É comum as pessoas terem dúvidas entre essas duas situações quando aparecem os sintomas, já que são parecidos.
É comum ter dúvida quando aparecem sintomas relacionados às fezes um pouco mais amolecidas. Mas como saber a diferença entre diarreia e disenteria? Tanto a diarreia como a disenteria, assim como a enterocolite aguda - doença diarreica de início abrupto, que pode vir acompanhada de náuseas, vômitos, dor abdominal ou febre, são patologias intestinais, em que ocorre a perda de água e eletrólitos, que resulta no aumento do número de evacuações. O que diferencia a diarreia da disenteria, em especial, é o aparecimento de sangue nas fezes neste último caso¹,².
A diferença entre diarreia e disenteria
Diarreia: Neste caso acontece um aumento da frequência ou diminuição da consistência fecal. É considerada diarreia mais de três evacuações no período de 24 horas. A diarreia pode ser dividida em:
Aguda - que dura 14 dias;
Persistente - por mais de 14 dias;
Crônica - que dura mais de 4 semanas¹.
Disenteria: Para ser considerado uma disenteria, a diarreia está associada a dor, com muco e sangue nas fezes¹.
A diarreia pode trazer algumas complicações e a principal delas é a desidratação. A desidratação apresenta alguns sinais como a ausência de lágrimas, o afundamento da moleira, boca e língua secas, diminuição da quantidade de urina, olhos fundos e muita sede. Ao notar estes sintomas, é importante procurar um médico para iniciar o tratamento³.
Tratamento
Os casos graves de diarreia necessitam de tratamento emergencial e é preciso investigar a causa, que geralmente é provocada por um agente infeccioso. A pessoa com esse quadro deve garantir a absorção de sais (eletrólitos) e glicose enquanto durar o quadro de diarreia e manter uma boa alimentação equilibrada, para impedir a desnutrição e regenerar a parede intestinal².
Para a indicação do melhor tratamento é sempre aconselhável buscar ajuda de um profissional de saúde. Mas algumas recomendações podem ser seguidas até ir ao centro de saúde³:
- Após cada evacuação diarreica, ingerir de 50 a 100 ml de líquido, como soros, água, sopas, sucos naturais. Não tomar refrigerantes, pois podem piorar a diarreia²;
- Manter a alimentação habitual, principalmente o leite materno até os dois anos de vida da criança ou mais;
- Iniciar a ingestão do soro caseiro o mais breve possível.
Como preparar o soro caseiro³
Misture bem em um litro de água mineral, filtrada ou fervida (após esfriá-la) uma colher pequena de sal e uma colher grande de açúcar. Vá bebendo aos poucos, em pequenas colheradas.
Prevenção³
Amamente o bebê até os seis meses de vida, no mínimo;
Beba apenas água tratada, filtrada ou fervida e em grandes quantidades em dias mais quentes;
Evite o banho em rio, açude ou piscina contaminada;
Lave as mãos com água e sabão após a troca de fraldas de crianças, após usar o banheiro, antes de preparar os alimentos, antes de amamentar etc.
Mantenha caixas d’água e depósitos de água sempre fechados e faça uma limpeza regularmente. Procure por furos nos encanamentos da residência que possam contaminar a água;
Mantenha a higiene da casa, pessoal e dos utensílios da cozinha;
Proteja os alimentos e lave sempre as verduras e frutas.
Fontes: 1. Infecções intestinais. FMRP – USP. Último acesso em 11 de junho de 2021. 2. Manual de diagnóstico e tratamento de doenças diarreicas agudas. Secretaria de Saúde de Santa Catarina. Último acesso em 11 de junho de 2021. 3. Diarreia e Desidratação – Biblioteca Virtual em Saúde Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 11 de junho de 2021.