Benefícios do aleitamento materno para bebês na UTI

Os benefícios do aleitamento materno na UTI, ajudam na recuperação do bebê, ganho de peso e sua eventual alta do tratamento intensivo

 

Publicado em: 20 de julho de 2021  e atualizado em: 4 de novembro de 2021
  • Para compartilhar
Ouvir o texto Parar o Audio

O que uma mãe mais quer depois de aguardar toda a gestação é segurar seu bebê nos braços. Esse momento tão esperado, muitas vezes não acontece rapidamente logo após o parto. No caso de bebês prematuros, devido à fragilidade, é frequente a necessidade do encaminhamento para a UTI Neonatal. Nessa situação, os benefícios do aleitamento materno são ainda maiores, ajudando na recuperação do bebê, ganho de peso e sua eventual alta do tratamento intensivo.

A função da UTI Neonatal

A UTI Neonatal é preparada para atender recém-nascidos em situações adversas, como os prematuros, que nasceram antes de a gestação completar 37 semanas, ou, então, que chegaram ao mundo com baixo peso, problemas respiratórios, hepáticos, cardíacos e infecciosos. Ela é equipada para monitorar precisamente as situações mais graves e acompanhar o bebê para que ele possa ir para casa saudável.

É importante apontar que nem sempre os bebês internados estão doentes, mas o acompanhamento próximo oferece o suporte necessário para que eles cresçam com qualidade, tornando-se capazes de respirar, sugar e deglutir por conta própria. Essas habilidades só são desenvolvidas a partir da 34.ª semana de gestação. Por isso, em caso de partos prematuros, o bebê ainda não tem essa autonomia e precisará de um tempo maior para conquistá-la.

Nesse ambiente protegido, as funções do recém-nascido encontram o lugar ideal para se desenvolverem. Dependendo de cada hospital e da situação de cada bebê, em alguns casos, mães e pais podem acompanhá-lo durante toda a sua internação, para que a família possa ter cada vez mais proximidade com o pequeno integrante. Nesse sentido, o leite materno é fundamental e os benefícios do aleitamento materno são muitos, seja na colostroterapia ou na doação de leite humano pasteurizado.

Benefícios aleitamento materno na colostroterapia

Colostroterapia ou Terapia colostral consiste no uso do colostro - primeiro leite que é produzido quando a mãe começa a amamentar nos primeiros sete dias após dar à luz -  para aumentar a imunidade do bebê nesse início de vida, pois é rico em vitaminas lipossolúveis e anticorpos. Em momentos em que o pequeno está se alimentando por sonda, a mãe retira uma gotinha de colostro e passa na parte de dentro da bochecha da criança. Isso também reforça os laços afetivos entre ela e o recém-nascido.

O método terapêutico é ideal nos primeiros dias de vida, já que o colostro humano, diferentemente do leite maduro, tem ação laxativa. Isso auxilia na eliminação das primeiras fezes, ajuda a evitar a icterícia (quando o fígado não processa os glóbulos vermelhos de modo eficiente e o bebê fica amarelado), e contribui para o desenvolvimento e funcionamento do intestino adequados, já que há equilíbrio das bactérias essenciais.

Alguns estudos apontam que os benefícios do aleitamento materno na colostroterapia também abrangem menor número de casos de enterocolite necrosante (doença na qual a superfície interna do intestino sofre lesões e se inflama) e sepse tardia (quadro de infecção e/ou isolamento de um organismo causador de doenças no sangue de um recém-nascido).

Como o leite doado é utilizado nas UTIs?

No caso de mães que não conseguem produzir leite suficiente para o seu bebê, temos como solução a doação de leite humano. Em casos nos quais o leite da própria mãe não está disponível, o leite materno doado e pasteurizado é a melhor opção. Isso porque as fórmulas infantis feitas artificialmente contribuem negativamente para o prematuro desenvolver Enterocolite Necrosante (ECN).

A resposta inflamatória no organismo dos pequenos oferece oportunidade para aparecimento da doença. Apesar da necrose em parte do intestino ser um dos últimos estágios em prematuros, fatores como interação entre os nutrientes da dieta, flora intestinal e sistema imunológico frágil podem dar início ao processo da Enterocolite Necrosante ou ECN.

Por isso, a melhor opção para que os bebês internados se recuperem é consumir o leite humano. Ele é de fácil digestão e, justamente por isso, não causa sobrecarga no intestino e nos rins dos pequenos. De forma complementar, ainda, protege-os contra muitas doenças, como diarreia, pneumonia, otites e outras infecções. Benefícios do aleitamento materno também incluem a diminuição da ocorrência de alergias e problemas respiratórios, além da contribuição valiosa para o ganho de peso da criança que está internada. 


A doação de leite materno é um ato muito importante, com o qual muitas mulheres lactantes podem contribuir. Cada gota conta para os pequenos bebês que vão receber o leite. Participe desse movimento de solidariedade, inscreva-se no nosso Banco de Leite e ajude a salvar vidas.

Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre seu médico.
  • Para compartilhar
Você achou esse conteúdo útil?