Como tratar a apendicite?
Doença atinge 37,70% somente no sudeste brasileiro
No Brasil, e no mundo, inflamação do apêndice, ou apendicite, acomete mais homens do que mulheres (1), e os sintomas da doença podem ser mais simples, como dores localizadas, até quadros mais complexos, demandando cirurgia imediata para a sua retirada. Quando o apêndice inflama, pode causar dor abdominal severa e se encher de pus, sendo classificado como apendicite ou apendicite aguda.
Segundo o Sistema de Informações Hospitalares, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (SUS), no período de 2017 a 2021, os casos de apendicite aguda de pacientes diagnosticados e internados totalizou 616.205. A maioria no sudeste brasileiro, representando 37,70% dos casos (1).
O que causa?
A doença pode ser causada pela obstrução do apêndice com restos de fezes, que causa a inflamação (3).
Outros motivos que podem levar a pessoa a ter apendicite é seria verme, gordura, fezes ou tumor, além disso, também pode acontecer devido à infecções no trato gastrointestinal, que surgem por conta de bactérias, fungos ou vírus.
Sintomas
Um dos principais sinais da apendicite é a dor ao redor do umbigo, além de casos de febre de 37,7° a 38,3° C (3).
Em bebês e crianças, a dor pode ser mais generalizada, em vez de localizada somente na região inferior do abdômen (lado direito). Já em pessoas idosas e gestantes, a sensação é menos grave e a área é menos sensível (3).
Outros sinais (1):
- Náuseas, vômitos e perda de apetite;
- Dor na parte alta do estômago ou ao redor do umbigo;
- Flatulência, indigestão, diarreia ou constipação;
- Mal-estar geral, que pode ser confundido com um problema alimentar.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado através de exames, como sangue, diagnóstico por imagem e laparoscopia. Omédico pode indicar a existência de apendicite e optar pela cirurgia (3).
Normalmente, a cirurgia costuma ser realizada imediatamente, mas caso o diagnóstico não seja claro, o médico pode solicitar um exame de tomografia computadorizada ou ultrassonográfica para confirmação dos casos (3).
Tratamento
Ainda está sendo estudada a possibilidade de tratamento apenas com antibiótico, porém a remoção cirúrgica do apêndice ainda é considerada o tratamento mais eficaz e, até o momento, é o único recomendado para apendicite (3).
Referências: 1. Apendicite aguda: perfil epidemiológico no Brasil, de 2017 a 2021. Brazilian Journals Publicações e Editora. Último acesso: 25 de Agosto de 2023. 2. Apendicite. Ministério da Saúde. Último acesso: 25 de Agosto de 2023. 3. Apendicite. Manual MSD. Último acesso: 25 de Agosto de 2023. 4. Apendicite: o que pode causar e qual o tratamento indicado?. Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva. Último acesso: 25 de Agosto de 2023.