Alopecia Androgenética: Entendendo a Calvície Hereditária e Abordagens de Tratamento 

Desvende as causas da calvície hereditária e conheça as opções de tratamento disponíveis para gerenciar a queda de cabelo e recuperar a autoestima.

Publicado em: 31 de julho de 2025  e atualizado em: 31 de julho de 2025
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A alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície hereditária, é a forma mais comum de perda de cabelo, afetando tanto homens quanto mulheres. Ela não é uma doença, mas sim uma condição genética que leva ao afinamento progressivo e à queda dos fios, resultando na diminuição da densidade capilar. 1 Embora seja uma condição natural para muitas pessoas, entender suas causas e as abordagens de tratamento disponíveis pode fazer toda a diferença para quem busca gerenciar a queda e melhorar a aparência do cabelo. 

O que é a alopecia androgenética e por que ela acontece? 

A fisiopatologia da alopécia androgenética é diferente entre homens e mulheres. Nos homens mecanismo é dependente da ação do hormônio androgênico, mas nas mulheres esse mecanismo não é tão claro.

Nos homens sem a doença a testosterona é convertida em DHT, mas nos indivíduos geneticamente predisposto, a enzima de conversão está presente em maiores níveis e com sua atividade aumentada nos folículos pilosos do couro cabeludo. A DHT convertida, age nos folículos pilosos, reduzindo o tamanho deles e assim fazendo com que os fios fiquem mais finos e diminuindo a fase de proliferação do ciclo dos pelos. 

Já nas mulheres apenas 40% têm relação com os níveis de andrógenos aumentados.

Nos homens, a calvície androgenética tipicamente se manifesta com o recuo da linha do cabelo na testa (as famosas "entradas") e/ou o afinamento na coroa (no topo da cabeça), podendo evoluir para uma perda de cabelo mais extensa. Já nas mulheres, a queda é geralmente mais difusa, com o afinamento do cabelo no topo e na parte superior da cabeça, mantendo a linha de cabelo frontal. É importante notar que, embora seja hereditária, a condição pode se manifestar em diferentes graus e idades, dependendo da predisposição genética individual. ¹ , ³ 

Abordagens de tratamento: gerenciando a queda e estimulando o crescimento 

Felizmente, existem diversas abordagens de tratamento que podem ajudar a retardar a progressão da alopecia androgenética, estimular o crescimento de novos fios e melhorar a densidade capilar. É fundamental que qualquer tratamento seja indicado por um médico dermatologista, que poderá avaliar seu caso específico e recomendar a melhor estratégia. ¹ 

Além dos medicamentos, outras abordagens podem ser consideradas. A terapia a laser de baixa intensidade é uma opção que pode estimular os folículos capilares e melhorar a circulação sanguínea no couro cabeludo. Para casos mais avançados, o transplante capilar é uma solução cirúrgica onde folículos capilares de áreas com cabelo abundante (geralmente a parte de trás da cabeça) são transplantados para as áreas calvas. Essa técnica oferece resultados duradouros e naturais. ¹ , ³ 

Tratamentos como a mesoterapia capilar (aplicação de substâncias no couro cabeludo) e o PRP (Plasma Rico em Plaquetas) também têm sido explorados, embora sua eficácia e regulamentação possam variar e ainda estejam em estudo. ² 

A importância do diagnóstico e do acompanhamento médico 

Dada a variedade de causas para a queda de cabelo, um diagnóstico preciso é o primeiro passo para o tratamento eficaz da alopecia androgenética. Somente um dermatologista poderá confirmar a condição e descartar outras causas de perda de cabelo, como deficiências nutricionais, doenças da tireoide, estresse ou outras condições dermatológicas. ¹  

O acompanhamento médico regular é essencial para monitorar a resposta ao tratamento, ajustar as doses ou trocar de medicação se necessário, e discutir novas opções que possam surgir. A paciência é uma virtude nesse processo, pois os resultados dos tratamentos para a calvície geralmente levam tempo para aparecer, muitas vezes meses, e a consistência é chave para o sucesso. Gerenciar a alopecia androgenética é um processo contínuo, e o suporte profissional garantirá que você esteja no caminho certo para alcançar os melhores resultados possíveis e manter sua autoestima elevada. 

Conclusão 

A alopecia androgenética é uma condição comum, mas que não precisa ser enfrentada sem soluções. Compreender sua natureza genética e hormonal é o primeiro passo para buscar o tratamento adequado. Com o apoio de um dermatologista, é possível explorar uma gama de opções, desde medicamentos tópicos e orais até procedimentos mais avançados como o transplante capilar. Lembre-se que a paciência e a adesão ao tratamento são fundamentais para gerenciar a queda de cabelo, estimular o crescimento e, assim, reconquistar a confiança na sua imagem. 

Referências 
Alopecia Androgenética - Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) 
Aspectos atuais da alopecia androgenética feminina - Redalyc 
ALOPECIA ANDROGENÉTICA MASCULINA: CONHECIMENTO, ACEITAÇÃO E PROCURA POR TRATAMENTO - Repositório UEPB 

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
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