Começa com uma dúvida: “Será que estou perdendo cabelo?”. No lugar de totalmente preenchido, o couro cabeludo mostra regiões iniciando um processo que muitas vezes a pessoa vai renegando, renegando... E os especialistas reforçam: quanto mais cedo diagnosticado e corretamente, maior a chance de um impacto positivo de um tratamento, principalmente quando se tem pouca idade. 

A calvície na juventude é um assombro principalmente para os homens, numericamente em desvantagem nesse balanço, e repercute na autoestima e confiança com seu ambiente social (1). Mas sim, as mulheres também podem manifestar perdas de cabelo na juventude. Apesar dos inúmeros avanços em tratamentos e transplantes, uma cura, propriamente dita, ainda não foi alcançada se o caso for agudo. (1)  

As quedas de cabelo são chamadas de alopecias e as causas são variadas e algumas ainda em estudo. Mas costumam ser divididas em três categorias com nomes que podem assustar (2,5) :

Alopecia Cicatricial

Nela, uma inflamação agride a raiz dos cabelos e pode causar fibrose no folículo piloso – ou seja, a cicatrização cria um aumento das fibras e os folículos param de produzir fios capilares. Se ela avançar sobre a origem do cabelo, pode não ter retorno. É aí que para os jovens, quanto mais cedo um especialista ou dermatologista certificado analisar o caso, maiores as chances de que tratamentos retardarem o processo. Na chamada alopecia cicatricial primária, o próprio sistema imune ataca as células troncos foliculares. Na secundária, é causada por um agente externo como uma quimioterapia ou doenças (2,5).[PT2] 

Alopecia Não Cicatricial

Já ela traz mais esperança, pois os cabelos caem, mas podem voltar a crescer, já que o folículo não foi destruído. Renascem naturalmente ou por tratamento, daí a necessidade de um diagnóstico para definir se esse é o caso do paciente. Tem um subtipo muito comum que é a alopecia areata (3), em que partes do cabelo caem ou todo ele. E vale lembrar: a alopecia não é algo contagioso.

Causas variadas

A terceira junta vários possíveis fatores como desordem genética, condições metabólicas e deficiência alimentar (falta de zinco ou ferro, por exemplo). 

Nos jovens, as causas externas podem ser fatores preponderantes, como estresse, desequilíbrio hormonal, alguma cirurgia, gravidez, condições médicas variadas e fatores genéticos. A alopecia androgenética (4) – sim, essa é a famosa “meu pai é careca, então vou ser?” – acomete principalmente os homens. Começa com o recesso da linha do couro cabeludo, seja no topo ou frontalmente. Nas mulheres, em menor escala: ela percebe o cabelo afinando. 

Tireoide e Lúpus causam queda e medicamentos também podem estar na lista dos inimigos do cabelo. De tantos possíveis fatores, os jovens devem procurar um especialista logo nos primeiros sinais de queda, pois é a grande chance de reverter o caso com tratamentos. (2) 

Referências:

1. Teenage Hair Loss. Healthline. Último acesso no dia 10 de outubro de 2022; 2. Lin, R. L., Garibyan, L., Kimball, A. B., & Drake, L. A. (2016). Systemic causes of hair loss. Annals of medicine, 48(6), 393-402; 3. Pratt, C. H., King, L. E., Messenger, A. G., Christiano, A. M., & Sundberg, J. P. (2017). Alopecia areata. Nature reviews Disease primers, 3(1), 1-17;  4.Alopecia Androgênica.  Piraccini, BM, & Alessandrini, A. (2014). Alopecia androgenética. Giornale italiano di dermatologia e venereologia: organo ufficiale, Societa italiana di dermatologia e sifilografia , 149 (1), 15-24; 5. Perda de cabelos. Mulinari-Brenner, F., & Bergfeld, W. F. (2003). Hair loss: Diagnosis and management. Cleveland Clinic journal of medicine, 70(8), 705-712.