais de 14 dias;

Crônica -  que dura  mais de 4 semanas¹.

Disenteria: Para ser considerado uma disenteria, a diarreia está associada a dor, com muco e sangue nas fezes¹.

A diarreia pode trazer algumas complicações e a principal delas é a desidratação. A desidratação apresenta alguns sinais como a ausência de lágrimas, o afundamento da moleira, boca e língua secas, diminuição da quantidade de urina, olhos fundos e muita sede. Ao notar estes sintomas, é importante procurar um médico para iniciar o tratamento³.

Tratamento

Os casos graves de diarreia necessitam de tratamento emergencial e é preciso investigar a causa, que geralmente é provocada por um agente infeccioso. A pessoa com esse quadro deve garantir a absorção de sais (eletrólitos) e glicose enquanto durar o quadro de diarreia e manter uma boa alimentação equilibrada, para impedir a desnutrição e regenerar a parede intestinal². 

Para a indicação do melhor tratamento é sempre aconselhável buscar ajuda de um profissional de saúde. Mas algumas recomendações podem ser seguidas até ir ao centro de saúde³:

  • Após cada evacuação diarreica, ingerir de 50 a 100 ml de líquido, como soros, água, sopas, sucos naturais. Não tomar refrigerantes, pois podem piorar a diarreia²;
  • Manter a alimentação habitual, principalmente o leite materno até os dois anos de vida da criança ou mais;
  • Iniciar a ingestão do soro caseiro o mais breve possível.

Como preparar o soro caseiro³

Misture bem em um litro de água mineral, filtrada ou fervida (após esfriá-la) uma colher pequena de sal e uma colher grande de açúcar. Vá bebendo aos poucos, em pequenas colheradas.

Prevenção³

Amamente o bebê até os seis meses de vida, no mínimo;

Beba apenas água tratada, filtrada ou fervida e em grandes quantidades em dias mais quentes;

Evite o banho em rio, açude ou piscina contaminada;

Lave as mãos com água e sabão após a troca de fraldas de crianças, após usar o banheiro, antes de preparar os alimentos, antes de amamentar etc.

Mantenha caixas d’água e depósitos de água sempre fechados e faça uma limpeza regularmente. Procure por furos nos encanamentos da residência que possam contaminar a água;

Mantenha a higiene da casa, pessoal e dos utensílios da cozinha;

Proteja os alimentos e lave sempre as verduras e frutas.

 

 

 

Fontes: 1. Infecções intestinais. FMRP – USP. Último acesso em 11 de junho de 2021. 2. Manual de diagnóstico e tratamento de doenças diarreicas agudas. Secretaria de Saúde de Santa Catarina. Último acesso em 11 de junho de 2021. 3. Diarreia e Desidratação – Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 11 de junho de 2021. 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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